Capítulo 39
Tudo o que tinha acontecido tinha me consumido. De certa forma, a ele também.
Talvez por isso nossa urgência.
Em segundos estávamos nus, rolando na cama e nos beijando com sofreguidão. Ele me beijava forte e descia com sua língua pelo meu peito, minha barriga, minha virilha... Eu acariciava suas costas, seu cabelo, seus ombros...
- Ah Bruno... Como isso é bom cara.
- Que saudade de você Dani!!
- Mata essa saudade velho... eu sou só seu. É você que me tem.
Ele se deitou meio de lado, puxando meu rosto para que sugasse sus peitos enquanto arrebitava sua bunda e se encaixava no meu cacete duro. Ficou assim roçando e provocando sem pressa nenhuma. Apertava seu corpo contra o meu e depois se afastava devagar, me instigando e excitando mais e mais...
- Meu macho gostoso. Me beija gostoso. Me mostra seu tesão por mim...
-- Sente cara... Sente o que tu faz comigo...
- Não espera Bruno... Me fode assim cara, de frente prá mim, com sua boca na minha, com sua língua me matando...
- Ah velho... assim não aguento...
- Vem cá...
Me buscou com suas mãos e encaixou meu caralho em sua bunda sedenta. Fechou os olhos, gemeu e foi se abrindo devagar, agasalhando meu tesão dentro de si...
- Me enche cara...
- Se abre prá mim velho...
- Vai...
- Pede mais cara...
- Vem... me fode...
- Mais...
- Me come meu macho... Faz comigo o que só vc sabe fazer...
- Toma meu homem...
Eu comecei a bombar gostoso, segurando sua cintura e beijando seus peitos e boca, sufocando seus gemidos. Ele rebolava gostoso e me puxava mais prá dentro, nossos corpos colados...
- Caralho velho... Vamos gozar... Juntos.
- A hora que quiser...
- Agora !
E fomos juntos, mais uma vez. Me deixei cair em seu peito, e ali ficamos jogados enquanto nossa respiração voltava ao normal. Nossas mãos brincando com nossos corpos, devagar mas firme...
- Bruno ?
- Que foi...?
- Quando me mudo pro seu AP ?
Eu puxei seu rosto e segurei-o em minhas mãos, como ele fazia comigo e eu adorava...
- Amanhã meu amor... Amanhã?
Claro que minha resposta foi prá coroar nossa retomada.
Acertamos que nós ajeitaríamos as coisas dele em duas semanas, sem muita pressa e com tempo para fazer tudo certinho.
Ele concordou, claro. Não tínhamos problema com mobília, já que ele tinha ocupado a casa já mobiliada. Mas eu teria que alterar poucas coisas prá recebê-lo. Um armário maior, ajustes pequenos na estrutura.
Mas faríamos juntos, curtindo cada momento.
A semana passou devagar e eu estava muito feliz. Por dois motivos, senão vários outros que descobriria maia tarde.
O primeiro pelo óbvio, por tudo ao final ter dado certo, pela empolgação dele e minha, por ter vencido a parada com a Ana, claro... por não ter dúvida de ter feito o certo.
O segundo motivo era ainda mais relevante. Eu me descobria um novo homem, com reações e atitudes que antes provavelmente eu criticaria. Mas sem culpa por isso, e feliz.
Era a sensação clara de notar um relacionamento que me fazia sair da zona de conforto de sempre. Mexia com meus paradigmas, fazia com que eu colocasse em pauta para comigo mesmo pontos e considerações das quais por muito tempo eu tinha me esquivado, ou menosprezado.
Era bom sentir-me novo, diferente, apto à mudar, experimentar, tentar, errar, consertar, aceitar, questionar... sem verdades absolutas e sem certezas eternas. Como um ser humano normal. Falível.
Era bom. Era bom minha relação com um cara tão diferente de mim, mas tão igual ao mesmo tempo. Complicado explicar, mas era assim que me sentia. Eu via no Dani um oposto que me completava bastante, trazendo novidades, mudanças e desafios, mas muito bom, muito gostoso...
Eu faria tudo e mais um pouco para que essas nossas diferenças nos completassem.
A minha parte eu faria...
Para fechar essa parte e essa fase punk da história:
http://www.youtube.com/watch?v=_ShiqGQp8hQ
Era assim que íamos... diferentes, quase iguais...