Continuando...
Eu me sentei no chão,abraçando minhas pernas,deixando as lágrimas escorrerem pelo meu rosto.Aos poucos eu me senti mais aliviado,mais por dentro meu coração sangrava e uma sensação de perda crescia.
Eu precisava explicar ao Vitor o que tinha acontecido,mas como?Eu não sabia aonde ele estava e mesmo que soubesse,não saberia como chegar lá.
Só de pensar que ele poderia não voltar nunca mais,meu coração se contorcia de dor no meu peito,pois eu precisava sentir ele perto de mim.
Depois de um longo tempo ali sentado,me levantei e fui em direção a casa.Entrei pela lateral e fui em direção a porta da frente,aonde escutei vozes,me aproximei mais e me encostei na parede há poucos passos da porta,tentando ouvir melhor.
-Eric não podemos ficar escondidos aqui para sempre.-Disse uma voz que parecia ser a do Carlos.
-Eu sei que não,mas para onde vamos?-Eric perguntou parecendo irritado.
-Aqui é o cofre forte 2,podemos ir para o um.É o melhor que temos.-Respondeu uma voz que parecia a do Júnior.
-Cofre forte um fica no interior do Rio de Janeiro,e o Felipe?Vamos deixa-lo aqui?-Eric perguntou aflito.
-Ele mora aqui,Eric.-Respondeu uma outra voz,que eu conclui que era a do Pablo.
-Mais como vamos saber mais sobre o caçador,deixando-o aqui?-Eric perguntou transtornado.
Eu balancei a cabeça confuso sem entender o que estava acontecendo.Eles planejavam conhecer o caçador através de mim?Mais eu não sabia quem era essa pessoa.
-Ele tem razão.Precisamos do muleque pra descobrir o ponto fraco do caçador,antes que ele mate mais um de nós.-Carlos disse com dificuldade.
-Segundo o Junior,o Felipe almoçou com ele no dia 10 de Janeiro desse ano e depois viajou com ele no final de semana retrazado.-Pablo disse com segurança.
Eles estavam falando do Pedro.So podia ser dele,pois foi com ele que viajei fim de semana retrazado.Eu me afastei tonto da porta,e fui em direção ao gramado.Ao chegar lá,eu cai de joelhos e vomitei tudo que havia no meu estômago.
Isso não era possivel!O Pedro não podia ter matado o Vitor.Ele era um doce,incapaz de fazer mal a uma mosca.
Vocês devem estar se perguntando;quem é Pedro?
Pedro é um dos administradores que trabalha com a minha mãe,eu o conheci em um jantar de comemoração no escritório da minha mãe e nos tornamos amigos,além de que,a minha mãe trabalha com ele somente há oito meses,e tem uma enorme consideraçaõ por ele.
Pedro tem trinta anos,é muito conhecido e respeitado na minha cidade,nos conheciamos há três meses,mais tinhamos uma afinidade enorme.
Pedro era um homem gentil,delicado e doce,gostava de tratar a todos com carinho e respeito.Como ele poderia ser um assasino?Isso era loucura.
Ele havia pedido umas férias a minha mãe depois que voltamos do final de semana que passamos em Teresina e no dia que o Vitor morreu ele não estava na minha cidade.Mas ele não o matou,por ele eu colocava a minha mão no fogo.
P.S. O Caçador,Pedro Salvatore o Caçador,não era possível,devia ser mais uma paranóia daqueles caras.
-Felipe você está bem-perguntou uma voz atrás de mim.
-Acho que não.-Eu respondi sentindo meu estômago embrulhado.
-Vem ca,eu te ajudo.-Disse a pessoa pegando no meu braço e me levantando.
-Deixa eu aqui Junior.-Eu disse com a voz manhosa.
-Você não pode ficar aqui.-Ele disse colocando um braço na minha cintura e me arrastando pra dentro.
Após alguns minutos ele entra na casa comigo e me coloca no sofá da sala,que a essa altura estava vazia.
-Carlos?-Júnior gritou
-Oi!-Carlos respondeu saindo de uma especie de antisala.
-Eu encontrei o Felipe lá fora,vomitando.-Junior disse me olhando com preocupação.
-O que foi muleque?-Carlos perguntou enquanto colocava sua mão fria na minha testa.
-To meio enjoado.-Eu disse sentindo um arrepio.
Carlos me pegou no colo como se eu fosse uma boneca de trapo e me levou para o cômodo que ele havia acabado de sair.
-Eu não tinha visto esse lugar ainda.-Eu disse observando a grande televisão a minha frente.
-Porque tem uma parede camuflada.É pra dar mais privacidade aos muleques.-Carlos disse enquanto me colava no sofá branco que havia em frente a televisão.
-Eu vou chamar o caseiro,vê se ele tem algum remédio ou sabe algum chà,pra enjoô.-Carlos disse enquanto ia em direção a saida,puxando a porta e me fechando lá dentro.
Eu respirei fundo e me sentei,tentando imaginar o que aqueles caras tavam planejando.
Naquele momento veio a minha cabeça,o aviso do Alberto sobre uma resposta que eles queriam e se eu não desse,eu ia conhecer seu pior lado.Será que o Pedro era o assunto?
Me levantei e começei a dar voltas pelo quarto.Em uma dessas voltas,eu avistei um pedaço de pano preto debaixo do sofá.
Como eu sou curioso,fui até la e puxei,não era um pano,era uma mochila que alguem havia enfiado ali de qualquer jeito.
Fui até a porta e a abri um pouquinho,não havia ninguém na sala.Após fechar a porta,voltei ao sofá e abri a mochila.
Dentro tinha uma camisa branca e um tênis.No bolso do lado,tinha uma corrente com um pingente em forma de letra V.
Pera ai?Aquela mochila era do Vitor?Na maior animação,eu levei sua camisa ao rosto e senti o cheiro que emanava da camisa dele.Era um perfume que eu não sabia definir,mais tinha uma fragancia forte.Só de imaginar o Vitor com aqueles musculos vestido naquela camisa,me deixou...excitado.
Que porra é essa?Eu tinha ficado excitado por causa de uma camisa?
Coloquei a camisa e a corrente de volta na bolsa e um dos bolsos que havia na frente.Havia bilhetes de meninas dizendo que estavam molhadinhas por ele.Um bilhete em especial me chamou a atenção,era de uma tal de Fernanda e dizia:
"Vitor que loucura,heim?Gamei nos seu pedaço de carne de 25 cm,quero esperimentar de novo,gataõ."
Lendo aquele bilhete eu fiquei vermelho.25 cm?O cara era um animal.
Naquele momento ouvi passos na sala,coloquei todos os bilhetes na bolsa e enfiei ela debaixo do sofá de novo.
A porta fez um barulho,pois ela era de correr,e eu me joguei no sofá,minha excitação já havia sumido a tempos.
-Felipe você está bem?-Eric perguntou aparecendo na porta.
-To melhor.-Eu respondi,o que era verdade,pois o enjoô tava passando.
-Esse seu mal-estar tem algo a ver comigo?-ele perguntou com um tom de voz triste.
-Por que está perguntando isso?-Eu respondi surpreso.
Eric respirou fundo e se sentou no sofá,colocando meus pés sobre seu colo.
Eu não estava gostando de ve-lo triste,mais tinha medo de fazer algo e ele interpretar errado,pois por mais que sentisse um carinho por ele,era só isso,um carinho.
Continua&&&&&Will(Wy) tudo pode acontecer,pra saber é só continuar acompanhando.
Edu19/15,jhonna,Ru/Ruanito,thiago Silva,P3dr0r!ck e Geo Mateus obrigado por acompanharem meu conto,pelos votos e pelos comentarios.
Obrigado a todos que leram,por favor deixem seus comentarios e até a proxima.