Mais que amigos e irmãos – 22
Davi:
Davi tinha sumido, o que tinha acontecido com ele.
Ele estava farto daquela vida dele em casa, onde ele era escravizado, onde sua mãe não se importava com ele e o culpava por algo que ele não fez.
Aquela não era a vida que ele queria ter.
Não daquele jeito.
Ele lembrou-se de seu amado. Da ligação e que logo estaria ali. Ele queria seu amor a qualquer custo, ele queria abraça-lo e chorar em seu peito largo e desabafar, pois só ele entenderia ele, mais ninguém. Tinha outra pessoa que o compreenderia muito bem, sendo que não estava presente, será que ele ama mesmo? Uma pergunta difícil, Davi nem sabia o que sentia, talvez não amasse mais, a não ser...
Ele recordou-se de seus amigos, eles não iriam compreender totalmente o que houve e que ele sente. Eles apenas diriam “ele é assim porque é sentimental e não tem problemas”, mas Davi calculou errado, seus amigos nunca diria a ele isso, jamais.
Naquela noite ele fugiu de casa, e foi pra rua. Ele dormiu num beco não tão distante, mais o beco cheirava mal e não tinha nada pra comer e nem lugar pra se aconchegar, ele dormiu no chão frio, sem comida e sem conforto. Ele decidiu que viveria assim, na rua, sua vida seria essa dali pra frente. Não tinha necessidade dele escolhe uma vida assim. Mesmo sua mãe não dando atenção, afeto e carinho, ele poderia continuar muito bem em casa, ele agiu errado, ele sabia disso.
-Eu estou certo e nada irá mudar minha decisão. –Ele sussurrou estressado, por sentir fome e ter frio. Ele escutou vozes, então ficou com medo de que fosse pessoas horríveis e se ele fosse...
Não! Ele gritou mentalmente, ele não iria completar a frase com a ultima palavra, ele não queria lembrar seu passado, foi difícil de amar novamente, e agora que ele ama, tudo ao seu passado vem em sua mente, como... culpa. Ou poderia ser um aviso, que aviso? Será que ele ama mesmo, seu único amor não está ali, presente, seu corpo se arrepia e algo o inundou, deixando o corpo dele quente e reconfortante. Chorou!
Ele deitou ali mesmo e caiu no sono. Ele não sonhou aquela noite, ele estranhou, deveria está tão cansado que estava até cansado de sonhar. Tinha uma tela preta na sua mente, essa tela é onde passava todos seus sonhos, mais essa noite era diferente, ela estava apagada, estava descansando.
Na manha seguinte ele acordou com o cheiro ruim vindo ao seu nariz, ele teve ânsias, e saiu dali rapidamente, ele estava com fome e se recordou que tinha dinheiro, ele foi a uma lanchonete que tinha ali perto e comprou uma coxinha e um suco de cana. Ainda estava com fome, aquilo não tinha saciado sua fome, aquilo apenas enganou seu estômago.
Ele teve vontade de chorar, ele tinha quer ter uma solução pra acabar com aquilo, ele queria uma vida nova, onde ele e sua família fossem feliz, metade da família. Ele se corrigiu. Ele estava com uma aparência horrível, estava zangado.
Ele foi numa outra lanchonete e comprou pizza, ele não sabia economiza a grana, seu dinheiro foi todo naquela pizza, numa fatia e um suco, sua fome tinha passado, mais a dor que ele sentia não, ele queria que a dor passasse como se fosse à fome, comendo algo. Mais quem ele queria enganar, tem como ele acabar com a dor, sendo que ele não queria! Seu celular tocou e viu quem era, Sulamita.
Sulamita. Esse nome passou pela mente dele, o fez recordar o quanto ela é amiga dele e que ela se preocupava de verdade com ele, ele se lembrou de como a conheceu. Ele estava triste e chorando, ela o consolou, mostrando ser amiga dele, e dali em diante os dois viviam sempre juntos, apesar de ele não ter contado a ela o motivo pelo qual chorou, ele sabia bem que de uma forma ela sabia, seria impossível ela não saber ou desconfiar.
Ninguém sabe o nome dele, foi apagado. E apesar de tudo, tudo que aconteceu, foi em outra escola e não nessa!
Ele se lembrou.
Mais não queria ter lembrado.
Seu celular tocou novamente, e agora era Lucas.
Seu novo e melhor amigo, qual descobriu com o tempo tem varias coisas em comum, gostos em comuns. Ele se lembrou de Lucas falar que tinha arranjado alguém, esse alguém era seu irmão. Ele engoliu uma lagrima e se fez de forte, não queria chorar na rua. Recordações passava pela sua mente, no exato momento, merda! Tudo que acontecia, ele lembrara de seu amor.
Aquele dia estava passando rápido e estava escurecendo, ele se lembrou de alguém e foi visita-lo.
Chegando lá ele se sentou e começou a falar, com uma voz sem animação e triste.
-Eu sinto sua falta, muita. –Ele disse pra si mesmo, apesar de não ter ninguém ali. –Espero que esteja em um ótimo lugar, descansando em paz, pelo menos tu não está passando pelo que estou passando. –O vento como se estivesse o ouvindo, passou ali, dando uma rajada forte, o vento era quente e confortante, a pessoa que ele amou ou ama, é quente, todo seu corpo, e também é confortante.
Seja forte querido.
Uma voz falou em sua mente.
“Quem é a senhora?”
Ele se perguntou e nada respondeu.
Em breve tu ira descobrir, alegra-te e seja forte.
“Estou tentando, mais está tudo desmoronando em minha vida, como se eu fosse um ima de tristeza e tragédias.”
Ele aguardou por respostas, mais apenas o vento passava por ali.
Pense como se isso fosse uma prova.
Então ele refletiu.
“Exato, estou pensando”
Ele tentou sorri, mais foi em vão, ele queria mais o sorriso não brotava, ele sentiu sua dor se dissipando, quando ele parou de olhar pro céu ele viu onde estava.
No cemitério.
Ele pensou que estava ficando louco e ouvindo vozes.
-Agora estou agindo feito louco, há, eu trousse isso pra você, lembro que tu amava comer isso. –Ele colocou um poleguinho ali. –Um dia eu volto pra te visitar. –Chorou e muito! –Isso tudo é estranho, além da vida? Que merda. Não tem lógica alguma, como vim parar aqui?! –Estava eufórico, inquieto. O vento novamente soprou, tentando o avisar algo. –Vento? Quente? É você? Aonde tu se encontra? Fala-me, eu preciso de você mas do que tudo, por favor, volte pra mim, não quero viver sem tir. –Suplicou, pedindo por respostas e pelo seu amado, caiu no chão, exausto. Olhando para lapide a sua frente, quando viu o nome, deu um aperto enorme no seu coração, tudo que a voz tinha dito, ele fizera ao contrario.
Você não pensou da forma exata.
A voz voltou a sua mente, ele deu de ombros e a negou.
Ele foi pra perto de uma ponte, então pensou em sua vida e como ele era fraco, mais ele estava fraco, não havia comido muito. Ele decidiu se jogar da ponte, achando que aquela era a única opção pra vida dele, que seria a morte. Ele sentiu uma mão o puxa, uma mão firme.
Ele olhou pra trás e não pode deixar de sorrir ao ver quem era, ele desmaiou.
--
O homem que estava ali tinha o salvo, era um anjo? Não, anjos não existem. Ele estava preocupado com Davi, ele o conhecia muito bem, ele levou Davi para sua casa. Não tão longe, era um hotel onde está hospedado. Ele chegou e fez algo pra se comer. Estava faminto.
-Meu lindo, espero que esteja bem, eu sentir tanta sua falta. –Ele disse.
Ele comeu e se deitou junto com Davi, dormiu os dois de conchinha.
...
Na manha seguinte Davi acordou indisposto. Mais pra que? Nem ele sabia.
Ao ver o cara pelo que se apaixonou, dormindo com ele, a alegria o encheu então se levantou com cuidado pra não acorda-lo e foi tomar um banho, estava precisando, ao se vestir foi fazer algo pra ele comer, então fritou cinco ovos, fez bacon frito, suco de laranja da fruta, fez sucrilho. Colocou em uma bandeja. Esse processo todo, o fez lembrar como era antigamente, agia assim, levando café da manha pra quem ele amara, seu verdadeiro amor, que nunca! Nunca mesmo, seria capaz de esquecê-lo, mesmo que ele perdesse a memória. Amnésia, ele teve uma vez, e foi difícil passar por momentos como esse, foi usado, enganado, sendo que tudo depois deu certo, ele encontrou seu amor, a amnésia fez ele enxerga a verdade. Sendo que trousse problemas também.
Então a duvida atingiu em sua cabeça.
Como ele me encontrou?
A pergunta ficou pairando em sua mente, até que ele se lembrou.
-Merda! Esqueci que ele tem o GPS do meu celular, então era obvio onde ele me encontrou. –Davi se lembra do dia em que colocou um chip pra se rastreado pelo cara que ele se apaixonou, onde ele estivesse a sua paixão, também saberia. Davi queria amar aquele cara, era tão doce e gentil com Davi. Porque não poderia ama-lo? A paixão poderia ser passageira, recíproco, ele quer amar!
-Agora irei fazer algo pra mim comer. –Sussurrou pra si mesmo.
Ele fez dois sanduiches pra ele comer, um suco de laranja também, pegou um danone e rosquinhas pra se comer, colocou em uma bandeja e sentou pra comer suas coisas.
Depois que ele comeu tudo, foi pro quarto leva a bandeja.
Ele se aproximou e deu um beijo nele.
-Ahhhhnnn. –O cara acordou e bocejou. –Nossa isso é pra mim bebê. –Sua voz era calma e dócil.
-É sim meu lindo, meu anjo. Só poderia ter o nome de Gabriel. –Ao dizer esse nome o Gabriel o olhou diferente, Davi percebeu e olhou pra ele desconfiado, mais foi por segundos.
-Sim, sou seu anjo da guarda. –E não pode deixa de esboça um lindo sorriso pra ele.
Davi retribuiu o sorriso e deu a bandeja pra ele. Gabriel, será que esse Gabriel é o mesmo que, Ivan conhecia? Será que poderia ser mera coincidência. Davi poderia está correndo graves riscos na mão desse cara. Por ele ser uma criança –Davi- ele nunca pensara de onde Gabriel surgiu, e se as intenções dele com Davi era sinceras. Ele sempre desconfiou de Gabriel.
-Fiz com amor. –Davi disse.
Deitou-se no peito de Gabriel, o homem que o fazia se sentir feliz, era impossível ele não poder retribuir esse amor para com Gabriel, então, recordou de algo, que Lucas passou, Ivan fazia de tudo para Lucas, sendo que mesmo assim, Lucas não o amou, seria a mesma coisa de Davi para com Gabriel?! Provavelmente sim!
Depois de os dois ter comido tudo, Gabriel fez a pergunta que Davi esperara.
-Porque tu fugiste de casa? E não vai dizer que fugiu porque eu sei por causa do seu chip. –Ele falou rapidamente que quase se embolou nas palavras.
Davi explicou tudo.
-É por causa daquilo né? –Gabriel perguntou.
E Davi assentiu.
Davi nunca pensara o quão Gabriel é perigoso, o corpo de Davi que estava gelado, ficou quente, o que isso significava? Só algo que o fazia ficar desse jeito. Ele não deu importância pra isso.
Davi deitou novamente com ele, e aproveitou bastante ao seu lado, seu celular tocou era Lucas, ele não atendeu, queria aproveitar o momento ao lado de quem ele se apaixonou e se senti feliz. Eles deram um longo beijo, calmo e com paixão e ternura. Demorou um bom tempo, Davi encarou Gabriel, os olhos de ambos estavam brilhando, os dois riram.
Davi pegou seu celular e ligou pra Sula.
-Alô Davi? –Sua voz era de pura preocupação, Davi ficou feliz por saber que sua amiga, se importara tanto assim com ele.
-O único. –Ele falou num tom de brincadeira.
-Tu some e quando liga pra mim tem a cara de pau de fala “o único”. –Ela falou estressada. –Davi eu estou preocupada e estou supondo que tu ainda está raptado.
Ele gargalhou bastante, não pode deixar de rir, Gabriel estava o olhando serio.
-Qual a graça? –Gabriel perguntou.
-Ela pensa que eu fui raptado. –Ele falou.
-Fala pra ela que tu foi raptado por um anjo da guarda. –Aquelas palavras tinha um duplo sentindo, sendo que Davi não entendera a verdadeira intenção de Gabriel com ele.
-Davi qual a graça? –Ela falou impaciente.
-Eu fui raptado sim, mais pelo meu anjo da guarda.
-Palhaço. Não estou pra brincadeira. E outra o Lucas está aqui. Nervoso e preocupado também! –Gritou exausta.
-Passa pra ele.
-Oi Davi, tudo bem? –Davi não deixou de nota o tom de preocupação de Lucas.
-Sim! E obrigado por se importa comigo.
-Lógico que me importo, sou seu amigo. Mais se prepara, quando tu volta darei vários sermões em você garotinho. –Ele falou sendo brincalhão e num tom de sarcasmo.
Davi riu. Lucas e Sula são bem diferentes, Lucas já o atendeu em tom de brincadeira e Sula sempre sendo nervosa e impaciente. O que há de tanto errado com ela? Dês de quando a conheceu, ela sempre fora assim, algum motivo deveria ter.
-Pode deixar, bom agora irei desligar, pois vou aproveitar aqui, beijos e até.
Ele desligou sem ao menos deixar Lucas dizer um adeus.
-Com quem tu falou depois. –Gabriel perguntou curioso.
-Lucas.
Os ombros de Gabriel ficaram duros e seu rosto pálido.
-O que houve? –Ele perguntou pra Gabriel, notando sua cara pálida e sua respiração ter ficado pesada.
-Nada, é que senti algo em meu corpo. –Ele se justificou.
O olhar de Davi foi de pura desconfiança, por que ele agira daquele motivo.
À noite.
Davi deitou com ele novamente e se despiu para seu anjo.
-Quero você dentro de mim. –Disse com uma voz sexy e sedutora.
Gabriel se aproximou dele e beijou com intensidade e pegada, Gabriel tirou sua própria roupa e começou a apalpa cada parte do corpo de Davi.
Davi foi lamber o pau de sua paixão, ele chupava com firmeza, parecendo que estava chupando um picolé grande e gostoso, ele deu uma mordida de leve e olhou pra Gabriel que se contorcia na cama de prazer.
Gabriel puxou o cabelo de Davi com força, e deu um beijo nele.
Davi ama sexo selvagem!
Então Gabriel se lembrando disso, enfiou sua pica dentro do cuzinho do Davi sem piedade, tirando grito de seu amado, ele começou a estoca como se fosse um cavalo, rápido e sem parar, a cama balançava pra frente e pra trás conforme o ritmo rápido de Gabriel metendo em Davi, Davi pro outro lado rebolava na pica dele e gritava.
-Mete fundo na sua puta, issso Gabrieeeeel, ai caralhooo. –
-Quem manda aqui?! –Gabriel falou, com autoridade.
-Tu meu homem!!! –Davi o respondeu.
-Fala pra mim, pedi pica vai, pedi sua puta. –Assim deu tapa na cara de Davi.
-Mete fundo, meu cavalão, sem pena, mete com força caralho, isso, isso, pqp!!!
Davi falava coisas safadas pra ele, isso o incentivava a meter com mais força, e estoca profundo nele, o suor de Gabriel pingava na costa de Davi, ele estava perdendo o fôlego, seu pau se contraiu dentro de Davi, ele sabia que estava preste a goza, Davi pro outro lado.
-Eu quero beber todo seu leite. –Ele disse ofegante.
Gabriel tirou seu pau dentro dele e colocou na boca de Davi, tocou uma e fez seu amor beber todo seu leite quente. Davi limpou a pica de Gabriel sem deixa leite nenhum escorrendo por ali, Davi o puxou pra um beijo gostoso e sedento de paixão e prazer.
Qual seria a verdadeira intenção de Gabriel com Davi? Ele saberia que estava correndo riscos? Davi desconfiara de Gabriel, sendo, quem é realmente ele? E porque quando Davi tocou no nome de Lucas, seu rosto ficou pálido e sua postura pesada, igual à respiração?
Os dois dormiram, satisfeitos pela noite que teve.
Gostaram? O tamanho ta bom?
Desculpa a demora de postar, esse é o único tempo que tiver, e se tiver bastante gente comentando, a noite posto mais um, que tal?...
Aqui meu watspp:O que vcs acham de Gabriel? Até mais.