Cap.1
- Eu sou gay mãe
- VOCÊ O QUÊ
2 MESES DEPOIS
- Vai ser bom você passar esse tempo lá em Recife. Quem sabe você coloca a cabeça no lugar. Sua prima Luence se responsabilizou por você.
- Tá bom mãe.
Logo vi ela sair do meu quarto. Nessas horas eu me pergunto, porquê diabos fui me assumir pra essa família preconceituosa e ridícula. Minha vida só piorou. Mas já que eu comecei, eu termino. Me levantei da cama e fui olhar me no espelho do banheiro. Sempre me achei bonito, modéstia parte. Meu nome é Luan Robert, tenho 17 anos, sou alto, 1,92, corpo mais ou menos, olhos castanhos, quase laranjas, cabelos lisinhos. Atualmente moro em Vitória, mas minha mãe insistiu que eu fosse pra Recife. Não que eu nunca tivesse ido até lá, mas eu não gostava daquela cidade. Achei que iria encontrar mais milhões de mentes fechadas. Ledo engano. Meu irmão iria comigo. Ele, Juan Carlos, era o único que não me condenava, o único que eu confiava. Ele era 5 anos mais velho. Terminei de arrumar as minhas coisas e literalmente, desmaiei na cama. Acordei com o Juan na minha cama
- O quê você tá fazendo aqui- falei, ainda desnorteado
- Vim te acordar. Mas você dorme tão bonito que eu não quis acordar. Vamos logo, que nós vamos viajar daqui a pouco.
Sempre fomos muito próximos. Quando crianças, não nos largavamos de jeito nenhum. Mas fomos crescendo e se distanciamos um pouco, mas ainda éramos muito ligados. Foi assim que eu acabei me apaixonando pelo meu próprio irmão. No começo eu achava errado, só que eu perguntava, porquê era errado, porquê eu era culpado. Eu não tinha culpa de ter me apaixonado por ele. Mas sempre me faltava coragem pra falar ou fazer qualquer coisa. Fui me arrumar pra viagem, coloquei um jeans, um tênis Adidas, uma camisa verde um pouco apertada, ajeitei o cabelo. Logo eu estava gatão kkkkkk. Logo ouço a porta abrir.
- Ah, é você- era o Juan
- Ma-mãe pe-di-u pr-a ir-mos - ele realmente falou tudo gaguejado
- Porquê você tá gaguejando ?
- Porquê..., por nada.
- Anda, fala- falei me aproximando - de repente, ele se aproxima, e me pega pelo colarinho
- Para de me provocar- ele disse, me embriagando com seu hálito quente e seu cheiro. Eu não entendi direito o que falou, mas não segui o assunto. Apenas peguei o resto das coisas e coloquei no carro. Me despedi da minha mãe.
-Tchau mãe
- Tchau filho, se cuida- pra quem falou que ia me matar a 2 meses atrás, eu estava bem. Vi as lágrimas cairem do seu rosto. Meu pai nos acompanhou até o aeroporto. Na porta, ele se despediu da gente
- Tchau Luan, boa viagem pra você
- Obrigado pai
Logo arrastavamos as malas pelo acanhado terminal de Vitória.
- Espero que minha vida melhore lá- falei
- Vai melhorar, a nossa vida vai melhorar- olhei pra ele nessa hora, com uma cara de "Não sabia que você tinha problemas". Fizemos o check in na Azul. Nosso voozinho seria longo. Vitória a Campinas, e Campinas a Recife. Logo estávamos dentro do avião. De repente, uma coisa inesperada. Sinto uma mão apertar a minha. Uma mão forte, máscula. Olho pra ela, e vejo que o Juan era quem apertava a minha mão. Permaneci calado. Mas aquele momento me despertou pensamentos. Logo decolamos e depois de um tempinho de voo pousamos em Campinas. Conexão demorada em Viracopos. Mas logo estavamos decolando de Campinas. Dormi o voo todo e só acordei quando já estávamos em procedimento de pouso em Recife. Logo tocávamos o solo pernambucano. Paramos, e logo eu e Juan estávamos andando pela sala de desembarque. Pegamos todas as malas e olhei pra ele.
- Agora é a hora de enfrentar as feras meu irmão.
Fomos saindo a procura da nossa prima, Joseane. De repente escuto um grito ensurdecedor
- Robert, Juan, ai meu deus eu não acredito, vocês vieram- sempre soube que nossa prima era meio doidinha, mas não a esse ponto. Ela saiu pulando que nem uma doida. Lembram da peaches, do Todo Mundo Odeia o Chris, era a cópia dela. Desde o jeito de se vestir, até os gestos, e até a voz parecia.
- Oi Joseane, se acalma-falei fazendo ela parar de pular.
Logo fomos andando pelo terminal, todos olhando pra gente, ai foi muito engraçado. Logo estávamos no carro.
- Eu soube do que aconteceu com você Luan- ih, lá vem bomba- mas eu quero que você saiba que eu não ligo pra isso. Esse pessoal de hoje em dia tem a mente muito fechada- What?!
Pelo menos uma boa notícia, minha prima não tinha preconceito. Como ela morava sozinha, não teriamos mais pessoas no apartamento, eu já imaginava a bagunça. Até porquê, Peaches, ops, Joseane, tinha 30 anos, mas parecia uma adolescente de tão doida. Lá fomos embora, e fomos cantando dentro do carro. Pareciamos 3 doidos que tinham saido do hospício. Já vi naquela hora que eu tinha feito bem vindo pra Recife
Continua
Gostaram???