Meu nome é Sofia,tenho 23 anos e atualmente moro em Curitiba,mas não sou daqui não,na verdade,sou de Porto alegre de onde viemos dois anos apos um acidente que causou a morte de meu pai.
Confesso que mudar de cidade,mexeu com minha cabeça,afinal tudo ficaria pra traz,meus amigos,meus parentes todos moram na mesma cidade,seriamos apenas eu,mamãe e minha irmã.Mas,devido ao estado depresivo em que mamãe estava mesmo a contra gosto aceitei sem dizer uma só palavra.
Cidade nova,vida nova! foi o que mamãe disse assim que colocamos os pés em Curitiba,mas pra mim não era assim,e não foi.. Me sentia sozinha,um peixe fora d'água pra ser bem sincera,estava em uma cidade onde não conhecia nada e ninguém alem de mamãe e minha irmã. Eu era uma garota muito fechada e posso dizer que mesmo com 10 anos eu era muito responsável,mais até do que hoje em dia.
O tempo foi passando e,eu fiz apenas dois amigos na escola,a Débora e o Jonathan que são os melhores ate hoje mas agora na faculdade.
Optei por psicologia pra seguir os passos de minha mãe,o orgulho que ela tem e o modo como fala de sua profissão sempre me incentivou muito,em parte também porque sempre a admirei,ela é uma mulher extremamente forte,driblou a depressão após a morte de papai e mesmo com todo o sofrimento fez sempre o melhor por mim,sempre esteve do meu lado,bom.. Quase sempre néh,na verdade eu e ela mantemos uma eterna discussão sobre minha sexualidade a qual ela sempre termina dizendo: "Isso tudo é culpa da má influencia da Débora!"
Coitada da Déb,ela só queria me ajudar e minha mãe joga a culpa nela ate hoje,fazer oque? Pelo menos ela conseguiu oque queria.
" Ferias de 2006"
Eu e Déb estávamos em meu quarto decidindo se testaríamos sua brilhante ideia.depois de ter contado a ela o que tanto me afligia..
Déb: Não tem como falhar amiga,é só você fazer o que te disse!
EU: Ate agora não entendi como isso vai resolver o fato de eu não sentir nada com nenhum dos garotos que eu fico.
Déb: Pense que pode ser uma experiencia a mais queridinha..
Eu: Tah,digamos que eu faça isso que você esta dizendo,onde é que eu vou arranjar uma mulher que queira ficar comigo? Acaso você pensa que vou sair por ai perguntando a todas as mulheres que eu encontrar "você curte mulheres?"
Déb: Não precisa bobinha!podemos,testar minha,teoria aqui e agora,se você quiser é claro!
Tremi.. Ela tava querendo me beijar? Meu cérebro deu pani,comecei a andar pelo quarto de um lado pro outro visivelmente confusa. Na minha cabeça ecoava suas ultimas palavras,era muita maluquice!
Eu: Aiaiai
Estava tão transtornada que nem notei minha amiga atrás de mim.
Déb: Deixa de ser besta Sofi,é sou um beijo! Disse isso e me beijou.
No começo não correspondi,esbugalhei os olhos com o susto que eu levei,minha amiga foi me empurrando ate que eu sentisse a parede atrás de mim. Entreabri meus lábios dando espaço a sua língua atrevida e fechei meus olhos,me entreguei as sensações que aquela boca macia me causava,Déb desceu uma de suas mãos ate minha cintura apertando de leve ea outra se,enfio por entre meus cabelos da nuca puxando fazendo com que eu erguesse minha cabeça e com uma mordidinha de leve puxando meu lábio seus beijos foram descendo,ela mordeu meu queixo de leve e foi descendo,beijando,chupando me causando arrepios no corpo todo,seu corpo colou ao meu e voltamos a nos beijar com sofreguidão,Déb me apertava como se quisesse fundir seu corpo com o meu,estávamos ofegantes excitadas,sentia meu corpo arder em chamas e tudo oque nunca senti com nenhum homem eu estava sentindo ali com ela,sentia minha calcinha molhada tamanho desejo de ter mais daquela garota.
Minhas mão começaram a percorrer toda lateral do corpo colado ao meu,senti sua pele arrepiar a cada toque meu,eu estava amando todas aquelas sensações,com uma mão apertei de leve seu seio e Déb soltou um gemido abafado em minha boca,já estava com a outra mão acariciando suas costas por baixo da camiseta quando a porta do meu quarto se abre de uma vez,empurrei minha amiga que com o susto acabou caindo sentada na minha cama,quando olhei pra porta minha mãe estava com uma cara tão..sei lá não sei qual era a expressão,devia ser uma mistura de surpresa,susto,indignação,decepção,preconceito e pra completar meu desespero,raiva!
Nunca tinha visto minha mãe daquele jeito,assim como também nunca tinha sentido tanto medo na vida.
Me lembro de ter pensado apenas um "Fodeu!" E logo em seguida fechar os olhos.