Sei que a história anda meio confusa mas aos poucos ela vai se desenrolar e vocês irão entender.
Continuação...
Suzana pegou nos braços de Christian como se ele fosse uma criança.
-Suzana solta meu irmão, ele vai embora comigo...
-E quem disse que ele é seu irmão ???
-Am ? Do que você esta falando.
-Ele não é seu irmão Marcelo nunca foi e nunca será.
-Não estou entendendo mais nada, explica essa história direito Suzana.
-Eu não devo a você satisfação de nada Marcelo, se quer suas respostas volte ao orfanato que você morou.
-Como você consegue viver assim, sendo uma pessoa tão ruim.
-Estou sendo quem sempre fui, só estou fazendo isso para o bem do meu filho...
-Que filho ? A senhora nunca se preocupou comigo... Interveio Christian.
-Christian se tudo que fiz foi para o seu próprio bem, estou pensando no seu futuro.
-Que futuro ? Viver sendo uma marionete e deixar que mandem em mim... Eu já cresci não sou mais criança.
-Christian eu já vou embora, ouvi demais por hoje preciso voltar e tirar essa história a limpo.
-Eu também vou com você Marcelo, tenho todo o direito de saber a verdade e você Suzana nem tente me impedir, cansei de viver sobre mentiras. Marcelo eu encontro você no aqui no aeroporto.
-Tudo bem como quiser.
Deixei ele partir e fui tomar um café, eu não estava conseguindo digerir toda aquela história como assim ele não era meu irmão ? Aquilo precisava ser esclarecido o quanto antes, minha cabeça estava muito confusa, Suzana não poderia esta brincando com algo que soava tão sério mas algo não se encaixava, minha mãe havia morrido naquele acidente com meu pai meu irmão e eu não tinha com quem ficássemos e fomos mandados para o orfanato, era tanta coisa que minha cabeça estava a ponto de explodir, só depois pensei na hipótese que se isso fosse realmente verdade eu poderia viver em mais com Christian sem culpa alguma.
Meia hora depois Christian chegou com sua mala, ele estava pronto para ir embora, eu disse que tinha um plano sem mesmo saber qual era, e depois daquela bomba minha cabeça estava mais confusa ainda.
-E ai o que esta pensando fazer Celo ?
-Ir atrás da verdade Christian, se existe algo errado vai aparecer.
-E se nos magoarmos ?
-Já me magoei tanto que não tenho mas medo de nada.
-Você sempre durão né ? Isso me impressiona desde criança.
-Então, pronto para voltarmos e descobrir a verdade ?
-Pronto.
Pegamos nossas coisas e fomos a procura de um voo mais rápido possível para o Brasil, não deu tempo nem de desafazer a mala e conhecer o local depois de toda aquela história, Christian parecia bem mesmo depois de toda aquela tempestade, mas eu estava aflito com medo de que algo pudesse machuca-lo, eu já não me preocupava comigo mesmo se preocupava com o bem estar das pessoas que eu mais amava no mundo Christian e Vera, se eles estivessem bem, eu também estava.
...
Chegamos no Brasil pela manhã, disse a Christian para irmos até em casa para deixar a mala e pegarmos o carro para ir ao orfanato, ele concordara. Estávamos com tanta pressa, eu estava morto de cansaço não havia dormido bem durante esses dias precisava de um dia de sono tranquilo.
Chegamos, fui para o quarto deixar nossas malas, Vera se espantou por me ver tão cedo disse que iria ficara fora durante uma semana mas nem precisou tanto tempo assim.
-Pensei que você iria ficar mais tempo Marcelo.
-Nem precisei Vera.
-Eu andei pensando numas coisas e gostaria de te comunicar.
-Pode ser mais tarde Vera, tenho que resolver um problema com Christian, podemos conversar assim que chegarmos ?
-Tudo bem meu filho, vai lá resolver esse problema.
Peguei as chaves do carro e partimos para o orfanato, já tinha até me esquecido daquele lugar, não era muito longe assim, as paredes estava de cores novas assim como tinha muitas crianças por lá.
-Nossa Celo, quanto tempo não vejo esse lugar.
-Eu também, daqui eu quero passar longe, sofri muito nesse lugar.
-Vamos entrar ?
-Claro, hora da verdade.
Tocamos a campainha e solicitei que falasse com a diretora do colégio, o segurança pediu que aguardasse um momento que ela já estava vindo.
Eu estava aflito e com muito medo de ouvir coisas desagradáveis. O segurança autorizou nossa entrada, tudo estava como era antes alguns moveis velhos, crianças correndo para tudo que era lado. A sala da diretora havia mudado de lugar, mas nada muito significativo. Sentamos e ficamos a sua espera.
-Eu me lembro desses rostinhos de algum lugar.
-Claro que se lembra diretora, já moramos aqui sou o Marcelo e esse é meu irmão Christian.
-Nossa como vocês cresceram, estão lindos a que devo a honra dessa visita.
-Você nos deve a verdade.
-Desculpa, não estou entendendo.
-Não se faz de sínica, eu tive uma briga com Suzana a mãe de Christian e a mesma disse que não éramos irmãos e que você sabia de toda a verdade.
-Olha esta no meu horário é melhor conversarmos outra hora.
-Não vamos conversar outra hora, a senhora vai ficar sentadinha ai e não vai sair dai enquanto não disser a verdade.
-Não sei por onde começar.
-Pelo começo e sem mentiras dessa vez.
-Bem... Quando seus pais sofreram acidente e morreram naquele carros, vocês não tinham com quem ficar, foi contada uma tia de vocês que morava muito longe e por isso a mesma não podia ficar com vocês e a mesma autorizou vocês irem pro orfanato, porém ela havia dito que não havia problema algum em separar os irmãos, já que o mais velho, você Marcelo era adotado sua mãe pegou você de uma amiga que morreu após o parto para te criar e sendo assim como sua tia havia dito ela não iria contar a verdade com medo do que isso poderia causar.
-É você não sabe o quanto isso está me causando agora. Disse em lagrimas.
-Quer dizer que eu e Marcelo nunca fomos irmãos. Interrompeu Christian.
-Bom de sangue não e ao que toda a história que sua tia diz vocês não são irmãos.
-Estou chocado com tudo isso, porque nossos pais mentiriam pra gente Celo ?
-Nem eu mesmo sei Chris, mas a verdade já foi dita, quero procurar essa minha tal tia e tirar toda essa história a limpo, a senhora tem o endereço dela ?
-Bom tem muito tempo que isso se passou, nos guardamos os formulários aqui mas não te garanto que o endereço seja o mesmo.
-Vou arriscar mesmo assim, me passe o endereço por favor.
-Toma esta aqui.
-Muito obrigado pela atenção da Senhora e espero que a senhora não esteja mentindo.
-A troco de que eu mentiria ?
-Também não sei. Obrigado.
Sai de lá e fui para o carro, não pronunciei muitas palavras com meu irmão, ou melhor com meu ex irmão.
-Marcelo você esta bem ?
-Estou Chris, só estou tentando adivinhar por que minha mãe mentiu pra mim e por tanto tempo.
-Ela devia ter seus motivos, não se sinta mal, pense por outro lado, agora podemos ser felizes o que acha ?
-Nem me caiu a ficha ainda Chris.
-Pra mim também não, vou te respeitar você precisa de um tempo.
-Obrigado por me entender.
Chegamos em casa contei tudo para Vera que ficou de boca aberta com toda a história, ela disse que sentia muito e que não queria que eu me sentisse mal por estar com ela, querendo ou não fui adotado duas vezes, ela disse para eu e Christina descasarmos que ele precisava nos contar algo.
Tomei um banho e fui para meu quarto, Chris já estava deitado cochilando, me deitei ao seu lado com cuidado para não ter que acorda-lo e resolvi dormi um pouco para mais tarde ouvir o que Vera tinha para dizer.
Apaguei ali naquela cama e não vi mais nada...
