Estava eu no tchaka tchaka na butchaka, no meu feijão com arroz com meu amorzinho, quando o telefone tocou. Ela olhou para mim, eu olhei para ela, sorrimos e continuamos a foder. Mas aquele trinado insistente continuava em nossos ouvidos. Por quanto tempo? Um minuto? Cinco? Meia hora? Uma eternidade! Ela fez menção de atender. Cerrei os olhos em tom de reprimenda, cravei o bastão mais fundo, mas a cumplicidade já tinha ido pro saco. Ela conseguiu escapulir debaixo de mim, estendeu a mão ao telefone no exato instante em que parou de tocar. ‘ – Chato!’, exclamei! Puxei-a suavemente para a pica e ela veio mais fogosa, quase querendo recuperar a atenção desperdiçada.
Sua buceta pequena e espasmódica me engolia inteiro e os movimentos ritmados dos quadris, os mamilos entumescidos que cresciam como um talo que repente aflorasse da terra molhada, a respiração quase um ganido, prenunciavam a chegada de um orgasmo intenso.
Mas o maldito voltou a tocar e é como se a cortina se fechasse antes do grand finale. Ela estendeu os braços num pulo e atendeu a ligação, ainda sem respirar direito. ‘- Oi, alô, mamãe’. ‘- Tudo bem, mamãe’. ‘- Não, mamãe, eu tava no banheiro’. ‘- Para com isso, é claro que eu quero falar com a senhora’. ‘- Não, to sozinha’. ‘- Ta tudo bem, mamãe’. ‘- Sim, eu fiz a receita que a senhora mandou. Queimou um pouco no fundo, mas ficou boa’. ‘ – Não, claro, a sua é melhor’. ‘- É, acho que podia ter posto mais molho. Ia ficar mais molhadinha, com certeza’.
Que caralho! Que hora pra velha ligar! E ela ainda ficava dando trela e puxando assunto. Tentei continuar fodendo a boceta e me divertindo com a situação pecaminosa – falando com a mãe enquanto leva pau -, mas ela bateu nos meus braços, me olhou braba e fazia gestos para parar. Parei. Fui ate o banheiro, passei uma água no rosto, as bolas inchadas do gozo que se anunciou e não aconteceu, pau ainda reluzente e duro. Tava chateado. Frustrado. Furioso, mesmo. Tentei uma punheta pra me aliviar, mas desisti da ideia. Daqui a pouco ela desliga e eu volto pra completar o serviço. Não adianta. É uma criança, ainda. Precisa ficar dando explicação e assuntando com a mãe.
Estávamos juntos há quase dois anos. Morando juntos há onze meses, mas é como se a sogra não pudesse saber ou oficializar o relacionamento. Acreditem, ou não, ela era virgem quando a conheci, com 20 anos, numa festa de aniversário. Tava saindo de um relacionamento sério de três anos, no qual não tinha rolado sexo pra valer. É como se ela alimentasse a ideia de um príncipe encantado, como se não estivesse preparada para a vida adulta, como se quisesse casar virgem. E aí surgi eu na sua vida. Nas primeiras investidas mais íntimas, ela me demonstrou todas suas limitações: topava ir ate certo ponto, se envolvia nas preliminares, se enchia de tesão, mas na hora agá recuava, pedia desculpas, dizia ainda não, hoje não, é melhor não, vamos dar um tempo. Acho que ela tinha enrolado o namoradinho assim por três anos. Mas eu não era o antigo namorado. Eu era um lobo cansado, atrás de carne nova que mantivesse minha ilusão de juventude e potencialidade. Estava separado há um ano e meio e, usando meu cargo e posição social, fudendo o que viesse pela frente, sem compromisso, sem envolvimento emocional. Daí, na hora do vamos ver, quando ela se encolheu e recuou, se esvaindo em suas mesmas duvidas e receios, eu não parei e não escutei seus apelos explícitos. Era mais uma mulher fazendo charminho. Até eu me surpreendi com a barreira do hímen, com a mancha de sangue que ficou no lençol, com a sua visível inexperiência e alivio. Mas, daí, adveio um senso de responsabilidade (‘serás eternamente responsável por aquilo que cativas’, dizia Saint Exúpery) e de posse. Afinal de contas, em meus 40 e poucos anos, aquela era minha primeira virgem. E gostava dela. Peguei afeto, lhe era fiel, na medida do possível. Em algum plantão, alguma colega, uma antiga amiga, até minha ex tentando me provar que era mais mulher que aquela ‘franzina’ (como a destratava), aconteceu. Mas, em todos esses casos, era com camisinha e sem amor. A ela dedicava meu melhor. Dela eu cuidava.
Sempre me pareceu frágil e submissa. Não era a mulher mais gostosa ou linda do mundo, mas era minha. Magrinha, seios pequenos, bunda pouco desenvolvida, cabelo chanel, ainda usava aparelhos nos dentes, mas eu a adorava. Era carinhosa, inteligente, gostava de filosofar e tinha opiniões próprias sobre assuntos variados, ficava me mirando horas com seus olhos grandes de pupilas pretas como bolas de gude. Sabia fazer manha quando queria alguma coisa e sabia me recompensar quando sentia a satisfação. Na cama, não era escandalosa, gania baixinho quando gozava, às vezes de um jeito que ate me preocupava, parecia que ia sofrer uma parada cardíaca.
Fui chamado de pedófilo, destratado pela minha ex-mulher, perdi por um tempo o convívio com minhas filhas adolescentes, quase da mesma idade que a dela, corporal e sexualmente até mais desenvolvidas. Agora elas se curtem, tem mesmos interesses, mas ela não serve como madrasta das minhas meninas. Quando estou com as três reunidas pareço estar num Jardim de Infância. Mas isso me faz bem. Já tive pesadelos terríveis, nos quais me vejo incestuoso, transando com uma das minhas filhas - justamente a mais nova. Já me vi com terríveis crises de ciúmes ao me inteirar de seus envolvimentos sexuais e, mais ainda, por interceptar um diálogo onde a mais velha dizia para a mais nova, praticamente lambendo uma banana, ‘ – viu, eu disse que tu ias amar!’. Fiz de conta que não escutei, fiz de conta que não entendi, mas a ideia de que elas estivessem revelando gosto pelo sexo oral, não me saia da cabeça e alimentou meu pesadelo. Imaginem, nem minha gatinha fazia isso com desenvoltura...
Nem sei por que estou contando tudo isso. Foram reflexões e lembranças em frente ao espelho do banheiro, enquanto me preparava para voltar ao quarto.
Ela continuava ao telefone com a mãe. Agora tinha se estirado na cama de bruços e anotava instruções, contas, receitas num caderno. Pudicamente se cobrira com a camisola (como se a mãe não a pudesse ver nua), mas deixara a bundica de fora. Deitei-me ao seu lado e a cena me incomodou um pouco, mas excitou ao mesmo tempo. Comecei passando a mão pelas suas pernas e fui subindo, aos poucos, ate o contorno das nádegas pequenas, mais do que para excitá-la, para incomodá-la e fazê-la interromper a ligação. Mas ela parecia entretida na conversa e não reagiu muito, só mexeu um pouco a bunda e tentou dar um tapa na minha mão. Insisti, o cacete já duro. Fui contornando o limite das nádegas com as coxas, alcancei a xoxotinha ainda babada, passeei com um dedo entre os lábios, ela suspirou e arqueou mais a bunda, mas agora já falava de uma irmã mais velha e problemática. Quando ela levantou a bunda, deixou entrever o circulo enegrecido do anus, território inexplorado, e eu queria tirá-la daquela posição, daquele trololó sem fim com a mãe, queria que voltasse a ser só minha.
Tirei o dedo umedecido da pereca e fui subindo em direção ao anel piscante, me preparei para levar uma telefonada na cabeça, mas ela só se contorceu e fez um movimento, talvez instintivo, com as nádegas, como se fosse espremer uma laranja. Puxei o Peposo – um imenso urso de pelúcia que havia lhe dado de aniversário – e coloquei-o embaixo de seu corpo. A bunda do urso era maior que a dela, mas não piscava. Não sei se, entretida pelos problemas da irmã corneada, ela não se deu conta das minhas intenções, mas a verdade é que ficou exposta de uma forma perigosa e tentadora. Olhei à volta e só vi no criado mudo os frascos de cremes hidratantes da Natura – que a mãe revende – e que ela usa meticulosamente, cada qual com sua utilidade. Agarrei um ‘para pele extremamente seca – não oleoso’, envolvi a cabeça do pau nele – completamente duro e dando pulinhos -, outro tanto nos meus dedos e comecei a explorar em volta das pregas do cu. Ela me olhou braba, falou ‘ – Não!’ com a boca, sem som, tentou virar de lado, mas o urso a segurou na mesma posição. Dei um tempinho e retomei a minha exploração. O anelzinho não estava comprimido, ao contrario, cedia ao meu dedo, auxiliado pelo tanto de creme que o tornava escorregadio. Quando olhei para a cena, vi que já tinha penetrado até a segunda falange. Mexi o dedo em círculos, de leve, alargando o buraco, ela não reagiu. Tinha momentos em que ficava horas calada, acho que escutando o relato da mãe, e agora era um desses momentos. Retirei o dedo vagarosamente e o buraco ficou semiaberto. Eu já tava quase tendo uma ejaculação precoce e não resisti à tentação. Fiquei de joelhos atrás dela, (o Peposo me olhava de forma recriminatória com seus olhos brilhantes de vidro), direcionei a cabeçorra bem no buraco e comecei a forçá-lo. De novo, a natureza e o creme para pele ultra ressecada – recomendo! – facilitaram meu trabalho. A cabeça deslizou para dentro, com relativa facilidade, e só daí, acho, ela notou que estava sendo sodomizada.
Deu um pulo, se contraiu toda e o anel se fechou, mas a cabeça já estava dentro – e todo o mundo sabe que em buraco em que passa a cabeça, o resto é só uma questão de jeito e força – e pareceu mais que sua pequena boca traseira estivesse sugando o pau, aumentando meu tesão. Agora era tarde para recuar e dei uma estocada seca que foi rompendo as pregas e o caminho. Meu pênis não é nada excepcional, tem tamanho normal, mas é rombudo e com tendências esquerdistas e, de toda forma, é bem maior e quente que o dedo. Ela deu um salto e gritou, ainda com o telefone grudado na boca: ‘ – Ai, meu cu, seu filho da puta! Ai, ai, ai!’. Cara de apavorada, lagrimas tomando o rosto.
Não parei. Calquei mais os joelhos no colchão e, como sou bem maior que ela, seu corpo veio junto, desgrudou do Peposo e, por um momento, ficou suspenso no ar, grudado na vara. Agarrei-a pelos quadris e bombeei. Duas, três, quatro, cinco vezes, acho que na oitava já comecei a gozar, sentia que o leite invadia seu reto, se misturava com o creme e um pouco de sangue. Fiquei assim, esperando o pau amolecer. Ela já se debatia menos e não conseguia se livrar de mim.
O telefone ficou jogado na cama e não sei até que ponto a mãe escutou ou entendeu o que estava acontecendo. Depois ela o colocou no gancho. Rosto vermelho, dentes cravados nos lábios, não querendo chorar, mas as lagrimas brotando dos olhos.
Quando o pau saiu, deixando escorrer um filete de porra e sangue pelas pernas, ela levantou correndo e foi para o banheiro gritando: ‘ – Não acredito que tu fizeste isso comigo!’. ‘ - Era isso que tu querias?’. ‘ – Tu vais ver só, seu bruto, retardado, tarado, f-i-l-h-o-d-a-p-u-t-a!!!’. Sua voz se misturou com a batida da porta do banheiro, de onde só saiu ao anoitecer, banho tomado, perfumada, como se nada tivesse acontecido.
E nada mais aconteceu. Por quatro longas semanas ela me ignorou completamente. Na quinta, voltou a falar comigo só porque tínhamos um casamento para ir, mas acho que levou quase dois meses para voltarmos à cama, e assim mesmo, só porque ela bebeu, praticamente sozinha, uma caipirinha e um coquetel de frutas, que preparou, de forma provocante. Logo ela, que com meio copo de cerveja já ficava bebinha.
Tentei cercá-la de toda atenção e presentes, inutilmente. Tive que descarregar minha porra em outras bucetas ou em punhetas solitárias. Ah, o Peposo saiu de nossa cama e foi desterrado para o quartinho dos fundos, cúmplice que fora do estupro anal. Mas até ele foi perdoado, com o tempo.
Tanto a mãe dela – que encontrei no referido casamento – quanto à irmã casada e seu marido, pareciam saber do acontecido e me tratavam como criminoso ou com insinuações maldosas. Logo a irmã, sabidamente corneada e que continuava pendurada no traidor, e que já chorara no meu ombro e quase acabara nos meus braços – mas isso é outra história -, agora vinha me pregar moral de cuecas.
Só um tempo depois – muito tempo depois – é que eu soube, através da inconfidência de uma prima, que meu amorzinho tinha sido vitima de abuso quando tinha 11 anos de idade, e que o tio – pai da prima – tinha concordado em não lhe tirar a virgindade, mas não poupara nem sua boca nem a portinha dos fundos. Logo, o mesmo cu que comi já não era virgem, mas era traumatizado. Na época, isso tinha sido um escândalo familiar, e o homem foi caçado pelos parentes, mas desapareceu. A prima sentia-se culpada, pois assistira a cena e, de alguma forma, se livrara do suplicio do tarado oferecendo meu amorzinho em troca. Mas essa parte da historia o restante da família não sabia. (Tem pessoas que usam estranhas formas para expiarem suas culpas, e acabei despregueando o cu virgem da prima, mas essa também é outra história.)
Bem, descobri o paradeiro do tio e mandei uns homens à sua procura, mesmo sem mandado judicial, mas eles retornaram da diligência dizendo que o velho era um traste, que a vida já tinha se encarregado de se vingar e nem valia a pena sujar as mãos com o elemento.
Ela nunca soube dessa minha iniciativa e nem que sabia do ocorrido na infância. Anos depois, numa noite de amor e de forma espontânea, permitiu que eu usufruísse de toda sua sexualidade e, com isso, pareceu livrar-se de um peso. E eu, da minha culpa por te-la estuprado de forma tão vil.