- E aí? Beijou?
- Quem? O Guilherme? Claro... Que não! Ele nem se despediu de mim antes de ir embora.
- Alguma você aprontou! O bofe saiu daqui disposto a te pegar.
- Quem que vai pegar quem aí? Pergunta o Thiago.
- Alguém na cabeça do Tadeu. Eu disse entrando no quarto.
- Me conta direitinho o que aconteceu. Ele diz entrando no meu quarto atrás de mim.
- Não aconteceu nada. Eu fiquei na praia, comi, ganhei um picolé...
- O Guilherme te deu um picolé?
- Não! O Miguel me deu um picolé.
- Espera! To perdido. Quem é Miguel?
- Um garoto que eu conheci na praia.
- E o que mais esse Miguel te deu?
- Por que o interrogatório, em?
- Responde logo.
- A gente tomou uma água de coco e depois ficamos conversando.
- E onde o Guilherme tava nessa hora?
- Na praia.
- Pronto! Por que você fez isso, garoto?
- Sai do meu quarto, Tadeu! O Guilherme não ta afim de mim. Sai!
- Ta bom! To saindo. Não vou mais dar palpite na sua vida amorosa.
Depois que o Tadeu saiu eu me vesti, deitei na minha cama e fiquei pensando se alguma coisa que o Felipe e o Tadeu disseram fazia sentido, porque eu não tinha noção nenhuma de paquera, no quesito pegação eu era um zero a esquerda. Acho que se o Caio Castro desse encima de mim eu não ia perceber.
Eu acabei pegando no sono e fui acordado pela Luara me ligando.
- Alô!
- Que história é essa de paquera na praia?
- O Felipe já foi fazer fofoca? Nossa!
- Fala logo!
- Foi um garoto que tentou me beijar hoje e depois nós fomos tomar água de coco.
- Só tentou?
- Três vezes, mas eu recuei.
- Por que?
- Quer que eu fale de novo que minha boca não foi achada no lixão?
- Mas ele era bonito?
- Per-fei-to!
- Aí que ódio! Por que não comigo, Deus? Por que?
- Para de drama.
- Ta bom! Adorei as fotos de vocês na praia e quero aqueles óculos emprestados.
- Nunca! Você até hoje não me devolveu meus outros óculos.
A gente ficou conversando até a hora que minha mãe me chamou pra jantar.
Acabei de jantar, subi e fui dormir.
O domingo foi chato como todos os outros e passou rápido.
Na segunda eu acordei cedo, me aprontei e fui tomar café da manhã. Quando estava saindo o Lipe chegou.
- Vamos?
- Bora, fofoqueiro!
- Eu não resisti. Tive que contar.
Nós chegamos cedo a escola e ficamos na quadra. Um pouco antes de bater o sinal eu resolvi ir pra sala e chegando lá encontrei o Guilherme.
- Oi Guilherme!
- Oi! Ele disse sem me dar muita atenção.
Eu também não falei mais nada só sentei no meu lugar e li.
As primeiras aulas passaram rápido. Eu fui para a cantina, comprei o meu lanche e voltei pra sala, onde o Guilherme estava com a mesma cara de mais cedo e eu resolvi puxar assunto.
- Guilherme, ta tudo bem? Você ainda ta se sentindo mal?
- Eu to ótimo, Thalles! Ta tudo ótimo!
- Não parece.
- O que você quer? Que eu sorria. (ele deu um sorriso forçado) Pronto!
- Por que você ta me tratando assim? Eu te fiz alguma coisa?
- Ótima pergunta! Também queria saber!
- Que?
- Esquece! Só me deixa em paz.
- Nossa! Acho que o grosso está de volta.
- Exatamente! Foi um erro tentar ser seu... Seu amigo. Vamos voltar a faze anterior.
Eu não sabia o que tinha acontecido com o Guilherme. Ele tava bem comigo e agora tava desse jeito. E isso despertou ainda mais minha duvida no que o Lipe e o Tadeu falaram. Será que ele tava gostando de mim? Será que eu sentia alguma coisa por ele?
Eu estava confuso. Resolvi comer e ficar quieto.
As ultimas aulas passaram bem lentamente, ainda mais porque sem a Lua tudo ficava chato demais.
No final da aula, quanto eu cheguei no portão fui surpreendido pelo Miguel.
- Oi, Thalles!
- Oi! Mas o que você ta fazendo aqui?
- Vim ver você. Você não aceitou minha solicitação de amizade e eu queria te ver então cheguei mais cedo.
- É que eu não sou viciado assim e internet. Acho que já estou muito tempo sem entrar no face.
- Quer sair pra almoçar?
- Sua aula não começa daqui a meia hora?
- Por você eu mato aula.
- Então vamos! Só preciso avisar ao meu irmão.
Eu peguei meu celular e liguei pro Tadeu que respondeu ofegante.
- Tava fazendo o que, hein?
- Fudendo! Dá pra falar logo?
- É que eu não vou almoçar em casa hoje.
- Ta bom, faz o que você quiser! Tchau!
- Vamos?
- Vamos!
- Thalles, posso falar com você? Pergunta o Guilherme.
- Não! Eu digo andando com o Miguel.
- É serio!
- Eu não quero falar com você.
- Mas eu quero. Ele diz segurando o meu ombro.
- Você não ouviu o que ele falou? Diz o Miguel.
- Eu não to falando com você, cara! Conversa comigo, Thalles!
- Ele já disse que não! Diz o Miguel tirando a mão do Guilherme do meu ombro.
- Cara, sai daqui e deixa a gente conversar.
Eu percebi que se não falasse nada ia acabar em briga então resolvi me manifestar.
- Calma, Miguel, eu vou falar com ele.
- Tem certeza? Ele não ta te perturbando.
- Tenho! É só um minuto.
Ele se distanciou da gente.
- Fala!
- Eu queria pedir desculpas pelo que aconteceu hoje e...
- E não podia ser outro dia?
- Posso terminar de falar ou você vai ficar dando pitchi?
- Fala direito comigo, garoto! Se eu soubesse tinha deixado o Miguel te bater. Eu disse e virei as costas.
Ele me segurou.
- E quem disse que aquele... Aquele fraco ia me bater?
- Eu disse! E fraco é você ele é muito,mas muito mais...(eu ia falar gostoso, mas lembrei que era “hetero”) Forte. Muito mais forte que você.
- O que você vê naquele garoto, hein?
- O assunto aqui é o Miguel agora? Então eu vou embora. Eu me virei de novo.
- Thalles, as pessoas já estão olhando.
- E eu com isso? Disse com a voz um pouco exaltada.
Eu não sabia porque, mas o Guilherme me tirava de mim, fosse em um bom sentido ou em mal eu sempre me descontrolava perto dele, conversando com ele.
- Vamos conversar em outro lugar?
- Primeiro você me trata daquele jeito na sala e agora quer conversar? Me poupe! Se é desculpa que você quer pedir, saiba que a resposta é não. Eu não te desculpo e também não quero ser mais seu amigo.
- Eu também não quero mais ser só seu amigo.
- Então o que você quer? Me deixa ir!
- Acho que você não entendeu! Eu não quero ser SÓ seu amigo. Eu quero mais.
- O que mais eu posso te dar?! E mesmo se eu tivesse alguma coisa não daria. Você é um idiota.
Pode parecer idiota, mas eu realmente não tinha entendido o que ele queria. Comigo a pessoa tem que ser bem direta, senão eu bóio.
- Nossa, como você é lerdo!
- Eu não vou ficar aqui sendo ofendido. Eu me virei mais uma vez e dessa vez ele não me segurouDICAS DO DIA:
http://www.soloboys.tv/solo/dei-o-cu-no-meio-da-festa/
http://www.soloboys.tv/solo/minha-namorada-quer-ver-trepando-com-outro-cara/ (É só ignorar a mulher que melhora)