luy95, obrigado minha querida. Fico feliz demais em saber que esta gostando da história.
THIAGO SILVA, Sim, esse pai do Xande não vale o chão que pisa, por isso o André nunca gostou dele, mas o Xande sempre achava possível o pai ter mudado e ser um homem bom, mas a males que vem para bem. O Roberto acho que já mudou e quanto a Larissa, acho que ela esta jogando no escuro, tentando acertar algo que ela pelo menos imagina que exista mas que não sabe o que é.
diiegoh', grande abraço meu querido.
Geo Mateus, obrigado meu querido, fico feliz que esteja gostando. Grande abraço.
Gik, o pai dele é apenas um aproveitador, daquele tipo que se vende por qualquer trocado. Não tem amor por ninguém, mas infelizmente o Xande teve que passar por isso para saber quem é o pai de verdade. Beijos.
Jimmy lucas a Taís claro que vai se encantar por esse pai, mas lógico que no começo ela iria ficar meio desconfiada. Já o Roberto, apesar de tudo, ama o sobrinho como se fosse seu filho, não só por ter o coração do filho em seu peito, mas por amor mesmo. Humm, mas porque levar o caixão até o Julio? Bom é levar o Julio até os caixões, rsrs, se é que me entendem.
Ru/Ruanito, hahahahaha, estava demorado pra você ficar azede. Seu amargo, rsrs. Garoto, garoto, você anda muito rebelde, se beijar você, vou lhe transformar num anjinho, todo carinho e doce. Kkkk Beijos.
kle f., mas se ela esta envolvida na chantagem, porque ela iria se entregar, escrevendo Julinho? Hahaha, você achou que a Inês era uma mulher doce? Ela se for preciso mostra quem que manda no barraco, não tem pra ninguém. Beijos.
fabi26, hahahaha, você esta uma pidona de mão cheia hein. A Inês é o maximo, é do tipo maezona e o André mereceu umas chineladas, quem manda ficar usando aquele pinto por ai, fazendo filhos. O Roberto vai se render as evidencias, na época do Thiago ele não teve como conhecer melhor o Daniel, mas agora a convivência ira faze-lo enxergar as coisas. O Pai do Ale não vale o feijão podre que come, mas ele ficara naquele mundinho imundo dele, por ser uma pessoa interesseira e que não ama ninguém. Beijos minha linda.
Amygah22, o pai do Ale é daquele tipo de pessoa que devemos manter distancia, pobre de espírito e que só pensa em dar bem em cima de qualquer pessoa, mesmo sendo o próprio filho. A chantagem do Julio esta perto de acabar, essa parte seá encerrada antes do grande final da história. Beijos.
Drikita, seja bem vinda então minha querida. Interessante sua suspeita em cima da Suzana, vamos ver se vai se confirmar né. Obrigado pelo beijo, rsrs, outro no seu tornozelo.
Lucas M., obrigado pela visita meu querido.
sonhadora19, sim ela ficou confusa, afinal nunca sentiu a falta de um pai e do nada aparece um, mas nada que o tempo não resolva. Eu acho que a Larissa ainda tem algum problema, ela deve estar confusa, querendo entender algo, ou então esta crando alguma grande farsa, pra esconder algo muito grave. As baratas tem um motivo especial, no próximo post o Julio irá se tocar disso, mas acho que ninguém percebeu.. A Inês é um doce mas não pisem no calo dela e o André apesar de tudo, não e do tipo filho certinho, mas mesmo adulto se precisar entra no chicote. Olha, até que enfim alguém percebeu isso, tipo sempre esta um passo a frente do Julio, como se soubesse todas as suas reações. O pai do Xande não vale o chão que pisa mas 500 reais para o Xande nem vai fazer falta, alias ele é até capaz de dar mais 500 só pra ao ter que ficar diante do pai novamente. Beijos.
Bruno Del Vecchio, Não lembro dessa parte em sue conto Bruninho, mas não foi plagio viu, rsrs. Calma, tudo será explicado e uma coisa interliga outra, falta uma única peça pra interligar toda história e essas confusões serão esclarecidas. Então Bruninho, o conto acabando não vou poder criar outro, vou ter que me dedicar a faculdade, mas quem sabe mais pra frente não volto por aqui. Vou ficar só apreciando a história de vocês, tem tanta coisa que gostaria de ler mas nem da tempo. Beijos.
Eddeusemais, que bom que gostou meu querido, mas as cenas de sexo gosto de fazer bem extensas e detalhadas. Antes do conto acabar vou criar outra cena bem intensa entre os personagens, rsrs. Mas se quiser,pode usar a vontade para bater várias, hehehe. Abração.
DanielJB, estão sim, tudo já esta se encaixando, esperando apenas o final. A Larissa encerra essa parte, colocando a ultima peça que falta nesse mistério, já deixei essas pistas ao longo da história e quando tudo for revelado você irá entender. Bom, o Dan e Suzana irão se entender sim, alias eles nunca brigaram, apenas nunca tiveram uma chance de conhecer melhor um o outro. Obrigado por estar gostando. Grande abraço meu querido.
Perley, Pois é, o Roberto deixou seu amor falar mais alto, agora as coisas irão acontecer naturalmente, isso se o Julio deixar e não criar mais nenhum empecilho né.
Eu sei que o Julio esta sofrendo, mas é sempre assim, as pessoas só se arrependem quando são descobertas, caso contrario suas consciências continuam inabaladas, mas o calvário dele esta perto do fim, esse vingador será desmascarado e a historia se fecha de vez, ficando apenas os momentos finais. Quanto ao André e a Lucia, seria o ideal para todos, mas será que ainda rola algo entre eles?
nah_16, com certeza a Suzana acredita no Daniel e que ele amava seu filho, depois de tantos anos, acho que agora só resta eles se darem bem né. Se você acha que o presente para o Julio foi forte, imagina então o que espera por ele no próximo post, ele irá surtar de vez. A Larissa esconde mais alguma coisa sim, mas as vezes nem tudo que ela pensa ser, pode realmente ser verdade, digamos que ela acha que esta certa em algo, mas no fundo esta jogando no escuro, deu pra entender ?não né? Rs. Hahahaha, acho que não em daria bem nesse tipo de histórias, gosto de algo mais humano, embora exista muita fantasia no meu conto, mas sempre tem cosias baseadas na realidade. Obrigado pelo carinho de sempre, adoro seus comentários. Beijos.
Drica Telles(ametista), você esta no caminho certo, mas antes do desfecho vou dar uam pista, mas esse motivo particular pode incluir até o Daniel e o Alexandre, afinal eles sentiram na pele os golpes do Julio. Nossa, então quer dizer que vocês mulheres são altamente vingativas assim? Interessante hein, rs. Quanto a Lucia, vocês que nunca foram com a cara dela por motivo bobo, afinal ela nunca fez nada de terrível pra ninguém, pelo menos que sabemos. Já o Julio, ira passar o maior medo da vida dele no próximo post, acho que já da pra imaginar o que acontecerá com ele né.Ja em relação ao pai do Ale, nem compensa gastar com a detetização, ele nunca mais dara as caras por aqui. Beijos minha querida, te acho o máximo.
£DU, Duduzinho meu querido, quero pedir imensas desculpas, mas o pai do Xande é tão sem importância e nem tinha pensado num nome pra ele, quando estava escrevendo deixei vir o primeiro nome que veio a cabeça e por achar Eduardo um nome forte, mantive ele mesmo. Mas não brigue comigo não, coisinha mais guti guti, rs. As baratas tem um motivo, lembra do que o Julio falou do Thiago? Que ele estava sendo comido pelas baratas? A Inês é boazinha mas se for preciso ela roda a baiana. Obrigado pelo carinho de sempre, grande beijo.
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Roberto – Você é o filho que eu sempre sonhei em ter.
Roberto – Me perdoa meu filho.
Roberto – Eu te amo Alexandre.
Alexandre ficou olhando para o tio, sem saber o que dizer. Roberto o abraçou forte, repetindo que o amava, mas felicidade maior foi quando sentiu os braços do médico apertando suas costas, aceitando o seu perdão.
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Capítulo 64
Roberto sentia uma felicidade muito grande. Alexandre retribuiu seu carinho dando lhe um abraço muito forte. Nenhum dos dois disse nada, mas nem precisava, Roberto apenas passou a mão no cabelo do medico, acariciando como se fosse uma criança.
Roberto – Me perdoe meu filho, você não tem idéia do quanto sinto sua falta.
Roberto – Não fique triste, você é o filho que faria qualquer pai feliz.
Roberto desfez o abraço, olhando para aquele homem barbado a sua frente, o vendo como um verdadeiro filho, acariciando sua barba.
Alexandre ainda estava emocionado, tanto pela decepção com o pai quanto pelo perdão do tio, e limpando as lágrimas, deu um sorriso sem graça.
Roberto – Você fica muito mais bonito sorrindo.
Roberto – Você sempre enfrentou suas dificuldades com garra, não combina com você essa tristeza.
Alexandre – Mas tem horas que a gente entrega os pontos tio.
Roberto – Você já é um cavalão, barbado, mas se for preciso te ponho no colo e te faço parar de chorar.
Alexandre caiu na risada, imaginando aquela cena bizarra. Roberto também riu muito, mantendo o braço no ombro do afilhado, ficando um silencio entre eles.
Roberto – Me perdoa?
Alexandre – Claro que te perdôo tio. Sinto tanta falta do senhor.
Roberto – Vamos passar uma borracha em cima de tudo isso?
Alexandre contou o porquê estava triste. Roberto sentiu um pouco de culpa, imaginando que seu filho Thiago deve ter experimentado essa situação todas as vezes que ele mostrou sua intolerância. Mas seguindo o conselho da esposa, resolveu mudar o presente, não repetindo os erros do passado.
Não demorou e aquela tristeza do médico já tinha ido embora. Alexandre e Roberto começaram a relembrar alguns causos, rindo muito, conversando, discutindo, deixando de lado todas as cosias ruins.
Daniel – Me desculpe, não imaginei encontrar a senhora aqui, já estou de saída.
Suzana – Você vem sempre aqui?
Daniel – Sempre, em todas as datas que acho importante.
Suzana – Cheguei aqui junto com você, fiquei esse tempo todo lhe observando.
Daniel ficou surpreso, mas como não fez nada de mais, pouco se importou.
Suzana – Você ainda sente falta dele?
Daniel - Muita Dona Suzana, mas o tempo vai cicatrizando essa dor. Hoje sinto apenas uma profunda saudade e quando ela aperta muito eu converso com ele.
Daniel – Ele nunca me responde mas sei que ele me ouve e que esta num lugar muito bonito, tomando conta de nós.
Suzana estava com um óculos escuro, impedindo Daniel de ver seus olhos já cheios de lágrimas.
Suzana – Você sabe que dia é hoje né?
Daniel – Sei sim, hoje é aniversário dele, estaria fazendo 36 anos.
Suzana – Já seria um homem.
Suzana – Não vou entrar no mérito de coisas do passado, mas obrigado por cuidar do meu filho, de visitá-lo aqui, mesmo depois de tantos anos.
Daniel – Já estava de saída, tenha uma boa tarde.
Daniel se afastou, olhando para trás, enquanto Suzana se aproximava do tumulo de Thiago.
Mesmo depois de tantos anos e de ter ido diversas vezes até lá, naquele dia Suzana estava mais emocionada que o normal e foi só ver a foto do filho, que caiu de joelhos, sentindo o corpo fraquejar.
Daniel que já estava longe, mas ainda observando a mulher, correu o máximo que pode, até ampará-la.
Daniel – A senhora esta bem?
Suzana – Estou, deve ser esse sol. Tive apenas uma queda de pressão.
Daniel a ajudou a se levantar, pegando sua bolsa e colocando no ombro.
Daniel – Venha, eu ajudo a senhora.
Daniel segurou as mãos dela, até sair daquele lugar.
Suzana – Obrigado, eu vou chamar um táxi.
Daniel – De jeito nenhum, eu levo a senhora embora.
Suzana – Não há necessidade, só fiquei um pouco tonta.
Daniel – Eu faço questão, não vou deixar a senhora aqui, desse jeito.
Inês – Filho, achei que não viria aqui hoje.
Inês – E como foi lá? Falou com seu pai?
Alexandre deu um abraço bem apertado na mãe, antes de dizer qualquer coisa.
Inês – O que houve?
Alexandre – A senhora é minha mãe e também meu pai.
Deitado no colo da mãe, recebendo cafuné na cabeça, Alexandre contou tudo que aconteceu, inclusive o encontro com Roberto.
Alexandre – A senhora e o André sempre tiveram razão, o pai não vale nada.
Alexandre – Porque não me contou isso antes?
Inês – Meu filho, nunca que iria falar mal do seu pai pra você, mesmo ele sendo o que é.
Inês – Mas fico feliz que o Seu Roberto tenha lhe procurado.
Alexandre – Eu também mãe, mas quanto a aquele homem, nunca mais ele irá se aproximar de nossa família.
Daniel levou Suzana até em casa e com muita insistência aceitou seu convite para entrar.
Suzana – Obrigado por me trazer até aqui.
Daniel – Jamais deixaria a senhora sozinha lá.
Daniel já tinha entrado naquela casa, primeiro quando foi como convidado de Alexandre e depois quando Alexandre desmascarou Julio, mas só agora conseguiu reparar melhor na sua grandiosidade. Olhando os móveis, viu um porta retrato com Thiago e se aproximou, tocando o objeto.
Suzana – Foi na formatura do colegial.
Daniel – Nossa, ele esta diferente, bem cabeludo.
Suzana – Me acompanhe.
Daniel ficou sem entender, mas correu atrás da mulher, que foi subindo as escadas.
Daniel – Eu já conheço esse quarto e não foi um dia legal.
Suzana – Essa casa é tão grande, eu quis deixar um quarto pra guardar as cosias dele. Sempre quando estou com saudades eu venho aqui, ou seja, todos os dias.
Daniel – Sempre tive curiosidade em conhecer a senhora, ele sempre falava muito da mãe.
Suzana – Sério? Suzana abriu um sorriso, toda feliz.
Daniel – Sim, ele... deixa pra la.
Suzana – Fale.
Daniel – Ele falava que eu precisava conhecer minha sogra, mas que ela era brava.
Suzana – Que absurdo.
Daniel – Eu sei, ele mentia só pra me deixar cheio de medo, quando visse a senhora.
Daniel e Suzana riram, relembrando do passado, mas dessa vez uma lembrança tão leve e tão gostosa.
Daniel estava sentado na cama e Suzana veio com um álbum e começou a folhear, mostrando Thiago desde recém nascido até a idade adulta. Os dois fazendo comentários, rindo, analisando cada foto.
Aquele momento cessou quando Roberto apareceu no quarto, todo nervoso.
Roberto – Mas o que é isso?
Daniel deu um pulo mas Suzana foi mais rápida.
Roberto – O que esta fazendo na minha casa...
Suzana – Ele é meu convidado.
Roberto – Suzana, você...
Suzana – Eu passei no cemitério, o Daniel me encontrou e fez a gentileza de me trazer até aqui.
Roberto esqueceu o rapaz e foi amparar a esposa.
Roberto – Você esta bem? Eu disse pra você não ir sozinha.
Roberto – Quer que eu chame um médico? Peço pro Ale...
Suzana – A única coisa que eu quero é que você se desculpe com o Daniel, pela grosseria de agora.
Roberto engoliu a seco, mesmo contrariado, percebeu o papel ridículo que fez, mas ao virar-se Daniel já não estava mais lá, alias, já tinha saído da mansão.
Aquele dia realmente era o dia dos perdoes e de demonstrações de afetos entre pais e filhos.
Lucia – Boa noite, entre.
André – Eu disse que daria um tempo, mas queria dar esse presente a ela.
Lucia – Tudo bem André, pode subir.
Taís estava brincando no tapete com um monte de bonecas, vendo desenho na tv.
André – Oi filha.
Taís – Oi tio André.
André abaixou e abraçou a filha, beijando o rosto.
André – Eu estava com saudade de você. Você também ficou com saudade de mim?
Taís – Um pouquinho tio.
André se esparramou no tapete, observando a filha.
André – O que esta fazendo?
Taís – Brincando. Quer brincar comigo?
André – Claro, o que eu tenho que fazer?
Taís – Dar mama pra Juju, trocar a roupa da Lili e fazer comidinha pra Bruna.
André – Quem é essas meninas?
Taís – Minhas bonecas tio. Você tem que saber o nome delas.
André – De todas? Mas são um monte.
Taís – Oi tio Daniel sabe o nome de todas.
André sentiu uma raivinha na hora e não ia deixar por menos.
André – Se ele sabe, então o papai também vai saber.
André perdeu a noção do tempo e virou um escravo da menina, fazendo tudo que ela mandava, nem lembrando um policial casca grossa.
Taís – Papai, vamos brincar de massinha?
Taís começou a mexer em seus brinquedos enquanto André ficou paralisado. Mesmo sem perceber e de forma totalmente natural à menina o chamou de pai pela primeira vez.
Taís – Anda, você não quer brincar?
André passou a mão nos olhos e sorrindo para ela, voltou a fazer suas vontades.
Aos poucos Taís foi se soltando e escutando uns gritos e risadas altas, Lucia entrou no quarto e deu se surpreendeu ao ver André algemado e com o rosto cheio de massinha colorida grudada.
Lucia – Mas que bagunça é essa?
André – Relaxa mamãe.
Taís – É mamãe, relaxa.
André – Lucia, solta a algema pra mim, ela não quer abrir.
Taís – Mamãe, eu prendi o papai.
Lucia fez uma cara de espanto, olhando para André, ao ver a menina chama-lo de pai.
Lucia – Acho que chega de brincadeira por hoje, já esta tarde né mocinha.
André se recompôs e deu um abraço na filha antes de ir embora.
Taís – Tchau tio.
André – Não é assim que me chamou. Me chama de papai de novo.
Taís – Tchau papai, não demora pra voltar.
Daniel – Ainda esta chateado?
Alexandre – Um pouco, mas vai passar.
Alexandre – Então você virou amiguinho da tia Suzana?
Daniel – Para, ela é uma mulher bem legal.
Alexandre – Agora é só você e o tio Beto fazerem as pazes.
Daniel – Nem vem Xande, fico feliz que vocês estão numa boa, mas uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.
Daniel – Chega de papo e vira ai.
Alexandre – Que isso, vai me comer?
Daniel – Esta muito tarado hein doutor. Só vou lhe fazer uma massagem e fazer você esquecer esse dia ruim.
Alexandre – Apesar de tudo não foi um dia ruim, serviu pra que eu veja que já tenho ao meu lado as pessoas que são importantes pra mim.
Julio ao ficar sabendo da reconciliação do tio com Alexandre ficou, possesso ainda mais que Daniel e Suzana estavam amiguinhos. Não bastando isso, estava se sentindo cada vez mais encurralado. Roberto estava cada vez mais frio com ele, o deixando de fora de todas as decisões estratégicas da empresa, como se soubesse de algo bem grave dele, mas o que lhe matava era o silêncio do tio, que em seu natural já teria explodido, caso realmente soubesse de algo comprometedor dele.
Julio – Droga, droga.
Lucia – Julio eu...
Julio – Mas virou moda agora? Escreveu não leu e você mete a mão na maçaneta da minha porta.
Lucia – Tenho pouco tempo para formalidades. Preciso que você elabore o projeto de viabilidade da nossa nova loja.
Lucia – Preciso desse relatório o quanto antes, quando terminar deixe em minha mesa.
Julio – Como é que é? Voce esta me dando uma ordem? E desde quando você esta frente de projetos aqui nessa empresa?
Lucia – Desde dia que o seu tio me encarregou disso. Você precisa se informar mais das coisas que acontecem aqui.
Julio – Eu não vou ser seu subordinado.
Lucia – Então fale com seu tio, ou sua tia Suzana.
Julio se retraiu, morrendo de raiva, por ter que ter que se reportar a Lucia.
Sua vontade era reclamar mas sabia que sua barra estava suja e não teve outra opção se não acatar as ordens de Lucia.
Já era por volta do almoço e como sempre bebendo seu whisky e reclamando de tudo, recebeu um e-mail.
- Ola priminho, como vai?
Julio – Você de novo? Me deixe em paz.
- Há quanto tempo né? Andei meio sumido, mas é por um bom motivo.
- Estou preparando nosso encontro.
Julio – O que você quer desgraçado?
- Ah, antes que eu me esqueça. Gostou do meu presente?
- Achei a sua cara, se não gostar de baratas, no próximo posso mandar escorpiões, aranhas.
Julio – Me deixe em paz desgraçado.
- Você deve estar nervoso né?
- Mas beber não irá resolver seus problemas.
- Tenha uma boa tarde, o grande dia esta chegando.
Julio esbravejava enquanto lia aquele e-mail, mas a penúltima frase lhe deixou em choque. Olhando para sua mão, o copo de Whisky, ficou em pânico.
Julio – Como sabe que estou bebendo?
Julio – Você esta me vendo!!!
Julio se levantou, e ficou girando pela sala, olhando para todos os lados.
Julio – Cadê, cadê a câmera.
Julio subiu numa cadeira e como um louco começou olhar cada canto daquela sala, olhando a janela, fechando tudo.
Julio – Cadê a porra da câmera.
Julio tapou a janela com um papelão, ficando naquela escuridão, achando que alguém o observava. Jogando todos os livros e objetos no chão, vasculhou aquela sala, não deixando passar um objeto se quer até se dar por vencido e desabar no chão, todo suado e cansado, sem encontrar nada.
Alexandre – O que esta fazendo?
Daniel – Adiantando um trabalho.
Alexandre estava insuportável, começou beijar Daniel, passando a barba em seu pescoço.
Daniel – Para Xande, não consigo desenhar assim.
Alexandre – Você não liga mais pra mim, deve ter outro né.
Daniel – Tenho um monte. Vai fazer essa chantagem barata agora hein doutor?
Alexandre – Você não cuida mais de mim, não me da mais atenção.
Daniel olhou pra aquela cara de cachorro sem dono do namorado, mas se manteve firme. Deu um beijão bem gostoso nele e voltou a se concentrar no trabalho.
Alexandre parecia entediado, ficou deitado no sofá, mudando toda hora de canal.
Daniel – O que foi?
Alexandre – O porteiro disse que minha tia esta subindo. Estranho.
Daniel – Deve ser a sogrinha.
Alexandre abriu a porta e deu de cara com Suzana.
Alexandre – Tia, nossa, que surpresa.
Suzana – Como vai meu querido?
Suzana abraçou o afilhado, beijando seu rosto, fazendo um carinho em sua face.
Alexandre – Entre.
Suzana – Desculpa, vir assim sem avisar.
Alexandre – A senhora não precisa dessas coisas.
Daniel se aproximou, cumprimentou a ex sogra, agindo naturalmente.
Daniel – Bom Xande, vou dar uma volta, daí vocês conversam mais a vontade.
Suzana – Absolutamente Daniel, não vou aceitar isso. Vim visitar vocês dois.
Suzana – Vou ficar constrangida se você sair de sua própria casa.
Os três sentaram-se e Alexandre matou a saudade da tia, contando as novidades, falando do seu trabalho, planos.
Alexandre – Então a senhora assumiu a empresa?
Suzana – Aos poucos.
Suzana – Fiquei muito feliz de saber que o Roberto se desculpou com você.
Alexandre – Gosto muito do tio.
Daniel ficou a maior parte do tempo calado, mas Alexandre sempre dava um jeito de colocá-lo na conversa.
Alexandre – Ganhei uma sobrinha tia. Eu e o Dan somos tios ao mesmo tempo.
Suzana – Que maravilha, sua mãe deve estar em êxtase.
Alexandre – A senhora vai adorar a Taís, é uma fofa, da vontade de pro no colo e não solta-la mais.
Alexandre – O André vai fazer uma festa, queria que a senhora e o tio fosse.
Suzana – Com certeza iremos sim.
Mesmo dizendo que não precisava, Daniel insistiu em fazer um café para a Suzana.
Daniel – Que droga, não tem nada pra comer nessa casa.
Alexandre - Claro que tem, essa bundinha gostosa. Disse ja apalpando a bunda de Daniel.
Daniel - Pare Alexandre.
Achando que estava recebendo o papa, Daniel já começou a ter seu ataque histérico, inventando um monte de loucuras.
Alexandre – O que esta pegando hein?
Daniel – Não tem nada aqui Xande, esse pão é da manhã, só tem essa geléia, e...
Alexandre – Ei, um café esta bom. Minha tia não veio matar a fome aqui.
Daniel – Ela vai achar que não temos o que comer, o que ela vai ficar pensando? Vai achar que não nos cuidamos e...
Daniel – Não temos um queijo, nem bolo tem, será que ela prefere suco? Chá? Refrigerante? Só tem essa geléia.
Alexandre – Sossega Daniel.
Alexandre – Minha tia é de casa, ela come qualquer coisa, serve esse pão mesmo, essa geléia.
Alexandre - A geladeira esta lotada.
Daniel – Só isso? Na casa dela deve ter uma geladeira só pra guardar geléia, queijo.
Alexandre começou a bufar e usando seu lado mandão, deu um jeito em Daniel.
Suzana – Ola, não precisam se preocupar comigo.
Alexandre - Tia, é difícil explicar para o Dan, ele esta querendo chamar até um mordomo para servir a senhora.
Alexandre – Ele acha que a senhora é uma perua fresca.
Daniel ficou vermelho, com vontade de grudar no pescoço de Alexandre, mas acabou rindo ao ver Suzana gargalhando com o médico.
Daniel não se deu por vencido e saiu, voltando carregado de bolsas, preparando um banquete para sua visita especial.
Aos pouco foi se entrosando e conversando sem barreiras com Suzana, falando sobre todos os tipos de assuntos.
Suzana – E vocês dois? Como estão?
Alexandre deu um sorriso e passando segurança para seu amado, estendeu seu braço sobre seu ombro.
Alexandre – Ah tia, estamos muito felizes.
Daniel olhava para Alexandre, dando um sorriso sem graça, mas adorando sua postura.
Suzana – Vocês dois são dois rapazes de sorte, os dois são muito especiais.
Suzana – Cuidem bem um do outro.
Daniel – Pode deixar, se não sou eu, o doutor aqui poe fogo na casa.
Alexandre – Olha quem fala, você quando empaca Daniel, fica pior que uma mula.
Alexandre – Tia, quando ele começa a reclamar, nossa, tem que ter muita paciência.
Daniel – É porque ele quer mandar em mim Dona Suzana, ele é muito mal acostumado, é muito filhinho da mamãe.
Suzana – Sem brigas.
Os três conversaram por mais um tempo ate Suzana se despedir. Não só Alexandre, mas Daniel também ficou muito feliz com aquela visita.
Era uma sábado, André estava eufórico, já tinha comprado carne, bebidas, muita comida e tudo mais que era necessário para fazer uma grande festa só para receber pela primeira vez em sua casa, Taís, como sua filha.
André – Boa tarde Dona Ângela, vim pegar a Tais. A Lucia vai sair mais tarde do trabalho e disse que eu poderia levá-la.
Ângela – Estou sabendo.
André – Essa é minha mãe.
Inês – Como vai?
Inês estendeu a mão mas Ângela parecia sempre retraída, não deixando-se envolver naquela situação.
Taís – Oi papai.
Taís – Oi tia Inês, você também é minha vovó?
Inês – Sou sim e adorei saber disso.
André – O papai tem uma surpresa pra você.
Taís – Eu vou ganhar presente tio? Papai.
André – Vai sim.
Inês insistiu, mas Ângela sempre reservada, não aceitou o convite para o almoço em sua casa.
O expediente já estava se encerrando na loja de Roberto e Lucia e os demais funcionários nem estavam mais lá.
Julio nem conseguiu trabalhar, ficou sozinho, bebendo, falando sozinho, andando de um lado para o outro. Desde que chegou ao trabalho, recebeu diversos e-mails, todos com um to sério que o apavorou.
Todo ofegante, ficou lendo o ultimo e-mail que recebeu de Thiago, analisando aquelas palavras.
- Hoje é o nosso dia meu primo.
- Finalmente vamos ficar cara a cara.
- Estou aguardando você nessa tarde, na minha casa.
- Estarei lhe esperando no lugar onde passei esses últimos 10 anos.
- Você ainda se lembra onde é meu túmulo?
Julio – Desgraçado, vou te mandar de volta para o inferno. De volta para o lugar de onde você nunca deveria ter saído.
Mesmo demonstrando toda essa raiva, por dentro ele estava em pânico. Só de imaginar em ficar cara a cara com Thiago, um calafrio subia por sua espinha, ainda mais pelo encontro ser num lugar tão sinistro, num cemitério.
Totalmente fora de si, Julio abriu seu cofre e retirou um revolver preto, já carregado. Ficou manuseando aquela arma no ar, olhando como um maníaco, apreciando o brilho do metal, com o dedo no gatilho.
Um pouco antes do horário combinado, juntou suas coisas e com o revolver preso na cintura, guiou seu carro até o cemitério onde Thiago estava supostamente enterrado.
Já passava da hora do almoço e o local estava totalmente deserto. Andando por aqueles túmulos e embrenhando-se cada vez mais para dentro daquele lugar, foi sentindo seu coração se apertar a cada passo. A sensação de estar sendo vigiado e surpreendido a qualquer momento, era algo infernal.
Depois de alguns minutos, estava de frente para aquele tumulo de mármore, olhando oara todos os lados, quase em pânico.
Julio – Cadê você desgraçado.
Julio – Apareça, seu viado nojento.
Julio colocou a mão no bolso, já com o dedo no gatilho, pronto para o bote. Mas ao virar-se de frente para o tumulo novamente, teve um choque.
Viu as fotos dos seus avós, de sua mãe e também a do primo, mas o que lhe deixou em desespero, foi ver uma placa com sua própria foto, indicando o ano de seu nascimento e a data de sua morte, que era exatamente aquele dia.
Julio – Não!!!!! Não !!!!!
Julio – Socorro!!!!
Levando as mãos a cabeça, começou a sentir seu coração disparar, se virando para todos os lados.
Totalmente desequilibrado, gritou como um louco e com aquela forte emoção, sentiu as pernas amolecerem, até sentir os olhos se fechando e o coração batendo cada vez mais forte, caindo desmaiado diante do tumulo de Thiago.
Algum tempo depois....
Aos poucos os convidados foram chegando. Inês como boa anfitriã, fazia questão de receber a todos.
Inês – Entrem, o André foi buscar mais bebida, mas já deve estar chegando.
André tinha convidado os amigos mais chegados do trabalho e logo apareceu Daniel e Alexandre.
Tais ao ver o tio já pulou em seu pescoço, recebendo milhões de beijos.
Alexandre – Eu também não ganho?
Taís – Claro que sim tio Xande.
Em questão de minutos, todos já estavam presentes. Lucia ficou um pouco tímida, mas Inês fez questão de deixá-la a vontade.
Inês – Fique muito feliz em saber que tenho uma neta, mesmo sendo um grande susto.
Lucia – Obrigado.
Inês – Pela criação que a Taís teve, você deve ser uma grande mulher. Saiba que as portas da minha casa sempre estarão abertas pra você e sua família.
Taís – Mas vó, não vou ganhar presente?
Daniel – Olha os modos Taís.
Taís – Mas não é festa pra mim tio?
Malu – Deixe ela Dan, não é todo dia que se ganha um pai né?
Inês – E você Malu? Não pensa em ser mãe?
Malu – Eu?
Malu ficou um pouco sem graça, mas Pablo disfarçou a reação da noiva.
Pablo – Acho que não da pra nós Dona Inês, coitado de um bebe com dois pais desajeitados como nós.
Carmem – Ah, mas quando ele vier, você verá como muda qualquer pessoa.
Carmem – Já ajudei a colocar tantas crianças no mundo.
O sol já estava se pondo, mas a festa estava rolando solta. André levava a primeira rodada e carne, enquanto Inês não parava de preparar coisas para comer.
Daniel – Vamos comer um pouquinho? O tio vai pegar comida pra você.
André – Eu vou levar ela. Vem com o papai.
Daniel – Mas você não sabe o que ela come. Tem que tirar a gordura da carne.
André – Não sei, mas eu aprendo ué.
Daniel segurou num braço de Taís, enquanto André a puxava pelo outro. Taís só ficou olhando para o rosto dos dois, sendo puxada para todos os lados.
Alexandre – Vem aqui, o tio leva você pra comer.
Daniel e André nem perceberam o “roubo” e ficaram como duas crianças discutindo.
Daniel – Eu que sempre fiz os lanches dela.
André – Mas agora eu que vou fazer isso.
Daniel – Mas você chegou ontem, nem sabe do que ela gosta, nem sabe o nome das bonecas dela.
André ficou furioso, sabia que isso era uma enorme desvantagem.
André – Claro que sei. A juju, a Lili...
Daniel – Esqueceu da Fafa.
André – Mas não tem essa boneca.
Daniel – Claro que tem, a loirinha de lacinho na cabeça.
André - Mas a Fafa não é essa, essa é a Julieta.
André – Mas vou levar ela pra fazer outras coisas, passear.
Daniel – Isso eu já faço.
André – Vou levar ela pra andar de viatura, ela adora a luizinha.
Daniel sentiu um baque, não teria como concorrer com aquilo.
Daniel – Mas é um absurdo, usar um bem do estado para beneficio próprio.
Daniel – Logo ela vai enjoar.
André – Quando ela enojar, levo ela pra viajar. Vou levá-la pra Disney.
Daniel – O que!!! Eu que vou levar ela pra Disney, já acertamos isso a anos.
Taís – Tio, os dois estão loucos?
Alexandre – Acho que sim viu.
Taís – Poe eles de castigo tio Xande.
Alexandre abraçou os dois e encerrou aquela criancice que nem mesmo Taís seria capaz de cometer.
Estavam todos sentados numa enorme mesa no quintal, quando André chamou a atenção de todos, pronto para mostrar sua surpresa.
Taís – Deixa eu ver papai, é presente?
Alexandre – Fala logo mano, o pessoal veio pra comer e conversar e não pra ouvir discurso seu.
André – Calma.
André foi desabotoando a camisa, preparando ara tira-la.
Alexandre – Striptease não, ninguém merece né André.
Malu, como era atirada, já deu um assobio, incentivando aquele show, mas sendo repreendida por Pablo, que fez uma cara horrível.
André – Deixam de ser maliciosos. Estão pronto pra ver?
André tirou a camisa, exibindo uma tatuagem no lado direito do seu peito, na vertical, com o nome da filha: T A Í S.
Todos assobiaram, batendo palma, menos Daniel que abriu um bico enorme, se mordendo de ciúmes.
André – Seu nome filha.
Tais – Meu nome pai?
André pos a filha no colo, que ficou passando os dedinhos naquelas letras.
Daniel já começou a pensar em milhões de coisas, como tampar as costas com o rosto da sobrinha e se fosse preciso, tatua até seu nome na testa.
Taís ficou super feliz, eufórica. Mesmo sem saber ler, ficou encantada com o desenho daquelas letras, no corpo do pai.
Alexandre – Tudo bem?
Daniel – Ta!!! Disse de maneira seca.
Alexandre já tinha percebido o ciúmes de Daniel e tratou de abraçá-lo, dando lhe carinho.
Todos estavam empolgados demais, se divertindo, rindo, comendo, mas Daniel como era um incorrigível inseguro, acabou se isolando, curtindo sua dor de cotovelo sozinho.
Mas as surpresas da noite ainda estavam longe de acabar, Inês foi atender a campainha e deu de cara com Roberto e Suzana.
Inês – Vocês!!! Sejam bem vindos.
Roberto – Boa tarde comadre.
Já era noite, o sol já tinha se posto e apesar do clima de verão, naquele lugar era possível sentir uma leve friagem.
Aos poucos Julio foi recobrando a consciência e ainda deitado, lentamente seus olhos foram se abrindo.
Julio – Onde estou? Que frio!!!
Julio – Que cheiro horrível.
Seus braços estavam dobrados sobre o peito e limpando os olhos, foi se recordando de sua visita ao cemitério.
Aquele cheiro de flores e vela foram invadindo suas narinas, enquanto sentia uma friagem nas costas.
Foi revirando a cabeça para a direita e esquerda, olhando para os lados, mas ao se dar conta de onde estava, uma onda de pavor tomou conta de si e a única coisa que conseguiu fazer foi dar um grito de desespero.
A festa bombava mas Daniel estava um pouco chateado. Mesmo sabendo que era um pouco de egoísmo de sua parte, ele não se importava em sentir-se mal, pois para ele, em primeiro lugar, sempre seria a felicidade de Taís.
Estava sentado num banco, olhando para a lua, quando sentiu a presença daquele toquinho de gente ao seu lado.
Taís – Oi tio.
Daniel – Oi Minha princesa.
Taís – Porque esta quietinho tio?
Daniel – Só estou vendo as estrelas.
Taís – Fica lá com a gente tio?
Daniel – Daqui a pouco eu vou.
Taís – Tio o papai é muito legal.
Daniel – Ah é? Fico feliz que vocês se deram bem.
Daniel – Você merece o melhor papai do mundo.
Taís – Eu adoro o papai André.
Taís – Tio!!!
Daniel – Oi.
Taís – Tio, eu adoro o papai, mas você é o meu preferido.
Daniel olhou no mesmo instante para a garotinha, sentindo os olhos encherem de lágrimas, mas querendo dar um grande sorriso.
Daniel – Eu?
Taís subiu no banco, ficando com o rosto na altura da do tio e enrolando seus bracinhos no pescoço dele, fez a maior declaração de amor que Daniel poderia ouvir.
Taís – Tio, você sempre será o meu preferido.
Taís – Eu te amo.