Emotion tempest 9 - Tiempo e silencio

Um conto erótico de DobLe
Categoria: Homossexual
Contém 2310 palavras
Data: 04/03/2014 23:45:50

Emotion tempest

Capter 9 - Tiempo e silencio

Sky Point

Estava tudo escuro e não me lembrava de nada, não sabia quanto tempo tinha passado nem o que tinha acontecido, só via o negro e um pesado silêncio. Não estava nem quente nem frio, não sentia nada, como se tivesse sido cortado do mundo.

Ao mesmo tempo conseguia lembrar-me de coisas muito simples mas que me mantinham distraído. Como um beijo com água salgada, mas mesmo assim doce. Uma voz no meu ouvido enquanto brincava no meu cabelo. Um peso nos meus braços e um abraço forte nos meus ombros.

Ouvia uma voz ecoando na minha mente a chamar o meu nome.

Sabia o nome dessa pessoa… Poseidon Hidros McLir.

Um peixe que me pescou… hahaha

Lembrei-me das expressões que ele faz a ler um livro. Conseguia-se quase ver o texto todo refletido na sua face.

Desde a primeira vez que ele se dirigiu a mim, a sua voz me fez arrepiar assim como todas as vezes que o ouço cantar. Os seus olhos pôr-do-sol, quentes e arrebatadores, mesmo quando dava os olhares frios e cortantes. A sua cauda rosa brilhante e negro profundo que a cada movimento fazia as suas espirais dançarem numa hipnótica e extasiante coreografia.

É uma coisa de um grande impacto quando se para pensar o quanto se gosta de alguém e se depara com a precisão de todos os detalhes.

Pois é Poseidon Hidr…

Poseidon...

Não me lembrava bem da sua face… Não havia muita coisa além da pele morena e a cor dos olhos…

Sua voz ecoava pela minha mente… Dizendo o meu nome… Só sabia que era isso mas não me lembrava como era… Só ouvia a voz, não entendia o que ela dizia

E as espirais flutuavam a minha volta…

O Beijo foi tão bom… beijo roubado…

Poseid…

Pose…

Como era o seu nome outra vez…?

Só ouvia rastiços da sua voz ecoando na minha mente…

Po…

P…

Aos poucos tudo foi se dizimando num denso e inabalável silêncio…

Quem sou eu mesmo?

Não me lembro…

Só sei que há alguém que precisa de mim e que preciso proteger…

Sea Point

Acordava do pesadelo que me perseguia desde tempos que já não sei dizer só para cair num infinitamente vezes pior. Tinha passado uma eternidade desde que eles tinham levado Aeron para Aera e nada de notícias. Mesmo que tenha conseguido remover o veneno da Hidra do seu sistema ele não acordava de jeito nenhum. Havia passado quase um dia e nada de notícias. Adormeci por causa do cansaço.

O tempo e o silêncio consumiam-me. Custava alguém dar voar para baixo e deixar-me sabe o que se passava?

Já era noite outra vez. Tentei ler um livro mas não me conseguia concentrar.

Deepsy me olhava preocupada. Ela ainda não soube da minha tentativa de explodir a Hidra e espero bem que ela nunca venha a saber porque esse monstro não iria conseguir enfrentar.

Encostei na parede a ponto de desistir. Não conseguia pensar em mais nada a não ser o tremor que Aeron tinha depois de infetado pelo veneno.

Adormeci outra vez, depois de forçadamente ter engolido a comida sob o olhar atento e autoritário da minha irmã.

Acordei várias vezes durante a noite. O dia seguinte passei-o todo sentado numa rocha a vigiar qualquer movimento descendente dos céus mas nada!

A noite caiu outra vez, voltei para casa onde fui recebido por um belo sermão em como tinha passado o dia inteiro sem comer e ao sol.

Fui para o meu quarto e encontrei a livro que falava sobre a Hidra, ainda estava no local onde o tinha posto antes de sair disparado para o Jardim das Algas.

Mais a baixo havia algo que falava do veneno. “ Devido a sua enorme força, a Hidra quase nunca tem que recorrer ao seu poder de regeneração. A sua arma principal depois desta é o veneno que injeta através das suas presas. Faz com que as suas vítimas entrem em um profundo estado de inconsciência esquecendo-se aos poucos de quem são. Mesmo que o veneno seja removido, caso já se tenha atingido o estado de inconsciência, acordar por seus próprios meios é impossível. O atingido irá definhar aos poucos até eventualmente morrer.”

Meus olhos encheram-se de água enquanto lia e acabei perdendo o controlo dentro do quarto e gritando até os pulmões doerem. Minha irmã veio a correr tentando acalmar-me. Mesmo que ela estivesse em choque pois eu era alguém que nunca deixava transparecer os meus sentimentos.

Depois de alguns minutos de descontrole fiquei soluçando co a cabeça no colo dela.

Zain ainda estava quieto. Acho que nem ele esperava por uma explosão dessa vinda da minha parte.

-Agora me diz o que aconteceu. Sussurrou Deeply tentando saber o que se passava.

-É que desde que aceitei os meu sentimentos por ele que não temos um momento de paz. A nossa vida está em perigo a todo segundo. -Disse por entre os soluços. – Pensei que finalmente fosse ser feliz.

-Concordo contigo. Parece que ofendeste a mãe do destino. De uns tempos para cá é só correria, por todo os lados, nem eu se te conseguia ver.

-Já não sei o que fazer. Mesmo que houvesse alguma coisa que pudesse salvar a vida dele, aqui longe não a nada que possa fazer. E nem aparece ninguém de la de cima.

-Aconteça o que acontecer, não desista! Lembra de tudo o que já passaram até agora e em como superaram tudo. Isto não é nada Além de mais uma prova. Uma pessoa só perde realmente quando deixa de tentar.

Fiquei alguns segundos ainda deitado no seu colo só sentindo sua mão na minha cabeça.

Levantei-me decidido: -Tens toda a razão! Não vou deixar todos os bons tempos que ainda vamos passar juntos irem assim de braços cruzados. Mesmo que o final não seja o melhor, vou esperar por ele lutando.

-Esse é o meu irmão que eu conheço e que tanto amo. Disse ela abraçando-me.

-Mesmo assim não sabia que minha irmã fosse tão filosófica!

-Só li o que estava escrevinhado ai nesse livro. Disse ela apontando para o livro que estava a ler a bocado e que estava largado no chão. Na página havia algo escrito em um belíssima caligrafia… nem tinha reparado antes.

Mergulhei nadando o mais depressa possível em direção a Horizon. Se houvesse uma forma de salva-lo, Artemis saberia.

Corri para dentro gritando o nome dela.

-O que se passa Poseidon?

-Desculpe a falta de controlo, é que preciso da sua ajuda urgente.

Pus-lhe a corrente do assunto e o que ela me disse foi o que deveria ter reparado caso estivesse com a mente no lugar:

-Se há uma discrição tão detalhada do que se passa com vítima é porque alguém sobreviveu ao veneno para poder contar o que lhe aconteceu. Se o que acontece é um esquecimento da sua própria pessoa e a perda da vontade de viver, a única coisa que tens de fazer é faze-lo relembrar. Tens de fazer um estimulo profundo que viagem até o mais intimo da sua alma.

Abracei-a na emoção. Não acredito que pudesse ser tão burro e ter-me deixado levar pelo desorientamento. Se tivesse mantido a cabeça fria e raciocinado, talvez pudesse ter tomado uma providencia mais cedo.

Sai o mias depressa que podia gritando agradecimentos pelo caminho. Esperança tinha. Faltava agora era conseguir chegar até ele. Evitava pensar o pior e que talvez já não fosse a tempo. Tudo em que me focava era numa forma de alcançar os céus.

USA O AQUA LIFT. Aqua lift? SIM! O JATO DE AGUA DO AQUA CORE! Não gostava de mexer nos Aqua core, mas era uma emergência tal como no caso da Hidra.

Fui buscar aquele que tinha tentado explodir dias antes e usei-o a todo o poder para me ascender em direção a Aera. Não sabia atá onde conseguiria ir, mas sentado não iria esperar.

Sai disparado da superfície marinha envolvido pela luz azul emanada pelo núcleo de água. Por longos minutos que pareciam eternos conseguia-me ascender, até chegar a um ponto que já não subia mais. Tentei visualizar onde estava, tinha subido bem alto e já conseguia ver a base de Plerion. Não acredito que vou ter de desistir depois de chegar tão perto de conseguir. Nadava o máximo que podia no meio do turbilhão brilhante que eu mesmo criei mas já estava a chegar no meu próprio limite. Aos poucos sentia-me enfraquecer e ir descaindo. Fechei os olhos enquanto as lagrimas de frustração e dor se misturavam com a água a minha volta. O turbilhão perdeu toda a sua força e que ia caindo, umas mãos me seguraram.

-Larga o Aqua Core!

Assim fiz sem pensar. Abri os olhos e ainda ofuscado pela luz que segurava a pouco só consegui ver vultos mergulhando em perseguição a estrela que caia a alta velocidade em uma espiral de água brilhante.

Olhei para a pessoa que me segurava e vi um Gorrion todo encharcado.

-Obrigado por apareceres, digo entre lagrimas.

-Obrigado eu por me teres salvado a vida.

-Eu faria isso paro um estranho, nem ponhas em causa um amigo. Já estas bem?

Ele voava com dificuldade.

-Estou, é que é difícil voar com as asas molhadas.

-Peço desculpa. Digo enquanto retirava toda a água que nos encharcava.

-Temos de nos apressar. E voou em direção a escola, entrando por uma fenda na base.

-O que se passa? Porque ninguém me deu noticias do Aeron? Por onde andam a Alondra e o Seraphim?

-Todos estão no palácio Real. Desde que levaram o Aeron para lá não os vi mais, até Kaly que tinha ficado aqui em baixo foi chamada de seguida. A única informação que saiu de lá é que o reino todo está fechado e que estão todos proibidos de chegar perto da superfície do mar. Aqueles que viste mergulhando em direção ao Aqua core eram do exercito e estavam em patrulha quando a sua atenção foi chamada pela torre de luz. Tiveste simplesmente sorte que cheguei a ti primeiro.

-Se estão a vigiar os limites todos, o palácio deve estar totalmente fechado.

-Sem duvida alguma. Aeron é o príncipe herdeiro e filho único, não sei o que pode estar passando pela cabeça do rei, mas boa coisa não deve ser. Pela cara das coisas acho impossível chegares perto dele

-Tenho de arranjar uma forma entrar la.

-Podes contar com toda a minha ajuda.

-Vou mesmo precisar.

-Se bem me lembro do mapa do olho que tinha encontrado, há várias ilhotas a volta co castelo inverso. Só tínhamos de conseguir aproximar-nos o suficiente para por o plano em prática.

Partimos logo em seguida ele comigo nos braços, aproveitamos enquanto os guardas que estavam no local ainda estavam investigando o caso da torre de luz. Chegando perto o suficiente, protegidos pelo breu da noite, Gorrion fez os disparos nas direções que eu apontei.

-RAURRRR – Ouviu-se na primeira ilha, alguns guardas dirigiram-se para lá.

-RAURRR - Fez-se sentir no segundo e terceiro alvos. Passamos graciosamente por entre eles entrando por uma das aberturas dos canais aquáticos. Manipular ondas de som era mesmo útil!

Mais a frente ficamos em uma sala deserta que parecia segura.

-Vou procurar pelos outros usando as ligações. Fica aqui, quando os encontrar, venho buscar-te.

-Espera! Eu posso ajudar-te com isso. Ele pós a mão na parede e fechou os olhos por uns segundos.

-Consegui encontra-los. Estão no sentido perpendicular a que viemos 3 andares mais a baixo.

Pensei um pouco tentando situar onde estávamos.

-Já sei onde estão! Já volto.

Nadei rapidamente pelos canais fazendo o mínimo de barulho e sempre a espreita. Consegui evitar ser visto até chegar no local onde se encontravam: o quarto de Aeron.

Ainda bem que o Príncipe tinha direito ao seu rio e lago particular.

Fui devagar, olhando atentamente as pessoas que estavam no ambiente de luz baixa e trémula. Estavam só Alodra e Seraphim, este ultimo abraçado a ela que chorava baixinho.

Acenei de dentro de água. Ele viu-me e com um movimento suave de mãos, fez uma corrente de ar que fechou delicadamente a porta do quarto.

Ele então levantou a cabeça dela, tapou-lhe a boca, e fez sinal com o dedo em frente a boca dele para que ela fizesse silêncio, apontando depois para mim.

Levantaram e correram ao meu encontro.

-Não sabes como estávamos nos sentindo aqui trancafiados sem poder falar contigo. Disse Alondra.

-O Rei proibiu qualquer contacto e ainda culpa-te pelo que aconteceu com Aeron. Nós argumentamos mas foi em vão.

-Tenho de conseguir chegar perto dele. Descobri uma forma de salva-lo.

-Mas mesmo que funcione, da forma em que ele está prendia-te e mandava-te executar no segundo em que te pusesse a vista em cima. Nunca vi o meu tio tão descontrolado.

-Mesmo assim, temos que fazer algo. O tempo está a passar. Seraphim disse.

-Como conseguiste chegar aqui, já agora? Perguntou ela.

-Longa história, depois conto. Agora preciso que localizem a kaly e me digam onde está Aeron que não no quarto dele.

-Ele foi levado para a sala do trono e vai se difícil de la chegar. Disse Seraphim.

-Eu tenho um plano, mas vou precisar da ajuda de todos para que resulte.

Saíram os dois a procura de Kaly e de Gorrion depois de ter indicado onde ele estava.

HORA DE ACORDAR O PASSARÃO. Já chega de estar longe dele.

Light Point

Yeah!!! O conto já está chegando ao fim! Obrigado a todos os que leram. Oliveira Dan, falta mesmo é o tempo para escrever como rascunho pk postar é só copiar do Word e prontinho pois o meu velho e bom Nokia não ajuda muito em relação a net. Tentarei postar os próximos para breve. Espero que tenham gostado. E desculpem a grande extensão do capitulo mas não pode ser evitado.

Para comunicação lucariosinister@hotmail.com

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Doble a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Será que o passarinho vai se esquecer do peixe?; Ahhhh então tá, se é falta de tempo, aí é complicado mesmo. Mas tudo bem, poste quando conseguir (mas capriche no tamanho e se possível faça capítulos duplos ;) rsrs)

0 0