Acabei dormindo, acordei com o Príncipe me falando.
— Vai tomar banho, seu porquinho.
— Não perturba, Rafael.
— Vai logo, senão eu te levo à força — e deu um beijo no meu rosto.
— Tá bom.
Me levantei e fui pro banheiro, me sentei na privada e fiquei pensando no que tinha acontecido entre a gente. Até que ele apareceu na porta.
— Ainda não tá no chuveiro, rapaz?
— Ei, meu pai é outro!
— Vai logo, mas antes me diz onde tem lençol já que tu gozou todo no outro.
Eu ri.
— Na segunda porta de cima.
Ele saiu e eu entrei no banho, quando eu saí ele não tava mais no quarto. Vesti uma cueca e um short e fui atrás dele, que tava na sala guardando as coisas.
— Deixa isso aí, cara! — falei.
— Claro que não!
— Vou me deitar, depois tu vem.
— Tu queres que eu durma contigo?
— Claro, ou tu tá pensando que eu sou alguma puta que tu comeu e vai embora? Não, não, não!
Ele riu. Eu voltei pro quarto, apaguei as luzes, me deitei de bruços e cochilei. Me espantei com ele beijando minhas costas.
— Continua que é bom.
Ele riu e foi subindo os beijos até que chegou no meu ouvindo.
— Não resisti — e deitou em cima de mim. O pau dele tava duro.
— Opa, tem alguém animado aqui!
— Tu que me deixou assim!
Me virei e fiquei de frente pra ele, com a claridade da rua que entrava pela janela dava pra vê-lo.
— Eu te quero! – ele disse e me deu um selinho, depois passou o nariz pelo meu rosto como se tivesse examinando meu cheiro.
— Tomei banho sim.
Nós rimos, ele ficou sério.
— Olha como eu tô — ele pegou minha mão e colocou no peito dele me fazendo sentir o coração que batia forte. — Eu já fiz sexo contigo, agora me deixa fazer amor?
Senti meu estômago ficar estranho, aquela sensação de que tem um monte de borboletas. Peguei o queixo dele e o beijei e ali eu tive uma das melhores noites da minha vida. O beijo que ele me dava era algo fora do normal, calmo, mas do desejo. Cada toque dele em mim me liberava sensações diferentes, quando vi nós já estávamos nus. Ele foi beijando meu peito, chupou o bico e ficou brincando um tempo e depois foi descendo mordendo minha barriga.
Ele segurou meu pau e ficou olhando, depois me olhou:
— Grande, né? — e colocou na boca.
Fui ao céu e voltei. Ele chupava com cuidado, era nítida a inexperiência dele, mas fazia o melhor que podia. Eu apertava o lençol pra não meter o pau todo na boca dele rs, até que ele parou de me chupar, mordeu minha cintura e me virou de costas, deu um tapa na minha bunda e logo um beijo. Ele abriu ela e quando senti a língua dele passando pelo meu cu, dei um gemido alto e ele passou de novo. Acho que ele começou a gostar porque metia a língua como se fosse o pinto dele, mordia a minha bunda, depois foi beijando minhas costas até ficar perto do meu ouvido.
— Tu confia em mim? — saiu uma voz rouca e cheia de tesão.
Eu só balancei a cabeça concordando, entendi aonde ele queria chegar. Ele colocou o pau na entrada do meu cu e foi forçando, a cabeça entrou me fazendo sentir um misto de dor e tesão. Ele passou a mão pelo meu peito até que segurou no meu pau, foi forçando até que eu senti por completo o pau dele quente pulsando dentro de mim. Com um vai e vem bem devagar ele começou e logo foi aumentando em metidas firmes, mas não fortes, tirou o pau de dentro de mim e foi pra beira da cama.
— Vem cá!
Fui até ele, sentei na pica e comecei a rebolar. Ele me tascou um beijo, me segurou e me deitou na cama ficando por cima de mim, e me olhava bem de perto. A cada metida dele era um gemido de nós dois, puxei-o pelo cabelo e o beijei, ele segurou minhas mãos entrelaçando os dedos e ficou metendo em mim, a barriga dele pressionava o meu pau, quase uma punheta com a barriga. A gente ficou assim até que quase juntos nós dois gozamos e em nenhum momento, enquanto a gente gozava, ele soltou a minha mão ou parou de me beijar. Ele caiu por cima de mim e assim ficamos um tempo, o silêncio só foi quebrado pelo barulho do meu celular.
— Bora tomar banho? — disse o Príncipe.
— Bora!
Ele que praticamente me deu um banho. Nós voltamos pro quarto, coloquei só um cueca e me deitei. Ele deitou do meu lado.
— Deixa dormir segurando a tua mão? – ele pediu.
Achei aquilo tão fofo, uma coisa que eu sempre gostei nele era esse tipo de gesto de carinho. Dei minha mão pra ele, que deu um beijo nela e depois colocou no peito dele. Acho que dormi primeiro que ele, que dormia igual um anjo.
Me levantei, escovei meus dentes e fui fazer algo pra comer, tava morrendo de fome. Como ainda tinha queijo e presunto, eu fiz uns pães e coloquei no formo e fiquei esperando. Uns cinco minutos depois o Rafael apareceu vestindo um short meu e com uma cara muito engraçada, sentou na cadeira e abaixou a cabeça.
— Ressaca?
— Me dá um pouco de água?
Peguei a água pra ele, tirei os pães do forno.
— Vai querer?
— Tô com fome não, vou voltar lá pro quarto, viu?
— Tudo bem, depois vou lá.
Fiquei comendo os pães e depois fui pro quarto. O Rafael tava deitado vendo desenho, me deitei do lado dele e tava passando Bob esponja.
— Não tá de ressaca? — ele perguntou.
— Nem um pingo!
— Me diz, tu colocou algo no vinho ontem? — ele disse rindo. Ele virou e ficou me olhando, passou o dedo pela minha boca — O que a gente vai fazer hoje?
— Quer mesmo que eu te diga o que eu quero fazer?
— Tarado!
— Por mim, eu ficava o dia todo na cama.
— Não Vinícius, bora sair sim.
— Chato!
A gente passou o dia todo na cama vendo desenho e a noite nós fomos jantar.
— Vou ficar mal acostumado, viu Príncipe!
— Pode ficar, amigo é pra isso, né?
— Com certeza!
Depois do jantar ele me levou pra casa.
— Brigadão pelo jantar, Rafael!
— Que nada, eu que tenho que te agradecer.
Como a gente tava dentro do carro, ele pegou minha mão e deu um beijo.
— A gente se vê amanhã!
— Tchau!
Entrei em casa e fui ver meu face. Quando abri ele tinha uma foto do Rodrigo e a Brena se beijando, na mesma hora eu desliguei o note e fui ver TV. Vinte minutos depois a campainha tocou, eu fui atender a porta e era o Rafael!
— Porra, não tinha nada pra fazer em casa, então eu vi te perturbar.
— Que nada! Entra aí, tô sem fazer nada também.
Ele acabou dormindo lá em casa e assim no domingo. Na segunda de manhã cedo ele me acordou dizendo que tava indo embora.
— Tu volta hoje? — perguntei.
— Faz manha que eu me apaixono, volto sim! — ele me deu um selinho e foi embora.
Eu claro que voltei a dormir, acordei com a Socorro me chamando dizendo que o almoço tava pronto. Tomei um banho e fui comer e depois voltei pro quarto. À noite o Rafael apareceu lá em casa.
— Pensei que tu não vinhas mais.
Ele fechou a porta e me beijou, aquela era a "primeira vez" que ele tomava essa iniciativa.
— Uau, que beijo foi esse? – falei.
— Desculpa, mas eu tava precisando disso!
— Quando quiser pode fazer!
Ele me deu um sorriso, mas eu já conhecia tão bem ele que sabia que tinha acontecido algo.
— Príncipe, me conta o que tá te deixando assim.
— Ah, lá vem tu.
— Bora rapaz, me fala.
— Uns problema lá na obra.
— Aí, tu pensa que me engana?
— Deixa isso pra lá vai, tô querendo ficar contigo, conversar, pode ser?
— Tudo bem! – e ele acabou dormindo lá em casa de novo.
Na terça fui pra academia e a tarde eu tava na sala quando a campainha tocou. Era o Rodrigo.
— Posso conversar contigo? — ele pediu.
— Sobre o quê?
Ele entrou em casa e eu fechei a porta.
— Vai falar ou vai ficar me olhando?
— Por que tem dois dias que o Rafael dorme aqui contigo e quando é de manhã ele vai embora?
— Como é?
— Não adianta tentar me fazer de besta, anda, me diz por quê.
— Como é? Tu pensa que tu é quem pra chegar assim querendo que eu te de satisfação de quem dorme aqui em casa ou quem deixa de dormir, rapaz?
— Não, é que eu só queria saber, é que eu achei..
— Primeiro que tu não tem que achar nada e segundo, a vida é minha e eu não tenho que te dar satisfação e agora vai embora!
— Não é isso, não tô te cobrando nada, é só que eu achei estranho...
— Esse que é teu mal, tu acha demais. Por favor, Rodrigo, agora vai embora!
— A gente não pode nem conversar? Desde que eu voltei...
— Não começa, não começa. Vai lá com a tua namorada, vai, e para de encher a merda do saco! – fui até a porta e a abri, mas ele ficou parado. — Porra Rodrigo, vai-te embora, cara!
Ele começou a andar, quando passou da porta eu bati ela com força. Naquela noite o Rafael não foi em casa.
II
Enfim chegou a sexta e a gente ia viajar com toda a galera, tinha tempo que a gente não fazia nada juntos. Nós fomos pra Salinas, até o Rodrigo foi com a namorada, eu fui com o Rafael no carro dele. O Rodrigo queria ir com a gente, mas o Rafael disse que não dava e eles foram com o Fábio. Ali seria a primeiro vez, depois de muitos meses, que eu iria ficar perto do Fábio.
Chegamos lá, como a casa era grande, tinha três quartos e nós éramos dez pessoas, num quarto ficou eu, o Rafael e o Guga. Eles resolveram sair pra comprar a carne pro churrasco e ficou na casa eu e a Brena.
— É a primeira vez que eu venho aqui — ela disse.
— Legal!
— Aliás, é a primeira vez que eu venho no Pará, meus pais são do Rio e assim que eu fiz dez anos nós fomos pros EUA.
— Hum, legal. Espero que tu goste — falei meio seco, sabia que ela não tinha culpa de nada — Aqui os carros vão pra praia, tá sabendo, né?
— Sim, o Rodrigo me falou. É bem esquisito, né?
— É, pra quem é de fora, sim.
— O Rodrigo me falou que vocês dois já viajaram pro Marajó.
Na hora eu gelei.
— Sim...
— Tenho vontade de conhecer, mas ele me disse que não quer voltar lá, disse que não gostou do lugar.
Me resumi a dizer um simples “sei”.
Logo eles voltaram. O Guga começou:
— E aí, como foi ficar com a rival?
— Ela não é minha rival!
— Eu sei, é que eu gosto de te infernizar.
— Vai tomar no cu, isso sim!
No fim da tarde nós fomos pra praia, o Rodrigo foi só de sunga e não teve como não ficar de pau duro vendo ele, a sorte que eu tava de bermuda. O Rafael veio pro meu lado e me deu uma lata de cerveja.
— Já quer me deixar porre, né?
— Mas quando? Hoje eu te quero consciente.
— Rafael, Rafael...
A gente começou a rir. O Guga viu a gente rindo e veio pra perto.
— O papo tá bom, né?
— Tu não sabe o quanto! – falei.
Ele ficou olhando pra gente.
— Vocês tão diferente.
— Lá vem tu!
— Deixa ele, Vinícius. Diferente como? — o Príncipe quis saber.
— Vocês conversam como se estivessem escondendo algo.
— Ah, lá vem tu com esses papos. Vou pra água!
Me levantei e tirei a bermuda, quando levantei a cabeça o Rafael, Guga e o Rodrigo me olhavam. Fiquei sem entender.
— Que foi?
O Guga que respondeu.
— Tu tá gostoso pra caralho!
Todo mundo riu, eu olhei pra ele fazendo não com a cabeça. O Rodrigo falou:
— Nesse tempo que eu fiquei fora resolveu criar vergonha na cara e foi malhar?
— Foi isso mesmo, quando a gente não tem uma coisa tem que ocupar a cabeça com outra! – ajeitei minha sunga e fui andando.
Quando eu tava chegando perto da água escuto alguém chamando meu nome, olhei e era a Marina, que tava linda no biquíni que usava.
— Marina, quanto tempo!
— Esperei tu ligar! – ela me deu um beijo no rosto.
— Pensei que a gente fosse pessoas modernas.
Ela riu.
— Veio com quem? — perguntou.
— Com uns amigos, e tu?
— Também. Tá indo pra água?
— Sim, bora?
— Não sei!
- Para de frescura, mulher, e vem! – a peguei no colo e fui levando pra água.
— Tá bom, eu vou. Me coloca no chão!
Nós ficamos conversando na água um bom tempo até que eu olhei e vi o Rodrigo vindo. Parecia cena de filme ele todo grande vindo em câmera lenta com a sunga preta que ficava perfeita nele.
— Puta que pariu! — falei.
— Que foi?
— O Rodrigo, o meu ex, aquele que eu te falei. Ele tá vindo pra cá.
Ela olhou pra ele e riu.
— Que homem é esse? – eu ri, ela me olhou – Tu ainda gosta dele?
— Olhando pra ele agora vindo pra cá, não tenho dúvida nenhuma, mas... É, ele tá chegando. Depois eu te falo.
— Tudo bem!
O Rodrigo chegou perto da gente, meio sério.
— Oi, tudo bom? — ele falou.
— Tudo — Marina respondeu.
— Rodrigo, prazer.
— Marina.
Eles trocaram beijos.
— Vocês se conhecem de onde?
Não acreditei que ele tinha perguntado isso.
— Nós nos conhecemos em uma festa, num barzinho — disse a Marina.
O Rodrigo olhou pra mim.
— Barzinho, Vinícius?
— Barzinho, Rodrigo!
— Vinícius, vou indo nessa — Marina veio até mim, me deu um selinho e falou no meu ouvido: — Ele tá com ciúme, aproveita! – e pro Rodrigo — Tchau Rodrigo, foi um prazer!
— Digo o mesmo.
Ela me deixou ali com o Rodrigo, fiquei de costas pra ele até que o senti segurando meu braço. Me virei e olhei pra ele.
— Tu tem algo com ela?
— Qual é a tua, Rodrigo?
O reflexo do sol no rosto dele o fez ficar mais lindo, a boca dele tava tão vermelha parecendo que ele tinha passado batom.
— Me desculpa?! — ele disse.
— Pelo o que?
— Por tudo!
Ele tirou a mão do meu braço, eu joguei água no meu cabelo.
— Por que tu fez isso com a gente cara?
— Aconteceu.
— Porra, aconteceu, aconteceu, tu só sabe dizer que aconteceu. Parece que tu nunca tem certeza de nada.
Ele segurou meu braço e me olhou firme nos olhos:
— De uma eu tenho certeza e nunca duvidei disso.
Na hora eu me arrepiei, ele ficou me olhando. Eu olhei pro lado e vi a Brena vindo, tirei meu braço da mão dele.
— Tua namorada tá vindo.
Deixei ele na água e fui saindo, passei por ela e dei um sorriso. Peguei a cerveja que tava na mão do Guga e virei ela.
— Eita, o que aconteceu?
— O que tu acha?
— Mano, vocês vão ter que resolver isso.
— Porra, parece que ele sente prazer em fazer isso! – aí que eu reparei no Fábio do nosso lado, eu olhei em volta. – Cadê o Príncipe?
— Não sei!
Mas o Fábio respondeu:
— Ele foi ali com uns amigos da faculdade que ele viu.
Aquela era primeira vez que ele falava comigo depois de meses.
— Ah... Valeu!
Ele saiu deixando eu e o Guga a sós.
— Até quando vocês dois vão ficar nessa frescura?
— Tu sabes muito bem que não é frescura, Guga!
À noite todo mundo tava, não porre, mas sem vergonha nenhuma. No mesmo dia ia ter um show de axé, mas não lembro qual banda que ia tocar, tava todo mundo dançando e bebendo. O Rafael tava atrás de mim dançando e teve uma hora que ele me encoxou e mordeu meu pescoço.
— Tá doido?
— Por ti.
— Cara, olha a galera!
— Se eles não tivessem aqui eu te agarrava agora mesmo! – quando ele queria ser safado ele conseguia.
— Presta atenção no show!
Mas toda vez que ele tinha uma oportunidade ele vinha e me agarrava por trás.
Lá pelas três da manhã nós resolvemos ir embora. Eu fui dirigindo o carro do Rafael porque ele tava legal. No carro veio só eu e ele, vim assediado do início ao fim, ele beijava meu pescoço, mordia minha orelha, passava a mão pelo meu pau. Até que ele tirou o pau pra fora e começou a se masturbar.
— Caralho, tô num tesão puto! Me dá a tua mão aqui! – ele pegou a mão que tava livre e colocou no pau dele, chega o bicho tava quente — Desliga essa porra e vem aqui.
— Tá doido? A gente já tá chegando e guarda esse pau aí!
— Porra Vinícius! – ele ficou com o pau dele duro pra fora até que a gente chegou na casa que não era muito longe.
— Como tu vai descer com isso duro aí?
—- Vai na frente que eu me viro aqui.
— Só não vai gozar, viu? Porque senão tu vai estragar a brincadeira mais tarde!
Ele me beijou e me agarrou fazendo eu ir pro colo dele, o pau dele ficou nas minhas costas.
— Príncipe, faz isso não!
— Eu sei que tu quer, então deixa rolar! – ele chupou o bico do meu peito, me fazendo gemer alto, quando eu senti o dedo dele no meu cu – Tô doido pra te comer! – e tentou meter o dedo.
Eu sabia que se eu deixasse ele me comeria ali mesmo, segurei a mão dele, saí do colo dele e fui pro banco do motorista. Ele ainda tentou me segurar, mas eu abri a porta e saí.
— Foge que quando eu te pegar, tu que me aguarde!
Entrei em casa e dei de cara com o Guga.
— Porra, por que essa demora toda? Tava indo atrás de ti.
— Não demorei nada.
— Cadê o Príncipe?
— Ficou lá no carro, disse que depois vinha!
— Vinícius, olha lá o que tu tá fazendo!
— Não tô fazendo nada Gustavo, para de criar algo que não tem!
Fui direto pro quarto, me deitei na cama de bruços e fiquei criando vontade pra tomar um banho, até que a porta abriu, mas eu não olhei. Senti alguém na cama e depois um beijo no ombro, que foi subindo pro pescoço, até que chegou no ouvindo.
— Para Rafael! Que fogo é esse?
— Sabia!
Era o Guga. Me virei e vi ele de joelhos.
— Filho da puta! Tu tá tendo algo com o Rafael?!
— Não, não!
— Tá sim! Caralho Vinícius, o Rafael?
— Não tô tendo nada com ele e nem com ninguém.
— Então por que tu disse Rafael e não eu, ou até mesmo o Rodrigo?
— É... Bem, porque o Rafael que tem essa brincadeiras!
— Vai tomar no cu que eu não sou nenhum otário pra cair nesse teu papo. Porra, o Rafael mano?!
Eu coloquei a mão no rosto com vergonha. Ele deitou do meu lado.
— Tu pegou todo mundo menos eu! – e gargalhou alto.
— Não começa, Guga!
Ele olhou pra mim:
—Vocês tão...?
— Não sei, porque é tudo recente. Menos de quinze dias cara, que a gente trocou o primeiro beijo pra valer.
— Pra valer? Então teve um antes?
— Ah, tu entendeu.
— E quem tomou a iniciativa?
— Ele!
— Caralho, então foi foda mesmo!
— Mas não fala nada disso com ele, a gente ainda tava vendo no que dá, entendeu?
— Claro, eu sei. Mas e o Rodrigo?
— Ele é o maior problema.
— Tu ama ele ainda?
— Meu maior medo é fazer o Rafael sofrer, Gustavo! Ele não merece isso!
— É, meu caro, só digo uma coisa: te fudeu!
— Sai daqui, filho da puta!
Ele saiu correndo da cama e saiu do quarto. Eu me levantei e fui tomar banho, quando saí o Rafael tava sentado na cama.
— Vai tomar banho, Príncipe.
— Vou sim, mas eu esqueci de trazer a toalha. Me empresta a tua?
— Só não esquece a cabeça porque é grudada no corpo! – me sequei e vesti uma cueca – Toma, vai lá!
Dei a toalha pra ele, que segurou a minha mão e colocou em volta da cintura dele.
— Gosto tanto de ti Vinícius, não digo isso só porque a gente tá tendo algo a mais agora. É um amor sabe, um carinho, vontade de cuidar e mesmo que a gente não dê certo da forma que a gente tá agora, eu sempre vou te querer comigo do meu lado. Não é à toa que tu é meu melhor amigo.
— Fala assim não que eu choro!
Ele segurou meu queixo e me beijou, cada vez mais eu adorava o beijo dele. Até que alguém abriu a porta e entrou.
— Rafael eu quero... Que porra é essa? – era o Rodrigo.
Tipo, não sabia o que falar.
— Hein, porra! Ninguém vai dizer nada?
— Tu pensa que tu é quem pra ir entrando assim? – falei.
— Tô esperando uma resposta.
— Como é? Por que a gente tem que te da alguma resposta?
— Calma, Vinícius.
— Calma porra nenhuma, Rafael! Por que ele se acha no direito de pedir alguma satisfação?
— Rodrigo, bora conversar lá fora!
— Não Rafael, tu não tem nada pra falar pra ele.
— Eu vou lá!
Eles saíram do quarto e fiquei nervoso, sei lá, vai que eles saíam no soco. Quase dez minutos depois o Príncipe voltou pro quarto.
— E aí?
— E aí o quê?
— Porra, Rafael!
Ele riu e me abraçou.
— A gente só conversou e tá tudo bem — ele me deu um selinho. — Vou tomar banho e dormir, tô quebrado!
Ele pegou a toalha e entrou no banheiro, eu saí do quarto e fui pra parte de fora da casa, me sentei numa cadeira. Todos já estavam nos seus quartos, quando o Rodrigo apareceu ali.
— O que tu faz aqui? — ele perguntou.
— Não posso mais nem ficar aqui?
— Porra, não é isso... — ele sentou no chão e colocou a mão no rosto - Tu gosta do Rafael?
Eu não respondi, me levantei da cadeira e ele levantou também, me segurou e me empurrou na parede.
— Me responde, tu gosta do Rafael? – ele tava tão perto de mim que eu sentia a respiração dele, eu olhei pra baixo, mas ele segurou meu queixo e se aproximou como se estivesse sentindo meu cheiro. – Me diz! – disse ele no meu ouvido.
— Gosto!
Ele se afastou de mim e entrou na casa, eu fiquei do mesmo jeito que eu tava. Tentei, mas não consegui e as lágrimas...
Bem, eu atualizei o conto com uma versão revisada que uma leitora do conto fez. Queria deixar aqui o meu muito obrigado a Josi, a pessoa que teve esse trabalho todo. Então vc que estiver lendo a partir de hoje, irá ler uma versão bonitinha, sem erros ortográficos e tudo mais rsrsrs. Aproveita e me segue lá no Wattpad https://www.wattpad.com/user/viiniiciiusp Tô escrevendo e postando uma história lá. Dá lá essa moral rsrs.
Caso queria mandar um e-mail: viiniiciiusp@hotmail.com