Mais que amigos e irmãos -12
Não se sabe quando é necessidade, porém quando é amor sabe-se sempre.
Ter razão é um perigo: em geral enfeia um amor, pois é invocado com justiça, mas quase sempre na hora errada. Amar bonito é saber a hora de ter razão. E é saber ter razão.
Já tinha se passado uma semana.
Ah! Merda!
Eu estava com dor no corpo, justo no dia que iria sair com Ivan, já tem tempo que eu e ele estamos saindo. E ainda não sei o que sinto por ele. Isso é frustrante e muito! Eu o desejo, apenas isso. Acho que eu estou hipnotizado pela sua beleza exterior, a interior é difícil de reconhecer. A estética dele é que me encanta, aquele seu jeito, me fascina. Ele é fechado. Quase não fala nada dele, mesmo eu perguntando, talvez, deve ser por isso que eu não sei realmente o que sinto por ele. Aquele dia eu estava com febre, quase morrendo. Eu não estava afim de levantar da cama, alias nem tinha tanta disposição assim. Eu liguei pra Sula e o Davi, demorou pouco e os dois estavam lá, feitos loucos reclamando.
-Ai o que tu comeu de ruim? –Sulamita começou.
-Ai será que é preocupação. –Davi disse.
-Não sei menino e se for os dois? –Concluiu Sula.
-Sabe o que eu acho, é que ele está amando alguém, mais não sabe quem é. –Davi falou como um professor. –Talvez deve ser o gostoso do Ivan, gente ele deve te ruma pica enorme, meu deus!
-Davi menos. –Sula disse. -Tem razão. –Concordou. –Mais se...
-Chega! –Digo exausto daquilo, os dois estavam agindo como se eu não estivesse ali, aff’s.
Os dois franziram a sobrancelha pra mim e ficaram me encarando, eles se cansaram e sentaram na cama, eu mal conseguia falar, eu estava com frio. E de vez em quando com calor, a febre é a pior coisa que existe.
Que merda!
Acho que jogaram macumba em mim, ou até mesmo bruxaria. Eu vivo me ferrando. Aff’s. E sempre tem haver com calor ou fogo. No momento eu estou queimando por dentro e com frio por fora, dar pra entender isso? Acho que não, pois isso é muito sem nexo.
-Luh querido eu vou fazer algo pra se comer. Ok? –Sulamita falou amigavelmente. Sorriu pra mim e foi beijar a minha testa. –Ta quente, aliás ta fervendo.
Eu concordei com a cabeça.
-E eu vou te dar um banho, tu ta fedendo. –Davi disse eu lancei um olha pra ele nada agradável. –Estou brincando fofo. –Se justificou. – Eu irei fazer um suco de acerola com laranja.
-Idiota isso serve pra pessoas que estão resfriadas. –Sulamita disse irritada.
-Mais eu quero fazer mesmo assim. É bom que ele fica forte.
Os dois desceram brigando e eu estava ali exausto, com frio e com sono. Mais não conseguia dormi. O calor era tanto. Eu senti um olho em mim, pensei que seria Stark, mais não era, havia me esquecido que ele viajou ontem e só voltaria amanha, graças!
-Eu fiquei sabendo que você está com febre. –Ele disse com sua voz calma.
-Ivan! –Eu disse rapidamente e alegre. –Que surpresa em vê-lo aqui.
-Eu também fico feliz em saber que você está feliz de me ver. Bom eu estou aqui pra cuidar de ti, sei que tem dois lá em baixo. –Ele disse. – Mais é que tu precisa tomar banho e pode ficar calmo que não vou tentar nada demais.
Porque eu, não o amo? Ou me apaixono por ele? Eu aprendi que não somos nós quem escolhemos o amor e sim ele. Ivan era uma pessoa atenciosa e carinhosa e nem por isso eu não sei o que sinto por ele, aquilo doía muito em mim e imagina nele. Talvez ele pensasse que eu o estava o usando, fazendo ele de otário.
Eu concordei com ele, eu me levantei ,e fui pro banheiro.
Eu vir Ivan ficar sem graça.
-Quer que eu tire sua roupa ou você faz isso? –Ele corou.
-Não precisa, eu tiro.
Eu queria que fosse você. Pensei.
Eu tirei e entrei no chuveiro, meu corpo estava leve e eu não estava conseguido ficar em pé. Eu via tudo zonzo. Eu me apoiei em algo e, eu vi e era Ivan me segurando.
-Você comeu ontem? –Disse serio.
-Não e nem hoje.
-Que merda Lucas, tu tem que comer cara, uns dos motivos pra você está fraco e com febre.
-Desculpa. –Eu sussurrei.
-Tudo bem. –Disse calmo. –Prometa pra mim que tu irá comer.
O bom de Ivan é que ele sempre me compreendia, se eu não faço aquilo é porque eu tenho um motivo. Mais esse eu não sabia qual era, não mesmo. E ele estava sempre preocupado comigo.
Ele esfregou sua mão em mim com sabonete, sem segundas intenções, sua mão era macia e leve, ele passava com delicadeza no meu corpo e aquilo parecia ser mais um carinho. Depois de um tempo eu termino e ele pega algo pra eu me vesti, ele sai do banheiro e me deixa ali. Depois voltou e me levou pro quarto. Há no meu quarto tem um banheiro. Eu me deitei, com mais frio e agora estava espirrando. Inferno! Ele viu meu estado e ficou desesperado.
-Cheguei. –Sulamita estava com uma bandeja na mão e era sopa. Sempre tem que ser sopa.
E o Davi estava ao seu lado, com a jarra de suco e com os copos.
-Como você sabia que ele estaria resfriado? –Ivan disse desconfiado.
-Eu não sabia, era apenas intuição. –Ele se defendeu.
Eu senti o clima ficar pesado.
-Obrigado gente, vocês são demais. –Minha voz estava fraca, mais dava pra eu falar.
Meu celular começou a toca em cima da escravinha, Sula foi pegar e olhou pra tela ver quem era.
- É Larissa. –Ela disse.
Eu peguei o celular de sua mão e a agradeci.
-Oi veado. –Ela falou do outro lado da linha.
Eu suspirei profundamente.
-Oi bitch, como vai? –Eu perguntei.
-Tu está doente? –Disse num tom preocupado.
-Estou sim, como sabe…
-Coisa de amigos, o que você tem? Sinto sua falta, pena que não estou ai pra cuidar de você. –Ela falou rapidamente, quase atropelando as palavras.
-Estou com febre e não precisa se queixar, eu fiz amizades aqui e até...
Eu olhei pro Ivan e ele percebeu o que eu diria e vir sua face ficar triste, não sei se era porque eu estava na cama ou se eu não sabia o que eu tinha com ele. Nem sei o que sentia por ele.
-Ai que bom, manda um beijo pra eles. Na boca de cada um.
-Gente a minha amiga mandou beijo na boca de vocês.
-Eu dispenso. –Davi fez careta.
-Eu também. –Ivan disse.
-Eu não. –Sula disse com um sorriso na cara. –Manda um pra ela bem gostoso.
-Sula mandou um beijo pra você na boca Larissa. –Ela riu do outro lado da linha.
-Eu ouvi. –Ela riu. –Eu vou desligar.
-Tchau querida.
Eu desliguei.
Todos os três me olhavam abobalhados.
-O que foi? –Perguntei.
-Sua sopa... –Sula disse.
-E seu suco. –E Davi completou.
Eu comi a sopa que estava uma delicia e bebi o suco que estava com um gosto adorável, eles tinha que ir embora e ficou apenas eu e Ivan ali.
-Posso me deitar contigo? –Ele perguntou timidamente.
-Pode.
Ele deitou na minha frente e ficou me encarando, eu sorrir pra ele e ele fez o mesmo e ficamos nisso por um bom tempo. Eu me aprofundei em seus olhos e como um me empurro o beijei ali, um beijo com ternura e muito desejo, ficamos um bom tempo nos beijando, quando abrir meus olhos e eu pude notar que aqueles lindos olhos estavam lacrimejando de lagrimas, ele riu pra mim e eu pra ele. Então, ficamos os dois rindo feitos loucos sem saber qual motivo. Eu dei um selinho nele e vi que ficou tenso.
-O que houve? –Eu perguntei, mesmo que minha voz saia mais como sussurro.
Ele me olhou e pegou minha mão e entrelaçou-a.
-Nada, bom... eu não sei. –Disse confuso eu ri dele e ele também.
-Tudo bem, mais se tiver acontecendo algo que eu posso ajudar, me conte!
-Ok. –Ele disse.
-Tem certeza? Não desconfio de nada, mais ultimamente tem andado tão, diferente.
-Estou bem, apenas coisa de sua cabeça.
-Ivan, eu não imagino coisas, a não ser quando estou tendo um sonho, mais realidade não, eu vejo o que vejo, entende??
-Sim. –Ele sorriu pra mim.
Se você está bem, então ta bom.
Ele concordou e voltamos a nossa sessão de ficar olhando um pro outro.
-Posso deitar em você. –Ele perguntou manhoso.
Eu assenti, e ele veio, colocou sua cabeça entre meus peitos, se aninhando ali, eu dei uma olhada pra ele e nunca imaginaria um cara daquele em meus braços... bem no meu peito, deitado como se fosse um bebê. Minha mão começou a fazer cafuné nele, logo percebo que ele estava adormecendo. Eu dou um beijo na sua cabeça e vejo-o dormi.
Depois de horas ele ainda estava ali dormindo, mais ele se debatia, gritava, mesmo que era baixo o seu grito, ele estava com medo, e eu fiquei preocupado. Ele levanta e olha dentro de meus olhos ele mostra um lindo sorriso.
-Desculpa, eu não deixei você dormi né. –Falou.
Eu olhei pra ele e franzi o cenho, ele riu e depois voltou a se aninha ali em mim, sua cabeça estava quente. E eu me sentia bem melhor. Eu sorrir. E olhei pra ele que levantou rapidamente.
-Eu devo ir embora, mais amanha nos se fala.
Ele me deu um beijo bem demorado e se despediu de mim, me deixando só, mais um pensamente estranho ocorreu em mim, que dali pra frente eu não iria ficar mais sozinho, eu iria ter uma companhia que já tive a tempo, mais que desaproximou de mim por motivos ridículos. Eu olhei em volta.
Nada!
Eu pressenti que algo de ruim iria acontecer e com isso eu senti uma dor enorme no meu coração, lagrimas caiam sem motivos algum. Ou tinha? Não sei, mais sabia que o pior viria e que a culpa de um jeito ou outro seria meu novamente.
Como sempre...
Dhcs: Bom, ele foi morar porque a mãe quis, tem outras coisas sendo que não posso dizer. Lucas ama o Stark, esse é o motivo.
Alguem93: Obrigado por comentar querido, espero te ver sempre por aqui.
Agradeço para aqueles que leram, logo mais posto mais um.