Na carta, minha tia relatava o breve caso que teve com meu pai antes de André nascer. E que acabou engravidando dele. Eu não conseguia nem pensar direito. Só consegui me levantar e correr pro quarto.
Me sentei na cama em completo desespero. Como assim? O cara que eu tanto amava na verdade era meu irmão? Isso explicava muita coisa. Explicava a ligação que André e eu tínhamos, o carinho que tínhamos um pelo outro. Eu não conseguia nem me mexer.
Escutei porta bater. Ele entrou, se sentou ao meu lado e não falou nada. Apenas me abraçou. Eu comecei a chorar. Seu abraço era reconfortante e quente.
-Te amo. - Ele disse.
-E agora, André?
-E agora nada. - Ele olhou pra mim. - Não importa se nós somos amigos, primos ou até mesmo irmãos. Nada disso importa, Pedro. Eu te amo e sei que você sente o mesmo por mim. O que importa é isso, o que nós sentimos um pelo outro. Eu não consigo viver sem você do meu lado. Você é o meu namorado. O cara que eu amo. É só isso que importa.
-Eu te amo tanto! - Eu já estava bem mais calmo.
-Vem, vamos descer.
Quando chegamos na sala minha mãe estava sentada no sofá.
-Eu... Eu não acredito em nada disso. - Ela disse. - Não dá pra acreditar nisso. Minha irmã não faria uma coisa dessas. Muito menos seu pai. A gente vai fazer um exame de DNA. É a única forma de desfazer todo esse mal entendido.
Ela ligou na clínica e marcou o exame para o dia seguinte. Fomos juntos pra colher o material. O resultado sairia em uma semana.
Durante a semana minha ansiedade apenas aumentava. Mas finamente o grande dia chegou. Minha mãe foi buscar o resultado e voltou rapidamente.
-Cheguei meninos. - Ela disse entrando. Nós dois estávamos sentados no sofá namorando. Mas disfarçamos assim que escutamos o carro chegando.
-E então, mãe? O que diz no resultado? - Perguntei aflito.
-Eu ainda não abri. Na verdade nem tenho coragem.
-Pois eu tenho. - Disse André pegando o envelope da minha mãe e o abrindo.
Ele olhou pro papel com cara de paisagem.
-É... Parece que a carta dizia a verdade. Nós realmente somos irmãos. - Ele disse, olhando pra mim.
Eu olhei pra minha mãe e seus olhos estavam cheios de lágrimas. Eu a abracei.
-Eu não acredito que seu pai foi capaz de fazer isso comigo.
-E eu não acredito que minha mãe pôde esconder isso de mim e do meu pai a vida toda.
Nós nos abraçamos.
Naquela noite dormimos agarrados. André me abraçava com força.
Logo pela manhã minha mãe foi pro trabalho e nós ficamos sozinhos. Eu estava deitado em seu peito enquanto ele fazia carinho no meu cabelo. Eu me levantei o beijei.
-Te amo! - Disse.
-Te amo mais ainda. - Ele respondeu.
Nos beijamos novamente. Um beijo quente, cheio de desejo. André se deitou por cima de mim e segurou minhas mãos. Eu estava louco de desejo, não transávamos a uma semana. Logo ele tirou minha cueca e começou a me masturbar enquanto me beijava. Ele foi descendo até meu pau e colocou ele todo na boca. Ele chupava com força e vontade, enquanto eu me contorcia na cama. Sua boca era macia e quente. Ele colocou de 4 e caiu de boca no meu cuzinho. Sua língua me invadia com vontade. Era quente e molhada. Eu gemia alto e rebolava enquanto ele chupava meu cuzinho deliciosamente. Ele parou e começou a enfiar os dedos no meu rabinho.
-Eu não aguento mais. Me come logo. - Disse, empinando a bunda.
André colocou o pau na porta do meu cuzinho e começou a pressionar.
-Mete tudo de uma vez. - Disse.
E assim ele fez. Empurrou aquele pau grande e cheio de veias dentro do meu cuzinho. A dor me invadiu e tomou conta de mim. Eu tremia a cara estocada do seu pau no fundo do meu cu. Mas eu não me importava. Queri senti-lo dentro de mim, o mais fundo possível. Ele metia e metia mais forte e cada vez mais. Logo a dor passou e o prazer tomou conta de mim. Ele me fodia com força. Logo eu gozei melando todo o lençol e minutos depois senti o leite farto dele preenchendo o fundo do meu cuzinho.
Nos deitamos exaustos e ele me beijou.
-Precisamos de um banho. - Ele disse, me arrastando com ele pro banheiro.
Era a primeira vez que tomávamos banho juntos, depois que começamos a namorar. A água caia sobre nós enquanto nos beijávamos.
Passamos aquele dia juntos. André não foi pra faculdade e eu não tinha curso naquele dia. Durante a noite minha mãe chegou um pouco mais tarde do que habitual e com um sorriso enorme no rosto.
-Meninos advinham o que aconteceu comigo hoje?- Ela disse, toda empolgada.
-O que aconteceu, mãe? - Perguntei meio assustado.
André estava na cozinha fazendo o jantar, quando escutou a gente conversando e veio pra sala.
-O John me pediu em casamento. - Ela disse mostrando o anel lindo que ele havia dado a ela.
-Ai meu Deus, que ótimo. - Eu disse, abraçando minha mãe.
Eu estava realmente feliz. Minha mãe finamente iria seguir sua vida depois de anos...
Naquele mesmo ano minha mãe e John se casaram. André trancou a faculdade, já que não gostava de Engenharia Civil e só resolveu fazer por pressão dos pais. Ele resolveu fazer alguns cursos de fotografia e hoje tem seu próprio estúdio. Minha mãe e John foram morar nos EUA alguns anos depois. Ela conseguiu um emprego em uma revista americana. Eu finalmente achei minha verdadeira vocação. Entrei pra um curso de teatro e hoje sou formado em Artes Cênicas. No passar dos anos atuei em algumas peças e vários musicais, inclusive a remontagem brasileira de Mamma Mia. Minha mãe sempre vem dos EUA com John pra ver minhas estreias. Confesso que é maravilhoso olhar pra primeira fila e ver minha mãe feliz com seu marido, ver o homem que eu amo e sempre amei me aplaudindo de pé.
Claro que tivemos que assumir nossa relação, não dava pra ficar o resto da vida escondendo o que sentíamos. Minha mãe aceitou bem. Confesso que pensei que ela iria surtar quando soubesse, mas sua reação foi bastante positiva. Contamos pra ela e John num jantar antes da minha estreia com Cabaret.
André e eu moramos juntos, ainda na mesma casa que eram de seus pais. Ultimamente ele anda falando em adotar uma criança. Mas já conversamos e decidimos que é melhor fazermos isso depois dos 35, afinal, ainda somos muito novos pra sermos pais.
Aquela era a noite da minha estreia com a remontagem brasileira de Cats. As cortinas se abriram e vi ele ali na primeira fila com um sorriso enorme e os olhos brilhantes. Eu sempre ficava nervoso, ainda mais em noite de estreia. Mas olhar pra ele ali, me deixava calmo e relaxado.
O espetáculo acabou e eu fui pro camarim tirar a maquiagem e a fantasia. Quando terminei escuto alguém batendo na porta.
-Pode entrar! - Gritei.
Era André, sorridente.
-Você tava incrível, como sempre, amor. - Ele disse me dando um buquê de rosas vermelhas.
-Obrigado. Elas são lindas. - Disse, o abraçando. - Te amo!
-Eu te amo mais. - Ele respondeu, me dando um beijo.
Um beijo demorado. Lento e cheio de amor, como o nosso primeiro beijo há 7 anos...
FIM!!!
Bem gente, chego ao fim de mais um conto aqui no site. Espero que tenham gostado. Até a próxima história!