Em busca do amor (Bônus) 2

Um conto erótico de Bruno
Categoria: Homossexual
Contém 2053 palavras
Data: 28/02/2014 01:25:24
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance

Capítulo 2

Júnior ajudou-me mais do que ele possa imaginar. Não estou falando do simples fato: de ele sair de casa a noite no meio de uma tempestade e, se deitar nu com um cara que não conhece ―, mas com a beleza de Yuri, não tem como achar essa situação chata o bastante para se negar. Estou falando de ele ter me ajudado com suas mãos, eu já não estava aguentando mais me esfregar em Yuri, mesmo dormindo ele é sexy, e isso é um grande problema para quem não tem uma relação amorosa há meses.

Agora voltando para o apartamento fico pensando em como Yuri reagira quando acordar. Será que vai se ferir de novo? Pelo não ou pelo sim, tenho que ficar de guarda. Do jeito que ele e Leandro se olhavam o sentimento era grande entre eles. E ver que tudo acabou não vai ser fácil. Imagino que agora posso dizer a ele tudo que sinto. Ou é melhor deixar a poeira baixar e depois... Depois esperar para ver como ele ficara.

Chegando ao apartamento tiro o short e a blusa (ambos pretos), que peguei as presas de Júnior e coloco sobre a cama. Enquanto ele da à volta eu vou para seu lugar, ainda nu, e me deito ao lado de Yuri.

— Tu trouxe tudo que precisa? — me pergunta Júnior depois de se arrumar. Com um olhar sereno, ele estuda a doce face de Yuri, agora, rosada e humana como o guri que brincou comigo no jardim da pré-escola. Depois de um tempo percebemos que olhamos para a mesma coisa, Yuri, nossos olhos estão fixos nele. Que se limita a respirar. — Ele está bem melhor.

— Graças a sua ajuda — digo levando dois dedos até o cabelo de Yuri. Que está caído sobre os olhos, quando arrumo vejo uma marca vermelha perto do olho, possivelmente um soco que ele levou. — Mas falta muito — digo com uma bola de espinhos na garganta esmagando uma iniciativa de choro. Não consigo olhar meu melhor amigo nessa situação. Como alguém pode ter feito isso com ele? Só de ouvir o nome Yuri, logo vem a minha mente, doçura, educação, beleza e uma loucura pela vida.

— Tenho que ir — diz Júnior, pulando o olhar do corpo adormecido a mim. O fito com olhos amargurados e tristes. Quase posso sentir o que Yuri sentiu, e isso dói na alma. — Não fica assim, ele vai ficar melhor. Se der amanhã eu volto.

Apenas aceno com a cabeça. Ele repete o gesto e caminha para fora do apartamento.

Movo-me mais um pouco, ficando cara a cara com meu bebê. Seguro em seus lábios com uma vontade imensa de beija-los. Nunca o beijei, mas deve ser uma das melhores coisas desse mundo. Levando a cabeça, assim fico colado com ele literalmente. Passo minha língua no contorno dos lábios e faço com que um pequeno beijo se forme no meio de respirações cansadas e corações feridos. Antes de se afastar uma lágrima queima meu olho, pisco, e ela cai.

“Como queria que tu estivesse acordado para sentir isso. Ou ter feito isso no dia que pegou no meu pau, mas não. Ao invés disso fui o cara mais idiota desse mundo... Ah, Yuri... Eu te amo tanto”.

Dizendo isso o abraço, como se tivesse mil homens o puxando de mim. Não vou perdê-lo a ninguém!

***

Abraçado a pessoa que amo, eu deixo o sono nos unir...

***

No meio da noite Yuri acorda gritando... depois do susto tento ajuda-lo a dormi.

***

Acho que ele fez isso varias vezes, mas muitas delas eu não ouvi.

***

Manhã de sábado.

Quando acordo, olho para o lado e vejo um Yuri fixo no teto de cor uniforme. Seu rosto não tem nenhuma expressão. Não tem dor, não tem ódio, não tem tristeza, ele mais parece um recipiente vazio. Então é melhor colocar coisas boas.

— Bom dia! — dou um pulo ficando com os cotovelos no travesseiro e a cabeça para cima também. — Está com fome?... Eu estou morrendo de fome. Vou preparar alguma coisa.

Sem resposta jogo os edredons para o lado e saiu da cama. Mesmo passando nu ao lado de Yuri, ele não volta o olhar para mim. Leandro ainda ocupa seus pensamentos, só não sei se são bons ou ruins.

Leite, chocolate e pães. Não é a coisa mais nutritiva do mundo, mas vai matar minha fome. Talvez a de Yuri também, isso é, se ele conseguir comer.

— Yuri! — o chamo depois de pigarrear varias vezes sem a menor atenção dele. Com seus olhos em mim, só então, o ofereço o que trouxe na primeira bandeja que encontrei.

Sem tiver nada ele puxa o edredom e fica sentado. Coloco a bandeja e sento ao seu lado. Em um silêncio frio, tomamos nosso café da manhã.

— Eu digo a sua mãe que tu foi passar um fim de semana com Leandro en-en... — quando terminamos vou avisar a ele que a desculpa já esta dada, mas quando ouve o nome “Leandro”, Yuri diz sua primeira palavra do dia. Não é bem o que eu esperava ouvir. Na verdade não entendo muito bem. Por isso, o que ele diz fica gravado na minha mente.

— La-drão — os olhos de Yuri parecem se perder no meio de lembranças tristes, pois seus olhos se enchem de lágrimas que caem sem controle algum, ou essas lembranças são felizes de mais. Para se lembrar de tudo que aconteceu.

— Vou pegar uma roupa para tu — digo depois de ver que o choro não iria parar. Até eu já estou querendo chorar. Um anjo que só faz bem para os outros, não merece passar por isso. Acho que ninguém merece se prostituir só para pagar a divida de outra pessoa que diz “amar”, mas abandona na primeira emergência que aparece.

Quando volto encontro Yuri comendo as unhas. E sua coxa esquerda arranhada. O vermelho vivo do sangue brilha na menor luz que entra pela janela do vigésimo quarto andar do Building Power. As roupas caem da minha mão, corro para ele e seguro suas mãos para não deixa-lo comer os dedos.

— Yuri... Yuri... Yuri! — grito vendo que ele não me ouve e tenta se arranhar mais. Tenho que ser rígido para impedir sua mão de furar o rosto. Seus olhos parecem não me ver. Mas sua reação mostra que ele me vê e tenta se livrar de mim, é claro que não vou deixa-lo fazer isso. — Yuri, me escuta pelo amor de DEUS... tu não pode fazer isso.

Realmente não sei o que fazer. Cuidar dele enquanto dormia é bem mais fácil. Não tenho controle e logo estou aos berros. Mas ele é um recipiente vazio, não importa o quanto eu grite ou o quanto o segure, ele parece não me ver ou ouvir. Sem saber o que fazer, me jogo na cama o puxando comigo.

— Tu vai ficar assim até se acalmar — falo dando uma chave de braço no corpo nu que trouxe comigo do bosque.

***

— Fer, amanhã eu ligo ou passo na igreja para avisar que teremos que trocar a dada do casamento — diz Christian. Depois das constantes visitas de Fernanda ao médio, ficou obvio que ela não tem condições de se casar. A não ser em uma maca, e sendo Fernanda Vega, uma das empresarias mais bem sucedidas da cidade, ela não vai entrar na igreja assim. Ela quer estar perfeita como sempre sonhou.

— Eu não entendo isso que estou sentindo, quando estava grávida do Yuri, só no inicio da gravidez me deu indisposição. Mas já faz quase um mês e... Eu acho que temos que procurar outro médico e ver se o bebê está bem — diz ela a um celular que esta na mesa a sua frente. O que ela mais queria era ter Christian ao seu lado, em especial a abraçando, mas os negócios da família Vega estão complicados e se Christian não dar um jeito logo, eles vão passar o natal debaixo de alguma ponte.

— Eu vou achar o melhor médico do Rio, já que o daí não virou nada — fala um Christian indignado com toda a situação. Agora, ele espera a avião com destino a Salvador. — Fer, tu conversou com Yuri a respeito daquele mau elemento?

— Ainda não, mas tu achas mesmo que ele é capaz de cometer algo contra o Yuri? Ele parece tão apaixonado...

— Eu já fui igual a ele se lembra?

— Como esquecer? Foi naquela época que eu me apaixone por ti.

— Então, eu sei bem que ele é capaz de fazer o Yuri sofrer e muito. Nós temos que tomar cuidado.

Fernanda se lembra que depois de se apaixonar por Christian, há anos, sua vida virou um verdadeiro inferno. Ele a fez sofrer muito e ela nunca vai conseguir esquecer isso. O sofrimento chegou ao ponto de ela esconder o filho que esperava de Christian.

— Fernanda, está ai? — ele pergunta depois de ficar no silêncio .

— Tento que ir — diz ela sentindo remorso e com ódio de tudo que lhe veio à cabeça. É passado e ela tem que esquecer. Mas as feridas ainda estão abertas e ela mal sabe que seu passado pode condenar o futuro de Yuri e Bruno, afinal eles são...

— Até daqui três dias, beijos — ele desliga depois que a ouve desligar.

***

Algum tempo depois...

Minha tática deu certo. Sem se mover ele se acalma aos poucos. Vou tirando a pressão que meu corpo faz ao dele. Depois de trinta segundos cai a fixa. Estou atrás de Yuri o segurando contra meu corpo — seus autoferimentos estão horríveis. O que eu mais queria agora era ter asas de anjo para poder dar todo o amor do mundo a ele e sendo um anjo iria abraça-lo sem os prazeres mortais falando mais alto.

Ambos estamos pelados, isso não fica nada bom. Logo sinto um formigamento no meio da minha perna.

— Yuri, eu tenho que te soltar — digo com o rosto em brasa, mesmo ninguém vendo a situação fico totalmente sem jeito e morrendo de vergonha. — Me promete que não vai fazer aquilo de novo?

Ele não responde e cada vez mais eu sinto que meu pênis está ganhando volume atrás de sua bunda. Modéstia a parte, mas com um dote como o meu. Não vai ser nada agradável senti-lo entrar depois de sangrar tanto. Não conseguindo mais conter a excitação o solto e puxo o lençol para disfarçar.

O que será que passa na cabeça dele para deixa-lo tão calado? Será que ele ainda ama Leandro? Será que ainda tem algum sentimento ruim por mim? O que estou fazendo de errado?

— Vou me vestir — digo depois de procurar coisas para pensar. Com as perguntas sem resposta consigo relaxar os músculos do pênis. Com o lençol preso a cintura. Vou devagar até as roupas caídas ao lado da porta.

Quando estou curvado para recolhê-las, levo um susto. De repente tudo mudou. É tão rápido que o lençol cai das minhas mãos. Yuri está atrás de mim tentando, só tentando, pegar no meu pau, pois seguro sua mão. Seu corpo fica atrás de mim fazendo um movimento semelhando ao que um ativo faria para penetrar o parceiro.

— O q-que é isso... Yuri? — pergunto apavorado. Até o nome dele me faltou a mente. Ele age com a outra mão. Assim pegando no meu pau o movimentando entre seus dedos. O tiro e tomo cuidado com a outra mão.

Sem resposta me viro de frente para ele. Seus olhos continuam cheios de lágrimas. Ele está fazendo uma força que jamais o vi fazer.

— Tu ficou excitado... mas não quer me comer... Tem dó de mim ou nojo? —diz ele, ou melhor, cospe palavras e saliva no meu rosto.

Com os olhos arregalados admiro o que ele está fazendo. Depois de algum tempo paro de lutar contra ele e o deixo segurar no meu pau, afinal, isso é o que eu mais quero nesse mundo. Possuir Yuri, o guri que eu amo. E sentir os prazeres que ele pode me fazer sentir...

Mas não é assim que eu quero que seja.

— Quero que tu faça — ele se vira e curva a bunda para meu lado. A essa altura já estou mais que excitado. Coloca as palmas das mãos sobre o máximo de volume que consigo. Quem diria que a bunda dele é tão linda e carnuda.

— Não sei se consigo. Não depois do que tu passou.

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