Mais que amigos e irmãos- 15
Narração: Stark
O amor não é complicado,quem complica somos nós.
Eu me sentia por dentro terrivelmente sujo e quebrado, será que haveria alguma salvação pra mim?
Voltando...
Sempre sentir algo diferente pelo meu irmão, apesar de meu passado me condenar, eu não lembro tudo dele, são poucos fatos que me lembro, e sempre me recordo dos bons momentos, quando Lucas se machucava eu sentia medo, por eu não ser capaz de ter livrado ele de se machucar, mais eu tinha que saber que, eu não poderia saber do destino dele e nem mudar. Dava atenção e carinho pra ele, sendo que esse afeto todo foi crescendo e crescendo, como se eu fosse me alimentando de algo que eu nem sabia explicar o que era.
Quando fiz meus dez anos, eu começara a reparar em Lucas com um olhar diferente, eu o desejava. Pensava que seria algo recíproco, mentira, foi crescendo esse desejo com algo diferente junto com ele. Aos meus treze anos, eu parei de dar atenção para ele, ai veio às brigas e discussões, meu pai sempre deu atenção a mim e a Lucas nunca dava, ele era diferente, todos da escola gastavam que ele era um viado, e apesar disso tudo eu fui me afastando por vergonha, vergonha de ele ser meu irmão e chacota dos valentões.
A parti daquele dia, ele tinha nojo de mim, por eu nunca o defende-lo e por eu te me afastado dele, então, como não queria que nossa mãe fosse à escola, ele decidiu fazer aulas de lutas, pegar corpo, sendo que minha mãe não sabia que essas aulas iriam servi pra ele bater nos outros e não pegar apenas corpo. Por eu ter me afastado dele, eu ainda sentia algo estranho por ele, sempre reparava nas roupas que vestia, o seu cheiro me deixava hipnotizado e sua voz dava-me calafrios. Qualquer ato dele surtia efeito em mim. E eu não gostava nada disso, passei a ir ao psicólogo, sem meus pais saberem. Do que adiantou, eles descobriram, tive que mentir para eles, falei que eu estava afim da psicóloga, que era gata e ela sempre me compreendera, sei que isso feriu um pouco eles, pois nem tinham tempo pra me dar atenção.
A ausência de meu irmão me deixava triste, eu que era aberto, passei a ser fechado pra todos, eu precisava dele ao meu lado, sendo que meu orgulho era maior e não queria sofrer por algo que eu nem sabia o que era. Portanto, eu comecei a frequentar a academia, nessa época os meus pais viviam brigando e aquilo doía em mim, eu pensei que eles seriam felizes para sempre, sim culpa da Disney, quem já assistiu, sempre pensa que iremos ter um feliz para sempre. Dali em diante eu comecei haver as coisas com um olhar diferente, sendo um critico. Dai meu pai se separou de minha mãe, decidir ir morar com ele, foi o pior dia, porque eu não iria está no mesmo lugar que meu irmão. Passou-se bastante tempo, eu vendo as fotos dele através do facebook dava em mim uma saudade tremenda, de abraça-lo e sentir o seu cheiro. Vir que ele é bem querido por todos.
Eu a primeira vez que fui visitar meu irmão, quando levei um soco eu senti algo estranho, novamente eu não sabia o que aquilo significava. Aquela sua voz e seu jeito dócil e de uma pessoa determinada. Aquilo me cativou. Meu coração acelera toda vez que estou ao seu lado. Havia anos que não o via e o motivo de eu me sentir estranho deve ter sido isso. O que eu sentia por ele cresceu mais ainda. Eu tinha perguntando o porquê dele me dar soco, ele disse que era pra ter dado em outra pessoa. Eu senti um alivio. Eu pensei que ele tinha ainda raiva de mim! Eu sempre agindo secamente e frio com minhas palavras, isso é algo que herdei de papai, ele é assim e eu também. Quando ele viu minha fúria parecia sentir medo de mim, mais eu não queria aquilo vindo dele, queria outra coisa. Queria compreensão. Ele tentou se explicar. Mais tava tudo vago e sem nexo. Não entendia nada que ele falava, era explicações estúpidas!
Ele queria saber da minha visita, eu disse que iria ver mamãe, uma parte era verdade e a outra foi vê-lo, sentia falta de implicar com ele. Mais por quê? Eu não sabia que havia de errado com meus sentimentos e até mesmo pensamentos, eu me sentia sempre confuso a relação a Lucas, quando eu sempre chego perto dele algo em mim queima e dar vontade de...
Às vezes, quando eu agia diferente perto dele eu sentir o medo dele, eu estava possesso de raiva. Por quê? Eu não sabia, eu vir suas pernas ficarem bambas e seus olhos escorriam lagrimas, eu não queria fazer aquilo com ele, algo dentro de mim falava mais alto, esse não era eu. Posso dizer que sempre fui implicante, agora chegar ser agressivo não! Eu não queria machuca-lo. Já que ele não iria me contar eu queria fazer... beijar sua boca! Esse pensamento era insano. Eu estava sendo insensato. Eu mordi sua orelha.
Eu vi o quanto o machuquei e peguei o kit de primeiros socorros. Eu cuidei dele, e eu gostei, eu queria tê-lo ao meu lado assim. Aos meus braços. Não machucado e sim tomando conta dele. Depois que eu passei álcool no pano e passei em seus ferimentos ele parecia está com muito medo de mim. Eu sou um idiota! Eu queria gritar essas palavras, mais estavam presas na minha língua. Ele saiu de perto de mim me deixando só. Não pude de conter e lagrimas dos meus olhos escorria, eu queria ele. Mais do que tudo.
Um cara esquisito foi visita-lo e percebi rapidamente que ele não gostou de sua presença, aquilo deveria significar algo, então fui gentil e o chamei pra entrar. Assim ele fez. Percebi que Lucas havia se hesitado por um momento, mais depois ele ficou... pensativo! O ar não estava bom, senti um clima pesado e eu me perguntava o por que. Aquilo estava me irritando! Eu vi seu rosto se endurece e ele ficou com raiva. Ele havia elaborado uma brincadeira de lutar. E eu sabia que ele sentia seria descontado ali, naquela brincadeira.
Eu descobri o motivo... meu irmão é gay e namorou com esse cara a um ano, minha mente entrou em colapso e eu fiquei mais confuso ainda. Eu estava com raiva. Eu fiquei com... ciúmes? Era isso que eu sentia? Mais por quê?
Merda!
Minha mente estava uma bagunça e eu teria que te resposta pra tudo.
Depois daquele ocorrido eu subi pro meu quarto e fiquei lá pensativo, eu senti cheiro de queimado, eu pensei que o fogo vinha de fora, mais eu escutei um grito e era de Lucas, eu fui até seu quarto, estava trancado... do lado de fora eu vir Alex, foi ele, eu bati muito nele, até deixa-lo inconsciente. Todos viu aquela cena. Eu entrei. Eu subir as escadas.
Eu arrombei a porta, e vi ele caído na fumaça, pensei que era tarde demais, peguei em seu braço e sentir que ele ainda estava vivo, peguei-o no colo e levei diretamente pro hospital, tadinho!
Eu estava triste, me sentia quebrado por dentro, ele é meu irmão e eu teria que... ajuda-lo. Vê-lo naquela cama me deu uma dor. Eu pensei que tinha o perdido, mais depois de alguns dias ele acordou. No começo eu me saia compreensível com ele, mais depois eu tinha nojo e me lembrara de o que realmente ele era. Gay! Aquilo foi um baque pra mim. Eu comecei a brincar com seus sentimentos, eu agia como uma pessoa sem alma, sendo ruim e eu gostava de ver ele com medo de mim.
Eu sou maluco.
Essa palavra ecoou em minha mente.
Eu o ameacei falando que ele é bicha e que iria sofrer, que aquilo era apenas o começo, ele me lançou um olhar de raiva. Pensando bem ele deve achar que fui eu que taquei fogo no quarto dele, jamais faria isso com ele. Deve ter sido Alex. Algo me disse em minha mente.
Eu zombei dele quando ele não podia falar.
Já em casa eu e ele estávamos discutindo e minha mãe pegou-nos no flagra. Por um momento eu pensei que ele iria me entregar, mais ele me defendeu e mentiu pra ela, algo que ele nunca é de se fazer.
Eu comecei agir bonzinho com ele, aquele era eu de verdade. Eu o abraçava, deitei em seu colo. O nosso laço estava mais forte ainda. Mais parecia que eu estava sendo dividido ou sendo duas caras? Era isso que ele achava de mim, ou acha. Pensei.
O que nós tínhamos era estranho e diferente, fomos muito amigos no passado, mais atualmente, não o vejo como amigo e nem irmão, sabe por quê? Porque somos : Mais que amigos e irmãos.
Um dia, eu decidi, iria dar um passo à frente, o clima estava perfeito e eu iria beija-lo, sei que eu agiria errado, mais que se dane meu preconceito machista, eu sentia algo por ele e também eu o desejava ele, tinha que tê-lo aos meus braços, ele seria apenas meu e eu dele. Mais meu celular me interrompeu e fez um bipe, me tirando do transe que eu estava. Eu ficava hipnotizado toda vez naqueles olhos azuis dele, lindos. Sua boca sempre me chamara atenção e aquele seu jeito meigo mexia comigo toda vez que eu estava perto dele.
Ele veio pra minha cidade, mora comigo e com papai.
Ele fez amizade com Sulamita e Davi.
Ai meu Deus! Ele não poderia descobrir a verdade sobre o meu passado.
Ninguém sabia.
Eu na escola ando com minha namorada Fernanda, e o Ivan. Eu não sou muito amigável de Ivan. Ele tem agido diferente, não parecia ser meu amigo de anos, bom, dês de quando eu me mudei o primeiro a ser meu amigo foi ele. E eu sabia que ele não era o que é. Isso soa confuso. Muito! Mais no dia do incêndio que ocorreu na escola ele salvou meu... Lucas! Eu lembrei que eu e ele havíamos brigado e feio, não foi soco, mais apenas palavras e muitas das vezes palavras doem mais do que socos. Ele agora vive se engraçando com meu irmão. Ele é falso! Ivan detesta homossexual e eu queria saber o que ele esconde. Eu peguei os dois se beijando, eu sentir ciúmes. Ivan era cínico, mais eu descobrir que ele é bissexual. Lucas devia ter me escutado. Eu sabia que algo de ruim estaria pra vim. Eu o queria só pra mim. As semanas passavam rápidas e Lucas estava no joguinho do Ivan e ele parou de andar comigo. Agora andava Sulamita, Lucas, Davi e Ivan, eu sempre percebia que Ivan e Sulamita não se davam bem. Na escola uma vez perto da arvore Ivan estava brigando com Lucas, não de socos e sim palavras. Lucas o ameaçou, eu pude ver seu ódio fluir e todos perceberam isso, Ivan falou com escárnio e um sorriso canto de boca, eu percebi, uma ele estava aprontando para Lucas. Mais um dia desses, eu fui pra escola e estava amontoado o portão. Eu passei e fui ver o que era, Lucas estava lá deitado no chão chorando, quando eu olhei pro portão eu pude ver... Ivan estava morto. Todos lamentando pela morte dele e algo em minha mente veio, Lucas é o culpado.
Eu iria ajudar a ele a se recuperar da morte de Ivan, eu me senti triste com a morte de Ivan, naquele mesmo dia eu terminei o namoro com Fernanda, ela insistiu pra que eu não terminasse, perguntou quem era a vadia que eu estava saindo, mulheres, sempre as mesmas. Mais ela aceitou fácil de mais o nosso termino, ela insistiu? Sim insistiu pra que não terminasse. Mais também ela não desistiria fácil assim.
E eu percebi que o que eu sentia realmente pelo Lucas. E foi quando eu o beijei, ele retribuiu o beijo, foi com bastante amor e desejo, ambos conhecendo o corpo um do outro.
Eu o amo, foi isso que sempre sentir por ele, e ajudaria ele e ficaria ao seu lado, não importaria quem iria tentar derrubar o nosso amor, mais eu ia bota sempre em mente que o amor quebra barreiras, eu e ele ficaríamos juntos. Eu iria enfrentar qualquer obstáculo que viria, mais não iria ceder tão facilmente dele. Pois quem ama cuida e ele eu tenho certeza que não o faria chora de tristeza e sim de pura alegria amor e paz.
Sempre o amei, e loucamente amando ele e só agora eu fui perceber