I WILL LOVE Y♥U FOREVER:
AS LEMBRANÇAS DE UM ROMANCE
EDIÇÃO ÚNICA♥Manhattan – Nova York – Dias atual
A chuva caía com ferocidade. A tempestade forte havia me molhado completamente. Eu sentia ódio em meu coração e a dor era grande. Eu não conseguia ver motivos para continuar á viver. Entrei em um beco sem saída e fiquei olhando as paredes escuras e sujas dos estabelecimentos. Peguei meu celular e já marcavam 20h13min da noite. Joguei meu celular no chão molhado, por que eu não precisaria mais dele. Caí de joelhos no chão de concreto. Á água da chuva rolava pelo meu rosto junto com as lágrimas salgadas. Retirei a pistola calibre 12 do bolso do meu casaco e então a coloquei apontada para á minha cabeça. Minha mão tremia. Destravei a pistola e fechei os olhos.
- Ei! Você! – Uma voz masculina exclamou atrás de mim.
Eu não me virei, mas ouvi os passos se aproximando de mim. Ele agachou ao meu lado, mas eu ainda não via o rosto dele.
- Você não precisa fazer isso. – Ele disse. – Não precisa tirar á sua vida.
Eu me virei para ele que logo depois retirou a pistola da minha mão. Ele devia ter uns 18 anos e era muito bonito. Á água da chuva rolava pelo rosto dele e eu ainda tremia. Eu devia ter apertado o gatilho quando ouvi á voz dele, mas fiquei com medo. Ele me abraçou e me ajudou a se levantar.
- Eu estou aqui. – Ele disse. – Você precisa de ajuda. Eu posso te ajudar.
- Eu não quero mais continuar vivo. – Eu disse. – Eu não aguento mais ficar aqui sozinho. O que mais importava em minha vida desapareceu.
- Fique calmo. Olha, eu estou livre e se quiser posso levá-lo para tomar alguma coisa ou comer algo. Eu pago á conta. Talvez queira me contar o que houve em sua vida. Acho que não vale á pena você se matar por estar sofrendo. Todos sofrem.
- Mas muitos sofrem injustamente. – Eu respondi olhando para ele e pensando na oferta que ele havia feito. – Aceito tomar algo, mas depois tem que prometer que vai deixar eu me matar.
Ele ficou me encarando por alguns segundos, mas assentiu com a cabeça. Ele guardou a minha pistola na mochila que estava em suas costas e depois caminhamos para fora do beco.
- Que dia não. – Ele disse. – Estava voltando do meu serviço quando vi você de joelhos lá dentro do beco.
Entramos em uma lanchonete e nos sentamos em uma mesa. A garçonete veio nos atender gentilmente e com sorriso nos lábios.
- Eu vou querer um X-Burguer e uma coca-cola. – Disse o garoto. – E você?
Olhei para a garçonete que sorria para mim e pedi apenas um copo de coca-cola zero. Antes que a garçonete pudesse sair, o garoto perguntou onde ficava o banheiro e depois que a garçonete indicou, ele foi até lá. Não demorou muito para que ele voltasse.
- Meu nome é Wenter. Então, qual é o seu nome? – Ele perguntou me olhando.
- David. – Respondi. – Diga-me Wenter, você é um garoto que têm preconceito contra homossexuais?
Wenter me olhou parecendo confuso.
- Não, eu nunca tive preconceito contra nada. – Ele me respondeu. – Eu sou um garoto que não liga para esses tipos de coisas. Eu tenho coisas melhores para me preocupar. Por quê?
- Sabe Wenter, assim que eu entrei no primeiro ano do ensino médio euPASSADOComecei á ter um grande ciúme pelo meu melhor amigo de infância. Ygor sempre morou ao lado da minha casa e em tudo que eu fazia ele estava no meio. Era incrível a nossa infância. A gente bagunçava e fazia muita confusão. A gente só fazia o que toda criança gostava de fazer. A adolescência foi chegando, a gente foi deixando as brincadeiras de lado para entrar na fase em que damos em cima das garotas. No primeiro ano do ensino médio, Ygor começou a namorar uma garota do nosso colégio e ele já havia me dito que ele á amava de verdade. Eu em segredo torcia para que a garota terminasse com ele ou vice-versa. Eu tinha ciúmes dele. Eu estava sentindo algo incomum e eu me perguntava o porquê daquilo. Poxa eu era o melhor amigo dele e ficava torcendo para que as coisas entre o namoro dele desse tudo errado. Isso era crueldade da minha parte. Ygor ainda namorava aquela garota no 2° ano. Estava bem claro para mim que eu gostava dele mais do que um amigo e ele nunca percebia isso. E como perceber? Eu mantinha aquilo em segredo. Não havia como ninguém suspeitar que eu estivesse se tornando gay. O namoro dele terminou no inicio do 3° ano do ensino médio. Ele descobriu que ela tinha ficado com outro garoto numa festa e ele ficou irado e eu fiquei feliz. O ano se seguiu normal e Ygor não voltou á namorar, o que era estranho por que ele nunca aguentava ficar sozinho. Sim, foi no final do 3° ano que Ygor confessou para todos que tinha virado gay, mas ele só fez isso por que se apaixonou por outro garoto. Quando eu soube disso, eu comecei a ficar com raiva e ódio. Ele vinha falar comigo e eu o ignorava por que eu tinha muita raiva dele. Ele ficava jogando na minha cara dizendo que eu era preconceituoso e que eu não queria apoiar ele, mas a verdade era que ele nunca tinha percebido que eu era loucamente apaixonado por ele. Eu e ele fomos aos poucos nos afastando e a gente quase não se falava muito. Eu ficava horas do dia sentado do lado de fora da minha casa olhando para o vazio no céu e quando ouvia a porta da casa do Ygor se abrir, eu entrava na minha casa e se isolava em meu quarto. Através da janela do meu quarto, eu podia ver ele conversando do lado de fora da casa dele com o namorado. Eu não conseguia me segurar e começava á chorar. Foi num dias desses que eu jurei á mim mesmo que eu iria destruir o amor que eu sentia por ele. Não demorou muito e Ygor e a família dele se mudaram da cidade. Eu fiquei sabendo que onde ele morava não ficava muito longe, mas eu nunca quis ir atrás e nunca mais voltei a falar com ele, masPRESENTEMeu coração doía toda vez que me lembrava dele. – Eu disse para Wenter que me encarava como se estivesse gostando da minha história. – Minha vida mudou muito depois que Ygor se mudou. Eu agora podia ver que Ygor não era o culpado. Eu era o culpado por que nunca tinha falado á verdade sobre mim para ele. Eu e ele nem nos despedimos, e eu me culpava muito por isso. Eu tinha criado a minha própria dor.
- Mas você superou não foi? – Wenter me perguntou curioso. – Quer dizer, vocês voltaram á se ver não é?
Eu olhei para fora da lanchonete através da gigante janela de vidro e sorri ao ver que a chuva ainda caía fortemente.
- Sim. – Eu respondi sorrindo. – Foi três depois que ele tinha se mudado, em um dia igual a esse. Chovia muito ePASSADOEstava muito frio na rua. Eu tinha acabado de sair da loja de CDs onde eu trabalhava e então coloquei meu casaco. A chuva estava me molhando todo e estava me deixando com mais frio ainda. Então entrei em um restaurante próximo e sentei em uma mesa. Eu esperaria a chuva passar, mas a fome me invadiu, então pedi um prato do cardápio e enquanto esperava ficar pronto, vi Ygor sentado do outro lado do restaurante. Ele estava sozinho e comendo algo. Primeiro pensei que não poderia ser ele, mas era idêntico. Não tinha como não ser. Eu queria muito falar com ele, mas eu não tinha coragem de se levantar e ir até lá. Como teria coragem depois de tudo o que tinha acontecido? Eu apenas comi á refeição que havia pedido e quando terminei fui ao caixa pagar, mas na hora meu cartão de crédito começou a recusar. Eu não tinha dinheiro para pagar á conta e isso estava me deixando nervoso por que eu queria sair logo dali.
- Deixe que eu pago. – Reconheci á voz dele na hora. – Pode deixar que eu pago sem problemas.
Eu não queria olhar para ele, apenas o vi entregar o seu cartão para o homem do caixa. O cartão dele passou perfeitamente. Eu permanecia imóvel. Não sabia se saía do restaurante e ia embora ou se eu agradecia e tentava puxar assunto.
- A quanto tempo Devid. – Ele tomou a iniciativa.
Ele ainda permanecia bonito. Os cabelos que eram negros, agora tinham as pontas louro. Eu não conseguia ficar perto dele. Eu me lembrava dos sonhos que eu sempre quis ter com ele. Eu não suportava ficar perto dele depois de eu ter agido como um idiota.
- É. – Eu disse olhando nos olhos castanhos dele. – Obrigado por pagar a conta. Eu não sabia que meu cartão seria recusado. Eu acho que lhe devo.
- Está tudo bem. Não me deve nada. – Ele disse. – Olha, faz tanto tempo que a gente não conversa e eu estou de carro. Se quiser eu lhe dou uma carona até á sua casa. Ainda mora com a sua mãe?
- Não. – Eu respondi olhando para a chuva do lado de fora da lanchonete. – Eu acho divertido tomar banho de chuva. É uma idiotice, mas é bom de vez em quando, então acho que prefiro ir á pé para minha casa.
- Que isso Devid, eu só estou tentando te ajudar. – Ele me disse com seus olhos brilhantes no qual eu podia ver meu reflexo dentro deles. – Ainda está zangado comigo por eu ter me assumido? Ainda têm preconceito do garoto que era seu melhor amigo?
Olhei para ele com raiva. Eu queria dar um soco na barriga dele, mas seria um desrespeito já que ele tinha pagado minha conta, então me contive.
- Eu nunca tive preconceito contra você Ygor. – Eu respondi. – Eu sofria toda vez que você começava a namorar alguém. Eu mesmo criei uma dor imensa dentro do meu coração por não ter te contado á verdade. Eu não sabia o que aconteceria comigo se eu contasse e derrepente você mesmo se assume só para namorar um garoto que sabe lá deus da onde saiu. Eu ficava deitado em minha cama todos os miseráveis dias pensando em você e me segurando para não gritar até ficar sem ar e morrer.
Ele permanecia sem falar nada, apenas me olhado nos olhos.
- Eu prometi á mim mesmo que iria esquecer você. – Eu continuei. – Que eu iria quebrar tudo o que sentia por você. Não quero passar novamente pelo o que passei então, por favor, me deixe ir embora para a minha casa de á pé.
Ele parecia confuso e sem palavras. Virei às costas para ele e caminhei em direção á saída da lanchonete e logo depois para a chuva gelada. As gotas batiam no meu rosto como se fosse um tapa que eu estivesse levando de tão frio que estava. Eu não consegui controlar as lagrimas. Ouvi a porta do restaurante se abrir atrás de mim.
- Devid, por favor espere. – A voz fraca dele me chamava desesperadamente atrás de mim. – Por favor me espere.
Eu me virei e ele estava e pé na minha frente. A chuva molhava a sua camisa social branca e desfazia o seu penteado. Ele ficou me olhando nos olhos e eu me segurava para não beijá-lo. Ele era lindo demais e eu não sabia o que fazer quando ficava perto dele.
- Devid, eu não sabia. – Ele disse segurando minha mão. – Me perdoa. Eu não sabia que você gostava de mim.
- Você não tem culpa. – Eu disse para ele, mas as lagrimas ainda rolavam pelo meu rosto. – Eu sou o culpado por nunca ter te contado á verdade. É que eu não consigo olhar agora para você sem relembrar os dias que pareciam que eu iria morrer sufocado em meu quarto.
A expressão no olhar dele era de culpa. Eu queria mais que tudo dizer á ele o quanto eu oPRESENTEAmava e abraçá-lo com muita força e jamais largá-lo. – Eu disse olhando para Wenter que me encarava parecendo alegre ao me ouvir contar cada palavra. – Sabe como é amar uma pessoa no qual você sabe que não viveria sem? Assim era eu. Uma parte de mim tinha morrido quando Ygor partiu, mas percebi que ela sobreviveu quando eu o vi aquela noite naquele restaurante. Foi como destruir todos os meus sofrimentos.
- Sim eu sei como é amar alguém mais do que á si mesmo. – Disse Wenter com um sorriso nos lábios. – O que aconteceu aquela noite? Vocês ficaram juntos não foi? Seria ruim se você afastasse dele novamente.
Eu encarei Wenter e lancei um sorriso para ele. As lembranças eram perfeitas. Eu me lembrava perfeitamente daquela noite. Tinha sido á mais perfeita da minha vida. Eu ele havíamos feito amor.
- Não, eu nunca mais me afastei dele. Aquela noite eu contei tudo o que eu sentia por ele e nos beijamos ali mesmo em frete daquele restaurante e embaixo da chuva fria. – Eu disse rindo de felicidade ao lembrar os detalhes. – Ele me contou sobre tudo o que tinha acontecido com ele nos três anos que ele havia ficado sem me ver. A família dele tinha morrido num acidente de carro e ele ficou sozinho. Então ele vendeu a casa dos pais dele na outra cidade e voltou para Manhattan e arrumou um emprego e uma nova casa. Eu e ele começamos á namorar e logo depois eu me mudei para a casa dele. Ficamos morando juntos e tudo era perfeito por que ele cuidava de mim de todas as formas que alguém pode ser cuidado. Ele me protegia de todas as formas possíveis e o amor que eu tinha por ele não tinha como terminar. Eu e ele nos casamos no inicio do ano passado em 2013, mas tudo mudou desde então.
Wenter me lançou uma expressão de curiosidade.
- Vocês brigaram? Separam-se? O que aconteceu? – Ele perguntou.
A garçonete voltou com nossos pedidos, mas aquela altura eu não tinha mais vontade de tomar a minha coca-cola. A garçonete saiu e foi atender outro cliente. Wenter começou a comer seu X-burguer. Olhei para o copo de coca-cola na minha frente e lembrei o primeiro dia do meu pesadelo.
- Uma doença aconteceu. – Eu disse. – Tudo acabou por uma misera doença. Quando Ygor percebeu que estava doente, era um dia comum ePASSADOEstava ensolarado lá fora. Ygor tinha saído para comprar algo para comer numa padaria perto de casa enquanto eu tinha ficado para lavar a louça. Quando ele chegou, eu fui correndo abraçá-lo por que o mínimo de tempo que ele ficava fora de casa, eu já morria de saudade. Ele colocou a sacola em cima da mesa da cozinha e eu lhe dei um beijo na bochecha.
- Gosta de coca-cola no café da manhã? – Ele me perguntou rindo. – Não é nada saudável, mas eu fiquei com uma vontade de tomar essa coca que não resisti e comprei assim mesmo.
- Amor, você sabe que não deve tomar coca de manhã. – Eu disse á ele. – Mas não adianta não é. Esse seu vicio de coca-cola é difícil de retirar.
Ele sorriu e me abraçou. Eu voltei para a pia e comecei a enxugar as louças enquanto ele foi tomar a coca dele.
- Amor, você disse que iríamos hoje almoçar fora. Vai cumprir sua palavra? – Eu perguntei contente.
O silêncio permaneceu pela casa como se eu fosse o único ali dentro. Eu ouvi o barulho de algo se chocando com o chão. Virei para trás e Ygor estava de joelhos no chão sem forças. A latinha de coca-cola estava derramando no chão. Eu corri para socorrê-lo. Seguei-o para que não batesse a cabeça no chão e o deitei em meu colo.
- Ygor o que você tem? – Eu perguntei apavorado. – Amor fala comigo.
- Está doendo muito... – Ele resmungou. –... Meu peito...
Eu coloquei á mão no peito dele e senti as batidas do coração delePRESENTEBatendo de uma forma tão rápida que eu me assustei. – Eu disse ainda encarando o copo de coca-cola. – Eu o levei para uma clinica o mais rápido que eu pude e os exames revelaram que ele tinha uma doença que acelerava os batimentos cardíacos mais do que o normal e quando isso acontecia, o deixava sem forças de tudo e liberava uma dor insuportável no peito.
Wenter parecia triste.
- Ele ficou sofrendo com aquela doença por mais de meses, mas ela foi progredindo. Os remédios que os médicos receitavam pareciam que não ajudavam em nada. Á duas semanas atrás ele foi internado em estado grave e eu lembro perfeitamente dos últimos momentos com ele. – Eu disse encarando Wenter. – Ele estava pálido de mais na cama do hospital ePASSADOAgulhas e mais agulhas estavam enfiadas nos braços dele. Os médicos deram doses de sonífero para ele e eu fiquei á noite toda ali sem sair de perto dele. Eu estava sofrendo junto com ele. Eu não suportava vê-lo daquele jeito. Doía dentro do fundo do meu coração. Ele acordou pela manhã.
- Você está aqui. – Á voz fraca dele mal chegava em meus ouvidos. – Senti muito sua falta...
- Onde mais eu estaria se não ao seu lado meu príncipe. – Eu disse á ele me segurando para que as lágrimas não rolassem pelo meu rosto. – Eu sempre vou estar aqui do seu lado.
- Eu sonhei com a nossa família... – Ele murmurou segurando minhas mãos. – A gente estava feliz e tínhamos adotado uma criança. Um menininho de cabelos loiros e olhos azuis. Você devia ter visto ele... Era lindo.
Eu não consegui me controlar mais. Comecei a apertar a mão dele e chorar.
- Você está chorando... – Ele resmungou. – Não chora... Sabe que eu me sinto mal quando você está chorando... Promete que vai ficar tudo bem?
- Sim eu prometo meu anjo... Eu prometo que vai ficar tudo bem. – Eu disse ainda chorando e segurando forte a mão dele. – A gente vai para á casa e vamos adotar um garotinho loiro eu prometo... Você só tem que ficar bem...
- Eu estou com medo amor... – Ele resmungou olhando para a lâmpada branca em cima da cama dele. – Estou com medo...
- Eu sei meu amor. Mas não precisa ter medo, eu estou aqui. Vou ficar com você. Não vou te abandonar. – Eu disse num jato e desesperado.
Á mão dele perdeu a força. Olhei para seus olhos que estavam se fechando aos poucos. O eletrocardiograma apitou e vi que os batimentos cardíacos dele estavam rápidos demais e do nada parou.
- Amor... – Eu o chamei balançando sua mão. – Amor...
Mas ele havia partido. Cai sentado no chão do hospital naquela hora mesmo e não conseguia parar de chorar. Os médicos entraram no quarto desesperados, mas não havia como fazer mais nada. Ele havia sofrido um infartoPRESENTEE eu tinha que admitir que agora estava sozinho. Eu me perguntava o que eu tinha feito para aquilo estar acontecendo comigo. – Eu disse com lágrimas nos olhos. – Ygor era um homem bom e honesto. Ele sofreu muito nos seus últimos meses de vida e eu sofria mais ao vê-lo sofrendo. Eu vou amá-lo para sempre. Ele é insubstituível.
Wenter havia parado de comer seu X-burguer para terminar de ouvir minha história. Eu enxuguei ás lagrimas com as minhas mãos.
- Já faz sete dias que ele foi enterrado. – Eu continuei. – Eu não aguento mais ficar longe dele Wenter. A dor é muito grande e a saudade é tão imensa que não há como descrever o quanto.
- Você não está sozinho Devid. Sim, é uma dor incontrolável, mas você tem que fazer da dor sua vitória. Tem que mostrar que você é forte. É isso que ele iria querer de você. O que acha que ele iria pensar se soubesse que você quer se matar por causa dele? – Disse Wenter. – Você não deve fazer isso. Continue sua vida e seja feliz. O Ygor se foi, mas você está aqui. Conte para todos que o amor seu e do Ygor foi forte. Mostre aos outros que o amor de vocês era verdadeiro e que nunca irá acabar.
Wenter terminou de comer o seu lanche e saiu da mesa, indo pagar á conta. Eu não virei para trás para vê-lo, mas depois de minutos eu fiquei preocupado. Depois de procurá-lo, percebi que ele não estava mais na lanchonete. Em lugar nenhum. Ele havia deixado sua mochila na mesa, então eu á peguei e sai. A chuva estava fina, mas ainda fria. Abri á mochila e á minha pistola no qual ele havia guardado estava lá dentro. Eu á peguei e percebi que estava sem munição. Havia um pequeno papel dentro da mochila e eu o peguei e comecei á ler:Desculpe, mas eu retirei ás balas quando fui ao banheiro e as guardei no bolso da minha calça. Não posso deixar que se mate. A propósito, se estiver lendo isso e eu estiver desaparecido, não se preocupe. Eu vou ficar bem. Talvez nos encontramos novamente em uma outra hora. Me desculpe por ter sair assim da lanchonete.
WenterSorri para mim mesmo. Acho que eu teria que suportar á dor da perda do Ygor por mais tempo. E a propósito... Eu poderia adotar um menino loirinho e dos olhos azuis para me fazer companhia♥ FIM ♥
Wont Power - Produções™ e Eduardo Sampaio apresentam: I Will Love you Forever: As Lembranças de um Romance.
Desculpe-nos os erros ortográficos e de gramática.
ATT. Wont Power Produções
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