Interligados Cap.2

Um conto erótico de interligados
Categoria: Homossexual
Contém 831 palavras
Data: 22/02/2014 13:31:35

Cap.2

Gelei com aquela resposta dele, não esperava que fosse tão direto

- Também achei você bonito- dei um sorriso envergonhado, ele saiu correndo do banheiro em seguida. O que aquilo significava. Pra um inexperiente como eu, poderia significar muitas coisas. Logo voltei pra a mesa. Quando ele viu eu me aproximando, abaixou a cabeça. Não estava entendo aquilo, primeiro ele me elogia, e depois parece ter vergonha.

Logo decidi voltar pro hotel, e terminar de arrumar as últimas coisas que faltavam pra a minha viagem. Coloquei tudo o que faltava colocar na mala, e fiquei encucado, pensando naquilo que tinha acabado de ocorrer naquele banheiro. Acordei cedo, tomei café, e logo Fábio e turma estavam na porta da casa.

- Já estava esperando vocês

- Oi querido- Fábio estava animado, já vi que a noite dele com Fabiano tinha sido maravilhosa- viemos dar tchau pra você. Como eu vou sentir sua falta amigo- ele estava com lágrimas nos olhos

- Não chora Fábio

- Você ainda não viu nada Anderson, esse ai ontem tava mais triste que um boi abatido. Mas alguma coisa o animou, o que será ein Daniel- o Lucas falava, deixando uma dúvida no ar

- Não sei- todos nós rimos.

- Ainda estava terminando de arrumar as minhas bagagens. Me desejem sorte nessa viagem de 30 horas até o Brasil.

- Boa sorte- eles disseram em coro

- Vamos. Eu não posso perder o voo.

Peguei nossas coisas e colocamos dentro da van. E lá fomos nós andando pelas vias estreitas de Pequim em direção ao aeroporto. Iria sentir saudade de falar mandarim, da cidade, que mesmo lotada de gente, tinha seus charmes. Iria sentir saudades do Fábio, afinal ele era meu melhor amigo, e não tinha nenhuma previsão para voltar ao Brasil. Mas ao menos voltaria pra casa, mataria saudades dos meus pais, dos meus irmãos, do meu avô, dos meus tios. Estava morrendo de saudades deles. Chegamos no aeroporto, e logo eles foram entrando, quase que em comboio atrás de mim. Fiz o check-in, e foi lá que vi que viajaria novamente com o mesmo garoto que havia deixado minha mente confusa na noite passada. Murilo estava lá, acompanhado de seus pais, fazendo o check-in na mesma fila que eu. Ele quando me viu, pareceu ficar vermelho, e olhou pro outro lado. Ô garotinho confuso, gente... Fiz meu check-in, voozinho longo. Iria pra Paris, na França, e de lá até São Paulo. Fui me despedir do pessoal.

- Tchau amigo, boa viagem. Me liga viu, quero saber os babados. Vou morrer de saudade suas- lá estava o manteiga derretida do Fábio se despedindo de mim. O abraçei

- Vou ligar sempre. Vou morrer de saudades suas também Fábio.

- Tchau Anderson, te cuida- Fabiano era sempre mais fechadão. Dani e Lucas me deram tchaus mais leves, e enfim eu fui pra sala vip. E lá vi novamente o garoto. Quando vi que ele estava indo em direção ao banheiro, o segui. Ao ver minha entrada no local, ele pareceu virar um pimentão. Ele tentou sair mais eu não deixei

- Me deixa sair por favor- ele não conseguia olhar nos meus olhos

- Porquê você está fugindo de mim. Eu não sou nenhum maníaco não. Não vou te bater.

- Porquê... Eu não tenho resposta. Acho que é porquê estou com vergonha do que eu disse ontem.

- Porquê. Eu não disse que não gostei

- Porquê, você deve ser... Como assim, você gostou

- Sim. Quem não gosta de ser elogiado. Além disso, você é bonito, deve ter bom gosto- ri. Ele parecia extremamente tímido, ficava vermelho com cada risada minha. Eu ein- Ei, você tá com vergonhapouco. Você me chamou de bonito. Geralmente, ninguém me elogia, a não ser meus pais.

- Hahaha, você só deve estar brincando...

- Não, é serio.

Enfim, nos enturmamos novamente. Falei com Chris e Robert, e logo estávamos sentados. Parecia ironia do destino, eu e ele estávamos em cabines lado a lado. De modo que ficamos horas e horas conversando, mesmo depois que o voo decolou. O tempo voou. Quando vi, já estávamos sobrevoando a Ucrânia. Não demorou muito pra tocarmos o solo francês. Correria no aeroporto Charles de Gaulle, até que estávamos novamente no avião. De vez em quando cruzávamos olhares, e eu via seu lindo rosto ficar vermelho. Eu estava sentindo que o Murilo faria parte da minha vida. Um voo extremamente tranquilo, certa hora ele veio até onde eu estava.

- Oi- ele parecia envergonhado. Esse jeito dele me deixava louco

- Oi. Pode se aproximar, já disse que não vou fazer mal- ele sentou ao meu lado.

- Tá bonito o sol hoje né- eu olhei pela janela e realmente. A visão que se tinha de lá era linda

- É- nessa hora ficamos nos entre olhando, eu olhei bem fundo nos seus olhos azuis. Tão fundo que eu acho que pude ver a sua alma

- O que foi- ele olhou pro chão

- Seus olhos são incrivelmente lindos- ele ficou vermelho

- Obrigado.

- Posso te fazer uma pergunta

- Faça

- Você é gay.

Continua

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