O Cara do aplicativo [4]

Um conto erótico de Fernando
Categoria: Homossexual
Contém 1110 palavras
Data: 25/03/2014 15:26:53

PARTE 4: "Eu quero experimentar!"

“Você não tem noção do quanto eu quero!” – respondi a ele.

Eu realmente queria estar ao lado dele novamente.

“Ah, eu ia gostar”

Ele respondeu.

“Qualquer coisa a gente foge da casa do Flávio e te levo até a sua casa antes do amanhecer.”

Ele completou.

Faltava alguns minutos pra meia-noite. Que desculpa eu usaria pra poder sair assim tão de repente de casa?

Eu tive uma ideia! Pedi pra uma colega que minha mãe não conhecia me ligar e me convidar pra uma falsa festa. E assim aconteceu. Ela me ligou e fui falar com a minha mãe que ia sair com essa garota pra tal festa que fica a alguns minutos daqui de casa. Funcionou!

Me aprontei rapidamente e fui pra casa do Gabriel. Ele já estava me esperando no portão de sua casa. Partimos pra casa do Flávio. No caminho conversamos:

Eu: Você se considera o que? Gay, bi..?

Gabriel: Gay.

Eu: E nunca pegou uma mulher antes? Ou já experimentou?

Gabriel: Já namorei com uma menina. Foi 1 ano de namoro. Terminou na delegacia.

Avistamos o Neko. Ele também dormiria na casa do Flávio. Seguimos nós três pra casa do Flávio. Quando enfim chegamos, a primeira coisa que o Flávio perguntou foi: “Neko, trouxe a cerveja?”.

-

Eu já tinha bebido bastante, mas ainda estava normal. Todos estávamos na sala bebendo e conversando enquanto umas músicas tocavam de fundo. De repente o Gabriel se levantou e foi até a mochila dele pegar um remédio. Ele tomou esse remédio e o guardou de volta. Disse que encerrou com a cerveja.

Flávio teve a ideia de preparar um brigadeiro de panela. Eu, Gabriel e Neko permanecemos na sala conversando. Depois de alguns minutos o Flávio volta da cozinha, mas ao contrário do que imaginei ele não voltou com o brigadeiro pronto. Na mão dele estava um cigarro de maconha. Ele sentou no chão da sala e começou a fumar.

Flávio: Fernando, você curte fumar?

Eu: Nunca experimentei.

Flávio: Por que?

Eu: Ah, nunca tive vontade de experimentar.

Flávio: Entendi.

Não demorou muito e o cigarro começou a passar do Flávio pro Neko, do Neko pro Flávio, até que..

Eu: Deixa eu tentar!

Não sei o que deu em mim, mas eu quis experimentar maconha.

Neko: Certeza?

Eu: Absoluta! Eu quero experimentar!

Neko me passou o cigarro.

Flávio e Gabriel ficaram olhando pra mim bem atentos.

Eu tentava tragar, mas fazia errado.

Flávio: Não, não é assim! Puxa mesmo, foda-se se você tossir, acontece!

Tentei novamente e fiz errado.

Gabriel me passou alguns passos que eu deveria seguir. Tentei e finalmente consegui.

Minha primeira tragada num baseado! Tentei de novo e dessa vez traguei mais, foi então que comecei a tossir. Todo mundo riu.

Flávio: Calma, garotão.

Fiz sinal de “ok” com a mão e dei a minha terceira tragada!

Gabriel: Você que ofereceu pra ele Neko?

Neko: Não, ele mesmo que pediu.

Eu tava prestes a tossir novamente. Dei um gole num copo de cerveja que estava próximo de mim. Passei o cigarro pro Flávio e continuamos conversando. Gabriel acabou fumando também.

A música parecia estar tocando mais alto.

Eu: Aumentaram o som? Tá alto.

De repente comecei a me sentir estranho. Tudo estava mais claro, o som estava mais alto e eu estava com vontade de dançar.

Gabriel: Gente, eu acabei de lembrar que eu tinha tomado remédio.

Flávio: E agora você fumou, filho da mãe?!

Neko: E bebeu cerveja! Você tá maluco?

Gabriel começou a rir insanamente. Eu acompanhei ele na risada. Quando me dei conta todo mundo tava rindo.

Neko se levanta e tira a camisa.

Neko: Acho que vou cair na piscina.

Ele saiu da sala se despindo por completo. De repente ouvimos o “splash” e fomos vê-lo.

Neko nadava completamente nu.

Ficamos sentados envolta da piscina enquanto ele se banhava. Foi quando comecei a me sentir mal. Por um instante pensei que eu ia desmaiar. Gabriel falava coisas que não faziam sentidos pra mim. Flávio o ouvia e conversava com ele coisas sem nexo. Neko continuava nadando pelando. O meu mal-estar durou pouco tempo, logo passou e deu lugar a uma euforia. Eu estava bastante elétrico!

Todos fomos pra cozinha. Neko vestia apenas uma bermuda. Bateu uma tremenda vontade de comer. Foi então que nos lembramos do brigadeiro. Nunca vi alguém apreciar tanto brigadeiro como eles.

Gabriel: Nando, Nando! Tira uma foto!

Ele me deu o celular dele pra tirar foto.

Eles se melecaram com o brigadeiro e comiam como se fosse a melhor coisa do mundo.

Eu não conseguia ficar parado. Minhas pernas tinham que se mexer. Comecei a tirar fotos de tudo. Em um determinado momento o Gabriel para e olha no fundo dos meus olhos.

Gabriel: Você não tá chapado!

Ele continuava olhando fundo nos meus olhos afim de descobrir se eu realmente estava chapado.

Flávio: Deixa eu ver!

Mais um pra verificar se eu tava chapado.

Flávio: Ele tá sim! Não vê que ele não consegue ficar parado?

Gabriel: Mas os olhos dele não estão vermelhos. Ele deve tá vendo a gente e achando que somos tudo um bando de malucos.

De certa forma eu não estava “doidão” como eles. E era engraçado ver eles agindo daquela jeito.

Neko: É a primeira vez dele. As vezes o efeito é leve demais.

-

Ficamos por mais algumas horas acordado até que o Neko diz que tem de dormir.

Neko: Amanhã eu trabalho, é melhor eu dormir. Alias, hoje, né?!

Eu: Puts, sério? E você vai conseguir?

Neko: Tenho que conseguir. Já forjei atestado demais esse mês.

Ele riu.

Flávio: Então, Neko, você dorme comigo no meu quarto. Gabriel e Fernando vão dormir no outro quarto.

Eu não queria dormir. Ainda tava com bastante energia. Fui tomar um banho pra ver se o efeito diminuía. Quando saí do banheiro a casa já estava silenciosa. Fui pro quarto onde eu dormiria com o Gabriel. Ele já estava deitado na cama. Era uma cama de casal, mas ele estava deitado bem no meio dela. Eu apaguei a luz do quarto e me deitei bem na beira.

Eu: Gabriel, tem travesseiro do seu lado?

Perguntei a ele que só me respondeu com um não.

Gabriel estava deitado de bruços sobre todos os travesseiros e lençóis que o Flávio havia emprestado pra nós dois.

Eu: Po, Gabriel, você tá bem no meio da cama e deitado sobre todos os travesseiros. Sério mesmo que você não vai me dar nenhum?

Gabriel continuava de bruços.

Ele não respondeu. Me deitei com a barriga virada pra cima e fechei os olhos, foi quando ele falou.

Gabriel: Passa mão por aqui que você vai encontrar algum.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Fernando S. a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Interessante, e Ru/Ruanito esse é um conto, sendo ele veridico ou nao, vc tem que entender que isso acontece no mundo todo cara, o mundo nao é rosa... Até eu to me programando pra experimentar...

enfim muito bom!

0 0