Capitulo vinte e dois: Pensei que estivesse preparado, mas não estava.
— Prazer — Brian deu a volta pelo carro e caminhou até mim com a mão estendida para que eu a apertasse.
Olhei para ele e para Nathan e ambos compartilhavam do mesmo sorriso. Um sorriso que cortou meu coração em milhões de pedaços e o atirou na neve para que congelasse.
— Muito bom Nathan — disse me afastando do rapaz loiro que eu amava — Eu vou embora por alguns meses e você me troca pelo primeiro que aparece.
— Luke... — ele tentou se explicar.
— Não. Eu entendo. Você estava livre para seguir a sua vida e se apaixonar por quem quisesse. A culpa foi minha — Senti as lagrimas começarem a escorrer pelo meu rosto.
— Se acalma cara. Se deixar que eu e Nathan... — ele tocou em meu ombro gentilmente, mas para mim seu toque pareceu uma terrível afronta.
— Não encosta em mim! — gritei começando a perder co controle — Não encosta em mim.
— Luke, me escuta — Nathan se aproximou de mim e eu me afastei dele novamente. — Deixa eu explicar...
— Fica longe de mim! — gritei sentindo meu coração quebrado se congelando cada vez mais.
— Luke se acalme — Brian segurou em meu braço.
Como ele ousa me cha!ar daquele jeito? Indaguei a mim mesmo sentindo o ódio derreter o gelo que havia formado sobre meu coração despedaçado. Dei um soco no rosto de Brian e ele caiu no chão. Antes que ele pudesse se levantar eu comecei a correr desesperadamente e sem rumo ignorando os chamados de Nathan atrás de mim.
Não sei por quanto tempo corri ou por onde passei. O caminho inteiro parecia um borrão de dor e decepção. Lembranças das vezes que ele disse que me amava, vinham em minha cabeça em um turbilhão de imagens distorcidas. Lembrei dele prometendo que sempre me amaria e que me esperaria voltar. Lembrei das vezes que fomos im do outro e de mais ninguém. Lembrei do seu corpo nu junto ao meu e do seu calor que incendiava meu corpo e me fazia sentir calor mesmo que estivesse nevando.
Não sei como em nem quando cheguei, pois quando percebi estava sentado na cama de solteiro forrada com lençois cor de rosa ao lado de um berço branco forrado com lençois azuis. Uma xícara de chocolate quente fumegava em minha mão
— Lucas? — sua voz me chamou para a realidade.
— Jess? — indaguei confuso — Como eu cheguei aqui?
— Andando, suponho. Você sumiu o dia inteiro. Seu pai está preocupado com você. Ele já está vindo te buscar.
— O dia inteiro? — indagado olhando para a janela e percebendo que já era noite.
— O que houve Lucas? — ela se sentou ao meu lado e segurou minha mão — Te encontrei vagando aqui em frente e te Guido aqui para dentro e você estava fora de si.
— Ele me esqueceu — disse a ela — Nathan e Brian... Eles estão...
— Juntos? — Jess sorriu percebendo o por que de meu estado — Lucas, Nathan nunca te esqueceu. Ele e Brian são só amigos e Brian é hétero.
— Mas ele falava cada vez menos comigo. E sempre que falava era sobre Brian — Argumentei.
Jess sorriu solidaria.
— Lucas, Nathan ainda te ama. Ele ficou só encantado com a amizade de Brian. Ele pediu para eu não te contar, mas a vida dele não está sendo muito fácil desde que ele se assumiu. Tem sofrido preconceito por parte dos garotos da escola. Em casa ta!bem não está sendo fácil. Sua mãe ainda não superou o fato dele ser gay. Ele foi ficando cada vez mais triste e sozinho. Ele dizia que os únicos momentos de alegria dele era quando falava com você pela internet. E quando Brian chegou e não o descriminava por ele ser gay, ele ficou deslumbrado. Foi isso. Nathan te ama como sempre te amou Lucas. Ele sempre me dizia isso quando vinha me ver e ainda diz.
Nathan me amava! Mal pude conter meu sorriso de felicidade ao ouvir aquilo. Nathan me amava assim como eu amava ele.
A campainha tocou logo em seguida e pouco tempo depois a mãe de Jess trouxe meu pai até onde eu estava. Ao lado dele estavam um rapaz loiro com olhos azuis tão lindos e profundos que me fizeram suspirar.
Corri até ele e lhe dei um beijo sem me importar que meu pai estivesse vendo e tudo o que Nathan fez foi corresponder. Seus lábios rodeavam nos meus cada vez mais intensamente enquanto minhas mãos subiam de suas costas até seus cabelos emaranhado meus dedos naqueles fios doirados e macios.
— Eu te amo seu bobo — Nathan disse começando a chorar — Eu disse que ainda te amaria quando você voltasse!
— Eu sei — disse dando um beijo em sua boca — Quando eu o vi com ele, eu perdi o controle. Nunca deveria ter duvidado do seu amor. Eu te amo Nathan.
— Eu também te amo LukeEspero que tenha os gostado de mais esse capitulo assim como eu gostei.
Até o próximo capitulo com o encerramento do conto.
