Olá galerinha esperta do CDC! Hoje eu posto mais um capítulo da série Meu amor escolar.
Mas antes, preciso confessar que eu não estou gostando de escrever esse conto. Não sei explicar, mas eu estava inspirado no início da escrita. Estava embalado com o sucesso de "O amor é passageiro de ônibus". Porém eu estou sem criatividade para continuar a escrever esse conto. Eu, entretanto, vou continuar escrevendo-o, mas acelerarei ao máximo o final dessa história. Eu tenho três contos iniciados, a saber, "Pitbull", que conta a história de um homem que se apaixonou por um mutante, tenho "Resistindo ao tempo", que relatará a história de amor entre dois homens que foram separados e agora se reencontraram, e tenho "Meus chefes", que eu tentarei contar um triângulo amoroso da melhor forma possível.
Ainda tenho um conto especial, "A guerra me ensinou", que eu só postarei no site Romance Gay. Essa promete ser a minha melhor história que escreverei.
Agora vamos ao momento feedback:
> Dhcs: Eu acho que não, viu?! O Alex é um exemplo da sociedade discriminadora em que vivemos. Realmente esse capítulo foi intenso, mas é porque o clímax da história se aproxima! E obrigado pelo feedback
> liehzinhaa: Nem o Hugo esperava por isso, mas ele tem uma boa cabeça e vai saber tomar decisões sábias.
> Thiago Silva: Podem até ter sido, Thiago, mas a bebida facilitou a traição, claro ou com certeza?! kkkkkk Por isso que o Hugo tomará uma boa decisão,veja no conto de hoje. Em relação ao Diogo, as vezes os contos daqui me ensinaram em uma coisa: muitas vezes, aquele seu inimigo mais ferrenho é o que tem o amor mais verdadeiro. E obrigado pelo elogio!
> LordeDani: Obrigado, o conto deu uma reviravolta! Isso quer dizer que o meu texto está bom. Irei me esforçar para postar duas vezes por semana. Tenha calma que tudo se encaminhará para uma explicação razoável, eu acho. O.O E obrigado pela nota!!!
> derp!.!: Que nada! Agora estou aqui postando... Espero poder terminar os meus contos...
#SentaQueLaVemAHistória:
Eu passei a tarde inteira dentro do meu quarto, ora cochilando, ora chorando. Eu tinha todas aquelas revelações mas não fazia ideia do que fazer com cada uma delas. Como eu deveria reagir ao saber de que o meu inimigo da escola foi o autor da maior humilhação que eu já passei na escola, e que está apaixonado por mil; saber de que o meu namorado tinha me traído com a minha melhor amiga, e que estava sendo chantageado para se afastar de mim. Eu sozinho não sou capaz de lidar com tudo isso! Mas parece que haveria uma luz no fim do túnel aonde entrei:
EU: Mãe?! - disse ao ser acordado com um cafuné feito por ela.
MÃE: Meu filho! - diz ao se sentar na beirada da cama e eu também me posicionei na mesma beirada, mas ao lado dela - O que está acontecendo contigo? Você passou a tarde toda dentro deste quarto, e parece que está bem abatido.
Se eu precisava de orientação, era melhor que fosse da minha mãe!
EU: Mãe, eu descobri da pior forma que o meu inimigo na escola fez aqueles cartazes, aqueles que me fizeram sair da escola. - respirei - E que também está apaixonado por mim.
MÃE: Que situação difícil, né filho?!
EU: E tem mais: eu descobri que o Bruno me traiu com a Fabiana...
MÃE: Vixe! O seu namorado e a sua melhor amiga!
EU: Pois é! E descobri que o primo do meu namorado está chantageando-o com provas do ato para que ele se afaste de mim.
Pronto! Já voltei a chorar! Percebi que sou muito emotivo.
EU: Eu não sei o que fazer com tudo isso, mãe!
MÃE: É também pra isso que as mães existem: para ajudar aos filhos a tomarem as melhores decisões possíveis. Vamos em partes, como faria Jack Estripador! - a gente deu uma risada tímida - Você descobriu que o cara lá fez aqueles panfletos, está apaixonado por você. Você tem duas opções: perdoá-lo e seguir a sua vida, ou se vingar e ficar igual a ele. Sugiro que o sonde, para saber se ele está arrependido ou não. Também você vai decidir se deve aceitar o amor que ele tem por você.
EU: Entendi.
MÃE: A outra questão, meu filho, é a traição do Bruno. Se ele te ama de verdade e você também o ama, você poderia perdoá-lo e reconstruir esse amor juntos. O que vai te ajudar a tomar as melhores decisões, filhinho, é você analisar todas as variáveis. Aí você irá, facilmente, tomar a sua decisão.
Após todo esse conselho, minha mãe me deu um beijo na testa - ai como eu amo beijo na testa dado por ela ^_^ - e fomos jantar, já que eu nem comi direito. Minha mãe me fez refletir em como devo decidir o que fazer com tudo isso.
Fui dormir pensando em tudo o que aconteceu hoje. Que eu consiga tomar as melhores decisões!
*****
Chegar cedo na escola é muito bom pra mim, pois aproveito o tempo para pensar nas questões da minha vida. E atualmente, as questões que mais me faziam pensar era as revelações de Diogo e a traição de Bruno. Se realmente o Diogo era apaixonado por mim, por que ele praticou aquelas barbaridades comigo? Eu acho que era medo. Medo de reconhecer que estava atraído a um homem, a mim. Eu já li "centenas de casos de amor" - by Reginaldo Rossi - e sei que o medo de reconhecer que ama alguém faz com que agimos como loucos.
Nesse caso, o que eu tinha certeza é de que eu não o amava. O único dono do meu amor é o Bruno. Eu poderia perdoá-lo, mas não amá-lo!
Eu poderia dar uma de cupido e aproximar o Eduardo do Diogo, e quem sabe, poderia fazer os dois se apaixonarem...
Já com o Bruno, eu também deveria perdoá-lo, pois eu o amo. Mas preciso ter a certeza de que ele me ama do mesmo jeito. Então vamos ver se ele enfrenta o Alex para ficar comigo. E eu já sei como!
Eu pedi a ajuda de Estêvão para deixar o Alex em casa quando eu fosse visitar o Bruno. A melhor forma de saber se ele me ama era por descobrir se ele enfrentaria o primo para me dar beijo - sabendo vocês de que ele disse que se o Bruno ficasse namorando comigo na frente dele, ele me enviaria as fotos da traição dele com a Faby. Se ele me beijasse, eu saberia que o amor dele por mim estaria acima de quaisquer desafios que a vida trouxesse; caso contrário, ele não me amava o suficiente.
Depois da aula fomos juntos, Bruno e eu, para a cada dele. Já estava tudo certo na minha cabeça: eu entraria na casa dele e o pediria um beijo, daqueles com a pegada que só ele sabe dar, e se ele aceitasse fazer isso na frente do Alex, eu saberia que ele me ama.
Ainda durante o trajeto para a casa do Bruno, eu mandei um torpedo para o Estêvão, perguntando se ele havia cumprido a parte dele do plano. Logo recebi a resposta no meu celular: "Tudo certo, como combinado. Estamos te esperando. Ê". Agora era a hora da verdade.
Bruno e eu ficávamos conversamos amenidades e carinhos até a hora de chegar na casa dele. Apesar de parecer confiante por fora, por dentro eu estava apreensivo. Estava com medo de que ele não quisesse me beijar na frente dele, que ele não tivesse coragem o suficiente para enfrentar o primo e me negasse o beijo. Com essas dúvidas na mente, chegamos à casa dele.
Mal entramos e os olhos de Bruno se encontram com os de Alex. O sorriso dos dois se desfizeram e ficou um clima pesado. Mas agora era a hora de agir:
EU: Bruno, eu já vou indo embora, para não ficar nesse ambiente desagradável - falei isso olhando para o Alex - Me dê um beijo e eu vou embora, meu amor.
O Bruno ficou nervoso com o meu pedido. Eu sabia que ele agiria assim por causa do segredo que o Alex sabia, mas ele teria que provar que o nosso amor era maior do que o erro.
EU: O que é que houve, Bruno?! Por que não quer me beijar aqui? É por causa do Alex, né?
Ele assentiu com a cabeça.
EU: Essa história de vocês dois, pra mim, já deu! Eu te amo muito, mas eu não ficar a mercê dele. Você me ama?
BRUNO: Sim, Hugo. Eu te amo como a minha própria vida!
EU: Pois então prove! Eu não quero mais que o Alex fique se intrometendo em nosso relacionamento, por isso eu vou te pedir pela última vez: me beije agora, ou nunca mais olhe na minha cara!
Gente, eu estava parecendo irritado por fora, mas tremendo por dentro! O que ele fizesse ali seria fundamental para o nosso relacionamento. Eu o amo e sei que ele me ama de verdade, mas eu preciso ter certeza de que ele vai lutar até o fim pelo nosso amor.
Fiquei esperando uma reação dele, mas tudo o que eu via era um homem olhando para baixo de vergonha. Eu comecei a ficar desapontado com a (falta de) atitude dele!
EU: Bruno... Não precisa fazer mais nada então. Eu vou sair por aquela porta, e dali em diante me esqueça! Esqueça que eu o conheci, que o ajudei, que o amei, que tivemos nossa primeira noite de amor - falei com um tom de irritação, mas baixo. Que decepção!
E me virei em direção à porta. Lágrimas já corriam pelo meu rosto. Eu estava profundamente decepcionado com ele, e garanto que a partir do momento que passasse pela porta, eu juro que iria sufocar todo o amor que eu tenho pelo Bruno.