Na rua?

Um conto erótico de Mike
Categoria: Heterossexual
Contém 3050 palavras
Data: 10/03/2014 07:29:37

"Você vai terminar um velho solitário com seu cigarro. Sozinho, sem filhos, sem amigos, sem esposa. Sem mim."

O problema não foram estas palavras duras que Kay direcionava à mim, era o modo como ela falava. Se eu pudesse descrever a nossa relação em opostos, diria que sempre fui o gelo e ela o fogo; mas naquelas palavras havia uma frieza que eu não pensei ser capaz de pertencer àquela voz.

Bem, amigos, eu tenho de admitir que sou um cara intenso. Eu tive alguns namoros mais longos, de anos, mas nenhum deles, e, talvez, nem todos juntos, foram tão intensos quanto os meses que passei com Kay. Ao longo de todos esses anos, eu sempre prezei pela racionalização e o pensamento lógico ao invés do puro impulso sentimental, mas eu sempre mergulho de cara nas situações. Estava apaixonado de maneira insana, e eu a respirava. Não poderia dizer que não fui um completo idiota algumas vezes, mas ela foi embora tão de repente e com tanta frieza. Eu jurei que não merecia aquilo. Mas hoje, pensando melhor sobre, eu fico na dúvida.

Entrei em depressão, não saía de casa a não ser para as aulas no faculdade. Meus amigos começavam a se preocupar, mas eu sempre os dispensava dizendo que estava tudo bem. Todos sabiam que era mentira, mas sabendo do meu gênio teimoso e inflexível não se meteram muito mais. Eu estava a cada dia vendo o meu reflexo se transformar naquilo que Kay disse que eu me tornaria. Afogava-me em melancolia todas as tardes, ao som de notas tão delicadamente tristes. Lembrava-me do vermelho alaranjado de seu cabelo, as sardas em seu rosto. Sentia o seu cheiro quando acordava, na brisa da manhã, e no canto silencioso da madrugada. Eu mal conseguia dormir, estava virando um zumbi.

Fui aprovado numa conceituada faculdade federal, e o curso era medicina. Não preciso nem dizer que sugava toda a minha energia, o que de fato era até bom, mas às vezes me pegava sem prestar atenção nas aulas em devaneios longos e profundos com minha ex. Minha condição foi facilmente percebida pelos meus professores, que me auxiliaram, fui encaminhado para um psiquiatra e com a ajuda de terapia e alguns remédios, fazia meu caminho para melhora. O ano era desagradável, o término do meu namoro, a morte de um ente querido, a minha família quase se despedaçando. Mas isso já não importava muito, havia conseguido recuperar-me nas matérias e emocionalmente, embora sempre haja aquela pequena ferida oculta que insiste em estar ali.

Um de meus amigos, que o retratarei aqui carinhosamente como Ricardo, foi de grande ajuda. Éramos inseparáveis desde o ensino médio, e tínhamos entrado na mesma faculdade para o mesmo curso, era o destino que nos mantinha juntos, e eu o agradeço, não sei onde estaria agora sem este idiota. Nenhum de nós dois éramos muito de festas, eu muito menos, mas ele foi convidado para uma festa em minha cidade natal, onde eu passaria as férias, e fez questão de me arrastar. Eu sempre fui muito introspectivo, e era raro as situações em que abordava qualquer desconhecido, o que fazia de festas pra mim um grande porre. Eu estava morando "temporariamente" com Ricardo, por conta de meus recentes problemas familiares. Nós nos arrumamos, e fomos para a festa. Eu nunca fui muito vaidoso, e após o término de meu namoro com Kay eu tinha apenas largado de mão. A barba estava sempre por fazer, o meu cabelo nunca estava arrumado, e minhas roupas estavam sempre amassadas. Mas foda-se, eu pensava, eu realmente não me importava. E as chances de algo acontecer naquela noite, além de ter que arrastar Ricardo completamente bêbado no final da festa, eram mínimas. Eu não bebo, o que fazia minhas chances ainda piores. Mas eu ainda me surpreenderia até o final da noite.

O salão era grande, e as luzes piscavam freneticamente. As bebidas fluíam, as pessoas eram bonitas, e a música era uma droga. Ricardo rapidamente começou a beber, e iniciou a sua caçada. Deixando o meu "orgulho másculo" à parte, Ricardo era bonito, eu tinha que admitir. Eu sabia que ele não teria problemas em se arranjar naquela noite, e logo vi que ao invés de arrastado para o apartamento, eu ia ter que ir sozinho. Encontrou uma garota na primeira meia hora em que chegamos, e estava me apresentando as amigas. Não era como se eu fosse um exemplo de beleza, e minha falta de vontade de socializar faziam de mim ainda menos atraente. Cumprimentei as garotas sem muito calor, eu vi que esperavam por ao menos um beijo no rosto, mas eu simplesmente balancei a mão e mantive a expressão indiferente. Ele estava se arranjando rápido, e eu me afastei, dizendo que já estava de olho em alguém. Não era verdade, mas era a única maneira dele me deixar em paz. Ricardo piscou pra mim, e me deu um tapa no ombro. E eu não o vi mais naquela noite.

Sentado numa das mesas, solitário, fiz uma exceção e bebi uma dose. Não era forte, mas minha falta de costume com o álcool e todo aquele clima psicodélico me fizeram tonto. Eu decidi ir embora. Olhava para o local, vendo todas aquelas pessoas felizes e dançando, e me sentia uma merda de um peixe fora d'água. Tudo o que eu queria era estar com Kay. Tirei o celular do bolso, abri a agenda, e demorei-me em ver o seu número registrado. Tinha a sua foto sorrindo, e sua identificação era um apelido carinhoso que ela inicialmente detestava. Aquilo me fez sorrir, lembrando do modo como sua expressão se contorcia ao ouvir chamando-a de Sardinha. Eu estava sorrindo, mas, sinceramente, eu queria chorar. Percebi o quão patético eu estava sendo, e rapidamente guardei o celular em meu bolso, mas antes que pudesse levantar o olhar, senti o calor humano tocando a minha mão pousada na mesa.

- Você aqui, Michael... - Uma voz familiar me alcançou, e eu fitei a figura loura que se acomodava na cadeira à minha frente.

Se tratava de Lívia. Lívia era uma baixinha linda, os olhos claros e os cabelos louros tingidos. Tinha a comissão de frente avantajada ao extremo, e, embora alguns quilos a mais, eu a achava bastante gostosa. Sua bunda era volumosa, e seus lábios eram em forma de coração. Ela foi apresentada a mim por Kay, uma amiga de classe, e logo me tornei amigo, embora distante. Ela claramente deu mole pra mim durante todo o tempo em que ainda estive no colégio, mas eu só tinha olhos pra Kay. A baixinha era tão descarada que chegou até me dizer que era virgem, e me deixaria tirar o cabaço. Minha vida sexual com Kay estava em seu auge naquela época, e eu quase pensei em propor um ménage, uma vez que minha ex namorada se considerava bissexual, mas a ideia morreu ali. Agora aquela garota estava me encarando, tocando com sua mão quente na minha, e estávamos, aparentemente, ambos livres. Eu deveria ter possuído ela ali mesmo, mas tudo o que tinha em mente era a minha ruiva. Em resposta à garota, sorri de soslaio e levantei as sobrancelhas:

- Somos quem podemos ser. - Recitei, mas sabia que ela não entenderia. Kay entenderia; merda, como eu estava sendo um babaca, exatamente como ela dizia que eu era.

- Ela está aqui? - Perguntou com um sorriso mínimo se desenhando nos lábios. Eu não hesitei, a encarei por alguns segundos, frio como a brisa de inverno.

- Não. Nós... terminamos. - Sorri novamente, aquela maquiagem barata que cobria tão porcamente a minha tristeza. Eu soube que ela percebeu, mas não me importei. Levantei o copo, e virei-o, bebendo o resto do líquido. - Eu já tava indo, mas foi bacana te ver, Lívia. - Disse, me inclinando em sua direção, de maneira cortês. Ela olhou-me nos olhos, e quando eu me levantei da cadeira, olhou ao redor, como se procurasse alguém.

- Vou com você, não tem nada pra mim por aqui. - Riu sem som. Eu acenei, mesmo contra minha vontade. Eu só queria caminhar com meus próprios pensamentos, mas eu nunca recusaria algo assim. Não por ter alguma pretensão, por ela ser bonita, ou até mesmo por ser minha amiga, mas pelo simples cavalheirismo que sempre fui regrado. Nós saímos lado a lado daquele lugar, e meus ouvidos agradeciam. Por alguns minutos ficamos em silêncio, eu não tinha nada com o que falar com uma velha amiga distante que eu já não via há um ano, então foi ela quem quebrou o silêncio:

- Você 'tá bem? - Segredou. As ruas estavam calmas por conta do horário e o clima estava fresco, percebi o que estava vestindo agora. Trajava uma jaqueta de "couro" curta na barriga, uma blusa decotada por baixo e um shorts jeans. Aquilo, de uma forma que eu me senti incrivelmente idiota, me excitou. Senti o meu membro abaixo dar algumas pontadas, mas ignorei.

- Sim. - Respondi sem olhar para ela. Lívia sempre me dizia que eu era frio ou algo do tipo, achei que não se importaria agora sabendo que eu estava mentindo tão descaradamente. O caminho ficou silencioso novamente, até que percebi que estávamos na esquina da nossa antiga escola. Ela estava me guiando até então, e meus olhos procuraram uma resposta quando foram até o seu rosto, mas eu nada perguntei. Foi ela quem falou, em uma outra pergunta:

- Quer fumar? - Eu sabia do que se tratava. Embora eu talvez me sentisse melhor de um baseado, sempre fui bastante rígido comigo mesmo, nunca aceitei mesmo que uma infinidade de amigos meus, ainda mais a faculdade, eram usuários de drogas. Kay gostava de fumar, e sempre me convidava, eu não aceitava mas gostava quando ela fumava, sempre ficava mais excitada do que o comum. Balancei a cabeça em resposta, e ela perguntou de novo: - Se importa se eu fumar? - Eu balancei de novo.

- Eu vou indo, 'tou bem cansando, Livi. A gente se vê. - Eu disse, meio que me esquivando da situação. Vi rapidamente a decepção estampada em seu rosto.

- Posso ficar na sua casa? Só hoje. - Seu tom era quase de súplica, eu senti uma pontada de pena e tristeza por ela. Pensei por um segundo, sabia o que ela estava propondo. Talvez passar a noite com ela me faria esquecer de minha ex namorada, ao menos naquela noite.

- Não. - Respondi num suspiro. Eu então encarei a verdade: eu não queria esquece-la. Eu vi uma lágrima solitária dançar na bochecha de Lívia, passei um dedo delicadamente, limpando. - Me desculpa. - Despejei, sinceramente.

- Fica comigo... - Ela sussurrou, quase como um gemido. Não era um pedido desesperado para trocarmos carícias ou algo assim, era quase uma súplica, entendi que ela não queria ficar sozinha. Eu assenti sutilmente, e ela sorriu com sua boca de coração. Eu senti vontade de beija-la, mas não o fiz.

Nos encostamos numa parte um tanto quanto reservada da rua, era o limite da entrada de nossa antiga escola, onde havia um pequeno vão entre a rua e o edifício e a vegetação cultivada pelo local ajudava ainda mais em nos camuflar. Ela acendeu o cigarro, e fumou, lentamente, olhando para o horizonte, sem procurar nada de especial. Eu fiquei em silencio, senti o cheiro forte de maconha e fechei os olhos. Até mesmo aquele cheiro me lembrava de minha relação. Fechei os olhos, e lentamente sentia os dedos de Kay me tocando. Meu coração martelava em meu peito. Vi a sua cabeleira ruiva se jogar em meu rosto, e sentia aquele cheiro suave. Estávamos nus, e nos envolvemos como se precisássemos um do outro como oxigênio. Eu estava dentro dela, e ela movia o seu quadril com ritmo, me beijava, me batia. Eu sabia que aquilo era irreal, mas não queria que acabasse. Ela encostou o seu pescoço em meu ombro enquanto movia o seu quadril, a procura de mais e mais de meu preenchimento dentro de seu corpo. Gemia bem debaixo do meu ouvido, de uma maneira tão particular. Eu estava quase gozando, podia sentir. Ela sussurrou:

- Eu te amo. Te quero dentro de mim assim, pra sempre. - E gemeu. E de maneira tão violenta, tudo se desfez e o silêncio de madrugada agora só era interrompido pelo fumo vagaroso da garota ao meu lado. Concluí que dormi por alguns segundos ali, estava realmente cansado e tonto. Merda.

- Feliz em me ver, Mike? - Lívia perguntou, com uma risada.

- Claro, claro. - Eu disse, de maneira um tanto quanto vaga. Ainda me recuperava do sono. Ela riu da minha resposta, e então eu percebi. Meu pênis estava duro, e isso estava completamente visível. Meu rosto ardeu de vergonha, eu comecei a gaguejar uma desculpa, mas ela jogou o cigarro fora, pisou e me calou com os dedos.

- Lindo... - Ela talvez pensou alto demais, e me beijou. Era um beijo rápido, desesperado, mas ainda assim bom. Seu hálito me era familiar, e seus braços lentamente me envolviam. Nós ficamos ali, envolvidos um ao outro se beijando por alguns minutos. Eu, em parte não pensava naquilo, e quando pensava, fingia que era Kay. Eu sabia que estava sendo o mais filho da puta possível em fazer aquilo, mas eu não me importei. Ela deixou de me beijar, descendo para o meu pescoço, um simples beijinho molhado ali fez meu pinto latejar, minha ruiva sempre fazia isso. Desceu lentamente até ficar de joelhos, e suas mãos passeavam em meu corpo, até descer a minha calça e a cueca. Eu tremi quando senti a sua boca envolver o meu pau. Não sentia o calor humano ali, além de meu próprio, há meses, e eu fiz um força descomunal para não gozar de imediato. Ela estimulou-me, e até que chupava bem o bastante. Me mantive parado, sem fazer som algum além de minha respiração que agora se tornara pesada. Seus lábios iam e vinham e abraçavam o meu caralho com tanto carinho que me dava vontade de beija-la de novo. Eu deixei os dedos de ambas as mãos afundados em seus cabelos louros, e acompanhava com as mãos a sua movimentação de ir e vir com a cabeça. Senti que o orgasmo viria logo, e então fiz um movimento para que se levantasse, o que ela obedeceu de imediato. Ela olhou pra mim sorrindo, com aquela cara de safada que sabia muito bem saber. Movia seus quadris de maneira sensual, empurrando o meu membro duro que agora latejava de maneira calorenta em sua barriga descoberta. Ela tentou falar, mas eu não deixei. Senti medo de ouvir a sua voz e desistir. Beijei-a, desta vez conduzia o beijo, menos tímido. Ela movia-se quase bailando, acariciando o meu pau com o corpo todo, eu gostava daquilo. Senti suas mãos descerem aos shorts, desabotoaram e o descia lentamente, senti os seus pelos ásperos tocarem o meu membro rijo. Parei de beija-la.

- Mas... na rua? - Eu perguntei, um tanto sem graça. Ela levantou as sobrancelhas, como quem perguntasse: e o que que tem? Eu certamente não a levaria para casa, até porque não era exatamente a minha casa, embora Ricardo sempre dizia que sim, e ela não me levaria até a dela. Percebi que a única chance de transar naquela noite estava ali, penetrando-a na rua. Mandei tudo para o caralho. A vergonha, a situação, o nervosismo, e, em especial, o meu amor por Kay. Foda-se, foi o que eu pensei.

Encostei-a na parede, e percebi que já a dominava. Levantei a sua perna, encostando sobre a minha, e dando espaço para entrar. Foi só a cabecinha, mas ela urrou. Ela ainda era virgem. Sentia o sangue escorrendo, e aquilo me excitou. Fiquei sem jeito para aprofundar a penetração, mas ela moveu os quadris de maneira pífia, e eu a atendi movendo-me. Estava completamente dentro, e as longas unhas dela se apegaram a carne de minhas costas. Ardia e doía, mas eu não gritei, ao contrário dela. Comecei a explorar a sua xaninha virgem lentamente, estocadas vagarosas que aproveitavam cada centímetro e paravam lá dentro por alguns segundos antes de iniciar uma outra. Ela gemia alto, mas naquela hora eu já nem me importava. Eu aumentava a velocidade das estocadas lentamente, e ela gritava xingamentos em meu ouvido, enquanto gemia:

- Filho da puta, cachorro, desgraçado. - Seu tom era quase um grito. - Me come. - Ordenava.

As pancadas de meu corpo ao dela logo se tornavam frenéticas. Eram marteladas profundas e fortes, ela gemia cada vez mais alto, e não poupava a sua voz ou sua vergonha ao gritar. Eu sentia que estava perto do orgasmo, quando a única perna dela que se mantinha no chão se enfraqueceu, e seu peso repentino me forçando nos fez cair no chão. Mais tarde, eu julguei que talvez ela tinha gostado, mas no momento tudo o que eu fiz foi rir. Ela me acompanhou. Estávamos os dois caídos no chão da rua, com ela gritando como uma louca enquanto transávamos. Ela moveu os quadris em cima de mim por mais algumas vezes, mas eu rapidamente pedi pra que ela parasse. Tinha perdido completamente o clima. Beijei-a no rosto, e ela não se sentiu muito satisfeita.

- Você quer que eu te acompanhe até a sua casa? - Eu perguntei, tentando ser cortês. Não queria ser para ela o cara que tirou o cabaço dela no meio da rua e depois, ainda sem gozar, virou as costas e foi embora. Ela sorriu.

- Você vai entrar? - Eu balancei a cabeça, negando. Ela manteve o sorriso no rosto. - Então não, está tudo bem. Foi bom, Mike... - Ela tentou dizer algo mais, mas desistiu no meio do caminho, e eu fiquei feliz por isso.

Nos despedimos, e tomamos caminhos diferentes, eu vaguei pelas ruas mais um pouco, sentei em um banco público e esperei até o alvorecer; passei na frente da casa de Kay uma dezenas de vezes. A cidade acordava preguiçosamente na manhã de sábado, e eu me dirigi até algum padaria para tomar café, Ricardo provavelmente iria precisar de até meio dia para dispensar a garota, e eu não queria ser o motivo. Eu nunca era, mas ele sempre dizia isso pra elas. Apesar de não ter chegado ao orgasmo, estava satisfeito, e senti, pela primeira em muito tempo, que não precisava pensar em Kay. Isso fez com que o meu café da manhã sem graça da padaria fosse o meu melhor em anos.

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Comentários

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PARABÉNS..!! Pela ótima história e narrativa..!! já fiz na rua tbm e é muito excitante..!! Ninguém manda no coração, mas te diria pra ficar com a loira..!! Rssss.... Abços.

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