Capítulo 33
Uma hora depois estava em casa, Marcão remoendo as unhas ouvindo tudo...
- Caralho velho. Que puta vadia...
- Nem fala cara. Mas você precisava ver a cara dela "confessando" o crime.
- Mandou muito bem Bruno... Mas que pena que ele não veio e deixou ela lá.
- Você acha que isso é ponto prá ela?
-Não... Ele pensou. Não, conhecendo o pouco que conheço dele, ele não a deixaria assim. Se sente responsável por ela aqui.
- É foda... Isso é um trunfo dela, cara... Ela vai usar disso o máximo que puder.
- Vai mesmo, mas segue desse jeito cara. Você não pode tentar colocá-la contra ele. Ela vai se revelar, ou ser vencida pelo cansaço...
- Porra cara, assim espero viu? Vou ter que lidar com isso e não deixar nosso lance esfriar. É isso que ela vai querer fazer.
- Hum... Bom, já sabe que pode contar comigo se inventar alguma coisa, ok ?
- Prá qualquer coisa?
- Epa... calma lá velho. No que está pensando?
Eu ri da cara de susto dele...
- Nada. Mas talvez precise dos seus dotes... Hehehe...
- Como assim ?
- Calma. Confia em mim. Só se eu precisar vou te falar. Mas acho que não vai ser preciso não...
- Que medo porra...
- Hehehehe... Fica sossegado velho. E valeu mesmo viu?
- Que isso irmão... Tamo aqui. Junto. Vou querer ser padrinho...
- Obaaa... Claro!
- A gente se vê amanhã cara.
- Não quer ficar aqui hoje?
- Não, de boa. Não ia ser legal o Dani saber que estou dormindo aqui...
- Ele não saberia... e mais... ele tá dormindo lá, com a ex... Você nem é meu ex ainda...
- Seu viado. Melhor não. Até amanhã...
- Valeu grande.
Ele saiu. Liguei o rádio. Relaxei no sofá e fui caindo devagarinho num sono de paz.
No dia seguinte combinamos de almoçar juntos, só eu e ele, claro. Minha estratégia era sondar, tentar notar o que ela tava aprontando. Mas não rolou.
- Meu gato. Onde você quer comer?
- Bom dia lindo. Melhor inverter a pergunta...
- Como ?
- Onde eu quero ser comido? Qualquer lugar... Me leva prá qualquer lugar onde eu possa cair de boca em ti, te beijar todo, me entregar inteiro velho... Tô subindo pelas paredes de tesão em você...
- Caralho Dani... Pára que eu vazo velho...
- Então se manda...
Dirigi como um louco prá casa, ele apertando minha coxa e se debruçando sobre meu corpo quando parava em semáforos... Melhor (quem diria eu dizendo isso...) , de vidros semi abertos e eu não tava nem aí. A vontade agora era minha de abrir o resto e berrar bem alto : "Ele é todo meu...!"
Subimos apressados, e ele me empurrou prá sacada. Notei que esse jejum tinha trago de volta parte daquele lance da aventura. Ele não estava nem um pouco sossegado... Era uma tentação...
Os dois sem camisa, meio da tarde, rua movimentada, ele me colocou de costas prá rua, se abaixou e me chupava gostoso, explorando minhas pernas, minha bunda, meu peito... Eu acariciava seus cabelos e gemia baixo, pedindo mais...
- Que saudade de você Dani...
- E eu meu gato... Fode minha boca... Me mostra seu tesão... Sou teu.
- Só meu cara?
- Só teu velho... Quando quiser...
- Ahahahahah...
Depois de um tempo ali, nos arrastamos e caímos ao lado do sofá. Ele se sentou na beirada, ergueu as pernas e ofereceu seu cuzinho para que eu caísse de boca... Eu chupava fundo enquanto batia uma punheta safada... Ele gemia e se contorcia prá mim.
- Porra velho, não demora. me fode. Me arregaça... Quero você...
- Só se for agora...
Levantei suas pernas e encaixei meu cacete duro em seu buraco, de frango assado, me debruçando sobre seu corpo e caindo de boca em seus lábios, em seus peitos, acariciando seus cabelos. Estávamos com tanta fome um do outro que nenhum de nós fez questão de se segurar ou frear o prazer que sentíamos...
O gozo veio vindo do fundo, minha perna tremia e ele piscava seu rabo, aumentando meu prazer. Acelerou a pegada em seu pau, rebolando gostoso...
- Não vou aguentar mais Bruno... Goza comigo...
- Vamos juntos caralho...
- Ahahahahaha Meu macho!
- Meu puto gostoso!
- Aahahha
Gozamos deliciosamente e nos largamos nos braços um do outro. Fiquei beijando seu rosto e acariciando seu peito. Ele retribuía carinhosamente...
- Porra Bruno... Que tesão velho. Não pensei de ser tão difícil...
- O que ?
- Ficar sem você mais perto... Te ter a qualquer hora. Tá foda...
- Bom Dani, a gente sabia né?
- Não sabia cara... Primeira vez que tenho que ficar assim mais longe de tu desde que...
- desde que...?
- Desde que me vi apaixonado por ti cara... No início era atração, tesão, carne, química...
- E agora?
- Prá mim é mais. Já te falei... Espero que prá ti também.
- O que você acha?
Ele riu...
- Ah... Acho que também é assim prá você. Me garanto, sabe ?
- Seu puto...
- hã hã... sou sim. Nunca escondi... Pelo contrário, hehehe
Tive que rir junto.
- Dani... Como está com a Ana?
Não consegui ficar quieto. Era hora de sondar...
- Como está o que Bruno?
- Sei lá... ela tá de boa?
Ele se levantou, recostando-se no sofá e me olhando. Investigava...
- Porque? Aconteceu algo?
- Não...
- Fala sério.
- Não, nada mesmo... Porque?
- Sei lá. Saímos dois dias, e nos dois cada um de vcs passou mal em um... Sou eu a zica?
Ele era observador...
- Não bobo. É a comida mesmo.
- Sei lá. Fiquei meio bolado. Tentei sondá-la, mas ela também falou que não era nada. Não quer nos atrapalhar, fica insistindo prá eu ficar contigo, deixá-la sozinha... Mas sei lá... Fico mal, entende? Afinal, eu a trouxe né?
- Você a trouxe?
- Quero dizer... Eu a deixei vir.
- Ah.
Fiquei meio preocupado. Ele notou.
- Que foi?
- Nada... A gente precisa voltar né? Tô com fome...
- Hummm... Ele se mexeu, chegando seu corpo no meu...
- Pára seu porra... Tô com fome de comida.
- Ahhhhh... que pena.
Nos levantamos e começamos a nos arrumar.
- Vou bater rapidinho uma vitamina prá gente.
- Ok.
O celular dele tocou.
- É ela.
Vadia... Tava marcando de perto mesmo. Só acompanhei o papo...
- Oi Ana.
- É, dei uma saída... Já to voltando.
- Não, tô aqui no Bruno. Vim almoçar com ele...
- Ah linda, não ia dar tempo de te pegar aí e levar de volta... estamos correndo...
Linda???
- É... e a gente tava precisando namorar um pouquinho né?
- Não quis dizer isso Ana.
- Sem drama, ok ? Você não está atrapalhando nada... sossega.
- Tá bom. Olha, a gente se fala de noite.
- Pode deixar. Beijo...
- Mando sim. Até.
Ele veio na minha direção.
- Ela te mandou um beijo.
- Ok... Manda outro bem grande. Molhadinho
Saímos e eu já sabia que a noite ele estaria com ela.
Ele parecia chateado. Tanto quanto eu.