Peço desculpas por recorrer a “paciente espera” dos que acompanham o desfecho desta estória... Tive dias bem difíceis... Minha saúde ficou debilitada...mas neste exato momento estou melhor...Aproveito para agradecer “as comentaristas” que sempre marcam presença e as que em algum momento registraram seu voto e sua opinião...
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Durante todo o percurso de casa eu estava em um estado de “torpor”... agia de forma automática a tudo que aconteceu naquela noite após fugir da Bia...
Mil coisas se passavam por minha mente...
- Por qual motivo a Ana Beatriz bebeu tanto? Por que ela se irritou por saber que eu a acho extrovertida e sociável? ... Por que eu estou com esta sensação horrível?... Meu Deus! Por que isso está acontecendo comigo? [eu pensava aflitamente]
Aquela semana para mim foi horrível!
Já havia se passado quase dois meses depois daquela noite...neste período o Luís me ligou saímos e selamos uma agradável amizade. De minha parte não poderia ser diferente! Eu estava envolvida com algo novo e confuso... e não costumo usar as pessoas como válvula de escape, nem o Luís merecia...e muito menos eu! Esse tempo foi importante para restabelecer meus pensamentos...minha vida estava sem equilíbrio...e meus pensamentos estavam naquela garota espontânea!
- Ana Beatriz...você de fato é pura confusão...o que fez comigo?
Eu sempre me pegava pensando em como a Bia invadiu um território tão protegido...em como conseguiu me “possuir” tão intensamente...! Não havia nenhuma explicação lógica para isto. Afinal, não existe lógica no amor...não é necessário compreendê-lo...somente senti-lo! E este era o ponto crucial de todo este problema que eu estava vivenciando...eu não me permitia sentir ou desfrutar deste turbilhão de reações em cadeia que a Bia iniciava apenas em olhar em minha direção.
- Definitivamente o orgulho é minha maior defesa contra a Bia e o maior inimigo contra mim mesma...[eu pensava nisto todos os dias desde minha última fulga...]
Apesar de não ter visto mais a Bia e evitar todos os lugares que nos sujeitassem à um “encontro casual”, ela estava presente em meus pensamentos...e nos meus sonhos! Nunca havia sonhado com a Bia antes...mas parece que todo meu ser não aceitava a ausência física dela e me pregou esta peça. Agora todas as noites aquela garota estava em meus sonhos...cada vez mais íntimos...cada vez mais intensos! Não havia fulga...! Quanto mais eu tentava fugir, mais presente a Bia se fazia no meu cotidiano!
Nunca me dediquei tanto ao trabalho! Estar com a mente ocupada me ajudava um pouco...mas confesso que não era suficiente. De qualquer modo eu continuava insistindo em me “doar” ao trabalho. Meu corpo e mente estavam cansados...eu necessitava de um período de “ar livre” do trabalho e da Ana Beatriz. Havia uma excursão que estava sendo organizada por um amigo da época de colégio...e me empolguei quando li sobre o roteiro...eu simplesmente AMO Natal (RN), em especial, a Praia de Genipabu...era tudo que eu estava precisando naquele momento!
Passei praticamente o restante do mês me programando para esta viagem...rsrsrs...sou muito detalhista...mau dos taurinos! Já havia algum tempo em que não me empolgava como me empolguei com esta programação...seria oito dias de paz e encontro com a Natureza. Além disto, alguns amigos da época do ensino médio iriam juntos nesta viagem...nos comunicamos por telefone...tudo estava perfeito!
No dia marcado para viagem cheguei com meia hora de antecedência...e rir comigo mesma...porque eu tinha certeza que estava super atrasada mas, não havia ninguém além dos organizadores e eu! Rsrsrs... Os colegas de excursão foram chegando aos poucos...nos organizamos...reví algumas pessoas da turma do 3º ano e de faculdade...e já estávamos devidamente acomodados...mas o ônibus não saía! A Flávia, minha amiga desde o colégio, foi se informar o “porquê” de tanta demora já que todos nós estávamos acomodados...Ela voltou nos dizendo que havia ainda uma pessoa que confirmou sua presença por telefone mas, que ainda não havia chegado!
- Que tipo de pessoa é esta que começa a viagem com o pé esquerdo? [brinquei com a Flá enquanto ela se sentava na poltrona ao meu lado.]
- Espero que seja tipo um “homem lindo” que faça valer este estresse! [respondeu Flá em um tom bem brincalhão!]
Eu amava o senso de humor da Flá...conversamos muito...não sei por quanto tempo...até que a “turma do fundão” começou a gritar e cantar:
- Até que enfim! ...Apareceu a Margarida olê olê olá...
A cena chamou a atenção de todo mundo...inclusive a minha...que olhei avidamente para “a pessoa protagonista” do tremendo atraso e da algazarra que se formou com sua entrada.
Meu corpo ficou imóvel quando vi aquela miragem...
- Não acredito nisso...só pode ser brincadeira!
