O rapaz da guarita - Capítulo 45

Um conto erótico de BrunnoLemme
Categoria: Homossexual
Contém 902 palavras
Data: 08/02/2014 00:35:01

Capítulo 45

Fomos prá Itapuã, mais ao norte de Salvador, longe do Rio Vermelho onde estávamos. Praia mais aberta, grande, cantada por poetas... Gostoso estar ali.

Ficamos batendo papo por um bom tempo. Ele nos falou sobre sua vida no Recife, um pouco de como vivia, seu último relacionamento.

- Sabe, eu me julgo bi... Já namorei muita garota e fiquei com dois caras só. Mas confesso que ultimamente minha vontade tem sido muito maior de estar com homens.

- Meu caso também é assim. Eu namorava sério quando conheci o Bruno. Ele me roubou da minha ex...

- Pára cara, nem gosto de lembrar daquela figura...

Ele riu.

- Ela tentou nos aprontar depois, mas não rolou.

- Sei como é. Vocês fazem um belo par juntos.

- A gente sabe...

- Ih Cauã... Não enche muito a bola dele não. Senão ninguém segura.

Dani deu uma apertada no pau dentro da sunga. Era nítido que estava meia bomba, e foi inevitável a troca de olhares. Ele notou nossa reação e safado que era, fez o que adorava fazer...

Se levantou e ergueu os braços, se espreguiçando, deixando à mostra para todos que quisessem ver o tesouro que guardava ali.

Cauã quase deslocou o maxilar, e jogou sua camiseta sobre o colo, protegendo sua ereção que já se revelava. Eu virei de lado.

- Caralho...

- Cauã... Esse é Daniel.

- Uau. Sorte sua também velho...

Dani riu alto, se mexendo e virando seus braços.

- Ah rapazes, adoro vocês assim encabulados... Tem certeza cara que não quer visitar a gente mais tarde?

Cauã me buscou com o olhar, meio que pedindo uma aprovação. Era boa praça. Tranquilizei-o com o olhar.

- Posso fazer uma proposta?

- Oba! Claro...

- Sossega Dani! Porra!

- Desculpa... Fala Cauã.

- Eu quero ir. Mas quero só assistir a vocês dois... Sem entrar na parada.

Nos olhamos rapidamente. Era tentador.

- Uau! Mais que convidado. Te esperamos à noite velho...

Ele se ergueu, estufou a sunga e correu prá água, feliz da vida...

Ficamos eu e Cauã na praia nos recompondo e rindo da euforia dele. Era uma figurinha adorável.

- Que figura hein Bruno?

- Nem fale cara. Mas é um super companheiro. Moleque assim, mas às vezes me surpreende com sua maturidade.

- Deu prá perceber. Legal isso. Posso confessar uma coisa?

- Claro.

- É o que ando sentindo falta nas mulheres. Sem generalizar mas generalizando. Muita picuinha, frescurinha, insegurança... Chega uma hora que cansa.

- É... Mas deve ter muito cara assim também velho.

- Ah, tem... Claro. Mas é mais fácil achar um que não seja que uma mina desencanada. É foda. São lindas, estão desesperadas, mas não se garantem...

- Você quem tá falando. Eu já desisti delas há muito tempo.

- Deve ser mais fácil assim.

- Sei lá cara. Acho que nenhum relacionamento é fácil, nem deve ser difícil. A gente que complica tudo. Não é questão de gênero não. É o ser humano mesmo.

- É...

- Mas e esse lance a noite Bruno... Você acha que não há problema prá ti?

- Problema? Prá mim? Você não viu a alegria do moleque? Na verdade Cauã o clima tava meio tenso, meio estranho, mas esse papo contigo colocou as coisa no seu lugar. Valeu veio...

- Que isso... Prazer. Vamos ver no que isso vai dar.

- E fica tranquilo caso queira desistir cara. A gente vai entender. Ou caso queira participar... A gente vai entender também.

Ele sorriu bonito. Já estávamos em condições de nos levantar.

- Vamos lá?

- Bora. Na água a gente se esconde né?

Nos levantamos e corremos juntos prá água,com o Dani já nos esperando.

O fim de tarde foi bem gostoso.

A noite prometia.

De volta ao hotel, tomamos um banho juntos sem nos provocar muito. Queríamos estar inteiros pro lance com o menino Baiano...

- Será que ele vem mesmo Bruno?

- Acho que sim cara. Ele já impôs a condição antes né? Caso contrário teria dito. E quer a real? No fundo, no fundo, acho que ele tá curioso prá caralho...

- Ah, até eu estaria. A gente devia cobrar né?

- Dani...

- Hehehe... Brincando seu bobo.

Fomos a pé até a barraca de acarajé do bairro e voltamos ansiosos. Era seis e meia e nos sentamos no chão, na varanda, admirando o escurecer da cidade lá embaixo. Não me cansava de admirar aquele lugar.

Uma batida suave na porta.

A gente se olhou. Ele se ergueu de uma vez só, me puxou com carinho e me deu um beijo. Afagou me cabelo com carinho...

- Esquece que ele vai estar aqui.

- Difícil...

- Não é... Vou te fazer esquecer.

Abri a porta e ele entrou rápido. Estava lindo como sempre, só de regata vermelha que realçava sua pele morena e uma bermuda jeans, que salientava suas coxas lisas e grossas.

- E aí meninos?

- Beleza cara... Bom que veio.

- Valeu.

- Cauã... Quer tomar alguma coisa velho? Pega aí no frigobar.

- Opa. Vou de uma coca cola só. Quero estar bem são.

- Legal.

Ele pegou uma coca e se sentou na poltrona que ficava ao lado da sacada, de frente prá cama onde estávamos sentados. Minha vontade era de perguntar "E aí, como a gente começa?"... Não sabia se já partia pro fato ou ficávamos no bate papo antes, prá esquentar.

O Dani sabia conduzir as coisas. E sem nem mesmo eu perceber como, em minutos estávamos nos acariciando na cama. Ainda vestidos, mas o clima esquentando. Ele me deitou com carinho e me procurou num beijo molhado e delicioso.

Era o início. Seria a revelação.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 3 estrelas.
Incentive BrunnoLemme a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil de ૨αԲα૯ℓ

Acabando... 😔 Odeio quando o conto tá quase no fim! Ainda mais um magnífico como esse... O jeito vai reler muitas e muitas vezes!

0 0
Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

todo bi éum enrustido no qual o seu namorado acaba levando pé na bunda porque foi trocado por uma mulher,afinal todo enrustido sonha em ter uma família normal,né

0 0