-Assustado? – perguntou ele rindo
-Sim, você ficou 4 bilhões de vezes mais feio (MENTIRA, PENSA EM UM CARA LINDO). – falei rindo tentando não mostrar que estava com medo
-Ai Edu, você ainda me faz rir taaanto – disse ele dando uma gargalhada – fazendo o que aqui? – perguntou
-O que VOCÊ tá fazendo aqui? – perguntei
-Eu perguntei primeiro – disse ele
-“Eu perguntei primeiro?”, quantos anos você tem? Cinco? – perguntei
-Vim fazer o mesmo que você – disse ele
-Tá legal...o que eu vim fazer aqui? – perguntei
-Sistema de segurança, cameras, etc. – disse ele
-Resposta errada querido, mas você ganha um bom ferro de passar roupa por que sua farda está bem amarrotada – disse
-Veio fazer o que aqui então? – perguntou
-Não está na cara, que eu vim aqui pegar o notebook do Marcello – disse
-Mas por que entrar no sistema de seguranças justo no dia em que ele levou um tiro? – perguntou
-É da sua conta? – perguntei
-Olha lá em mocinho, não brinca comigo... – disse ele dando um sorriso meio estranho
-Vai fazer o que? Me dar um tiro? – perguntei sem pensar
Ele ficou meio palido, mas depois se recompoz
-Em você jamais...- disse
-Por que? – perguntei
-Por que eu nunca faria isso com você – disse ele
-Isso não seu tapado. Eu quero saber por que fez isso com o Marcello – disse
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6 DIAS ATRÁS
Estava andando pela avenida 85, parei em um supermercado e vi alguem que me era bem familiar, cheguei quase perto do carrinho do cidadão, e gritei:
-Diego? – gritei
-Abdiel? Ave maria, quando eu acho que já não basta a Ingryd pra me encher a paciencia, ainda me aparece um ser desses. – disse ele
-Educado como sempre em Diego, nunca é grosseiro com um velho amigo – disse rindo
-Até onde eu me lembro eu não sou seu amigo em um lugar nenhum – disse ele rindo
-Quais são as novas? – perguntei
-Alem do Edu ter voltado nenhuma – disse ele
-O Edu voltou? – perguntei com um ar de alegria
-Voltei mas pode tirar esse sorrisinho do rosto – disse ele
-Você está com ele? – perguntei
-Quem me dera, ele está com esse Marcello – disse
-O que? Eu achei que esse palhaço tinha ido embora – disse meio zangado
-Deixa o Edu viver em paz Abdiel, ele merece – disse Diego
-Você bonzinho Diego? O que aconteceu com você? Próxima piada. Desistiu do Edu? – perguntei
-Não é isso, na verdade eu ainda amo ele demais, mas nós dois magoamos ele demais, fizemos muito mal a ele, eu admito, o Marcello foi o unico decente nessa situação, eles se merecem até demais. – disse ele
-Olha estou impressionado – disse batendo palmas
-Não tem graça, e olha, é pra deixar ele em paz, eu vou correr atrás dele, mas não vou forçar nada – disse Diego
-Vou pensar no seu caso – disse saindo de perto dele
4 DIAS DEPOIS
Começei a observar o Marcello, passo a passo, quando via ele com o Edu, me subia um ódio, mas naquele dia estava disposto a tirar esse Marcello da minha vista. Eram 8 da noite quando vi Diego discutindo com os dois na porta da casa de Edu, pensei “Hum, esse Marcello enfiou as garras bem fundo no MEU Edu, mas essa palhaçada já vai acabar e vai ser daqui a pouquinho”. Marcello foi pra sua casa, e segui ele, e quando finalmente chegou, fiquei de boca aberta, por que ele tinha uma casa dos sonhos, mas me concentrei no plano. Ele entrou, e eu entrei escondido quando ele apertou o controle pra fechar o portão. Ele entrou dentro de sua casa, e eu em seguida sem poder fazer barulho. Quando entrei na sua sala de estar, morri de ódio ao ver fotos dele com MEU Eduardo, fiquei com mais raiva do que já estava, quando o vi na cozinha pegando um copo com água, nem pensei duas vezes, retirei um revolver com silenciador do bolso da minha jaqueta e disparei sem pensar, ele caiu duro no chão. Cheguei perto do seu ouvido e falei “perdeu otário”. Saí casa dele, e fui pra casa sem ficar com a consciencia pesada, afinal, por bem ou por mal a gente consegue as coisas. Quando chamaram a policia, eu fui mandado para a cena do crime para ver ou investigar (QUE IRÔNICO, INVESTIGAR ALGO QUE EU MESMO COMETI). Ouvi o tenente falar que na casa tinha cameras, e que voltariam no outro dia pra pegar as imagens. Quando fomos dispensados, corri pra casa e começei a suar frio, tinha que dar algum jeito de pegar aquelas filmagens, senão eu ia me dar muito mal. Fui direto pra casa dele, pegar aqueles arquivos, quando estou em um quarto de hospedes procurando algo, ouço passos pela casa, e quando vou ver quem é, vejo o Edu no quarto do Marcello, meus olhos brilharam, mas pelo menos tinha que disfarçar, ainda mais na hora que vi um notebook na mão do Edu e ele olhando filmagens. BINGO.
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-E foi isso – disse ele contando tudo pra mim
-Seu filho da... – avançei nele dando um monte de tapas e socos nele
-Para seu doido – disse ele
-O unico doido que eu conheço aqui é você que machucou o meu amor – disse
-Seu amor? Eu não acredito nisso – disse ele
-Então acredite seu nojentoooo – disse dando mais tapas nele, quando ele me acertou um soco em cheio
-CALA A SUA BOCA – disse ele
-Resolveu ser macho agora? – disse chorando e rindo ao mesmo tempo
-Não brinca comigo – disse ele
-Já brinquei sua anta, desde o momento em que começei a gravar toda essa conversa no meu celular quando eu descobri que era você
-Como é que é? – perguntou ele com um olhar furioso – lamento, mas já que não sirvo pra você, você não me quer, e ainda quer me ferrar, não vai ter outra alternativa – completou
-Vai fazer o que? Atirar em mim? – perguntei
-Boa ideia – disse ele apontando o revolver pra mim – conte de 1 até 3 pra morrer Edu...1, 2 – quando ia falar o três alguem o empurrou
-Edu, corre – disse Diego em cima do Abdiel dando uns bons socos nele
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