Cap.11
- Bem, essa carta...- acho que devo ter ficado vermelho, eu não esperava que ele descobrisse aquilo.
- É, parece uma carta romântica. Eu só sei que não fui eu que dei pra você- ele me olhava com aquela cara fechada e de braços cruzados, esperando uma resposta. Eu dei um suspiro e falei...
- Essa carta é de um amigo
- Amigo ?
- Um amigo de Curitiba. Eu ganhei no dia da viagem, pensei em ler, mas decidi guardar e esperar. Ontem eu li e vi do que se tratava.
- Ah é...-ele me olhava com uma cara de..." não acredito "
- Eu não estou mentindo não... É a pura verdade...
- Hum, será se você não retribui esse sentimento- ele olhou pro chão
- Lógico que não seu bobo, eu gosto de você.
- Tem certeza ?
- Isso responde ?- o beijei do modo mais carinhoso e amoroso possível, pra não deixar dúvidas.
- Humrum- ele sorriu quando paramos.
- Mas eu tenho uma notícia que eu acho que você não vai gostar.
- Qual ?
- Ele vai vir pra cá
- Ah não...- agora ele me olhou com uma cara de raiva e inconformidade
- Eu prometo que não vou deixar ele tentar nada
- Mas ele vai dar em cima de você, olha que eu quebro ele ein
- Deixa de ciúme, pode deixar que eu vou cortar o barato dele
- Tá bom, mas qualquer coisa me avisa.
NARRADO EM TERCEIRA PESSOA
Enquanto os dois tinham uma DR no quarto, Charles estava escondido na frente da casa dos dois, havia seguido o irmão.
- Agora eu descobri onde este desgraçado que está invertendo meu irmão, mas eu vou dar uma lição nele- o que Charles não sabia, era que sua vida estava prestes a mudar. No sentido amoroso. Ele pensava que estava bem escondido, mas de repente, se viu descoberto.
- Bu
- Aiii- Charles acabou caindo no chão, e o Gustavo, que havia o visto e o assustado, morreu de rir.
- KKKKKKKKKKKKKKKKK
- Ah qual é cara, não tem o que fazer...- ele parou de falar, quando olhou o rosto de Gustavo. Sentiu uma sensação diferente. E isso chamou atenção
- Ai, sua cara foi muito engraçada. Mas me diz uma coisa, o quê você tá fazendo aqui bonitão, te vi escondido aqui e vim ver se tá precisando de alguma coisa
- Não tô precisando de nada, não te interessa o quê estou fazendo, e se você não quiser levar uns bons murros viado, sai da minha frente.
- Ai garoto, eu só quis ser legal. Qual é, me arrependi de ter saído da minha casa. Quer um conselho, você não se disfarçou direito. Sorte sua que foi eu que te achei- Gustavo foi saindo aos poucos. E Charles ficou lá, com o coração na boca, e pensando: " Não, eu nunca vou deixar esse desejo me controlar, eu não sou gay... eu não sou gay..." Ele não conseguia se aceitar, nem se entender. Os dias foram passando, e enquanto Charles tentava tirar aqueles pensamentos da cabeça dele, Gabriel se preparava pra ir buscar seu amigo no aeroporto.
- Vamos Gabriel, o voo dele vai chegar logo, e se a gente não estiver lá, ele vai achar que esquecemos dele.
- Calma mãe, ainda tô colocando a camisa.
- Anda
Enfim, eles foram logo pro Aeroporto de Chapecó. Quando chegaram, Daniel estava procurando por eles. E quando viu, primeiramente Gabriel, saiu correndo como um carneirinho.
- Eu estava morrendo de saudades suas- ele me abraçou como se não me visse a séculos
- Eu também morri de saudades suas.
Voltaram pra casa em seguida, e Daniel estava apenas esperando uma oportunidade pra ficar sozinho com Gabriel. E teve.
- Gabriel, você leu a carta ?- ele olhava firmemente para o amigo, que estava de costas
- Li- de repente, Gabriel é surpreendido por um beijo
Continua
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