Oi! Bom, meu nome é Yan, eu sou amigo de Luca, bem, melhores amigos na verdade(depois de Amanda), ele está passando os arquivos pro pendrive e me entregando, relativo a alguns problemas que ele está tendo não está podendo postar aqui, eu também só tive tempo hoje, perdão pela demora, Lembrando que ai estão dois capítulos em 1, que o Luca me enviou, divirtam-se! ele me enviou esse recado e logo depois os contos.
[Meus amores, cara, me perdoem por favor? Eu ando com alguns problemas e Pedi para meu amigo postar para mim, espero que ele não tenha demorado, como vai ser o carnaval de vocês? O meu vai ser ralando. Algumas coisas muito boas estão acontecendo na minha vida , na verdade, eu estou num intercâmbio, espero que vocês fiquem bem e me perdoem. Mesmo! Estarei lendo tudo depois, e por favor. Interação aqui , por favor. Senão vou dar na cara de vocês. Ruuun.
Beijos! Adoro demais vocês! Se cuidem em. E usem Olla. a Camisinha da Anitta].
O resto do dia seguiu normal. Amanda como sempre, me fez um interrogatório completo de quem era o tal garoto. Eu apenas falei que era aquele que no bar pediu meu telefone, e fez uma aposta com os amigos.
Eu na verdade, não sabia nada sobre ele. Nada mesmo. Sabia pouquíssimas coisas, só a rua onde ele morava, e o nome.
Uau. E eu já tinha... beijado ele.
Eu não era assim.
Na verdade, eu... estava confuso.
O último beijo que me fez sair do planeta, foi o de vocês sabem quem.
Minha cabeça estava entrando em curto circuito.
Naquele dia eu também comi igual um ... sei la oque, o restante das coisas que sobraram. Eu a Amanda devoramos tudo.
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O final de semana passou sem grandes novidades, eu fui para casa no domingo a tarde e me deitei.
Meus pais haviam saído. Na verdade, meu pai deve ter sido obrigado a ir com a minha mãe num restaurante Japonês. Minha mãe provavelmente teve desejo. Minha mãe, grávida. Depois de 17 anos. Eu ainda não tinha digerido tudo isso.
Eu me deitei e dormi.
Eu estava em débito de sono pela noite retrasada e passada. Acho que um pouco de ressaca ainda me dominava.
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Eu acordei cedo e me arrumei para ir a escola.
Eu me arrumei e estava andando na rua tranquilamente.
Várias coisas passavam ao mesmo tempo na minha cabeça.
Eu pensava se... o que eu fiz foi traição ou não.
Ou se foi ruim.
Sabe. O beijo não foi NADA ruim.
Foi bom até demais.
Mas... fazia duas semanas ou três que eu estava solteiro na pista.
Não na pista, porque eu sou um santo e vocês sabem da minha santidade mais que ninguém.
Eu estava envolto por esses pensamentos e finalmente cheguei no inferno, não , pera, escola.
Eu suspirei e entrei.
A escola estava cheia, como sempre, aquelas obras de satanás não faltavam um dia.
A sala como sempre também já estava lotada, ninguém sofreu nenhum pequeno acidente, Droga.
Eu me sentei e logo Eduardo se sentou atrás.
-Ei. - Ele me cutucou.
-Fala. - Eu debati.
Não estava de bom humor. E também não estava beijavel como aquele dia. Acho que ele percebeu isso.
-Tudo bem?
-Tudo sim... e você?
-Melhor agora.
-Já escutei isso. - eu sussurrei baixo.
-O que? - ele me encarou.
-Ah... nada. Só... pensei alto. - Eu disfarcei.
-Será que...?
-O que?
-Que vai rolar de novo?
-Não. Quer dizer, não sei. Eu.. estou confuso demais. - eu disse olhando para a mesa da professora que estava vazia.
-Você está naquela fase de... se descobrir?
-Não. Não mesmo. Não é isso... afinal. A gente nunca falou sobre isso. E você, se define como?
-Como Bisexual. Eu... desde pequeno sabia que gostava de ambos.
-Hummmm. - Eu respondi.
Logo a inspetora veio e disse que dois professores faltaram hoje e só teríamos as duas últimas aulas.
Todos pularam felizes e eu peguei minha mochila e me levantei.
Tayna e Lucas passaram por mim.
Sim. Ele foi pra escola. Ele voltou com uma cara deslavada pronto pra outra.
O que, na verdade, eu adorei.
Minha vingança ainda não tinha acabado. Quando tivesse tempo eu veria o que fazer com aquele filhote de rato.
Eles passaram por mim e Eduardo sem qualquer reação, nenhuma brincadeirinha, olhar torto ou algum tipo de provocação. Talvez tenha sido esse o maior erro deles. Eles estavam armando alguma coisa, e agora, eu tinha a certeza.
Minha espinha dorsal trincou só em pensar.
Eu tinha que pensar em alguma coisa. Ainda mais agora , que eu estava sozinho.
Minhas endrenagens mentais faziam barulho pensando sobre isso.
-Luca? - disse Eduardo de frente para mim.
A sala estava vazia.
-Ah? Oi? - eu disse assustado.
-Luca? Você está bem? Eu perguntei onde você ficaria e... você sei la. Se desligou.
'Uau. Além de solitário, ver coisas que não estão ali, eu também viajo por outras dimensões. ' Pensei.
-Ah. Desculpa. Eu acho que... - eu o encarei. - Vou ficar nos cavaletes. É. A essa hora não tem ninguém nos patios , estão todos em aula. La é o melhor lugar, eu sempre ficava la com Br... - eu ia começar a falar e me interrompi rapidamente. - Com A Amanda. Quero dizer. - Eu suspirei.
Minha garganta estava de maneira cortante.
-Você ia falar outra coisa... - Eduardo me encarou com cara de desconfiança.
-Não ia falar nada. Só acho que a ressaca ainda está me afetando. Eu não estou falando coisa com coisa. - eu rebati irônico.
- Eu estou me sentindo estranho. Parece que sei la, você me usou. - ele me encarou com os olhos>sei la que porra era aquela .<
Eu o encarei.
-Não. Sabe, não mesmo. - eu me aproximei e o olhei nos olhos. - Eu não sei de onde você veio, sabe, eu ... estou tão confuso, sobre o que eu sinto e... quero que você tenha calma comigo. - Eu mordi os lábios e olhei para a porta.
-É aquele tal de Bruno? - disse Eduardo me encarando sério.
-O-o-lha. - Eu gaguejei e engoli em seco. Eu de repente o olhei assustado . - Como você sabe? Sabe. Dessa pessoa? - eu o questionei me recuperando da gagueira.
-Aaaaah.... - ele coçou a cabeça e eu percebi que ali tinha algo. - Todo mundo fala dele na sala. Além disso aquela garota, a baixinha, ela vive falando desse Bruno. Sabe, falando que ele deve ser um viado pior que você e essas coisas horríveis. - Ele veio em minha direção.
Eu deixei os braços apoiados em uma mesa da sala.
-Ah. Entendi. - Eu ainda o encarei desconfiado.
-Eu acho que... você podia me dar uma chance. - Ele disse se aproximando.
Eu me afastei para trás.
-Eu não te pedi a porra do tempo? - eu disse irritado.
-Sabe, mas nós somos jovens, as coisas acontecem muito rápido,e... não da pra esperar nada.
-Você tá querendo botar a juventude na sua falta de paciência? - eu o encarei e ri.
Ele fechou a cara.
-Não é isso. Além disso. Eu não quero mais falar sobre isso. Já disse, se quiser me dar um tempo pra pensar você da. Se não, você está livre para fazer o que bem entender. - Eu disse estourando e saindo da sala.
Uma coisa que eu odiava era ser pressionado por alguma coisa. Isso me irritava profundamente. Ainda mais se tratando de uma coisa que eu pedi um tempo.
Ai.
Vontade de dar na cara.
Mentira, odeio agressão.
Eu cheguei no pàtio e franzi as sobrancelhas.
Tentei localizar alguma coisa legal para fazer, pra sei la, descontar a raiva.
Acabei sentado no pátio lendo um livro, e não, Eduardo não foi atrás de mim.
Se tocou, glória a Deus.
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Minha semana passou como um raio.
Bem, Eduardo sempre vinha puxar assunto.
Mas eu nunca estava com vontade de conversar. Ai ele dava piti e eu o olhava com uma cara de ' te fode muleque ' .
Bem.
Talvez eu estivesse sendo um porre. Mas sei la.
Eu estava confuso.
Não sei se alguém me entende mas eu estava ainda em uma situação complicada. Ainda mais depois daquele beijo, que eu tinha certeza absoluta que havia gostado.
Eu cheguei em casa e me deitei.
Estava com preguiça e vontade de não fazer nada.
Estava com preguiça até de respirar.
Aqui escreve um difunto.
Não. Pera.
Eu dormi praticamente o fim de semana inteiro, Amanda me chamou para ir dar uma andada e eu inventei uma desculpa (tomara que ela não leia isso).
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Era segunda, argh.
Eu acordei com a minha cara de jaca azeda e fui para a escola, acho que eu não penteei meu cabelo.
Eu fui correndo para a escola também.
Já vi que meu dia seria maravilhoso.
Eu entrei na sala e Margareth estava dando início a sua aula.
-Com licença professora? Posso entrar ? Desculpa o atraso. - Eu disse a encarando envergonhado.
Aposto que aquelas obras do satanás ficaram torcendo pra ela não me deixar entrar. Mas eu sou divo, beijos recalque, ela sorriu.
-Claro que pode querido. Sente-se. - Ela disse dando continuidade a sua aula.
Todos olharam a cena boquiaberto.
Eu sorri no fundo do coração.
A aula foi legal. Eu adorava as aulas dela.
Naquele dia ela falou sobre as teorias de Sócrates. Foi muito bom, mesmo.
Logo o sinal bateu e nós fomos rumo a próxima aula.
Tayna e Lucas passaram pela minha frente. E me encararam no meio do corredor .
-Que foi? - eu encarei eles irritados.
-Você tá com uma cara de quem deu a noite toda. - Disse Lucas rindo.
-Não migs, é ele sem make. - Disse Tayna rindo.
Todos no corredor estavam rindo.
-Pelo menos eu, to assim só hoje. E você passiva surubenta que tem essa cara de cu antes da chucra todo dia? - eu disse fazendo sinal para a cara dele. - E você querida? O que falar? Andava sem maquiagem igual uma fantasma solitária, ai descobriu que não existe só a pica do papai e começou a ser essa puta que é. Acho que as pessoas tem que olhar pra elas mesmas antes de falar dos outros . Da licença . - Eu disse empurrando Lucas e saindo do corredor .
Todo mundo estava rindo e falando ' nossaaaa ' .
Um ponto pra mim.
Eu não estava com saco de aguentar gente medíocre, muito menos com humor pra ser o palhaço bozo do corredor.
Eu entrei na sala e Eduardo me olhou de lado.
Ele parecia também não estar de bom humor.
Eu me sentei e logo Tayna e Lucas vieram me encarando.
Que vontade de jogar aqueles dois de cima do maior prédio de São Paulo.
Eu suspirei e foquei na aula.
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Na hora do intervalo meu celular tocou.
-Ah. Alô? - eu disse desconfiado . Número sem identificação.
-Oi. Luca ? É eu... Julio. - Disse ele ao telefone.
-Ahhh. Oi! Tudo bem?
-Sim e você?
-Eu também.
-Quer almoçar comigo no Shopping hoje?
-Aaaah claro.
-Você saí da escola o mesmo horário?
-Sim, o mesmo.
-Amanda vai também. Eu vou passar pra pegar ela e a gente vai ai na frente da escola. - Ele disse.
-Então tudo bem. - Eu respondi desligando o telefone.
Depois eu percebi.
Ah.
Eu não tinha penteado o cabelo.
Deveria estar com uma cara péssima.
E ia pro Shopping. Coragem.
Eu fui e fiquei na frente da escola enquanto todo mundo saia.
Logo Tayna e Lucas ficaram na minha frente de frente ao portão que dava para a rua .
-Você se acha nè garoto? - disse Tayna na minha frente de mãos cruzadas.
-De novo? Será possível que vocês não me deixam em paz por um minuto? - eu disse irritado.
-Não. Você é um bostinha bixa enrrustida. - disse Lucas com os mãos cruzadas .
-Enrrustida ? Aham . Eu sou enrrustido e você aparecido nè meu filho ? Se toca . - Eu disse olhando para os lados.
-Luca? Algum problema? - disse Amanda vindo em minha direção.
-Olha. Chegou a Neguinha pra te defender. - Disse Lucas cruzando os braços de novo.
-Neguinha? Se faz de racista mas adora rola de negão. Como mostra aquele vídeo pornô que você gravou. - Disse Amanda rindo e me puxando .
-Um vídeo que vocês botaram na internet sem meu consentimento. - Disse Lucas tendo ataque de pelanca.
-Eu coloquei? Prove. Além disso... eu estou perdendo tempo aqui. Vamos Amanda. - Eu disse puxando ela.
-Vão se foder os dois! - gritou Tayna.
-EU vou me vingar. - Disse Lucas.
-Ah garoto. Me poupe. E a chucra já fez? - disse Amanda ao meu lado.
Nós rimos e saímos em direção ao carro.
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-Você como sempre me salvando. - eu disse a Amanda que estava na frente do carro.
-Você me deve ainda. - Disse ele rindo.
-O que aconteceu? - disse Julio nos encarando sorrindo.
-Aquela puta mal amada e aquele garoto surubento. - disse Amanda. - Bem Júlio , longa história. - Disse ela.
-Ahh... então tá - ele disse olhando a gente enquanto dirigia .
-Aqueles dois são tão patéticos. E Luca , pode acreditar que aquele garoto vai se vingar da gente bonito. Então abre o olho. - Disse Amanda fuçando na bolsa dela. - Mas quer saber? O que acontecer eu vou renascer diva. E vou sambar. - Disse Amanda rindo .
Eu e Julio gargalhamos alto.
Era bom estar ali.
Com os dois.
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O nosso passeio foi tipo, mega divertido. Mesmo. Eu não ria tanto a séculos.
Amanda como sempre, bateu ponto em lojas de roupa, e Julio em Lojas de Games. Eu? Ia em Livrarias. Sim gente. Eu precisava comprar coisas úteis. Eu estava com o meu armário e meu guarda-roupas atolados de coisas que eu nunca usei.
Logo depois nós comemos no Bob's (que negócio divino, e o milk shake? E aquele troço que você pode voltar e refrigerante é livre? Eu parecia pobre na fila da sopa comunitária com aquilo).
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Eu cheguei em casa e liguei meu computador.
Eu abri o facebook como sempre faço.
Logo eu vi uma notificação no Feed de Notícias.
'Bruno está em um relacionamento sério com Daianè Falcão'
Sim.
Era esse o nome da infeliz.
'Daianè ' .
Deveria ser Argentino. Sei la.
Eu fiquei no chão com aquilo. E curti.
'Argh. Que ódio. Tomara que broxe' eu pensei.
Meus olhos se enxeram de lágrimas.
Eu não... podia acreditar naquilo.
Era demais pra mim.
Eu fechei o facebook .
Era demais por um dia.
Eu me deitei e passei os braços pelo travesseiro e chorei a noite inteira.
