Cap.4
De repente, senti seus braços me envolverem, e sua boca tocar a minha. Pra mim, foi um momento mágico. um momento que eu estava esperando a muito tempo. O Eric tinha pegada, ele beijava muito bem. Foi um beijo bem intenso, mas logo eu voltei a si, e parei
- Um beijo não vai melhorar as coisas Eric. Eu quero, uma demonstração. Você vai ter que demostrar.
- Como assim?
- Eu quero uma prova. Se você realmente gosta de mim, eu quero uma prova. Por enquanto, momentos como esse não voltarão a se repetir. Por enquanto, entre nós existe apenas relação de amizade. Amanhã você vai lá pra casa, é sábado e a gente vai ter tempo pra fazer o trabalho de Geografia.
- Tá bom- ele disse, ainda me olhando nos olhos. Pegamos um táxi e voltamos pra casa-tchau, até amanhã
- Tchau- ele me deu um beijo no rosto. Sai do táxi e fui entrando, logo começaram as broncas
- Você é maluco, sai por ai, não avisa ninguém, nem conhece a cidade direito e já vai saindo, perambulando por ai.
- Mãe, eu não sai com nenhum maluco, eu sai com aquele mesmo amigo de ontem, a senhora sabe que eu não apronto. Eu sou certinho. Eu não cheguei inteiro em casa.
- Aonde você estava?
- Fui a uma praça, não sei bem aonde fica. Tem alguma coisa pra jantar?
- Liga e pede alguma coisa
- Ah, amanhã ele vem pra cá, vamos fazer trabalho de Geografia, não tem nenhum problema não né?
- Não. Vou no mercado agora, quer ir?
- Não, só não esquece de Nutella por favor.
Já estava ligando pra pizzaria. De repente, escuto a porta abrir.
- Quem é?
- Sou eu, Gustavo- abri a porta
- Oi, pode entrar, tava pedindo uma pizza
- Hum, foi bom o passeio com o Eric?
- Mais ou menos.
- Eu comprei uma coisa pra você
- O quê ?- ele me entregou, era uma almofada de coração, escrita " Te adoro"- ai que fofo. Obrigado Gustavo, também te adoro, meu amigão- falei o abraçando. Olhei pro rosto dele, que estava vermelho. Me mantive calado. De repente ele colocou uma música bem animada, uma música que eu adorava. E começou a cantar, e ao mesmo tempo dançar. Ele dançava bem. Pra não deixa lo sem graça, o acompanhei. E acabei entrando na brincadeira, imaginem dois adolescentes dançando música eletrônica, que nem malucos. Sem nem perceber minha mãe havia chegado, e logo dançava que nem maluca com a gente. Imaginem agora a cena, dois adolescentes e uma mulher adulta, lembram do filme De Repente 30, quando a Jenna dança com aquele monte de garotas jovens, era um pouco parecido, só que éramos apenas 3. Paramos quando a campainha tocou.
- Ai meu deus, como é bom lembrar meus tempos de adolescência- minha mãe dizia, indo atender a porta. Ela pegou a pizza e logo, os três estavam na sala vendo tv. Ele, que disse que estava sem fome, acabou comendo. Logo nos despedimos. Logo fui pro meu quarto, tomei um banho e me joguei na cama. Fiquei pensando em cada momento, em cada palavra do Eric naquela praça, eu não podia negar, estava apaixonado por ele. "Por quê você não sai da minha cabeça". Passava e repassava o momento em que ele disse essa frase. E em seguida olhei, para aquele coração, o que será que esse presente significava. De tanto pensar acabei dormindo. Acordei lá pelas 8h. Fiz tudo que eu tinha pra fazer no banheiro, e fui tomar café. Mamãe já me esperava com aquele mesmo sorriso de sempre
- Oi filho, acordou cedo hoje
- Meu relógio interior se adiantou um pouquinho
- Seu amigo ainda vem pra cá
- Vem sim
- Ah ainda bem, porquê não gosto se te deixar sozinho
- Como assim?
- A empresa vai ter uma festa, fora da cidade, de comemoração de um negócio lá, não sei muito bem o que é. Só me avisaram ontem, e ai eu nem te avisei. Só não te levo porquê não pode levar crianças- estava prestes a dizer " Não mãe, talvez eu não resista ficar um dia todo sozinho com o Eric sem fazer nada", mas me controlei
- Mãe, eu não sou criança
- Você entendeu. Falei pra vizinha passar aqui algumas vezes só pra conferir se tá tudo bem, não me faça uma bagunça aqui Gabriel pelo amor de Deus, mantenha a casa arrumada. Você liga para aquele número que está na geladeira e peça almoço, o dinheiro está sobre a geladeira. Qualquer coisa, liga, e qualquer emergência, dinheiro na geladeira Já tenho que ir. Tchau filho, até de noite.
- Tchau mãe- falei dando um beijo nela. Logo ela saiu, e eu fiquei sozinho na casa. Terminei de tomar café e logo fui me arrumar pra esperar o Eric. Não demora muito e escuto campainha.
- Quem é?
- Eu, Eric
- Oi- falei, logo quando abri a porta-entra
- Olá. Cadê sua mãe ?
- Ela saiu, só volta a noite
- Então estamos sozinhos aqui?
- É
- Hum. Ei ?
- Que foi
- Eu passei a noite toda pensando em você- falou ele se aproximando
- O que eu falei pra você ontem ?
- Sem mais Eric, por mais que eu tenha pensado em você a noite toda e que eu ache você muito bonito... ah, isso não interessa. Você só vai me ter quando me der uma demonstração de amor. E nós não marcamos pra conversar, vamos fazer um trabalho. Mãos a obra queridinho
Peguei alguns materiais do quarto, ele pegou outros da mochila, e começamos a fazer pesquisas e algumas coisinhas nas cartolinas. Haviamos tirado a cidade de Macapá, precisava ser tão longe. A manhã passou assim, estritamente profissional. Depois de muito tempo, fui na cozinha, comer um negócio. De repente, vejo ele se aproximando.
- Precisava ser tão lindo e difícil ?
- O quê?
- Você, precisava ser tão lindo, fofo, gostoso e difícil- Fui me aproximando dele e ficamos com os rostos colados. Sentia a palpitação do seu coração
- Se eu pudesse, ficava o dia todinho namorando com você, mas preciso ter certeza que você não está me iludindo- logo em seguida sai de perto, mas ele me puxou
- Não me provoca- nos beijamos novamente, foi intenso e rápido, mas marcante
- Vamos continuar o trabalho.
Almoçamos e passamos o resto da tarde no trabalho, terminamos lá pelas 6h.
- Até que enfim terminamos amor- ele disse
- Não me chama de amor
- Porquê, você não gosta?
- Gosto, mas não é adequado
- Eu preciso ir
- Tudo bem
- Mas eu só vou embora, quando ganhar um beijo
- Para de brincadeira Eric
- Ah, é só um beijinho, o que custa ?
- Só pra você ficar feliz- dei um selinho nele. Não que eu não quisesse ou gostasse, mas havia dito pra mim mesmo que ia reprimir meus impulsos- tchau- vi ele saindo pela porta.
Comecei a arrumar uma coisa, quando ouço novamente a campainha
- Quem é-pensava que fosse o Eric
- Gustavo- abri a porta
- Oi, pode entrar
- Eu estava esperando o Eric ir embora porquê quero falar com você
- Pode falar
- Eu já queria falar a muito tempo. Eu tô... eh... tô gostando de você Gabriel
Continua
Gostaram? ??