Emotion tempest
Chapter 10 – Gritos e cantos
Sea Point
Dirigiram cada uma para um ponto dos níveis mais altos do castelo enquanto esperava no quarto de Aeron. Esperei pelo sinal até que ouviu-se a explosão em dois pontos inversos do palácio, com poucos minutos de diferença, um grande esquadrão passou por nós em direção as distrações. Ouvia barulhos altos e muitas vozes misturadas. Corri em direção a sala do trono.
Havia guardas guardando Aeron que estava deitado numa cama bem no meio da grade sala.
Assim que entrei eles correram na minha direção e Kaly golpeou-os com pedras deixando-os inconscientes. Corri na direção dele e comecei a falar com ele:
-Não sei se me pode ouvir, mas o seu nome é Aeron. Tem se se lembrar e nunca mais esquecer disso. Por favor, lembre-se!
Fiquei olhando para a sua face desacordada enquanto falava com ele esperando alguma reação mas nada parecia perturbar a superfície daquele lago imobilizado.
Subi em cima da cama por instinto e agarrei a sua cabeça embalando-o no meu colo.
-Lembras-te de como passávamos as tarde juntos assim? Eu lendo um livro enquanto brincava no teu cabelo?
Nada.
Conseguia sentir a sua pulsação muito fraca por baixo da sua pele pálida.
-Então!? Você sempre foi dorminhoco mas já dormiu que chega neste tempo todo não acha?
Olhava para sua cara impassível e não consegui conter as lágrimas que rolavam dos meus olhos e molhavam o seu rosto.
Por favor acorde! Não me podes abandonar depois de me viciar na tua existência. Não é justo. Não consigo viver sem ti agora que aprendi a amar.
-Não podes ir agora. Acorda!
-Acorda
-ACORDA!!!! ACORDAAAAAA!!! Gritei sacudindo-o.
Mas foi tudo em vão. Não havia nenhuma reação da parte dele.
-Não me faça carregar essa tristeza que estou sentindo agora pelo resto da vida. Gritei em plenos pulmões. Simplesmente deixei as minha emoções correrem soltas envolvendo-me numa tempestade e deixando-me simplesmente estático e sem reação.
Só fiquei la agarrado a ele.
-Já não chega o veneno resolveste vir acabar o serviço? Berrou Paralda furioso da porta da sala.
Kaly lutava com tudo o que podia mas acabou sendo dominada e fizeram-na perder os sentidos. Alondra e Seraphim também entraram presos pela guarda real. Tudo o que fizemos não deu em nada. Ele veio até mim e deu-me um soco bem no meio da cara. Cai ao chão mas tudo se passava la longe como um filme.
-É tudo culpa sua! Foi por causa de ti que ele esta nessa situação! Eu me arrependo amargamente do dia em que resolvi deixar que ele fosse nessa maldita campanha de reconhecimento contigo! Gritava o pai dele sem controlo.
Ele chutou minha barriga fazendo-me perder o ar. Tinha muitas dores. Mas continuei ai imóvel via só a nuca loira dele em cima da cama.
Ouvi só algo ecoar na minha mente:
“Tua voz me faz arrepiar.”
Dessa forma a única coisa que fiz foi começar a cantar: (http://m.youtube.com/watch?v=VLIz29b9HHo) (link da musica)
Una casa en el cielo
(minha voz mal saia e ainda mais com a gritaria da sala ouvia-se menos ainda.)
Un jardin en el mar
(foi ai que todo o barulho a minha volta foi diminuindo aos poucos)
Una alondra en tu pecho
(diminuindo cada vez mais até sumir)
Un volver a empezar
Sky point
Ouvia algo na minha cabeça. Do nada, a superfície negra e impassível que me envolvia começou a ondular…
Vibrava mas nada de se partir.
Senti como se algo quente me envolvesse mas além dessa sensação leve e longínqua nada mudava.
Foi nesse momento que comecei a ouvir algo ao longe primeiramente bem baixinho.
Un deseo de estrellas
Un latir de gorrion
Una isla en tu cama
Una puesta de sol
Depois tornando-se claro como a água do oceano.
Tiempo y silencio
Gritos y cantos
Cielos y besos
Voz y quebranto
Foi nesse momento que abri os olhos e estava dentro da sala do trono no meio de uma baderna! Gritaria por todo! Seraphim chutando a cara de alguém, Gorrion enfiando um soco num guarda que tinha Alóndra presa pelo braço que por sua vez cravava os dentes naquele que tentava apanhar Kaly do chão. Meu pai ia carregando alguém que parecia que iria atirar da sacada do palácio. Quando vi quem era, que continuava a cantar por cima de toda a gritaria daqueles que tentavam impedir que meu pai o levasse e aqueles que tentavam para-los.
-MAS O QUE RAIO VEM A SER ISTO!? Gritei por cima de toda a confusão. Mal conseguia mexer-me pois tinha o corpo todo dormente.
Tudo parou e olharam para mim, atónitos.
Meu pai pousou Poseidon no chão. E os guarda largaram todos os outros. Os olhos esbugalhados estavam por todos os lados.
Algumas horas depois, quando já estava a corrente de toda a situação, meu pai já se havia acalmado graças as explicações que tinha dado e estávamos todos no meu quarto.
-Então esse alvoroço todo foi só por causa da minha inconsciência!?
-Não fala como se fosse pouco coisa! Pensávamos que ias morrer! Disse Poseidon já mais recuperado de tudo o que lhe tinha acontecido.
-Pelo menos já sabes o que eu senti. Disse-lhe rindo da sua cara. Ele deitou-me a língua fora e abraçou-me. Tínhamos comido todos no meu quarto porque acordei morto de fome e como todos os outros estavam na mesma situação foi servido um baquete no meu quarto mesmo. Depois de uns minutos de conversa foram cada um para um quarto que tinha sido preparado para descansarem. Quando Poseidon ia saindo, segurei-lhe pelo braço: aonde pensas que vais?
-Para o quarto.
-O teu quarto é aqui!
Seraphim foi o ultimo a sair fechando a porta atrás dele.
Ele veio e deitou-se comigo. Ficamos a noite toda agarradinhos. Ele dormiu que nem uma pedra. Devia estar mesmo cansado.
-Qual era a música que estavas a cantar para me acordar?
-Artemis costumava canta-la para mim quando era pequeno. Ela disse que um amigo de uma terra distante a tinha ensinado.
-É muito bonita. Parece que conta a nossa História.
-Por isso mesmo que lembrei-me dela. E que ela dizia-me que nos momentos de aflição devia cantar e me sentiria melhor.
Ele dormiu que nem uma pedra. Devia estar mesmo cansado.
No outro dia já me sentia bem melhor. Começava a recuperar energia e passamos o dia inteiro no quarto só saindo para comer. A certa altura do dia começamos a brincar um com o outro e no meio de beijos ficamos nus. Deitei-me na cama com ele sobre mim. Beijava minha boca, depois meu queixo e foi descendo cada vez mais abaixo até…
Light Point
Finalmente eles têm um tempo um para o outro. Espero que tenham gostado. Oliveira Dan vou tentar o máximo que puder ; Perley nunca iria vos abandonar porque também sofri com o abandono de alguns autores e ainda hoje estou triste e Doug POP já tinha lido o seu primeiro conto e o segundo também está maravilhoso, meus parabéns. Obrigado pelas palavras de incentivo, espero que gostem do outro conto também, Tempest Zero. Obrigado a todos que só leem em o conto também pois é mais um incentivo para continuar.
Para comunicação lucariosinister@hotmail.com