COMO CHAMAS 4x22: DEFINITIVAMENTE COMO CHAMAS!
- Uau, filho, você está lindo. Disse minha mãe colocando uma mão sobre a barriga e então se aproximou e me beijou. A túnica de formatura vermelha me caiu perfeitamente.
Era estranho ver aquilo, quer dizer, eu estava para me formar dali a poucas horas. Iria para a faculdade no fim do verão e aquela sensação de fim de algo não me largava. Eu estava rezando para que tudo desse certo, mas estava sendo difícil não surtar. A policia não havia encontrado Nick e seu pai e eu ficava cada vez mais assustado.
Eles estavam armando algo por ai, eu teria que esperar para ver. Não queria morrer, é claro, mas estava pronto para fazer o que fosse para proteger meus amigos.
- Que tal tiramos uma foto? Falei, emocionado.
- Serio? Você quer?
- Claro. Coloquei o chapéu de formatura e desci para o andar de baixo. Felipe estava de smoking se olhando no espelho com meu pai no corredor.
- Lindo! Falei descendo a escada.
- Lindo? - Disse Felipe se aproximando. - Olha para você, meu tomatinho.
Fiz careta.
- Tomate? Serio?
- Ah, morango? Ele perguntou.
Sorri e o beijei, sem me importar com meus pais olhando. Problemas passados.
- Vem, meninos, vamos tirar a foto. Disse meu pai.
Felipe e eu fomos para a sala, na frente das cortinas de um bilhão de fios em tons diferentes de azul que minha mãe tanto amava. Eu apenas achava bonita.
A porta se abriu e alguém gritou.
- Esperem por mim! Gritou as vozes de Marcie e Kristen juntas, correndo para dentro.
Tiramos a primeira foto apenas de Felipe e eu. Depois com as meninas também usando suas roupas de graduadas. Greg e Jordan entraram em seguida e tiramos mais fotos. Tiramos varias outras, mas apenas para lembrança. Todas ficaram ótimas, o que eu achava não muito comum, vai ver minha felicidade estava afetando minha visão.
- Vamos vestir nossas roupas do baile de formatura. - Falei e me virei para Felipe. - Leve os meninos para o quarto de hóspedes.
Marcie, Kristen e eu corremos para o meu quarto. Como sempre fazíamos. Fechei a porta e fui tirando a beca, Kristen engasgou ao me ver só de cueca.
- O que foi? Nunca trocaram de roupa na frente um do outro? - Perguntou Marcie rindo e tirando sua beca também. - Sabia que eu era mais amiga dele.
- Não seja malvada. Falei.
- Verdade, além do mais, o gato de smoking lá em baixo me deixa segura para me trocar aqui com vocês. E então ela tirou a dela também, revelando seu conjunto íntimo azul.
- Vou sentir muita falta disso. Disse Marcie.
- Eu também. Falei junto com Kristen.
- Vocês refariam algo? Tipo, se pudessem, mudaria algo? Ela perguntou.
- Não. Elas disseram.
- Eu mudaria. Gostaria de ter conhecido você a mais tempo. Falei abraçando Kristen.
- Own, eu também. Vou sentir tanta falta de vocês.
Nós três nos abraçamos ate que alguém bateu na porta.
- Meninas estão vestidas? Perguntou Jordan.
- Talvez, porque? Devolveu Kristen secando as lágrimas.
Ele abriu a porta e me pegou pelo braço.
- Esse é o seu smoking? Ele perguntou para o saco preto na minha cama.
- Sim, mas...
- Você precisa passar um tempo com garotos também. Marcie vai para a universidade com você e Kristen vai ficar no skype com você sempre.
Sorri e fui com ele para o quarto dos hóspedes. Greg estava de cueca (Marcie vadia de sorte!), Felipe sentado na cama mexendo ao celular. Jordan estava apenas de bermuda.
Sorri, me sentindo imensamente feliz.
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- Você é o próximo a subir no palanque para ler o discurso de orador.
- Ok. Eu respondi.
Meu plano estava todo em mente, e iria dar certo, todos toparam e isso me deixou bem feliz.
Esperamos a diretora, alguns professores fazerem seus discursos e então chegou a minha vez. Felipe estava sentado na plateia ao lado de meus pais, Alice sentada ao seu lado, Marcie, Kristen e um lugar vago entre as duas que não as impediu de ficarem de mãos dadas, Greg ao lado de Marcie, Jordan do outro lado de Kristen com Amanda. Jeremiah estava por perto. Tudo perfeito. Ajeitei minha postura de frente ao microfone.
- Bom... A escola as vezes era um pesadelo. Não há quem descorde, mas houve momentos maravilhosos que compartilhei com cada um de meus colegas...
- Tipo o passei de navio para as barramas no sétimo ano. Disse um garoto lá no fundo.
- Aquele acampamento cheio de mosquitos no verão. Falou uma menina bem a minha frente e assim se seguiu.
Todos falaram na sua fez e assim meu discurso foi feito. Todos ficaram surpresos, mas os sorrisos em seus rostos me mostrou que havíamos acertado.
Eu estava feliz, ainda mais. Mal podia esperar para o baile... Então meu corpo congelou. Sebastian estava lá, com um bigode falso e óculos, mas era ele, a poucos metros de Felipe e meus pais. Foi então que houve um disparo e todos gritaram.
Fechei os olhos tentando saber aonde haviam me acertado, mas não aconteceu. Não senti nada.
Olhei para o lado e vi um Nick magricelo e horroso com uma arma nas mãos avançar para mim. "Vamos, Dan" eu pensei. "Você não é mais tão indefeso".
Ele parou alguns metros, enquantos professores e diretores corriam para fora do palanque. Felipe se levantou, mas Sebastian apontou uma arma para ele e gritou para ele não se mexer.
- Teve que trazer o papaizinho? Provoquei.
Nick revirou os olhos.
- Ele também merecia poder por as mãos em vocês. - Nick andou ate o microfone e gritou: - Ninguém se mexa, um passo e eu atiro em cada um de vocês também.
Claro que alguns já haviam corrido, mas muito ainda estavam lá, ele guardou a arma no bolso e me pegou por trás, colocando uma faca no meu pescoço.
- VAI ANDANDO! AGORA! Gritou Sebastian para Felipe fazendo o subir no palanque. E estávamos assim: Felipe de frente para mim, com o pai de Nick apontando a arma na cabeça dele e Nick pressionando a faca contra a pele de meu pescoço.
- Eu sempre soube que eu ia pegar você.
- Se o machucar eu te mato! Felipe avisou a ele.
- Cala a boca imbecil, você é o primeiro.
Fechei os olhos, tentando pensar em algo. Eu não queria morrer, não queria ver o Felipe morrer ou muito menos que meus pais vissem nossas mortes. Lancei um olhar para o canto do palanque, Jeremiah estava usando um smoking estava olhando tudo apavorado e pensativo, ele esteve em uma escola militar, sabia como lidar com isso. Ele viu que eu o vi, e então começou a gesticular com a cabeça para o pai de Nick.
No três, ele disse com os lábios.
- Sabe, Nick, você tinha razão.. Mandar você para a cadeia foi divertido.
Então Jeremiah pulou em Sebastian, ele atirou assim mesmo, Felipe se abaixou e a bala passou a centímetros do meu ouvido. Eu podia sentir o calor e a ardência na pele causada pela pouvora. Pisei com toda força no pé de Nick, passei meus braços em volta do punho dele e me soltei. Ele recuou, então girei e o chutei no peito. Sebastian brigava com Felipe e Jeremiah.
Então tive uma ideia, corri para trás dos meninos, ficando de costas para Sebastian, Nick parecendo um maluco veio com tudo para cima de mim com a faca na mão, gritei o mais alto que pude e pulei para baixo. Enquanto eu caia, Sebastian se virou e atirou em Nick, não antes do filho crava a faca em seu estômago.
Cai em cima de varias cadeiras e senti dor em vários lugares do corpo e então tudo escureceu.
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Acordei minutos depois, nos braços de Felipe.
- Se não fosse o tombo, eu te acharia o garoto mais preguiçoso do mundo Baby.
Ele disse me beijando. Retribui e levantei sorrindo. Meus amigos estafavam todos ali, me olhando preocupados.
- Diz que não tem um galo na minha cabeça. Falei ficando de pé.
- Não tem. Você ainda ta lindo. Sorrimos e nos beijamos de novo. Vi que alguns policiais ainda estavam lá, o detetive Jones veio ate mim.
- Não! - comecei a dizer. - Não vou perder o meu baile! Falei.
- Não se preocupe, não vai demorar.
- Já ouvi isso.
- Vamos. - Falou Felipe me guiando ate o carro. Lancei um olhar agradecido a meus amigos e um mais longo a Jeremiah, que foi surpreendentemente ótimo salvando minha vida.
E fomos para a delegacia. La me disseram que Nick faleceu a caminho do hospital e que seu pai teve um órgão perfurado, mas que não corria risco de morte. Mas seria levado de volta para a prisão de sua cidade, e eu provavelmente não ouviria falar dele de novo. John teria que fazer serviço social e isso sim eu achava justo. Tive dar rápidos depoimentos e Felipe também, assinei alguns papeis e fui feliz para o baile com o amor da minha vida.
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O baile estava ótimo, eu dançava de mãos dadas com minhas amigas, dancei com os meninos também, quando veio a bendita musica lenta, Felipe se aproximou e dançamos. Perfeito.
Tudo estava ótimo. Meus pais estavam lá também. Conversei com Jeremiah e Alice, ambos vão para Los Angeles para algum tipo de estudo especial que Jeremiah conseguiu.
Tudo estava bem, quando acabava bem.
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- Liga assim que chegar lá. Disse minha mãe me abraçando. Era uma tarde, fim de verão, Marcie estava do meu lado, vendo seu pai e seu irmão colocarem nossas malas no carro dela. Finalmente iríamos para a universidade juntos. Realizar nossos sonhos e sermos lindos e felizes.
- Eu ligo, mãe, se a senhora me soltar.
Ela me soltou, me abaixei e acariciei sua barriga que já mostrava, estava linda!
Abracei meu pai, e então Kristen chegou. Já havia me despedido de Greg e Jordan. So faltava minha baixinha.
Ela pulou em mim.
- Me ligue assim que chegar lá, quando chegarem no campus, e antes de irem tomar banho e se as festas liguem o skype pra mim ver se aprovo suas roupas.
- Claro que vamos sua idiota! Nos três nos abraçamos, eu não queria chorar, mas não consegui segurar. Fizemos nossas promessas de ligar uns pros outros todo dia e tudo mais.
Felipe me abraçou por trás e me girou no ar. Finalmente desci e o abracei normalmente.
- Eu te amo, não to com vontade de deixar você ir.
- E você tem escolha?
- Sou eu quem deveria mandar no relacionamento.
Marcie deu uns tapinhas nas costas dele.
- Meu namorado também. Ela disse e então ela e Kristen fizeram seu toque de Garota-Você-Arrasou e sorriram para nos. Revirei os olhos e o beijei.
- Vou te ver no fim de semana. Falei.
- Se eu aguentar esperar, se não te vejo amanha. E cuidado ta bom.
- Não se preocupe, tudo acabou agora.
- To falando dessa sua bunda gostosa! Ela é minha.
Ele apertou minha bunda e mordeu meu pescoço. Ate meus pais riram. Marcie me puxou.
- Chega disso Romeu. Vamos.
E então o soltei, acenei para todos que me olhavam e sorri. Abri a porta do carro e olhei para Felipe, com os olhos marejados.
Não resiste e corri ate ele e o beijei novamente. Desta vez com muita paixão. Seus braços meu envolviam fortes e eu sentia que podíamos quase acender.
Estávamos ali, juntos finalmente, praticamente consumidos pelo fogo de nossa paixão. Definitivamente, como chamas.
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Muuito bem, esse foi o fim do conto. Espero que tenham gostado de ler o mesmo tanto que gostei de escrever pra vocês. Obrigado por lerem ate o final, foi uma longa caminhada para nos.
Estou pensando em escrever outro conto, totalmente diferente, o que vocês acham? Deixem suas opiniões pois é muito importante para mim. Obrigado, por tudo.