O Cara do aplicativo [2]

Um conto erótico de Fernando
Categoria: Homossexual
Contém 828 palavras
Data: 24/03/2014 18:01:43
Assuntos: Homossexual, Gay, ex, encontro

PARTE 2: "Esse é o Edson!"

Fui entrando no quarto meio sem jeito.

Gabriel: Pode sentar!

Ele apontava pra cama dele.

Me sentei na beira de sua cama enquanto ele estava a alguns metros de mim sentado numa cadeira próximo ao seu PC.

Ele me contou um pouco de sua vida. Falei brevemente sobre a minha. Até que o meu celular toca. Era um amigo que conheço a anos. Ele estava fazendo aniversário naquele dia. Como eu pude me esquecer disso?! Pedi licença ao Gabriel e fui atender o celular do lado de fora do seu quarto. Expliquei ao meu amigo que eu não poderia ir devido a um mal-estar que eu estava sentindo – menti, claro. Ele então adiou o evento pro dia seguinte.

Voltei ao quarto do Gabriel e retomamos a nossa conversa. Eu estava gostando de ouvir ele falar. Ele começou a me mostrar sua biblioteca de filmes e música. “Ele é perfeito!” – pensei.

Até então eu não tinha conhecido ninguém com um gosto tão bom como o dele.

Gabriel: Você quer alguma coisa? Água, suco, café...sei lá.

Ele sorriu no final da frase. Aquele sorriso me desarmou.

Eu: ... Água!

Respondi depois de ter percebido que fiquei alguns segundos perdido nos olhos dele. Azuis ou cinzas? Não pude ver perfeitamente na hora. Apenas a luz do seu computador estava clareando o quarto.

Ele se levantou e pôs-se a minha frente me guiando até a sua cozinha. Fiquei admirando ele andando na minha frente. Mas era um tipo de admiração diferente. Eu queria abraçar ele, eu queria sentir o calor dele!

Gabriel me serve a água. Seu telefone toca.

Gabriel: Odeio quando me ligam no privado. Um minuto! Vou atender, vai que é urgente.

Eu: Sem problemas.

Fui virando o copo d’água na minha boca e não pude deixar de prestar atenção na conversa.

Gabriel: Eu não quero falar contigo! Chega!

Gabriel botava a mão na cabeça. De costas pra mim ele andava no sentido oposto.

Gabriel: Tô cansando disso. Não temos nada pra conversar. Acabou!

Ele abriu uma porta que dava acesso a um outro cômodo e antes que entrasse ele acenou pra mim como se pedisse pra esperar.

Terminando de beber a água mais demorada da minha vida eu voltei pro quarto dele ainda o esperando. Até que ele voltou.

Gabriel: Desculpa, Fernando! Desculpa mesmo! Era o babaca do meu ex. Eu já tinha bloqueado uns 3 números dele pra justamente não atender suas chamadas, mas...

Eu: Tranquilo!

Eu dei um sorriso meio desconcertado.

Gabriel: Ele tava chorando. Pediu pra conversarmos, mas não quero conversar com ele. Sei que vou ser fraco e vou acabar cedendo e desculpando ele, sendo que não podemos ficar mais juntos. Não vai dar mais certo.

Ele pegou uma poltrona e puxou pra perto de mim.

Gabriel: Sabe, ele disse na minha cara que ainda amava o ex dele e que até ficaram algumas vezes enquanto namorávamos. Eu tinha percebido umas mudanças nele de uns tempos pra cá. Ele começou a evitar que eu mexesse no celular dele. E além do mais... ele não é daqui do Rio. A empresa em que ele trabalha transferiu ele pra cá ano passado. E daqui a 2 meses ele vai ter de voltar pro estado dele.

Eu não queria forçar nada com ele. O término do namoro de 1 ano estava muito recente. De alguma forma eu estava me preocupando com os sentimentos dele. Foi tão rápido.

Gabriel: Esse é o Edson!

Ele estava com o celular na mão exibindo uma foto do ex dele. Estava de costas segurando uma arma.

Gabriel: Ele pratica tiro esportivo.

Eu: Você realmente estava falando sério quando disse que ele era atirador.

Gabriel: Sim!

Ele riu.

Gabriel: Mas ele é tranquilo. Falei aquilo na hora pra descontrair mesmo.

Rimos.

Percebi que eu precisava mudar de assunto. Foi quando me lembrei do violão que vi assim que entrei no quarto.

Eu: Então, quer dizer que você além de ter um ótimo gosto para filmes, também toca violão?

Gabriel: Nada, eu tento, né?!

Eu: Posso ver você tentando?

Ele pegou o violão e tirou alguns sons com ele. Eu estava gostando de conversar com ele. Eram quase 19h quando o telefone dele toca novamente. Dessa vez ele não atendeu.

Gabriel: Dessa vezes não era o meu ex. Era meu amigo Flávio. Quer ir comigo na casa dele?

Eu fiquei em dúvida. Achei melhor ir num outro dia, já que eu não ia querer forçar nada naquele momento com o Gabriel. Mas ele insistiu.

Gabriel: Ah, vamos! Lá tem piscina e ele mora sozinho. Podemos ficar tomando banho e conversando.

Eu: Tá, eu vou em casa e depois te encontro aqui de novo.

Gabriel: Não, não, não!

Ele sorria e me puxava pelos braços.

Gabriel: Vai ser legal! É sério!

Eu: Quantas pessoas vão estar lá?

Gabriel: Só ele e mais um amigo. Você vai gostar deles! Só tem uma coisa... ele é um pouco maconheiro.

Acabei indo.

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Comentários

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KKKK AMIGOS V1D4 L0K4!! KKK MT CRIATIVO SEU CONTO... Continua assim que der, viu?!

Abraços do Came;)

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