Cap.5
No escurinho do cinema, continuavamos nosso beijo lento. E do mesmo modo separamos os nossos lábios.
- Esse foi o meu primeiro beijo- ele parecia nervoso
- Meu também-sorri um pouco envergonhado
- Foi bom ?
- Ótimo
- Posso te beijar denovo ?
- Deve- logo ele pegou no meu pescoço e voltei a sentir seus lábios gostosos contra os meus. Logo ele parou, e me abraçou. Ficamos assim por alguns segundos. Seu cheiro, perfume maravilhoso, me deixava louco.
- Eu quero falar com seus pais-ele falou
- Porquê ?
- Eu vou te pedir em namoro
- Sério ? Por que não pede aqui ?
- Eu sou a moda antiga. Vou pedir na frente dos seus pais, pra eles saberem minhas intenções.
- Você é único
Logo voltamos a nos beijar, mas fomos obrigados a parar, porquê um casal veio, ele ainda viram um pedacinho, e ficaram olhando pra gente. Ficamos rindo e enfim, prestamos atenção no filme. Mas não demorou muito e logo senti uma mão procurando a minha. Parecia que elas se procuravam, logo estávamos com as mãos juntas, com um casal. Minha felicidade era visível. Ficamos assim até o fim do filme. Tempo depois estávamos no táxi, voltando pra casa. Paramos em frente.
- Sua casa é incrível
- Vem não, que eu tenho certeza que sua casa também deve ser incrível
- Verdade- ele saiu rindo e logo senti ele agarrar minha mão. Senti um misto de emoção e vergonha. Passamos pelo portão e meu pai estava em casa. Entramos e ele estava na sala.
- Pai ?- ele estava sentado no sofá
- Oi filho, já voltou
- Humrum
- Oi Murilo
- Oi Seu Gabriel, eu posso falar com você
- Claro, sobre o que se trata- eu olhei pra ele, e o mesmo estava suado de tanto nervosismo
- Eu e seu filho... Eu gosto do seu filho, e quero pedir ele em namoro formalmente.
- Nossa, que raridade, é bom saber que ainda existem garotos assim.
- E também quero que o senhor saiba que as minhas intenções com o seu filho são as melhores- ele ficou lindo com vergonha
- Eu sei que são. Já que você quer, a gente pode marcar um jantar. Amanhã. Tudo Bem ?
- Sim. Eu posso trazer meus pais ?
- Deve, vou adorar conhece-los
Ele sorriu e disse que tinha que ir. Fui deixa-lo na porta.
- Adorei seu pai. Ele parece ser incrível- ele já veio me abraçando
- Ele é incrível. E como você vai fazer com seus pais ?
- Vou contar tudo hoje. E eu tenho quase certeza que eles vão aceitar. Bem, até amanhã.
- Até- ele já ia me soltando, mas eu o puxei e dei um selinho nele. Ele foi embora sorrindo. Eu acho que dois corações se formaram em meus olhos. É, Anderson, você já tem um primeiro amor. Entrei e meu pai estava escorado na parede.
- Eu acho que esse namoro vai dar muito certo.
- Eu também acho
- Ele é bonito ein
- Muito
- Agora eu preciso ligar pro supermercado, alguém tem que organizar esse jantar.
Subi correndo a escada e me joguei na cama. Nem acreditava que tinha beijado alguém. E que eu estava apaixonado.
NARRADO POR MURILO
Naquele táxi eu não conseguia tirar ele da minha cabeça. Aquele beijo, aquele cheiro, aquele rosto, aquele garoto. Minha vida, e meus sentimentos tinham mudado tanto em tão pouco tempo. Logo estávamos em Niterói, na minha casa. Papai Robert estava escrevendo.
- Murilo ?
- Oi pai
- Como foi ?
- Ótimo. Pai, eu quero conversar com você.
- Estou a todo ouvidos.
- Papai, eu estou amando
- Sério. Que ótimo.
- Estou amando um garoto
- Nossa. E só agora você vem me dizer. Devia ter chamado o garoto aqui.
- Não está com raiva ?
- Não. Logico que não. Já esperava. Quem vai pro cinema, com um garoto, a dois, muito bem arrumado, perfumado, e com ares de apaixonado.
- Sério ?
- Humrum. Então, meu filhinho está namorando kkkkk
- Para pai... Marquei um jantar, na casa dos pais dele. Vocês vão?
- Claro, mas pra quê ?
- Vou pedir ele em namoro.
- Sério ? Quer que eu ligue pra joalheria ?
- Já passei lá.
- Você gosta mesmo desse garoto ?
- Sim
Continua
Gostaram ?????
