Eu me chamo León, tenho ascendência argentina, viemos(eu e meus pais) morar aqui no Brasil graças à boa condição de exportação e importação de produtos -concedida pelo Mercosul. Temos uma rede de varejo, onde graças a deus nunca me interessei trabalhar.
Absorvi essa cultura tão singular ( a pulso na infância), que se firmou como país de praias, carnaval, caipirinhas e futebol; muitos odeiam esses rótulos, mas apesar de fúteis, destacam esse país dos outros da América Latina. Mas o que vem ao caso não é isso e sim o meu desejo. Tenho 30 anos, graduado em artes visuais, exponho minhas obras em Montevidéu -retratando sempre o Brasil, a pluralidade desse povo e o cotidiano de Estados específicos, uma tentativa de resistir à globalização mostrando suas características "de raiz".
Moro só, sou moreno como os meus "conterrâneos", tenho um tipo de beleza típica de onde nasci, isso sempre atraiu as atenções pra mim, e eu sempre tirei proveito disso, principalmente no campo sexual.
Sempre tive tara por mutilação, pra ser exato a auto-mutilação, a maior delícia é sentir o prazer de um objeto penetrando seu pênis pela uretra, o que enfio são pregos, pilhas de controle remoto...
Injeto líquidos, como por exemplo: aerosol. Ele dá uma sensação de coceira e queimação por dentro do pênis, de início parece ter mil lâminas dentro do penis -não preciso nem tocá-lo pra gozar. Já a glande, em períodos de pico de tesão(quando o pênis está carregado de sangue) faço pequenos cortes com uma lâmina, pela alta sensibilidade eu sinto o prazer de uma coisa" passando" pela grande, não é exatamente uma dor, é inenarrável a sensação.
Evito ao máximo ficar pelado no vestiário da academia, minhas práticas deixaram marcas, por isso só tomo banho em casa -assim como pratico minhas fantasias em casa. Porém, um dia eu me permiti tirar da natureza o meu prazer, e tornar a ação uma coisa menos solitária.
Era uma tarde de domingo, não tinha nada pra fazer, sentia falta de alguma coisa que nem eu sabia ou tinha. Não queria continuar na punheta, o jeito era pagar um puto que pelo dinheiro não se negaria a realizar minhas fantasias. O mundo é muito baunilha, foda-se, não quero mudar!
Como não compro jornal, fui buscar em anúncios na internet, contratei um rapaz de 20 anos( pelo menos foi a idade que ele dera, mas ele me pareceu ter menos); comprei pela internet uma caixa com mais ou menos 30 formigas tanajuras, a caixa custou caro, mas logo recebi a encomenda por um motoboy. Demorou um pouco pra o puto chegar, ele pelo visto era um péssimo profissional, mas pra o que eu queria fazer qualquer um serviria.
- Oi, Bernardo(?), quero que você não fale nada, fique à vontade pra me dizer o que aceita ou não, seus limites... Irei fazer coisas que talvez lhe sejam estranhas.- falei no elevador enquanto analisava seu corpo, ele tinha o rosto cheio de buracos de espinhas, fora isso ele era muito artificial: corpo super sarado, mas não malhava pernas, cabelo pra cima, roupinha CK, um aspirante a playboy, mas de longe, via-se que era uma farsa, mas como ele era topa-tudo, eu relevei.
- Eu faço tudo, sou versátil, realizo fantasias e atendo casais.- ele respondeu.
- Eu não pedi pra você repetir sua anúncio da internet, você é surdo? Vou pagar muito bem pra você, não pense que eu sou igual ao resto dos seus clientes.- alertei.
- Eu sei, se é de fetiche que você fala, eu tenho vários.- ele respondeu, como se pensasse que eu me importaria com desejos alheios.
Entramos no meu apartamento; entreguei a caixa a ele e pedi pra ele amarrar meus braços. Ele o fez, eu estava de pé, nu em sua frente, meu pênis o deixou surpreso, as cicatrizes, o buraco do canal da uretra aberto. Ele por um impulso estúpido me deu um tapa, o encarei sem conseguir acreditar no que tinha acontecido, mas apenas pedi que pegasse o adoçante -que estava na cozinha sobre a mesa- e passasse em todo o meu pau. Meu pau pulava a cada pingo do adoçante, querendo se desprender do meu corpo com o impulso que o tesão lhe conferia.
- Pega a caixa e abre, encosta ela no meu pau pras formigas saírem pra ele.-
Ele fez uma cara de espanto mas obedeceu, as formigas saíram com desespero de quem não tem rumo certo, mas que procura por um. Andavam pela minha barriga e nada de ficarem no pau, até que as últimas ficaram, três na" cabeça" e algumas espalhadas ao longo do pênis. Mordiam e apertavam com suas lâminas anestésicas( porque depois de um tempo o órgão fica anestesiado por ter alcançado seu limite de dor), a dor de uma mordida é uma dor diferente, meu pênis todo estava tão dolorido que eu o sentia como se eu o estivesse tocando, mas o simples vento que batia era o que me proporcionava essa sensação, tamanha era a sensibilidade. O puto ali era mero espectador, e eu sentia prazer em me exibir. Aquelas formigas paradas com suas presas cravadas no meu pau, era uma visão que me remeteu as performances artísticas de Orlan. Meu corpo era uma obra que se expressava por si, sem subterfúgios, ali estava em imagem tridimensional: a representação literal do meu fetiche.
As minhas pulsações se concentraram no meu pau, meu corpo inteiro se tornou leve, minha consciência se tranferira pro pau, só ele era sentido, percebido, e como quem rouba as batidas vitais ele pulsava como um coração, sentia ele inchar e desinchar, isso estimulava meu tesão mas não me fazia gozar de primeira, era um fenômeno que me dava um prazer maior que o gozo por um longo período de tempo. Era um prazer tão intenso que me incomodava, eu estava num estado elevado da consciência, não via mais nada o prazer aumentou de uma forma súbita, comecei a soltar jatos de porra pelo chão do quarto, acho que foram cinco, contraía os músculos da bunda enquanto gozava, pra aumentar a quantidade de jatos e concentrar o prazer na área peniana.
Pedi pra ele me desamarrar e com um palito de dentes cutucava as formigas pra "soltarem" meu pau -ele estava sangrando das mordidas.
Dei um soco no puto que o derrubou no chão, junto com seu cuspe de sangue vi um pedaço de dente. Impulso estúpido por impulso estúpido...
Peguei minha carteira e lhe entreguei seiscentos reais em três notas de duzentos. Mandei ele encarar o soco como ossos do ofício, e dei mais cem -pro táxi que fica na frente do prédio.
Quando ele saiu tomei um banho bem demorado, coloquei pomada nos ferimentos do pênis e com uma cueca de algodão comum eu deitei na cama e dormi com a maior satisfação sexual do mundo.
" E mais uma vez o dia foi salvo graças as saúvas."
