Me chamo Eduardo, sou publicitário. Moreno, olhos castanhos e 1,79 m de altura. Por motivos de achar que me cai bem, deixo a barba por fazer sempre aparando para não deixar os pelos tomarem conta. Sou gay e “descobri” isso desde sempre, ou pelo menos desde quando se pode dizer “eu sou gay”. Não sou nada afeminado, nada contra quem é também, mas sou do tipo mais reservado. Meus pais só descobriram minha sexualidade aos 17 anos e comprando pelas histórias que ouço/vejo, essa fase da minha vida foi bem “normal”, graças a Deus eles aceitaram numa boa, acho que também por já desconfiarem. No ano seguinte à essa revelação eu iniciei um namoro com um colega de classe da faculdade mas nada muito sério, mas quebrei a cara porque ao iniciar a faculdade eu fui morar sozinho numa casa da minha família na cidade vizinha e devido às minhas farras junto com esse meu namorado, perdi muitas das minhas regalias que meus pais me ofereciam. Depois disso toquei minha vida acadêmica mais tranquila e me formei. Desde a minha formatura moro sozinho, pelo menos até o inicia da minha vida a dois que aqui irei narrar. Então vamos nessa:
Era uma manhã de agosto e eu ainda estava em casa quando ligaram do escritório em que trabalho pra confirmar sobre a minha reunião com um diretor de uma faculdade sobre um acordo que ele queria fechar conosco. Eu presto serviços à uma empresa de publicidade e propaganda e também tenho uma micro empresa de fotografia e cobertura de eventos a qual eu administro junto com um sócio, mas nessa época meu foco estava na publicidade. Me arrumei para a reunião e segui para o endereço que me passaram. A universidade era muito grande e eu havia de encontrar a faculdade de Direito e nem sabia por onde começar e entrei no primeiro prédio que avistei.
- Oi. Você pode me informar onde fica o prédio de Direito? – perguntei ao abordar um rapaz.
- Não, sou novo aqui.
Agradeci e continuei a andar para ver se encontrava alguém que pudesse me informar corretamente onde deveria ir. Não demorou muito encontrei uma moça que disse conseguir alguma informação com uma amiga que conhecia a universidade mas ela estava em aula e perguntou se eu poderia esperar a mesma sair da aula, logicamente concordei. Até que enquanto eu esperava no corredor avistei dois rapazes conversando mas apenas um me chamou atenção, era o mais baixo deles, da minha altura. Ele era ruivo, cabelo comportado e pequenas sardas na bochecha, corpo malhado e conversava alegremente... era gostoso. Continuei a acompanhar os dois com o olhar e eles de repente começaram a caminhar pelo corredor em minha direção e pude notar que eles não conversavam em português... era inglês. E percebia-se que o ruivo, dono de toda a minha atenção, falava com um certo sotaque bastante carregado, deduzi que fosse britânico. Era só o que me faltava, ter um ataque de paixonite por um gringo.
Continua...