Oie gente, desculpa postar essa hora mas estava sem internet e só voltou agora. Adorei os comentários e agradeço a todos vocês por lerem o conto, continuem comentando e me contando o que estão achando, beijo.
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Diego saiu bruscamente pela porta do banheiro, deixando o amigo para trás enquanto pensava na loucura que tinha acabado de fazer, mais uma vez.
Saiu atordoado, ainda sentindo o gosto da boca de Augusto e seu perfume que parecia estar impregnado em suas narinas, até que se deparou com Daniel, saindo da fila das pipocas.
“Diego, que cara é essa, parece até que você viu um fantasma.”
“Não é nada, eu estou bem dani, vamos voltar pro filme.”
“Você tenta mentir pra mim como se eu não te conhecesse. O que aconteceu di? Você sabe que pode me falar qualquer coisa.”
“Não foi nada, só estou um pouco enjoado mas estou bem, é sério.”
“Se você não quer me falar tudo bem, mas você sabe que sempre que precisar falar com alguém eu estarei aqui mano.”
“Obrigado dani, o mesmo pra você.” Disse Diego já pensativo
Como eu poderia contar para o meu irmão o que tinha acabado de acontecer? O que já tinha acontecido há tanto tempo atrás? O que Daniel pensaria de mim? Será que teria vergonha de ter um irmão como eu? Será que ele realmente me entenderia?
Diego foi tirado bruscamente de seus devaneios quando escutou aquela voz rouca se aproximando cada vez mais deles.
“Onde você estava? Demorou um tempão.” Perguntou Daniel dirigindo-se a Augusto
“Eu fui pegar algo para beber, estava com sede mas a fila estava enorme.” Respondeu Augusto que estava com um milk shake em suas mãos.
“Bom, então vamos.” Disse o gêmeo dirigindo-se para a sala do filme
Augusto estava com uma expressão de felicidade em seu rosto, quase sorrindo, estava sentado ainda mais próximo de Diego, que sabia que não aguentaria muito tempo perto de Augusto, já que só de lembrar-se do seu beijo estava começando a sentir seu corpo ficar mais quente. Precisava que aquele filme terminasse logo e assim poderia sair dali o mais rápido possível, indo para bem longe de Augusto. Precisava entender o que estava sentindo para poder controlar aquele sentimento o qual tanto odiava.
O filme finalmente acabou e Diego disse que ainda estava um pouco enjoado, usando seu “mal-estar” como desculpa para poder ir para casa organizar seus pensamentos, ou sentimentos. Saíram de lá e já estava escurecendo, nem tinham notado que passaram praticamente toda a tarde no shopping. Ao chegarem em casa abriram a porta e foram surpreendidos com um coro alto de:
“SURPRESA!!”
A luz foi acesa e encontraram vários rostos familiares ali, seus pais, tios, amigos e alguns colegas da escola. Os gêmeos abraçaram-se e logo após cumprimentarem todo o pessoal que estava lá foram tomar um banho e trocar suas roupas. Diego ficou aliviado por não ver o rosto de Augusto lá, mas ao mesmo tempo decepcionado. Uma parte sua desejava mais daquele beijo, poder sentir mais um pouco o aroma de seu perfume, porém outra parte se sentia culpado, errado e até mesmo com raiva do que Augusto era capaz de despertar nele.
Mais tarde escutaram o barulho da campainha tocando, a qual a empregada atendeu e o coração de Diego acelerou rapidamente ao reconhecer aquela voz rouca, um pouco baixa, e até tímida agora lhe desejando parabéns, era Augusto. Estava lindo, com uma camiseta xadrez, uma calça escura que se ajustava perfeitamente ao seu corpo e duas caixas em suas mãos. Entregou os presentes para os aniversariantes junto com um abraço, o abraço um pouco mais demorado em Diego, ao qual falou em seu ouvido:
“Tudo de bom di, você conseguiu ficar ainda mais lindo.”
Diego olhou timidamente para Augusto e deu um sorriso, precisava sair de perto dele antes que cometesse alguma burrada, não estava sozinho, tinha muitas pessoas ali, principalmente seu irmão Daniel.
