Quem disse que o amor é o melhor sentimento. Não conhece o amor de Secret. Esse é o tipo de amor que devemos evitar ao máximo, antes que...
Nas mãos do Diabo
Terceiro episódio
Dentro da limusine Secret não disse uma palavra. Seu plano está em ação e quanto menos Halls souber sobre ele melhor será na excussão do plano.
— Soube que quer gravar um cd — Secret tem uma voz de locutor que se ouve tarde da noite, ou de homens que ligamos para pedir seus serviços sexuais. É um dom grosso, mas elegante. Um jeito rústico-refinado. Ele é o extremo de todos os lados.
— Sim, já compus as musicas. Agora preciso grava-las — qualquer outro não perceberia que a voz de Halls é tremula e nervosa, mas Secret é um jogador nato. Se ele não reconhecer a voz do oponente, não tem como ganhar.
Nas extremidades dos olhos de Evan, há algumas lágrimas. Pobre coitado. Como gravar um cd sem um teto para viver ou comida para comer? A vida lhe deu uma rasteira quando ele menos esperou e aceitar a ajuda de um velho Diabo não é recomendável.
— Vamos para meu apartamento... — Secret olha feio para o lado. Com o queixo rígido, ele ouve as baixas palavras de Halls que o interrompe.
— Não pedi sua ajuda, vou dar um jeito.
— E eu não lhe perguntei nada. Você precisa de ajuda, estou vendo isso e tenho certeza que não irei notar sua presença — toda a elegância se esvai da voz de Secret. Ele aperta um botão que abre o vidro atrás das costas de Halls. — Vamos para casa.
O motorista acena com a cabeça e o vidro e mais uma vez levantado.
Minutos depois. Halls está na sala de Secret babando com o tamanho do apartamento. Se Secret tem dinheiro é uma fortuna imensa.
Os moveis antigos, quase todos de madeira pura, faz o local parecer um castelo inglês. Julgando pela imensa lareira no centro da segunda sala é um chalé russo. Entrando na cozinha a opinião de Halls muda completamente. Tudo é de um cinza ofuscado que consome as outras cores. Agora ele está em uma casa do futuro, há equipamentos ali que ele nem sonhou já existir.
Tudo é tão limpo e organizado para um rapaz de vinte e cinco anos. Onde estão as empregadas? O mordomo ou a governanta. Será que o jovem bilionário aprendeu a cozinhar?
— Você mora sozinho? — pergunta Halls atento ao eco que percorre os diversos cômodos da casa. Secret tinha razão em dizer que não iria percebê-lo. Com esse tamanho ele não iria perceber uma manada de elefantes.
— Eu gosto do silêncio. Ainda mais quando se tem algo para admirar — os olhos serenos de Secret fitam Halls diretamente. Paulo não está para brincadeiras, não quando levanta sua sobrancelha esquerda.
— Não se sente solitário? — Halls precisa sair dali imediatamente. O verde-claro dos olhos de Secret está penetrando o que ele chama de alma.
— Não. Quando acho que preciso me divertir vou para meu bar — diz Secret seguindo Evan. Que está se dirigindo para a segunda sala.
— Você tem um bar? — com os olhos sobressaltados e a boca aberta, Halls se vira para ver qual vai ser a resposta de Secret.
— Sim — Paulo para ao lado de uma mesa redonda que está ao lado da porta. Sobre ela estão dois fracos com duas bebidas. Uma vermelha, sangue. E outra marrom, como lama. Ele pega um dos copos que está de cabeça para baixo e despeja um pouco dos dois líquidos. Formando um liquido de cor terra queimada.
— Meu pai tem contado com algumas gravadoras. Se quiser posso levar você ainda hoje para ver se gostam do seu trabalho — começa Secret tomando seu trinque.
— Cara... Tipo gravadora de verdade... Levar meu trabalho — a euforia de Halls assusta Secret que para com o copo no meio do caminho.
— Sim. Mas primeiro precisa de um banho — diz Secret olhando para o outro rapaz que está se olhando de cima em baixo.
— Minhas roupas estão...
— Atrás de você — ele acena com o copo. Mostrando as duas malas que foram colocadas ali há pouco tempo. Sem que ninguém visse. — O banheiro fica no final desse corredor — ele aponta para a direita.
Sem mais nada a dizer. Halls corre até as malas e pega: toalha, cueca, e roupão.
Enquanto isso Secret senta no sofá, com o trinque na mão. Depois de mexer um pouco ele tira um liquido do terno e despeja dentro da bebida.
Após Halls entrar no banho, ele vai até o banheiro. O qual existe uma pequena apertura na parede. Secret coloca seu olho direito no rumo da apertura. Dali ele consegue ver o corpo nu de Evan.
Dentro do reservado o rapaz passa as mãos no corpo molhado. Sem a menor preocupação ele se agacha para pegar o sabonete que havia caído. Quando se levantar ele volta a acariciar o próprio corpo.
Do lado de fora Secret alisa a calça que agora tem um grande volume. Ele abre o zíper e coloca a mão dentro da cueca. Depois de um tempo ele tira o pau para fora e começa a se masturbar vendo o rapaz se banhar.
Mas não deu para gozar dessa vez. Halls desliga o chuveiro e Secret tem que voltar para a sala o mais rápido possível.
— O que ta fazendo? — pergunta o de toalha presa na cintura. Vendo o outro mexer nas suas malas.
— Você não tem nenhuma roupa para ir à gravadora. Vamos comprar alguma antes de ir. E não vem falar que não precisa, porque precisa sim e não sei se já notou, mas dinheiro não é problema para mim.
— Ok — Halls apenas faz um gesto de rendição e procura uma calça para se vestir.
Secret ainda sofre pela perda de seu grande amor. E não quer ficar sozinho. Então vai fazer de tudo para ter Halls perto dele. Custe o que custar.
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Já sabem qual é o segredo?
