Naquelas duas semanas que restavam para o Adriano se mudar, foi um saco, o Deivison ficava no meu pé para ter uma resposta se eu ia ou não voltar para São Paulo, ao mesmo tempo que eu ficava irritado com ele sempre me perturbando eu via nos olhos dele que o mesmo não queria ficar longe do seu amado, eu imaginava o medo que ele sentia e até eu era solidário, mas eu não queria tomar uma decisão tão importante da minha vida baseada nos problemas dele, não eu tinha que pensar bem, medir os prós e os contras e acima de tudo ouvir o que o meu coração pedia, e nesse tempo eu e o Digo mantivemos contato diário era impressionante o quanto o tempo passava rápido quando estávamos conversando pelo MSN, mas não contei que eu cogitava voltar e nem falei do Deivison e também ele não me cobrava nada, mas sempre falava que estava com muita saudade de mim e eu como sou bobo para essas coisas me derretia todo.
Passado as duas semanas chegou o tal dia da viagem do Adriano, os dois se despediram no meu apartamento e os deixei a sós, caso contrario eu ia chorar pra caramba já que eu sou muito emotivo e qualquer coisa já é motivo pra eu chorar, mas quando voltei os dois com a cara inchada de tanto chorar e enfim ele se foi, o Deivison coitado ficou arrasado, era o primeiro namorado dele e sei que ele se envolve muito quando esta com alguém e o pior que eu fiquei com tanta pena dele e nessa hora como em tantas outras queria muito estar com o Digo.
Caros leitores olhando assim pode parecer que eu estava enrolando para ir embora, mas se coloquem no meu lugar, será que você passando por tudo que eu passei iria assim na boa? Se você respondeu sim, bom sorte sua que você tem uma capacidade maior de esquecer coisas ruins, mas eu não sou assim, quando alguém faz algo de ruim pra mim, eu demoro muito a esquecer, não que eu seja rancoroso, é só que eu tenho uma dificuldade maior para perdoar, mas diante dos acontecimentos eu tomei a minha decisão, vou voltar par casa.
No dia seguinte eu chamei o Deivison e ele veio voando, acho que ele já sabia o que eu ia dizer pois assim que abri a porta para ele entrar ele já foi perguntando...
K:Quando é que nós vamos?
Eu fiquei olhando para aquele moleque arteiro por uns instantes e acabei rindo dele e pedi pra ele se acalmar e se sentar.
D:Vai Kadu fala logo, não enrola...
K:Deivison primeiramente vamos colocar os pés no chão, se eu for mesmo como é que vamos fazer com os seus pais, você é menor de idade, ou seja, você precisa da autorização deles, eu não importo de te levar e você sabe disso, mas enquanto você for menor, agente precisa ver o que fazer, porque não vamos nos mudar para outro bairro ou outro quarteirão, estamos falando de outro Estado bem longe.
D:Eu já sei disso Kadu, e já preparei tudo, eu conversei com os meus pais e disse que eu queria estudar lá em São Paulo para prestar o vestibular, e disse que os cursinhos lá são os melhores, o que é verdade mesmo e agente mudando pra lá eu vou estudar mesmo.
K:É isso ai, e que curso você está pensando?
D:A cara eu pensei em publicidade, é uma profissão que acho que eu vou gostar muito.
K:Entendo, antes de vir pra cá eu queria fazer publicidade também, mas depois eu mudei de ideia e acabei por fazer engenharia. Mas enfim e o que os seus pais disseram?
D: Meu pai disse que a escolha é minha, mas minha mãe começou a fazer um drama danado, sabe como é né, ela disse que eu não precisava ir para outro Estado para estudar e perguntou onde que eu ia morar que eu era muito novo que a cidade é perigosa para me deixar lá souto.
K:Eu imagino e ai?
D: Antes disso eu já tinha dito a ela que você estava voltando pra São Paulo, eu contei pra ela antes para que quando eu fosse pedir para ir ela não pensasse que foi você que colocou essa ideia na minha cabeça.
K:E não foi mesmo...
D:Eu sei né, mas eu conheço a minha velha então foi melhor assim, ai na hora eu disse que como você estava voltando eu ia pedir para que você possa me hospedar na sua casa, já que ela te conhece a alguns anos ela não teria argumentos.
K: E ela?
D:Ai eu vi que ela já ficou balançada, pois eu não ia morar sozinho, estaria com um conhecido.
K:Moleque quero morrer amigo seu. Rsrsrsrs
D:Rsrsrsrs a deixa disso Kadu, eu não menti em nenhum momento, tudo que eu disse eu vou cumprir, quero pegar firme nos estudos para passar no vestibular...
K:É bom mesmo, mas e o Adriano?
D:Ele é a parte boa né...
K:Amham sei... Bom hoje a noite eu vou lá falar com a sua mãe e daqui a um mês se tudo der certo agente voa pra São Paulo...
Eu mal acabei de falar o Deivison já pulou em cima de mim me abraçando e me beijando,(sem maldade viu)foi uma festa só e coitado ele quase chorou, foi ai que eu vi que ele tinha muito medo de eu ir e deixar ele para trás.
Gente o Deivison tinha razão de querer manter distancia dos pais, eles eram muito conservadores, eram evangélicos e a homossexualidade par eles era coisa do demônio e por Ai vai aquela conversa que eles tem a nosso respeito, muitas vezes eu presenciei conversas homofóbicas dos pais dele, e acreditem vocês no lugar dele fariam a mesma coisa, não são todos que tem a sorte de ter pais compreensíveis.
Na noite deste mesmo dia o Deivison disse aos pais deles que eu ia lá para conversar com eles a respeito da mudança, e pra quem não sabe eles claro não sabiam que eu sou gay e então eles me convidaram para jantar lá e durante o jantar praticamente fui metralhado de tantas perguntas que eles me fizeram, eram coisas de onde que íamos morar e por ai vai e eu claro respondi a todas as perguntas e no fim fui muito sincero e até aproveitei a ocasião para deixar tudo bem claro para o Deivison, que enquanto ele estiver sobre minha responsabilidade eu faria questão de manter ele na linha ou seja, ele estava indo para estudar e é assim que vai ser, nada de vagabundar e esquecer das responsabilidades e que eu ia ficar de marcação serrada em cima dele, bom acho que exagerei um pouco mas com isso os pais dele deram o seu aval, ai foi aquela festa o Deivison ficou muito feliz e eufórico sobre arrumar as coisas dele e bla bla bla.
Até então eu não tinha dito nada para o Digo que o Deivison estava querendo ir, por que nem eu mesmo tinha certeza se eu ia ou não e em todas as nossas conversas o Digo deixava claro a seguinte frase antes de nos despedirmos tanto pelo telefone quanto pelo MSN:
“Amor estou te esperando ”
Era nessas horas que eu tinha certeza que eu seria feliz ao lado dele, ele me passava uma segurança tão grande que sobrepõem o medo que eu sentia de me entregar, mas mesmo já tendo tomado a minha decisão preferi não contar e pedi para o Deivison não contar por que queria fazer uma surpresa e assim ele me jurou que ia ficar de bico fechado.
Nesse meio tempo resolvi a questão do meu apê que por hora deixei com uma imobiliária para alugar, vai que não da certo né, por ser longe não ia levar nada, então aos poucos fui vendendo para amigos e conhecidos tudo que tinha no apê, deu até uma grana boa, claro que não foi o que gastei, mas valeu, antes também tive uma conversa seria com o Adriano pelo MSN, deixei claro que o Deivison estava indo sob, minha responsabilidade e que não era para abusar da nova liberdade que ele teria e assim o Adriano me prometeu que ia ajudar o Deivison no que precisasse e até ofereceu dinheiro para ajudar nas despesas, mas eu disse que nem ia precisas por que mesmo eu dizendo que não precisava o pai dele disse que ia mandar uma grana pra ele todo mês, assim ele não precisava se preocupar com grana e se dedicar nos estudos a nossa conversa demorou um pouco e pelo jeito o Adriano estava gostando mesmo do Deivison, fiquei muito feliz por isso, admito que no começo não senti muita firmeza na relação deles, mas acho que era mais por culpa do Deivison mesmo, ele a principio ficou meio acanhado, mas com o tempo isso se resolveu.
Eu queria fazer uma surpresa para o Digo, sei lá eu queria fazer algo diferente, mas nada me vinha na cabeça e também por eu estar longe só complicava as coisas e também não queria a ajuda de ninguém para não correr o risco de ele ficar sabendo que eu estava voltando, foi então que me lembrei uma coisa que me deu uma ideia, bom não tinha como ser algo grande e muito menos sofisticado, eu apenas ia mandar uma musica para o Digo e se ele pensar do mesmo jeito que pensei acredito que ele vá entender tudo, bom só tenho que calcular tudo e torcer para dar certo, mas antes eu ia precisar da ajuda da Luana para pegar uma coisa pra mim e assim imediatamente liguei pra ela.
L:Oi amor da minha vida.
K:Oi vadia.
L:Grosso rsrsrs
K:Lu preciso de um favor seu e que também não pergunte o por que e nem pra que.
L:Affs sacanagem em Kadu, você sabe que eu sou hiper curiosa, mas o que é que você quer?
K:Quero que você dá um jeito de pegar uma chave e o controle do portão lá de casa sem a minha mãe saber.
L:Hum sei, e como acha que eu vou fazer isso?
K:Se vira eu vou precisar assim que desembarcar, e outra coisa anota ai que eu vou te passar umas coisas que vou precisar.
L:Ei aquela casa está fechada deve estar tudo sujo lá.
K:Tá nada, minha mãe me disse que paga para uma diarista ir toda semana limpara a casa e a mobília.
L:Ei esta achando que eu tenho cara de empregada?
K:Cala a boca e presta atenção.
Realmente eu queria fazer tudo sozinho, mas não tinha jeito eu precisei recorrer a Luana.
L:Ai nem acredito que você está voltando.
K: Não abre essa boca pra ninguém ta ouvindo?
L:Sim eu já sei.
Ainda ficamos conversando por mais algum tempo e logo depois tratei de arrumar o resto das coisas que faltava.
No dia da nossa partida eu estava sozinho no meu apê, já não tinha quase nada, o resto das coisas o pai do Deivison ia ficar com a chave para abri e o pessoal buscar, mas vendo tudo vazio me lembrei no meu primeiro dia que morei ali, eu entrei naquele apartamento tão amargurado, havia sofrido tantas decepções e agora eu estava indo embora apenas com bons sentimentos, boas recordações deixando para trás tudo aquilo que eu trouxe comigo, estava indo agora em direção de uma nova vida, de um novo caminho e quando fechei a porta com as malas do lado estava deixando ali um Kadu e um novo Kadu estava indo embora mesmo com um pouco de medo, mas confiante de que uma nova faze de minha vida estava começando.
Os pais do Deivison nos levaram no aeroporto e do prédio até lá foi àquela choradeira por parte da mãe dele e do pai que era mais discreto, mas o Deivison apesar dos pesares também estava triste por deixar seus pais para trás, é normal e ainda mais que ele nunca ficou muito tempo longe deles e agora seria diferente, enfim depois de um monte de recomendações e promessas de ir visitar um ao outro, fomos para a sala de embarque e seguimos para São Paulo e as únicas pessoas que sabiam que eu estava voltando era a Luana e o Bruno que quando desembarcamos logo os vimos e ai foi aquela festa, eu mesmo me senti tão bem voltando para a cidade que sempre vivi desde criança, depois de vários abraços e beijos fomos para o carro e eu disse que queria fazer uma surpresa para o Digo e então fomos direto a minha antiga casa, bom pessoal quando minha mãe se casou com o meu padrasto ela foi morar no apartamento dele e deixou a nossa casa fechada com os moveis dentro pelo menos um pouco deles, até hoje não entendi essa doideira da minha mãe, mas isso foi muito oportuno para o que eu estava planejando.
Cheguei em casa e por incrível que pareça não me veio nenhuma lembrança ruim acho que com o nervosismo e a ansiedade junto minha cabeça não permitiu que nada estragasse aquele momento, a Lu tinha passado por ali para colocar roupa de cama e algumas coisas que faltava, coisas que nem eu tinha pedido, mas graças ao bom senso dela ela lembrou de fazer.
Acabei gastando mais tempo para arrumar tudo do que eu imaginava, acabou faltando algumas coisas então tive que improvisar e quando terminei tudo tomei um banho e agora só faltava jogar a isca e senhor por favor me ajuda para que ele entenda o recado. Com o coração na mão quase tendo um infarto eu enviei a musica para o celular deleN:Ei Digão seu celular ta tocando.
D:Ta, me dá ele ai.
D:É uma mensagem, do Kadu!
Ele não tinha costume de mandar mensagem geralmente quando ele quer falar ele já me ligava diretamente, então abri a mensagem e era um arquivo e então abri e se tratava de uma musica, então antes de tocar eu fui ao meu escritório e peguei um fone de ouvido porque não gosto de ouvir no auto falante do aparelho por que a musica fica ruim, então assim que começou a tocar eu me lembrei daquela musica que fazia muito tempo que não ouvia e quando terminou eu não entendi o por que o Kadu me mandou ela sem nenhuma mensagem então foi ai que me veio algo na minha cabeça então tentei ligar pra ele mas o telefone estava fora de área então fiquei pensando será que ele?
Peguei as chaves do carro e avisei para o Nélson que ia sair.
D:Nelson vou ali resolver umas paradas e nem sei que horas que eu volto então segura a onda ai pra mim.
N:Pode deixar chefia...
Assim que entrei no carro coloquei para tocar de novo...
Meu alegre coração palpita
Por um universo de esperança
Me de a mão, pra fugir desta terrível
Escuridão...
D: Pra fugir dessa terrível escuridão...
Desde o dia que eu te reencontrei
Me lembrei daquele lindo lugar
Que na minha infância era especial para mim
D:Nossa casa...
Quero saber, se comigo você quer vir dançar
Se me der a mão eu te levarei por um caminho
Cheio de sombras e de luz
Minha intuição estava me mandava ir direto para a nossa antiga casa, eu não sabia explicar, mas quando ouvi aquela musica me lembrei de nossa infância de como ele adorava ouvir aquela musica do desenho e cantava e eu sabia que ele gostava muito daquela casa mesmo ele não sendo feliz ali, mas era onde ele cresceu...
Você pode até não perceber,
Mas o meu coração se amarrou em você
Que precisa de alguém, pra te mostrar o amor
Que o mundo te dá...
“Digo não me deixa aqui sozinho...
Sai pra lá, vai dormir no seu quarto...
A mamãe falou pra você não me deixar sozinho aqui...
Você não é homem não, ta com medo do que?
Eu tenho medo do escuro...
To nem ai...”
Meu alegre coração palpita
Por um universo de esperança
Me dê a mão, a magia nos espera
Percorri avenidas super movimentadas o máximo que pude e com certeza devo ter ganhado algumas multas, mas nada disso importava se o que eu estivesse esperando finalmente acontecesse.
Vou te amar por toda a minha vida
Vem comigo por este caminho
Me de a mão, pra fugir desta terrível
Escuridão.
Faltava só uma quadra para chegar, e parece que quando mais pressa temos, mais demora pra gente chegar, mas assim que parei em frente a casa nem tranquei o carro e corri pra dentro, a porta da sala estava aberta e tudo estava em silencio até que subi e vi a porta do quarto do Kadu aberta e quando entrei lá estava ele de costas pra mim olhando pela janela e ele estava tão lindo de smoking sim ele estava lindo e elegante que fiquei um bom tempo olhando pra ele e quando cheguei mais perto eu chamei ele.
D:Kadu
E ele se virou pra mim e as palavras não se fazia necessárias naquele momento, só precisávamos um do outro e então nos abraçamos e começamos um beijo ofegante até ficar calmo como se o tempo não existisse para nós, nada importava...
Eu achei que o Digo não havia entendido o meu recado e fiquei ali na janela do meu antigo quarto esperando ele e quando ouvi a voz grave e grossa dele eu imediatamente me virei e me entreguei sem medo, sem ódio ou qualquer sentimento ruim, eu queria e precisava dele ao meu lado e não da mais para disfarçar ou negar o amor que eu sinto por ele.
Quando nos separamos de nosso primeiro beijo, sim para nós aquele era o nosso primeiro beijo ambos estávamos emocionados, o Digo me abraçava e não me soltava de jeito nenhum, acho que ele tinha medo de eu mudar de ideia, eu não ia fazer isso eu só peguei na mão dele e liguei o som e coloquei uma musica que eu gosto muito e dançamos lentamente posso dizer que foi um dos momentos mais felizes da minha vida, e daquela tarde em diante começamos uma nova vida eu o Digo e o Miguelzinho e claro o Deivison, nos mudamos para essa casa em que eu e o Digo éramos dois irmãos que se odiavam e se amavam ao mesmo tempo.
O Deivison se acostumou rapidamente com a nova casa, acho eu ele gostava mais da liberdade que ele tinha de poder namorar em casa sem ter que ficar se escondendo das pessoas, claro que eu e o Digo tivemos que falar pra ele não fazer nenhuma obscenidade na frente do Miguelzinho e ter cuidado com as coisas que ele fala, fora isso ele começou a estudar em um cursinho pré-vestibular e um mês depois de se mudar seus pais vieram a São Paulo para visita-lo e conhecer o lugar que seu filho estava morando, graças a Deus correu tudo bem. Depois de seis meses uma mulher que trabalhava em uma agencia de modelos viu o deivison no shopping e convidou ele para uma entrevista, foi a partir dai que ele começou a carreira de modelo, mas o Deivison não seria um modelo de passarela, por causa do seu tamanho ele seria um modelo fotográfico faria comerciais enfim essa coisa toda, e até hoje ele trabalha como modelo e atualmente esta na faculdade de publicidade, ainda mora comigo e de vez em quando posa na casa do Adriano, o namoro dos dois firme e forte até hoje. A e antes que eu me esqueça até hoje os pais dele ainda não sabem que ele é gay, mas o Digo acha que a mãe dele já sabe mas finge que não sabe.
A Luana atualmente está solteira, o namoro com o Bruno durou quase seis anos e ela queria casar, mas essa palavra não cabe no dicionário dele então ele ficou enrolando ela até que ela largou ele, e hoje ele vive na gandaia. Vez em quando ela tem uma recaída e eles acabam no motel, vai entender né.
A minha titia querida hoje vive na fazenda da minha avó, ela casou com um cara picareta e deu um tombo (financeiro) nela e sumiu, hoje ela depende da minha avó para viver, não tenho orgulho e nem fico feliz em contar isso, apesar de nós nunca darmos certo nunca quis o mal dela, só tenho dó da minha avó e ter de aturar ela.
Bom quando eu e o Digo contamos pra nossa mãe que íamos morar juntos eu vi que ela não ficou feliz, mas na maneira dela nos apoiou. Nossa vida é bem corrida eu trabalho em uma construtora o Digo tem seus restaurantes, nós somos discretos, não frequentamos o meio gay, não é por preconceito e sim uma questão de gosto eu e ele não curtimos baladas tipo boates, preferimos um barzinho com musica ao vivo, um teatro ou cinema e somos felizes assim, agora com relação ao fato de sermos irmãos bom nenhum de nó vê o outro como irmão, a sociedade nos vê assim, mas não somos irmãos, somos dois homens que se amam e o resto que se fodam, uma parte de nossa família nos ignora, é como se nós nem existíssemos a outra finge que esta tudo bem e não comenta, pelo menos na nossa frente, pois eles sabem que nós não íamos tolerar nenhuma piada ou gracinha preconceituosa para cima de nós, hoje conseguimos nosso respeito temos amigos gays e héteros, agradeço todos os dias a Deus por ter ouvido nossas preces e pela segunda chance que tivemos, hoje o Digo é a minha vida, ele me completa em todos os sentidos.
Hoje meu coração está em paz exceto pelo Alan, até hoje sinto saudades dele, e nunca mais tive qualquer noticia dele ou da Jake, uma vez eu pensei em contratar um detetive para encontrar ele, mas o Digo disse que isso só me traria sofrimento, porque depois de tantos anos ele nem deve se lembrar de mim, já que quando ele foi ainda era um bebe. Mas tenho fé que um dia eu vou encontrar com ele, é nisso que eu acredito.
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Bom pessoal aqui termina nossa parceria, eu pretendia fazer como vocês sugeriram uma segunda temporada, mas a partir de segunda feira próxima iniciarei um tratamento de saúde, e por essa razão fui obrigado a correr com as postagens ou então vocês ficariam com mais um conto abandonado, espero que eu tenha retribuído as suas expectativas e se um dia se Deus permitir volto com uma segunda temporada. Peço desculpas pelos erros de ortografia e concordância que passaram despercebidos por mim.
Sei que tem vários leitores anônimos, mas gostaria de pedir que se vocês leitões gostaram mesmo deixe a menos um “Oi” para que eu possa conhecer vocês. Bom pessoal me despeço e agradeço a todos por se dispor de seu precioso tempo em vir ler o meu conto, deixo um forte abraço e um até breve.
