Dia 10, à única coisa que se passava pela minha mente, o dia que Eduardo voltava das férias, depois de vinte dias fora tudo que eu queria era uma abraço e um beijo, infelizmente ainda teria que esperar três dias para revê-lo. Minha mãe me deu a ideia genial de ir esperar ele no aeroporto. Chegado o dia, estava todo arrumado pra receber ele, calça jeans preta, blusa azul marinho que era sua cor preferida, cabelo arrumado e perfumado. Seu voo atrasou dez minutos, estava com o coração na mão, queria muito ver seu rosto, abraçá-lo, matar a saudade. Finalmente eles saem pelo portão de desembarque, Adeline e Eduardo.
Eu- Hey!
Eduardo me olhou deu um sorriso e veio em minha direção correndo, me abraçou tão forte, e me beijou ali mesmo como se estivéssemos apenas nós dois no meio do aeroporto.
Eduardo- Gostei da recepção. – não parava de sorrir.
Eu- Ideia de mãe. – estava do mesmo modo, não consegui tirar o sorriso do rosto.
Adeline- Eu não ganho nada?
Eu- Desculpa Adeline, claro que ganha. – indo abraçá-la.
Eduardo- Vamos pra casa, como estou com saudades da minha casa.
Eu- E as suas malas?
Adeline- Já devem estar no carro.
Fomos para o carro, Eduardo fez questão de segurar minha mão no caminho inteiro, segurou com força, como se tivesse medo de me perder no aeroporto. No caminho conversamos sobre as férias, contei como as minhas tinham sido extremamente chatas, a única coisa que eu fiz foi entrar em um cursinho preparatório, Adelina contou tudo sobre NY, o que tinha de novo, os lugares, fiquei encantado com aquilo, ele fazia parecer que a vida era extremamente divertida. Eduardo apenas me encarava.
Adeline- Eduardo para de encarar o menino, vai assustar ele.
Eduardo- Estava com tanta saudade que agora não quero parar de olhar pra ele.
Eu fiquei vermelho.
Eu- Também estava com saudades dos dois.
Ao chegarmos na casa, Adeline foi direto para seu quarto.
Eu- Sua mãe está bem?
Eduardo- Está, apenas com saudade da banheira. – disse rindo.
Eu- Não fala assim. – rindo
Eduardo passou a mão no meu rosto, me beijou, um beijo demorado.
Eduardo- Vamos para o meu quarto.
Me guiando até o quarto, onde entramos e ele fechou a porta.
Eu- Mas já? – disse rindo.
Eduardo- Imaginei você todas as noites, mas não é a mesma coisa.
Eduardo me abraçou, descendo a mão até minha calça, me segurou com força, de forma que os nossos quadris se encostassem, senti seu volume aumentando.
Eu- Senti falta disso também.
Comecei a tirar a sua blusa, ele tirou a minha, senti aquele peito com meus dedos.
Eu- Quero inverter.
Eduardo- Tem certeza, não me importo, na verdade até gosto.
Eu- Quero sentir o que você sente, te quero dentro de mim.
Eduardo- Falando dessa maneira não tem como resistir.
Eduardo começou a guiar até a cama, passou a mão sobre minha cintura, segurou, com a outra mão ele abriu o zíper da minha calça, abaixou e começou a me masturbar, me beijando e apertando minha cintura. Não tive movimentos, fiquei paralisado, sentindo suas mãos quentes sobre o meu corpo, acabei gozando.
Eduardo- Você tem certeza? – me olhou com uma cara de preocupado.
Eu- Tenho.
Eduardo pegou uma camisinha, me beijou, me deitou na cama e continuou a me beijar, com uma mão livre ele foi passando pelo meu corpo.
Eduardo- Vamos começar devagar, não quero que você sinta dor.
Seus dedos estavam de encontro com a minha bunda, aos poucos ele foi penetrando um dedo delicadamente, gemi, ele me olhou, e continuou a me beijar, e continuando com aquilo, passou para dois dedos quando viu que já estava relaxado.
Eduardo- Acho que você já aguenta.
Não disse nada, apenas queria ele em mim, colocou a camisinha, e aos poucos foi pressionado, não senti dor nenhuma apenas prazer, era o contrário do que eu havia imaginado, era bom sentir seu pênis dentro de mim, prazeroso, começou a se movimentar, aumentando a velocidade com carinho, comecei a sentir muito tesão, meu pau estava latejando, gozei mais uma vez, mas não precisei de nada para me fazer gozar apenas ele me penetrando. Eduardo gozou pouco depois, deitou ao meu lado, olhou nos meus olhos.
Eduardo- Já disse que eu te amo.
Eu- Já, pelo menos umas seis vezes em menos de duas horas.
Eduardo- É verdade. – disse rindo.
Fomos tomar um banho, na verdade fui ganhar um banho, saímos do banheiro ele me emprestou uma roupa.
Eduardo- Estou com fome, vamos comer algo.
Eu- Também estou.
Descemos para a cozinha, Eduardo procurou algo na geladeira, nos armários, mas não achou nada que ele queria comer, Adeline entrou na cozinha nesse momento, com um vestido de alcinha dourado.
Adeline- A governanta só vem amanhã.
Eduardo- Verdade, tinha me esquecido disso. – com uma cara de decepção.
Adeline- Vamos pedir algo.
Escolhemos pizza e pedimos, não demorou muito para chegar, Eduardo estava realmente com fome. Adeline recebeu um telefonema e acabou saindo da mesa, voltando pouco tempo depois.
Adeline- Eduardo, o Izaki irá estudar na sua escola, começara o primeiro ano.
Eduardo- Ele não vai gostar de lá.
Eu- Quem é Izaki? – estava curioso, Eduardo falava como se conhece ele muito bem.
Eduardo- Não sei explicar a minha situação com ele. – disse ele rindo com uma cara de quem não entendia mesmo.
Adeline- Ele é um amigo do Eduardo, conheço sua mãe, e como ela é fotógrafa e seu pai é publicitário sempre tive muita intimidade com eles. Os dois se conhecem a bastante tempo.
Eduardo- Não diria amigos, mais conhecidos, você o conhece mãe.
Adeline apenas riu e continuou a comer. Após terminarmos a refeição fomos para uma das salas, sentamos no sofá e fomos ver TV.
Eu- Então, me conte sobre esse Izaki.
Eduardo- Está com ciúmes?
Eu- Um pouco, você falou como se conhecesse ele muito bem.
Eduardo- Não precisa ficar. E eu conheço, sempre conversamos, você vai conhecer ele, mas já aviso não crie esperanças.
Eu- Por quê? – estava surpreso com aquele comentário.
Eduardo- Ele é o típico mauricinho, arrogante, muito chato.
Eu- Mas você ainda gosta dele.
Eduardo- Eu meio que entendo ele, sei que ele não faz as coisas de propósito, é apenas a maneira dele. Tenha paciência com ele e não se sinta ofendido com o que ele falar.
Eu- Parece complicado.
Eduardo- Ele é mais que complicado. – disse com cara de confusão.
Acabei passando a noite com ele e o outro dia. Ficamos assim até o começo das aulas, sempre juntos, ele passava algumas noites na minha casa, eu passava algumas na casa dele.
Primeiro dia de aula do terceiro ano, o final do ensino médio, estava feliz por estar acabando, acordei tomei um banho, e vou para a cozinha, Eduardo estava conversando com a minha mãe enquanto ela preparava o café.
Eu- O que faz aqui tão cedo?
Eduardo- Queria te levar no primeiro dia, sua mãe me achou na porta e me colocou pra dentro.
Minha mãe- O menino estava lá fora, não tinha como deixar ele plantado.
Todos riram, tomamos café, e fomos para o colégio, chegamos lá encontramos Rafael e Raquel na portaria, entramos todos juntos, e fomos dar uma olhada nas salas. Dei sorte, fiquei na mesma sala que o Rafael e que o Eduardo, o terceiro ano começou bem. Fomos para a portaria ver o movimento, até a atenção de todos mudar para o garoto que sobe as escadas, alto, cabelo geek, óculos, olhos claros, magro, mas com o corpo definido, vestindo um casaco e uma calça social ambos pretos.
Eduardo- Já começou. – disse ele rindo.
Raquel- Você conhece ele?
Eduardo-Daniel, você queria saber quem era o Izaki, ai está.
Raquel- Você precisa me apresentar ele. – disse sem desviar os olhos do menino.
Eduardo- Raquel você é muito boa pra ele.
Eu- Ele é bonito, estou começando a ficar com ciúmes.
Eduardo- Não precisa não tem chance de acontecer nada entre a gente.
Fiquei aliviado, mas ainda me sentia ameaçado, ele era bonito, muito bonito, mais do que eu podia ter imaginado. Ele caminha em nossa direção.
Izaki- Eduardo. – em um tom de superioridade.
Eduardo- Izaki. - no mesmo tom. – deixe me apresentar meus amigos. Esse é o Rafael.
Rafael- Prazer. – estendendo a mão para complementá-lo.
Izaki- Muito prazer. – deixando Rafael com a mão estendida no ar.
Eduardo- Isso foi rude Izaki. - repreendendo ele.
Izaki- Me perdoe Rafael, mas não gosto de contado.
Eduardo- Essa é a Raquel.
Raquel- Prazer, se você precisar de qualquer coisa pode falar comigo.
Izaki- Prazer.
Eduardo- E esse é meu namorado, Daniel.
Izaki- Então e verdade essa história de você estar namorando um menino.
Eduardo- Algum problema com isso Izaki?
Izaki- Nenhum – olhando para mim- muito prazer meu nome é Isaki. – estendendo a mão em minha direção.
Eu- Daniel. –segurando sua mão, fiquei assustado por ser o único que ele cumprimentou.
Izaki- Se me dão licença, preciso ver qual a minha sala.
Raquel- Eu te levo até o primeiro ano. – ela estava desesperada para conseguir atenção.
Izaki- Por favor, não é necessário. – dando as costas para a Raquel.
Izaki saiu caminhando, por onde ele passava todos olhavam. Realmente como o Eduardo havia dito típico mauricinho arrogante.
Eduardo- Te avisei para não empolgar Raquel.
Raquel- Acho que estou apaixonada.
Rafael- Está de brincadeira com a minha cara. Você realmente gostou dele? Você é doente Raquel.
Eu- Vejo que você não se deu bem com ele?
Rafael- Nenhum pouco, muito metido, e olha que pra ser muito metido nessa escola é difícil.
Eduardo- Rezo pela sua alma Rafael.
Eu- Por quê?
Eduardo- Ele também gosta de tênis, e provavelmente vai tentar entrar no time da escola.
Rafael- Só pode ser brincadeira. - sua cara entregava a decepção que estava sentindo.
Eduardo- Não, não é, e se prepare, ele joga muito. - disse rindo.
Como era o primeiro dia de aula, não tinha muito o que fazer, ficamos apenas conversando, os professores se apresentaram, até certo ponto normal.