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Ao chegar no estacionamento Jhonnee Trivão foi pra fora, disse que iria ir com sua camionete.
Erick- Eu vou com você, quero fazer algumas perguntas.
Eu- Erick, vem conosco.
Erick- Você deu seu voto de confiança nele, agora eu vou dar o meu.
Erick foi pra fora da garagem com Jhonnee Trivão, deixei o Rafa dirigir, ele sabia onde ficava a casa do Alex. Finalmente estávamos dando um grande passo. Joguei a chave pro Rafa.
Eu- Não arranhe meu carro.
Erick- Will, Rafa, venham aqui um pouquinho.
Erick estava um pouco diferente como de costume, alguma coisa me dizia que tinha algo de errado com ele. Fomos para a camionete do Jhonnee Trivão, ele e Erick estavam olhando alguma coisa na parte de trás, tinha um pano cobrindo alguma coisa.
Jhonnee Trivão- Antes de tudo você tem que saber uma coisa, até agora vocês tem dado sorte, entendam que a vida de vocês também corre perigo e se for preciso, terão que fazer qualquer coisa pra se defenderem, incluindo...
Trivão tirou aquele pano da camionete e lá tinha armas, equipamentos de arco e flecha, facas, adagas, espadas, facões, cordas, correntes, fios, explosivos e mais um monte de coisas.
Eu- Tá falando sério?
Ele fez sinal de sim com a cabeça.
Eu- Tá maluco?
Rafa- Will é preciso.
Eu- Não, ninguém aqui vai matar.
Jhonnee Trivão- Não precisa usar as armas de fogo, tenho uma com tranquilizante, derruba qualquer um.
Rafa- Fico com bazuca.
Jhonnee Trivão- Vai com calma, vamos deixar essa aí pra outra oportunidade, pode pegar essa aqui, uma pistola de auto calibre, cuidado.
Fiquei espantado com o que o Rafa disse, ou melhor, com o que ele não disse, concordou em matar sem dizer nada.
Erick- E eu com a adaga, espero que esteja bem afiada.
Jhonnee Trivão- Ótimo, já esperava que fosse escolhe-la, é a mesma adaga do Jhoony Faangy.
Eu- O que está acontecendo com vocês? Não vamos matar ninguém.
Rafa- Will isso não é brincadeira, se for preciso pra proteger você, eu farei isso.
Olhei para o Erick como quem pensa " Diz alguma coisa" e ele não esboçou nada.
Erick- É só pra precaver.
Jhonnee Trivão- Vai querer a arma ou não?
Eu- Tudo bem, me dê isso.
Jhonnee Trivão- Estou sendo generoso, vocês não tem nem uma habilidade física contra os Jhones, mesmo armados pode ser perigoso, tem Jhones que são capazes de se esquivarem de balas quando estão de frente para a arma, eles vem exatamente onde a bala pode acertar, antes que possa puxar o gatinho ele se esquiva.
Eu- Não quero estragar o prazer de vocês mas nosso amigo pode estar em perigo.
Rafa- Vamos.
Jhonnee Trivão- Antes de ir vamos combinar uma coisa, vocês dois vão na frente, eu e Erick seremos os reforços, vou deixar a camionete mais atrás, de lá iremos a pé e nos escondemos, vamos torcer pra que já não tenham o pegado.
Levou meia hora pra chegarmos próximo a casa do Alex, nunca havia visto seu rosto, ninguém sabia como ele era, não seria difícil identifica-lo, morava sozinho, provavelmente estaria sozinho.
Rafa- Tudo bem, o Trivão e o Erick estão dando a volta, estão indo por trás da casa, se a coisa ficar feia eu dou um tiro pra cima.
Eu- Rafa espere, se tiver alguém lá dentro e alguma coisa me acontecer eu quero que...
Rafa- Eu sei, se te acontecer algo eu saio correndo, não sou bobo de enfrenta-los sozinho.
Eu- Não! Eu ia falar pra você ficar e lutar por mim.
Rafa foi na frente, estava tudo escuro, tinha cerca ao redor da casa, era uma casinha simples e de madeira, verde, bastante mato ao redor. Vinte e duas da noite, quase entrando na casa e meu celular toca.
Rafa- Haaaa!!
Eu- Fica quieto, é só o meu celular.
Rafa- Isso é lá hora do celular tocar? Deixe no silencioso.
Eu- É um colega meu, vejo isso depois, vamos entrar.
Entrados vagarosamente na casa, o chão fazia muito barulho, estava um silêncio muito suspeito, alguma coisa estava acontecendo ou iria acontecer. Dava pra ouvir a respiração e o coração do Rafa batendo de tão nervoso que estava.
Rafa- Will ouviu isso?
Eu- Ouviu o que?
Rafa- Um gemido de dor? Será que pegaram ele e o esconderam? Deve ser silada.
Eu- Nada a ver, eu não ouvi nada, vamos dar um olhada, se ele não estiver vamos esperar.
Rafa- Will!
Continuei caminhando pela casa, agora eu estava na frente do Rafa.
Rafa- Will.
Eu- O que foi?
Rafa- Alguma coisa se enrolou na minha perna.
Eu- Para de bobeira Rafa.
Rafa- Will é sério, tá apertando... haaaa!!
Rafa estava com a voz tremida, mal entendia o que falava, só saia resmungo.
Rafa- Will tá subindo na minha perna, eu vou atirar.
Eu- Não Rafa, se atirar vai nos entregar.
Rafa- Então faça alguma coisa.
Eu- Pera aí, vou ver o que é.
Me abaixei e passei a mão na perna do Rafa, não tinha nada, passei a mão na outra perna e tinha alguma coisa com enrolada em sua perna, era meio gelada, parecia borracha.
Rafa- Will acho que sei o que é.
Eu- Eu também, deve ser a câmera de uma bicicleta.
Rafa- Não Will, é uma cobra, atire nela.
Eu- Calma, tá escuro, posso te acertar.
Rafa- Que se dane, não vai me matar, atire, atire!!
Atirei e foi certeiro, esperamos alguns segundos e a cobra se soltou, ficou paralisada no chão.
Alguém- Haaaa!! Haaa!! Hoooo!
Eu- O quarto! devem ter pego ele, vamos!!!
Corremos até o quarto da casa, estava com a porta trancada, Rafa deu um chute na porta pra abri-la, assim que ela abriu pulei pra dentro e apontei minha arma, a cena era assustadora, jamais pensei que pudesse ver aquilo.
Rafa- Vish!
Alex- Haa!! Quem são vocês? O que querem?
Alex estava transando com outro rapaz, o gritos eram de prazer, eles tiraram alguma coisa do ouvido, o rapaz se escondeu no meio das cobertas, Alex ficou sentado na cama, Rafa estava com um sorriso maroto, no fundo ele ria muito.
Eu- Desculpas! Nós não, não queríamos incomodar, ouvimos os gritos e pensamos que você estava em perigo.
Rafa- Parece que estávamos enganados, o clima está tenso aqui.
Alex- Quem são vocês? Nunca os vi aqui perto, meus vizinhos não são.
Eu- Somos de Indaial, viemos porque você está em perigo, não vamos te machucar.
Alex- Que perigo?
Rafa- Jhones! Então já sabe, arrume suas coisas e vamos.
Alex- Jhones? Que Jhones?
Eu- Seu nome é Alex?
Alex- É.
Eu- Então sabe muito bem do que estamos falando, se limpe aí, faz o que tem que fazer e vamos sair logo daqui que o Jhones estão vindo.
Alex- Como posso confiar em vocês? Estão armados.
Rafa- Will dá um tiro na bunda dele que eu carrego o corpo.
Eu- Qual é cara, você sabe muito bem no que se meteu, vai ter que confiar em nós.
Rapaz- Eu posso ir embora.
Rafa- Já deveria ter ido seu cagão.
Eu- Olha quem fala Rafa, tu quase teve um treco agora pouco, se eu não tivesse atirado na cobra.
Alex se levantou da cama e se aproximou de mim, estava bravo.
Alex- Mataram minha cobra? Ela era minha melhor amiga.
Rafa- Calma Jhone Maria, se quiser te dou mais uma cobra, bem aqui.
Rafa apertou, bom, aquele lugar entre as pernas.
Alex- Bitch please! Não adianta tentar me agradar, teve muita sorte dela não ter te mordido, e se tivesse eu tenho um soro na geladeira dentro de um vidro especial.
Eu- Relaxe, ela só foi tranquilizada.
Rafa- Contraia seus glúteos e se veste.
Alex colocou uma roupa enquanto Rafa ajudou a fazer uma mala com roupas, o outro rapaz foi embora correndo. Depois daquela coisa toda tensa, Alex ficou mais calmo, confiou mais em nós em troca de irmos conversando e explicando tudo.
Eu- Rafa explique o que está acontecendo pra e ele que eu vou atender o celular.
Fui atender na cozinha, era um colega de escola, ele era um garoto estranho, estava todo tempo com uma câmera na mão.
Eu- Fala parceiro. Posso ajudar?
Ele- Mano eu tenho uma coisa pra você, é algo com que eu tenho trabalhado faz algumas semanas, um presente que me pediram pra te dar, é de um velho amigo.
Eu- Isso está ficando estranho, que presente é esse?
Ele- Um pen driver, vai gostar do que tem nele, deixei no seu apartamento no vazo de plantas.
Eu- Ok! Quando chegar em casa eu vejo isso.
Ele- É tudo cara, antes de mais nada, saiba que não vi todos os arquivos nele, só mexi em uma pasta mas, enfim, é isso, até logo.
Eu- Me diz o que tem dentro, pera ai, pera aii!!
Desligou na minha cara, fiquei curioso com o que poderia ter no pen- driver, guardei meu celular no bolso e no mesmo tempo alguém aparece na minha frente e acende a luz.
Jhone- Vai a algum lugar?
Apontei minha arma pra ele.
Jhone- Isso não vai funcionar.
"Jhonnee Trivão- Tem Jhones que são capazes de se esquivarem de balas quando estão de frente para a arma, eles vem exatamente onde a bala pode acertar, antes que possa puxar o gatinho ele se esquiva."
Eu- É, pode não funcionar, o problema pra você é que, eu não estou sozinho. Rafa! Chegaram.
Nós dois ficamos com as armas apontadas pra ele.
Eu- Pode desviar de uma bala calculando a mira dela, mas consegue fazer isso com duas?
Jhone- Qual o problema William? Não é homem o bastante pra me enfrentar corpo a corpo?
Rafa- Abaixe, coloque a mão na cabeça a se abaixe se não quer levar um tiro bem no meio da testa.
Alex apareceu com suas malas.
Alex- Você?
Jhone- Não é nada pessoal Alex, você já deveria ter sido eliminado a muito tempo.
Rafa- Alex vai pra fora, Will e eu vamos logo em seguida, tem um carro no final da rua, nos espere lá.
Alex saiu da casa, ficamos em um impasse.
Rafa- Se abaixe bem devagar e fique parado.
Frente a frente com o inimigo, entre nós estava uma mesa.
Jhone- Ele não vai muito longe, meu parceiro vai mata-lo antes de chegar na esquina, não são tão espertos como eu esperava.
Rafa- Não, é? Nós também deixamos dois amiguinhos lá fora. Sabe Will, já parou pra pensar que a morte do Doug pode ter sido culpa deles, se ele não tivesse se envolvido com esses caras ele a ainda podia estar vivo. O caminhão, aquelas pessoas estranhas no hospital, os três homens de preto no final da rua, o corpo que sumiu, não acha tudo isso muito suspeito? O Doug pretendia sair por você, mas pra sair, tem que colocar outra pessoa em seu lugar, alguém que seja igual o melhor, o Doug não seria capaz de envolver outra pessoa nisso.
Eu- O que está querendo dizer com isso?
Rafa- Se o Douglas saísse ele teria que dar uma prova de que jamais iria contar nada pra ninguém, uma prova de dor, matar a pessoa que mais importante pra você, funciona da mesma maneira pra entrar, de um jeito ou de outro era pra você ter morrido.
Eu- Tá sugerindo o que com isso Rafa?
Jhone- Que perderíamos um dos melhores, alguém que tem um cérebro mais desenvolvido que qualquer Jhone já conhecido, não podíamos ter deixado ele sair sem nos dar as informações de como o ser humano podia aguentar usar tanto seu cérebro.
Eu- Foram vocês não é? Por isso ele chegava na escola com o nariz sangrando, tinha desmaio,s e aparecia todo machucado. Eram vocês sugando ele o tempo todo.
Rafa- O que me diz agora Will? Acha que alguém como ele merece viver?
Jhone nos reverenciou, ficou agachado um pouco, em questão de segundos ele jogou aquela pra cima de nós, a mesa me acertou enquanto ele desarmou o Rafa, deu alguns socos e rasteiras, o Rafa caiu no chão e o Jhone apontou a arma na cabeça dele.
Jhone- Que tal isso? Eu mato você primeiro, deixou seu primo fugir e pra conviver com isso pro resto da vida, mais uma pessoa que morre em frente aos seus olhos, mais um que morre por sua culpa. William, quantas pessoas você já deixou morrer?
Chutei aquela mesa pra cima dele, os pés dela acertaram em sua mão possibilitando que a arma se escapasse de sua mão ela foi parar em baixo de um balcão. Tentei atirar nele com a minha e errei, acertei o Rafa que se enfiou na frente, por sorte era um tranquilizante.
Jhone- Hum! Que pena, não tem coragem o bastante pra usar uma arma de verdade.
Eu- Você quer uma briga corpo a corpo? Então é o que vai ter.
Jhone- Vai me enfrentar sozinho? Eu admito, coragem você tem.
Eu- Meus amigos logo vem me ajudar, eu sei que não podem matar ninguém em publico, por isso agem durante a noite, e vocês não vieram armados, tem seus corpos, já é o bastante.
Jhone- Haa é? Quanto tempo acha que vai aguentar?
Doug- Will me escute, eu quero que você o leve até a sala próximo ao sofá, a primeira oportunidade que tiver, eu quero que cole nele, fique agarrado o máximo que puder.
Eu- Acho que entendi, vamos até a sala, aqui não temos muito espaço, quero fazer isso da melhor maneira, vamos brigar pra valer, se quiser, pode se transpor.
Jhone- Se for pra ser mais divertido, vamos.
Na sala ficamos frente a frente, chamei ele pra vir pra cima de mim, ele veio muito rápido com um soco, sua força estava toda naquele soco, isso abria uma brecha em sua velocidade.
Doug- Vire de lado, pegue- e se jogue no chão.
Agarrei ele por trás e me joguei no chão.
Jhone- O que está fazendo? Vai brigar como uma garotinha?
Eu- Não, conheça a amiguinha do Rafa.
Ele olhou pro lado e ali estava a cobra sedada, com uma mão peguei a cabeça dela e usando meus dedos abri sua boca, antes dele se soltar com aquela força fora do normal, eu consegui usar as presas da cobra pra injetar o veneno em seu braço, em questão de segundos o veneno fez efeito.
Voltei pra cozinha e peguei o Rafa, a arma e fiz mais uma coisa, pra sair eu deveria ir pela sala, o Jhone gemia de dor, estava ficando inchado.
Jhone- Huhum! Você não é diferente dele, é como nós, mata sem piedade, faz seu inimigo sentir muita dor até morrer, assim era o Jhoony Faangy e é assiM que você é.
Não respondia a aquela provocação, ele já estava quase morrendo, pelo visto o veneno era forte, fiquei vendo ele se contorcer.
Jhone- Parabéns, é mais homem que eu, me venceu sem usar muita força e ainda teve coragem de me matar, muito bem William. O corpo do Douglas está em Curitiba no Paraná, procure Jhone Ceifador, ele pode te ajudar.
Antes passar por ele, soltei ao seu lado um vidrinho com uma seringa.
Eu- Eu sou homem, e um homem não mata.
As mesma palavras que disse ao meu pai, deixei ele com o soro ao seu lado, se quisesse ele iria se salvar, isso não era escolha minha. No lado de fora, próximo a camionete, Erick e Trivão enfrentavam mais um Jhone, aquele era forte e estava bem equipado. Deixei o Rafa no carro e fui até eles ajuda-los, Erick antes de chegar lá, o Trivão pretendia fazer algo que Erick o impediu de fazer, fiquei observando pra ver o que iria acontecer, Erick parecia estar dialogando o o adversário, ele largou suas armas, era uma luta corpo a corpo.
O vento ficou forte, estava pra vir uma chuva, os dois correram em direção um ao outro, o Jhone pulou usando um chute no peito do Ercik e pretendia dar mais um na cabeça, Erick se jogou pra trás dando um mortal e um chute no pé direito do Jhone, ele deslizou um pouco nas pedras, era estrada de chão.
Jhone- Você é bom.
Eu- Só estou começando.
O Jhone se transpos , estava apelando. Cheguei até o Trivão e perguntei:
Eu- Não vai ajuda-lo?
Trivão- Não, ele disse que queria testar uma coisa.
Eu- Meu Deus! Testar o quê? Ele se esqueceu que estamos enfrentando os Jhones?
Trivão- Não, nós tivemos uma conversa, ele me contou que folhou o livro de habilidades corpo humanas onde contém segredos sobre nós, o Wallty ja havia me alertado que ele uma vez se tranpos por meio se hipnose, o ser humano é uma máquina impressionante, consegue gravar qualquer coisa na cabeça, é questão do seu usuário descobrir como ativar isso e seu amigo de alguma maneira consegue faze-lo. Olha pra isso? Onde já se viu alguém lutar assim?
Alex- Ele é igual ao Jhoony Faangy, aparência, o modo de lutar, ele está usando as palmas abertas assim como o Faangy no dia do teste.
Jhone- Desculpe, vou ter que usar isso.
Ele- Não! Pode me matar.
Jhone- É preciso, não vou deixar sermos humilhados por alguém assim.
Eu- O que está acontecendo? Ele está falando sozinho.
Trivão- Não, isso é o Jhone, seu subconsciente, nesse estado ele pode falar e agir por si próprio, agora ele vai se transpor pro nível 5, olhe em seu rosto a marca, vai ficar como a de um estrela negra, no meio da testa, em baixo dos olhos e ao redor da boca, se eles se contraírem e se encostarem, o adversário teve a transposição final, isso pode mata-lo.
Eu- Você não vai fazer nada?
Trivão- Rhhãããmm!! Tudo bem.
Trivão bebeu alguma coisa da garrafinha, pegou um pano do bolso e molhou com a mesma coisa, enrolou o paninho em dois dedos e colocou fogo, nesse mesmo tempo o Jhone vira pra cima de Erick, Trivão tomou a frente, puxou ar e cuspiu aquela coisa nas chamas dos dedos, o fogo que saiu de sua boca era enorme, ficou assim por cerca de 15 segundos, o mesmo Jhone continuou por vir entre as chamas com o corpo queimando, se apoiou nos ombros do Trivão e pulou por cima dele, seu alvo era o Erick que não parecia nem um pouco nervoso.
O Jhone corria de quatro como um cachorro, a velocidade ficou ainda maior e ainda assim Erick ficou parado como se aquilo não fosse nada. Jhone foi até ele, Erick girou pra direita se abaixando, aos 180 graus ele começou a levantar dando um chute de baixo pra cima, um chute que ergueu o Jhone pro alto, Erick puxo o punho de baixo pra cima, Trivão empurrou Erick, e deixou o Jhone cair no chão antes do Erick acertar o soco. Trivão puxou uma faca das costa e passou no pescoço do Jhone.
Eu- Erick você está bem?
Erick- To.
Eu- Qual o seu problema? Eu sabia que não podíamos confiar em você, ele ia ganhar...
Trivão- Rhããmm!! Seu amigo pretendia mata-lo, ele usou uma técnica pouca conhecida do livro, foi desenvolvida pelo Jhone Styve, consiste em levar o corpo do inimigo para o alto, contrair os músculos, recolher a pele o máximo possível, usar impulso pra dar um soco no peito do inimigo, um soco tão forte que vai de quebrar os osso do peito quanto perfura-lo no coração, eu só não queria ver seu amigo se tornar um assassino como eu. Não me agradeça.
Eu- O Erick não seria capaz de fazer isso, não é Erick?
Erick- Não, é claro.
Trivão- E eu sou uma das meninas super poderosas.
Alex- É verdade, um amigo me contou sobre ela e serve pra matar.
Eu- O Erick não é assim.
Olhei para o Erick, ele limpava o sangue que de sua boca escorria, seu olhar era o mesmo do Doug que me odiava no começo.
Erick- Tá olhando o quê?
Eu- Nada, vamos embora, temos mais Jhones pra encontrar.
Trivão- Eu vou leva-lo pra cabana que o Rafa conseguiu, sei onde fica, vocês podem ir pra casa, os outros estarão bem, vai levar tempo até os Jhones descobrirem que esses aqui falharam, até lá já vai ter amanhecido, nos só agimos durante a noite, chega de emoções por essa noite.
Eu- Concordo, vamos embora Erick, te levo pra casa.
Erick- Me leve só até seu apartamento, posso ir a pé de lá, preciso ir ao banheiro.
Deixamos Jhonnee Trivão cuidar de tudo, voltamos pra casa, antes de entrar lembrei de pegar o pen driver, Ercik aproveitou pra usar o banheiro e se limpar, o pen driver era comum, não tinha nada de especial, não por fora. Engatei ele ao meu notebook, usei os cabos pra ver pela televisão da sala. Tinha várias pasta, com nome estranhos, abria a o que dizia " Abra essa primeiro", nela tinha um textos e um vídeo, a primeira coisa que fiz foi ver o vídeo, fiquei surpreso, Doug me deixou um vídeo com seus melhores momentos.
Doug (vídeo) - Oi Will, deve estar surpreso agora, quero que veja algumas coisa, mas tem que prometer que não vai chorar. Promete?
Eu- Seu bobãoVÍDEOJean- Sorria você está sendo filmado.
Jeff- Diga olá para o meu dedo do meio.
Sarah- Nem vem, se me filmar eu enfio essa câmera em um lugar que tu nunca mais vai encontrar.
Jean- Huumm! Delicinha, vai lá, enfia ela.
Beatriz- Desde quando comprou essa câmera você não para, por que não vai filmar uma formiga?
Jean- Doug formiguinha que de uns tempos pra cá se viciou em açúcar, gostaria de dizer algo para o seus fãs?
Doug- Haaamm! Beijos.
Jean- Só isso? Como vocês são chatos heim!! Estou filmando pra daqui alguns anos vermos esse filme, ver como éramos, então se alguém quiser dizer algo pra alguém do futuro.
Beatriz- Tá certo, eu quero manda um forte abraço pra umas pessoas, meus pais. Estão me vendo como sou no passado? Só uma garota, um dia serei a editora chefe de uma revista.
Jean- Sarah?
Sarah- Vou casar com um homem rico.
Doug- Bom, eu quero dizer a alguém que, você é muito especial pra mim, é mais importante que a mim mesmo, é alguém que me faz odiá-lo por sentir tanto amor, não sei o que pode ser do meu futuro porque faria qualquer coisa por essa pessoa, quando estou com ela é como se o tempo parasse, a vida passa a fazer sentido, a maldade sai e a bondade fica, eu passo a ser outra pessoa, não sei com explicar, é algo que só pode ser sentido.
" Doug- Anda logo, quero ver chegar a 999 pontos.
Will deu a marretada e atingiu 900 pontos.
Will- E então forasteiro? O que achou?
Doug- Muito bom, se quiser competir contra crianças de 12 anos.
Will- O quê? Então vem fazer melhor.
Doug- Pega aqui, deixa um mestre mostrar como se faz.
Will- Vai lá Hulck.
Doug pegou a marreta, ficou de frente para o peso, fechou um pouco os olhos, respirou fundo e usou toda a força nos braços.
Will- Só 800? Não disse que iria fazer melhor?
Doug- Espera, ainda está subindo.
Will- 850, 90, 900, eu não acredito, 930, 40, 70, 999 pontos!! Tá de zoeira! É o limite, como um grilinho como você conseguiu pontuar mais do que eu?
Doug- É segredo."
Momentos que tivemos no Morro Azul.
" Will- Você é lindo, sabia disso?
Doug- Sou nada, você que tem a visão ruim.
Will- Diz pra mim aquela frase que todo homem apaixonado adora ouvir.
Doug- Você é muito importante pra mim.
Will- Fala a outra.
Doug- Você sabe."
Doug- Will, provavelmente eu não tive a oportunidade de dizer o que sinto, me escondi por muito tempo por você, não quero que meu fantasma fique preso porque deixei coisas mal resolvidas. Eu quero que feche os olhos e se lembre de cada momento nosso juntos, quero que sinta o quanto te amo.
Uma música tocou enquanto fechava os olhos, eu já a conhecia, (Everything I Do) I do It For You- Bryan Adams, era como estar na linha do tempo, lembrei da primeira vez que vi direto os olhos do Douglas, quando entrei na sala, aquele sorriso lindo e sem jeito, os olhares que trocamos. Tentem sentir as mesma coisa que eu.
.
Olhe dentro dos meus olhos
Você vai ver, o que você significa para mim,
Procure em seu coração, procure em sua alma
E quando você me encontrar lá, não vai procurar mais.
Não me diga que não vale a pena tentar
Você não pode me dizer que não vale a pena morrer por isso
Você sabe que é verdade, tudo que faço, eu faço por você
Olhe dentro do seu coração, você vai encontrar
Não existe nada lá para esconder
Me aceite como sou, fique com minha vida
Eu daria tudo, eu me sacrificaria
Não me diga que não vale a pena lutar
Eu não consigo evitar, não há nada que eu queira mais
Você sabe que é verdade, tudo que faço, eu faço por você
Não existe amor, igual ao seu amor
E nenhum outro poderia oferecer mais amor
Não existe lugar, a não ser que você esteja lá
O tempo todo, até o fim
Olhe para o seu coração querido
Oh, você não pode dizer que não vale a pena tentar
" DOUG- Oi!! Sou o Douglas mas pode me chamar de Doug. "
Eu não consigo evitar, não há nada que eu queira mais
"DOUG- Eu gosto de uma pessoa, é muito querida por mim, eu só quero o melhor para ela, só que por mais que eu tente, não consigo ficar longe."
Eu lutaria por você,
DOUGLAS aguentou uma placa de outdoor pra me proteger.
"DOUG- Seu Bundão!! Vai ficar olhando? Me ajuda aqui caralho!!"
Eu mentiria por você,
"DOUG- Tá rindo do quê? Seu... Seu.. Estúpido."
Andaria na corda bamba por você, sim, eu morreria por você.
"Will- Douglas!! Eu te amo!!! Douglas EU TE AMO!!!
Você sabe que é verdade
Tudo que eu faço
Eu faço por você...
"DOUG- Segura ele, fica... fica de olho... Rafa."
Agora eu tinha a certeza de que o Douglas me amava, que talvez possa ter se jogado de propósito na frente de caminhão por mim, pra não ter que fazer o teste, nem pra que eu fosse a consequência de suas falhas como Jhone, meus olhos se encheram de lágrimas, agarrei a almofada a apertei forte, queria sentir seu abraço, seu cheiro, a voz, o Douglas era tudo pra mim, uma parte minha morreu com ele.
Doug (vídeo)- Eu, te amo Will, e sempre vou amar.
Eu- Por que fez isso comigo? Por que Douglas? Por quê? Se egoísta, não era pra mim estar aqui chorando, era pra você!!! Era pra você!!
Doug ( vídeo)- Tem umas coisas que quero que faça por mim.
Eu- Não vou fazer desliguei nada.
O vídeo, saí do apartamento e fui pra cima do prédio, no lugar mais alto, a queda poderia fazer um grande estrago, se eu pulasse de cabeça seria morte na certa, a chuva estava por vir, o vento cada vez mais forte, era como se a morte estivesse me chamando.
Doug- Por favor Will, não faça isso.
Eu- Não, você morreu por mim, eu nunca tive a prova de que você realmente me amava, agora tenho a certeza, deu sua vida por mim, deixou tudo por alguém que não valia a pena.
Doug- É claro que você vale a pena, vai deixar que tudo isso seja em vão?
Eu- Eu estou indo Doug, vou me encontrar com você e seremos felizes, você abandonou tudo por mim, família, amigos, todos te admiravam, tinha amigos verdadeiros, foi um excelente Jhone, teve uma vida sofrida a ainda assim não deixou que ela te derrotasse, eu não mereço isso, não mereço que façam isso por mim.
Doug- Will me escute, a morte não resolve nada, ela só cria mais problemas, precisa aprender a lidar com as coisas que tem e não procurar por coisa que não conhece, tenha uma vida, seja tão bom quanto o Douglas foi, seja mais forte que o Jhoony Faangy, viva a vida que foi dada pra você, viva o Doug.
Me virei pra falar com aquela coisa, a sobra do Douglas, espírito, amiguinho imaginário, chame como quiserem.
Eu- Você é só um... Erick? Era...
Erick- Por favor Will, não faz isso, você é meu melhor amigo, a única pessoa que confio profundamente, não me deixe sozinho.
Erick estava assustado, estava preocupado comigo, seu olhar estava diferente, olhei pra baixo, era como uma estrada, não sabia mais qual caminho pegar...