18++ Blood&Seek
A água já estava no meu joelho, e ninguém a vista... Não conseguia alcançar mais a janela porque o cano havia quebrado, em meio à água o colchão velho e o resto boiavam, será que acabaria tudo ali? Já havia desistido de lutar, apenas me encostei-me a um dos cantos daquele pequeno cubículo e esperei o pior, vamos ver vou morrer aqui, oque me doía é que talvez nunca me encontrassem, talvez ninguém mais se lembraria de mim. A água chegara a minha cintura o frio tomava conta, olhava o teto, aquele pequena luz naquela sala, agora parecia mais brilhante que nunca, parecia mais brilhante mais do que tudo que já vira. Mas como o destino pode ser cruel as vezes, a porta de ferro foi aberta, todo liquido correu com força enquanto Marion foi derrubada pela força da correnteza, era minha chance, tomei impulso enquanto ele se recuperava do tombo, e com o desespera e adrenalina passei correndo por ela, me dei em um corredor longo, corria tão rápido que eu mesmo não conseguia me controlar, não me atrevi a olhar para trás, lembro me que passei por uma sala e que havia um lace de escadas onde havia uma porta aberta, minha saída minha salvação, subi o mais rápido que pude ao alcançar o final da escada um choque contra minha cabeça me fez cair como uma rocha, meu corpo batia contra os degraus, senti algo amargo em minha boca, era sangue e apaguei.
Allan&Rafael-
As horas já haviam passado e com isso a policia já estava a minha procura, que pena que foi procurar pelos lugares errados. –Allan disse Rafael enquanto dirigia, estou com tanto medo, nunca tive tanto medo na minha vida, enquanto sua lagrimas corriam em seu rosto. –Calmo rapaz, ele esta bem, não pense o pior ele vai estar bem. Mal sabia Rafael que Allan estava mais com medo do que ele e que maus pensamentos começavam invadir sua cabeça.
Lucas.
Tudo estava preto e branco, minha cabeça doía, o sangue escorria sobre meu pescoço e percorria meu peito, tentava me mover, mas era impossível, minha consciência estava cansada assim como eu. – Que bom que acordou, uma voz falha dizia. Comecei a me esforçar para ver oque estava acontecendo a realidade voltava a marteladas sobre minha cabeça, estava na sala que antes passei correndo amarrado sobre uma cadeira, mão e pés como um porco indo direto para o abate. Abri meus olhos e lá estava ela e os dois cúmplices ao seu lado. –Achava que iria escapar assim fácil? Você acha? Responda-me disse ela num tom agressivo.
Ergui minha cabeça olhei em seus olhos e disse - Porque não me mata logo e acaba de uma vez com isso. As vezes quando se sofre de mais a morte é o único remédio. –Matar? Matar? Não, não meu garoto agora não, suas mais foram direto a minha cabeça pressionando minhas bochechas enquanto ela olhava direto dentro dos meus olhos. – Matar ainda não você vai sofrer. Com o impulso da situação cuspi em sua cara, o sangue me minha boca agora percorria aquela face suja. Ela ficou imóvel por um momento enquanto se limpava, e como uma força que vinha do nada, deu um tapa em meu rosto depois outro –Não ache que isso vai mudar alguma coisa, as coisas poderiam ser diferentes sabia... –Diferente como dizia eu, isso vai acabar. –Sim ira, o quanto antes.
Allan&Rafael-
Já estava amanhecendo e a policia tinha começado as buscas, Allan e Rafael estavam cidade afora buscando alguma informação nas cidades vizinhas. – Rafael se precisa comer, dizia Allan enquanto dirigia. –Não estou com fome. –Cara me escuta, não vai adiantar nada se você ficar se martirizando, nos vamos achar ele. –Achar, disse Rafael em um tom agressivo já vai fazer dois dias e nada, e não diga que você sabe como é porque você não sabe. Allan respirou fundo e não deu resposta. –Allan olha me desculpe essa historia toda esta me deixando louco. –Relaxa Rafael, só tenha calma.
Lucas-
Apenas estava eu e outro cumplice de tudo aquilo na sala, continuava de cabeça baixa, e com um pedido disse que estava com sede. Ele se pós um copo com agua em minha boca, podia ver seu rosto era moreno, de cabelos negros e olhos escuros. –Sabia que posso te ajudar e você me ajudar disse eu enquanto tomava folego, ele não respondeu. –Olha cara, me deixe ir eu pago oque for só me deixar dar um telefonema, ele continuava de costas imóvel. –Dois milhões isso serve para você dizia eu, essa era minha ultima chance, dois milhões diga se esta bom. Ele se virou a mim e disse. –Receberei o dinheiro quando? –Hoje mesmo respondi só me deixar ir. Digo uma coisa a vocês tinha dado o dinheiro a ele se ele ainda estivesse vivo. Ele começou a desatar minhas mãos, ate chegar aos pés quando Marion adentrou a sala. –Oque pensa que esta fazendo? Ele em primeiro momento ficou imóvel, o outro cumplice só assistia a cena. –Cara ele ofereceu dois milhões vamos desistir dessa loucura que vai da merda, dizia ele, olha essa vagaba vai deixar-nos na mão. Poderia sentir a tensão da situação em minhas veias, o parceiro que estava com Marion estava quase hesitando quando um disparo atravessou a cabeça da única pessoa que se pôs a me ajudar, ele caiu do meu lado o sangue corria feito agua que achou um córrego. –Leve ele disse ela, ou esta querendo bancar o bonzinho também? . O rapaz só fez oque ela mandou agora apenas eu e ela na pequena sala. –Sabe Lucas dizia ela enquanto ia em direção a uma estante que se encontrava na sala, acho que você é mais esperto do que imaginei, mas acho que esta na hora de acabar, com isso ela tirou um galão de plástico transparente e dentro dele quase metade cheio de gasolina. Meu coração parou, a respiração ficou pouca. –Olha nada pessoal, mas acaba aqui. Ela jogo o liquido sobre mim, tudo corria sobre mim, meu cabelo, meu corpo, minhas roupas, viraria uma tocha humana. Eu continuava de cabeça baixa, meus olhos ardiam, não pensava em mais nada. –Agora é o fim disse ela, com isso ela acendeu o isqueiro e eu olhei em seus olhos.