O Certinho e o Desleixado (Capítulo 13)

Um conto erótico de jsell
Categoria: Homossexual
Contém 1891 palavras
Data: 25/03/2014 19:14:05

Como sempre, quero agradecer aos comentários de vocês que sempre me deixam animado e motivado pra continuar escrevendo. Quero lembrar que o conto é verdadeiro, mas tem algumas partezinhas que a gente coloca pra dar mais emoção, né? HHAHAHA. Enfim, teve um comentário que me chamou muito atenção, que foi o do IvoRafael, que dizia assim:

"Ah cara, poxa. To cada vez ficando impressionado com os contos daqui, são uns melhor que os outros e por muitas vezes, vocês escrevem melhor que os melhores escritores do mundo. Você esta de parabéns com as riquezas de detalhes que deixa o conto muito gostoso de ler. Quero te deixar um abraço e te cuida. Continua logo.". São comentários como esse que dão mais motivação pra continuarmos (eu e todos os "contistas" da cdc).

Para os #TeamDuda: Sim. Só digo isso. HAHAHA

Para os #TeamJoaquim: Talvezvocês vão ver no decorrer do conto ahaha

Para os #TeamAlexandre: Não voltamos a ficar juntos, mas continuamos muito amigos.

P.S.: O conto pode ficar uma bosta porque to com dor no dente e era pra eu ter postado-o ontem, mas sempre tem alguem/alguma coisa pra me interromper.

Vamos ao conto.

- Atrapalhei alguma coisa? - Pergunta o Duda.

- Não, já tô saindo. Flw. - Disse o Joaquim, me dando outra sequencia de cocegas.

O duda se aproximava com suas moletas pra perto de mim e, na medida que ele se aproximava, meu coração batia mais forte. Ele chegou até mim, me deu um beijo na testa e sentou.

- Então, queria te pedir desculpas por ontem, não sei o que deu em mim. - Disse o Duda.

- Tá. - Respondi seco.

- Por que você ficou sem comer? - Perguntou.

- Isso não é da tua conta, tu não se importava comigo nem quando nos falávamos, por que se importa agora?

- Porque agora eu sei o que eu quero e o que eu sinto, e por favor, eu sei que eu errei, mas não repete mais isso. - Disse ele, colocando o dedo em minha boca. - Enzo, eu não sei mais o que eu faço, eu to pra ficar louco, eu te quero, eu te amo.. eu faço qualquer coisa pra te ter em meus braços, eu falo com os nossos pais, eu faço tudo, tudo, só não me deixa.. - Ele já chorava.

- Eduardo, não dá, eu fiz promessa e eu vou cumpri-la.

Nesse momento todos entraram no quarto de volta, menos o Joaquim. O Duda foi pro quarto dele (ele ainda tinha que ficar em observação) e, como eu já teria alta no final do dia, todos voltaram a fazer o que tinham pra fazer, ficando só eu e a Mari no quarto. Conversamos sobre tudo, mas ainda não tinha coragem de contar pra ela a respeito da minha bissexualidade. O Joaquim voltou e a sua beleza me encantava, aqueles olhos, aquela barba, aquele sorriso... será que eu estava me apaixonando por ele? Jesus, to me apaixonando mais do que troco de cueca. - Pensei (risos). A princípio ignorei aquilo.

Passamos o dia nós três conversando e fazendo brincadeiras, parecíamos que já tínhamos nos conhecido em outras vidas, se é que isso existe. O Joaquim falou sobre a perda do melhor amigo e sobre a ausência de seus pais, já a Mariana falou sobre a morte da mãe dela em seu nascimento e de como-era-difícil-ser-a-unica-menina-da-sala-que-era-bv AHAHAHA. Eu também abri meu coração, mas claro que não falei do Duda, só da morte da minha mãe e de como era difícil ter um pai médico. Como todos éramos filhos de médicos, entendiamos o sofrimento um do outro.

Tive alta do hospital, então fui pra casa a noite. No dia seguinte, não fui a escola, mas fui acordado com a surpresa de nada mais nada menos que Mariana e Joaquim. Não que eu me incomodasse com a presença deles, eu só achava estranho, havia um dia que nós havíamos virado melhores amigos e já tava naquele "love" todo, e eu adorava aquilo. Comemos besteira, tomamos banho de piscina (mesmo fraco, aaha), fomos atentar os nossos vizinhos e ficamos jogando conversa fora.

O mês passou voando e nós três fomos pra uma outra escola. Éramos os três inseparáveis, faziamos tudo juntos, iamos pra casa juntos, dormiamos juntos e era estranho por ter acontecido tudo tão repentino, as vezes parece até mentira, quem diria que o estranho da sua sala ia aparecer de manhã no seu quarto de hospital e acabaria virando seu melhor amigo?

Em um dia desses qualquer, cheguei da escola e vejo o carro do meu irmão, da Marta e do meu pai na garagem.

- Alguém morreu? - Pensei alto.

- Não, muito pelo contrário - Respondeu Tom, o nosso porteiro.

Não entendi bem, então fui pro nosso apartamento. Abri a porta e dou de cara com o duda olhando pra mim com aquelas moletas e sem camisa.. ele tava um pouquinho gordo, mas seu corpo continuava sensacional.. seu sorriso estava pálido, mas havia um brilho em seus olhos que eu nunca havia visto. Ele tava de barba, com um short daqueles de jogar futebol da Adidas e veio em minha direção, me dando um abraço. Confesso que me senti protegido naquele momento, me senti amado, mas logo tomei um choque de realidade quando meu pai nos abraça.

- Finalmente meus filhos voltaram a se falar. - Disse meu pai, com lágrima nos olhos.

- Sim, pai (o duda chamava meu pai de pai). E se depender de mim eu nunca mais paro de falar com esse fdp aqui - diz o duda, me dando petelecos na cabeça.

- Nada de brincadeiras sem graça, duda, você ainda não pode fazer movimentos bruscos. - Diz a Marta.

Não almocei, não falei com ninguém, só me tranquei no quarto. Mandei um SMS pro Joaquim e pra Mariana, pedindo pra que eles viessem até minha casa, porque eu não tava bem. Eles chegaram, então aquela era a hora: eu iria me abrir com eles.

Quando eles chegaram, logo trataram de me dar um abraço, e então mandei eles sentarem. Estávamos no jardim do prédio, lá era um lugar calmo e que eu sempre ia quando precisava refletir ou ficar sozinho.

- Vocês são as primeiras pessoas que eu trago aqui.. acredito que tem moradores que nem sabem que isso aqui existe. Enfim, o que eu quero dizer é algo muito sério e que eu espero que não interfira na nossa amizade. Vocês me prometem isso?

- Prometo. - Disseram a Mari e o Joaquim juntos.

- Gente, não sei se vocês perceberam, mas eu não me dou muito bem com o Duda.. isso é porque eu sou perdidamente apaixonado por ele e aí... - expliquei a história desde o início pra eles, que escutavam com atenção. Quando terminei de contar tudo, não aguentei e comecei a chorar, e recebi uma coisa que nunca esperaria receber naquele momento: um abraço dos dois. Os dois foram muito compreensivos comigo, disseram que entendia e que estávamos no século XXI, que aquilo era super normal e tal, então fiquei mais tranquilo. Mas a bomba eu ainda ia dizer.

- Então, gente, tem mais uma coisa que eu também espero que me apoiem e que não atrapalhe na nossa amizade.. eu tô pensando em passar o resto desse ano nos Estados Unidos. - Falei.

A Mariana logo começou a chorar, o Joaquim ficou com uma cara que eu nunca havia visto. Começamos a chorar, nós três, abraçados.. isso tá muito clima de novela mexicana, eu sei, mas aconteceu.

- Se você for eu vou junto - Disse a Mari, enxugando as lágrimas.

- Eu também, não vou perder outro melhor amigo de novo! - Disse o Joaquim

- Vocês teriam coragem de ir morarmos nos Estados Unidos? - Perguntei

- Claro! - Responderam os dois.

- Então vamos marcar hoje um jantar pra marcarmos isso com nossos pais.

- Fechado!

Logo fomos pro apartamento e falamos com meu pai sobre o jantar, que logo concordou, já que nossos pais eram amigos de longa data, fizeram faculdades juntos e até moraram juntos.

- Claro, filho, será uma honra! - Disse meu pai.

Todos foram pras suas casas, fiz a lição, dormi e acordei quase na hora do jantar. Tomei banho, fiz minha higiente, vesti uma roupa bonita e me perfumei. Nem sei porque fazia aquilo, era só um jantar. Quando desci, a Mariana já esperava no sofá, com seu celular e seu fone de ouvido. Meu pai e a Marta conversavam com o Henrique sobre quadros médicos de pacientes dos hospitais e blá blá blá. Ficamos conversando um pouco e campainha toca. Fui atender e era o Joaquim.. ele tava com uma calça Jeans, um sapato vans e uma camisa polo. Ele me deu um abraço, cumprimentei seu pai, e de repente ouço uma voz

- Grande Joaquim.

Era o Duda. Me virei e parecia que eu via o céu. Ele já estava sem a barba, mas no seu olhar havia o mesmo brilho de mais cedo. Ele vestia uma camisa polo, calça jeans e um sapato, como ele estava lindo. Ele abraçava o Joaquim, que fazia cara de poucos amigos, típico dele. Ficamos conversando os quatro, eu sempre tentando ignorar o duda, mas era impossível. Ele contava coisas de quando éramos crianças e até de uma vez que ficamos sozinhos em casa e eu fiquei com medo dos trovões. Finalmente fomos jantar, então resolvi tomar a iniciativa.

- Pai, o senhor lembra de quando o senhor perguntou se eu queria estudar nos Estados Unidos?

- Sim, filho, lembro, por que?

- Então, hoje eu tava conversando com a Mariana e com o Joaquim e nós estávamos afim de irmos pra lá, o que o senhor acha?

- Bom filho, ir morar em outro país não é fácil como você pensa.. - e começou com o discurso.

- Vocês tem que ter um responsável legal lá, nós teremos que ir com vocês pra matriculá-los em uma escola e teremos que conseguir um lugar pra vocês ficarem, mas não é simples.

- Mas o tio Ricardo não é dono de um hotel em Detroit? - perguntei.

- Sim, eu posso falar com ele pra alugar um apartamento pra vocês, mas nós temos que nos acertar. Henrique, você concorda que a Mari vá?

- Se for com o Enzo eu deixo, mas vou ligar todos os dias e vou ter total controle sobre as suas notas.. uma nota baixa e você volta pro Brasil na mesma hora. - Disse o pai da Mari.

- E você, Pascoal.. deixa o Joaquim ir? - Pergunta meu pai.

- Por mim tudo bem, mas quem manda mesmo é a patroa. - Todos rimos.

- Meu filho, eu não vou deixar você ir sozinho pros Estados Unidos. Além do mais, você é nosso filho único, deus me livre de eu perder você.

Começamos uma batalha de argumentos pra fazer mudá-la de idéia. Meu pai disse que seria bom pra ele aprender a ser independente, sem contar que o ensino de lá nem se compara com o do Brasil, e que ficaríamos em um hotel do meu tio, então depois de muito custo ela deixou, mas como ela é modelo, sempre iria nos visitar pra ver se estávamos bem, e se andássemos fora da linha, viríamos na hora para o Brasil.

Meu pai logo tratou de todos os detalhes, conseguimos o visto de estudante, conseguimos um ap no hotel do meu tio em Michigan, Detroit de dois quartos e cada dia que passava nós ficávamos mais ansiosos. Chegou o dia de viajarmos. Minha mala estava pronta, quando alguém arromba a porta do meu quarto: era o Duda.

Continua.

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Comentários

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Você gosta de nos torturar né! kkkkkk. Na melhor parte você para, mas tudo bem! Continuo dizendo, ta de parabéns. Queria escrever assim como você, ate iniciei um conto mais apaguei , pois não teve sucesso.

Agora o Duda ta vendo o que perdeu né, mas acredito que muita coisa ainda vá acontecer e que vamos ficar surpresos. Abraço!

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muito bom mesmo seus contos nota 10, ancioso pelo proximo conto

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Cara , desculpa os comentários que eu dei dizendo que não gostava do Duda e blá blá blá. Mas é que eu não suporto ver uma pessoa ignorando outra e a pessoa que é ignorada correndo atrás. Aí quando a pessoa que era ignorada (rs) começa a seguir a vida vem o outro e diz que ama , que só estava confuso , que está arrependido de tudo que fez '-'.

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