Bem Que Ele Poderia Ser Gay... Parte XVIII

Um conto erótico de C.Riviecci
Categoria: Homossexual
Contém 1768 palavras
Data: 21/04/2014 18:03:42

Com relação a nossa condição sexual ninguém pode decidir por você, quando é ou não a melhor hora para fazer isso, eu concordo que cada pessoa tem seu tempo, seu ritmo e por isso mesmo sempre falei para o Rafael que não pensasse em mim quando fosse se assumir, que pensasse apenas nele, e nas implicações que essas coisas trariam para sua vida familiar, já se aproximava a pascoa e eu queria comprar alguma coisa legal para ele, não apenas um ovo de chocolate, mas montar uma cesta ou coisa do tipo, só Deus sabe como eu tive vontade de ir embora, fiquei na cacaushow quase uma hora para comprar uma droga de ovo trufado para o Rafael, mas venci minha batalha sai de lá com ele em mãos, depois fui a Fabula, uma loja de chocolates e doces finos, e terminei de montar minha cesta, isso tudo na sexta-feira Santa.

No sábado de manhã ele veio a minha casa, eu abri a porta e ele havia comprado pra mim uma cesta muito linda, com vários tipos de chocolates e até um coelho de pelúcia, usando uma camiseta escrito Rafael, achei a coisa mais fofa do mundo, fiquei com vontade de morrer de felicidade, entramos em casa, eu fui a cozinha e busquei a cesta dele, tadinho, ele tinha pensado que eu não daria nada pra ele, eu seria um namorado podre se apenas recebesse uma cesta de chocolates e nem me preocupasse em dar nada em troca, ficamos pouco tempo um na presença do outro naquele dia, segundo ele a tradição familiar o obrigava a estar em casa para comemorações de pascoa, concordei com ele e assim ele foi embora.

O que eu não sabia é que minha cesta causaria tanto transtorno como causou, ele chegou em casa com a cesta que eu havia dado e quando questionado por sua mãe quem havia dado tal presente ele disse apenas que foi alguém muito importante na vida dele, e foi tomar um banho, logico que essa afirmação atiçou a curiosidade da mãe dele, que foi futricar pra ver se encontrava alguma coisa que revelasse a identidade da pessoa em questão, ele foi descuidado ao ponto de deixar a cesta no quarto e a porta aberta, minha sogra maravilhosa e imaculada, foi lá e achou um bilhete que eu havia escrito para o Rafael, não havia nada pesado escrito, era apenas algo romântico eu havia escrito...

“Rafael, muito obrigado por fazer parte da minha vida nesses últimos 11 meses, estou ansioso para nossas comemorações de um ano de namoro, espero que ainda possamos comemorar muitas e muitas pascoas juntos, porque assim como você, eu amo chocolates. Feliz Pascoa meu amor...”

Beijos, Matheus.

A única coisa que me entregava era meu nome, eu nem queria escrever cartão mas a mulher da loja me disse que seria romântico e daria um toque especial no meu presente, e culpa dele que tudo começou a mãe dele o esperou sair do banho dentro do quarto e começou o interrogatório, perguntou quem eu era, como ele tinha me conhecido, e o porque estava escondendo isso dela por quase um ano, ele queria a todo custo que ele me chamasse para ir a casa deles, eu pensei que fosse uma boa ideia, ate ele me dizer que ela me queria lá pra dizer a mim, que deveria me afastar do filho dela, que eu representava o diabo, e tudo isso era uma provação para ver até onde ia a fé e a devoção dela, ela ainda chamou o pai dele, e comunicou a família toda do que estava acontecendo, imagino o quão humilhante pode ter sido essa experiencia dele com sua família, e o pior de tudo é que ele queria sair de casa e ela não deixava ficava falando na cabeça dele, e obrigava ele a ficar la pra ouvir.

No domingo de Pascoa as seis da manhã ele chegou a minha casa, acordei assustado, entrou com uma mochila e sua cesta de chocolates na mãe, pela cara dele eu me calei, deixei ele levar o tempo que precisasse pra me contar tudo, foi ai que me narrou a historia, me pediu para ficar um dia ou dois na minha casa até colocar sua cabeça em ordem, concordei com ele, me levantei tomei um belo banho e fomos juntos ao mercado comprar algumas coisas para nosso almoço de pascoa, tudo que eu queria era distrair ele, e naquele momento eu consegui, comprei um monte de coisas, achando que a comida do mundo iria acabar, voltamos para casa.

E nós dois fomos organizar a casa, limpar tudo e lavar a louça quando terminamos tudo tomamos café da manhã juntos e levei ele comido a cozinha ensinei a fazer pernil recheado, depois de tudo preparado, fomos a casa da Gustavo conversar fiado, mesmo assim parecia meio triste e distante as vezes o que é bem compreensível dado o que havia acabado de passar, convidei a Gustavo e o Antonio Junior para comerem conosco e depois de muito tempo enrolando na casa dos meninos fomos todos de volta a minha casa terminar o almoço e jogar videogame, parecíamos quatro amigos de longa data, curtindo um tempo juntos...

Por falar nisso, gostaria de deixar claro que nunca tive nem tenho preconceitos com gays femininos e muito menos ser amigos dele, eu não sei dizer o porque mais meu amigo gay sempre foi o Gustavo o restante sempre era hétero, imaginem se no meu ciclo de amigos houvessem mais dois ou três gays seria uma complicação doida, um grupo de amigos gays ativos funciona bem, pois no geral cada um tem um gosto, agora um grupo de quatro passivas ou mais, só geraria conflito de interesses, iria ser um querendo o boy da outra, as vezes na adolescência isso acontecia comigo e com a Gustavo, imagina se tivessem mais uns três na turma?

Seria muita passividade para um grupo só, acho que não conseguiríamos levar na boa. Rsrs... Após o nosso almoço de pascoa fomos ao shopping Pantanal para passear e conversar fiado, encontramos com um rapaz no shopping que parou o Rafael pra conversar fiquei um pouco afastado esperando, e após a algum tempo de conversa em tom bem baixo, que nem deu pra ouvir, o que me deixou irritado, o rapaz falou meu nome, eu olhei, e ele veio em minha direção com a mão estendida, respondendo ao simpático gesto também estendi minha mão para cumprimenta-lo, ele me deu um aperto de mão com um sorriso no rosto, que se tornou algo com tom irônico em uma fração de segundos, e em seguida me disse...

– Não sei se posso dizer que é um prazer conhece-lo, mas você destruiu um feriado muito importante pra minha família, e virou a cabeça do meu primo afastando ele do caminho de Deus.

– Afastei seu primo ou salvei ele? Pelo o que entendi até agora quanto mais distante ele estiver da sua família melhor será pra ele.

– Alem de tudo, ainda tem a coragem de me responder? Sua sorte é que sou um homem temente a Deus, se não eu iria te mostrar como respeitar um homem de verdade.

Eu já estava mais que preparado pra responder novamente quando o Rafael me puxou e disse que era melhor sairmos dali pois toda aquela conversa só nos levaria para o desrespeito um com o outro, fomos para praça de alimentação e o Gustavo veio cheio de piada me parabenizar disse que eu já era a pessoa mais querida da família do meu namorado, e que ele já sabia qual seria o nome escrito no papel da fogueira santa na igreja dos pais do Rafael, foi engraçado eu devo admitir até o Rafael deu risada da piada, quando nos sentamos ele me disse que o primo em questão era policial civil, e sempre foi metido a brigão. Ainda bem que ele me tirou daquele lugar, tudo que eu não precisava era apanhar no shopping seria péssimo para minha imagem perante a sociedade.

O Antonio Junior, tinha se tornado um gay de primeira, ainda continuava bem másculo, e o tom de voz dele nunca mudava, mas quando olhava pra ele eu sentia que havia uma menina escondida ali dentro, quando ficamos mais a sós brinquei com o Gustavo dizendo que em questão de pouco tempo, era ele quem estaria comendo o Antonio Junior, demos umas risadas mas eu senti que plantei uma duvida na cabeça dele, a feminina ficou pensativa depois, tadinho do meu amigo, tão passiva. Eu queria ir ao cinema, mas mudamos de ideia e fomos ao Ditado na praça popular, eu particularmente adoro aquele lugar, tem uns garçons lindos, mas parecem ser do tipo miche, pagando leva pra cama mesmo....

Não sou contra quem paga por sexo, mas prefiro ser do tipo que recebe pelo mesmo, acho que sou incapaz de pagar alguém pra transar comigo, já não basta a honra que a pessoa esta tendo de brincar com esse corpo aqui eu ainda ter que pagar é tenso, nesse dia no ditado estávamos na parte interior e tinha um rapaz nas mesas da varanda me olhando, eu fazendo o pêssego, e nem ligando para os olhares dele, continuamos a noite, na Segunda de manhã eu precisava ir ao banco fazer um pagamento e deveria ser na boca do caixa, quando chego ao caixa quem me atende, o rapaz do bar, e por incrível que parece o nome dele também é Rafael, muito lindo o menino, fiquei tremendo de vontade, mas a fidelidade falou mais alto e não dei muita atenção pra ele.

Isso me mata de raiva, se eu estivesse solteiro tenho certeza que ele nem iria me olhar, eu poderia passar em cima dele, mas como estava com meu namorado ai o interesse desperta, se bem que as oportunidades somos nós que criamos e já criei muitas na minha vida... Parabéns pra mim, enfim o Rafael eu ficou na minha casa, umas duas semanas ele ia a sua casa buscar roupas apenas no horário que sabia que não haveria ninguém, liguei para meu pai contando tudo que havia acontecido, que por conta da pascoa ele havia sido expulso de casa, e perguntei se ele poderia morar comigo um tempo até se acertar... Pensei logo que meu pai diria um não bem sonoro mas por incrível que pareça, ele me disse que sim, o Rafael poderia ir morar comigo, e que eu deveria informa-lo sobre o andamento das coisas, caso o Rafael precisasse de algo era pra ligar, de todo modo ele arranjaria um tempo e viria a Cuiabá nos visitar

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Comentários

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Sua história é super divertida, morro de rir, e seu pai é super legal, parece muito com o meu.

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o conto mais divertido da casa dos contos

cm peninha dele

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Como eu disse antes, shippando esse casal pra sempre. <3

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Seu Pai e um homem de ouro pois apoiar um filho gay e seu namorado é pra poucos ele é um homem admiravel um ser honrado parabéns.

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To lendo a dois dias e tá ótimo esperando a continuação

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Sei o que o Rafael tá sofrendo, é muito dificil, eu ainda não me assumi exatamente por esse comportamento da minha mãe.

Mas voltando ao conto, cap. muito bom o Matheus apoiando o Rafa, muito lindo isso.

Quem me dera ter um Rafel desses na minha vida, mas fazer o que né.

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Isso que chamo de um pai de Ourooooooo...

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É complicado para algumas famílias aceitarem, mas não é impossível, pior é a falta de opinião própria por partes de vários seres humanos que acabam defendendo a palavra da bíblia pra tudo. Não discordo da opinião da biblia e os seus seguidores, mas fazer escândalos quando veem um gay, tratar o filho com atos agressivos e etc odeio profundamente. Não custa nada buscarem entender a opinião do filho e tentarem chegar a uma conclusão. E outro problema que vejo é que os Pastores falam mal da homossexualidade, mas não diz para os fieis respeitarem, se acontecer um caso na família conversarem com calma entre outros, aí fica da própria pessoa interpretar o que fazer com o cidadão homo e ao meu ver vem as interpretação dos grupos homofóbicos em matar e as reações absurdas das famílias. Interessante para os que tem histórico hétero e depois tem um relacionamento homo, porque fica parecendo que o já assumido tem a capacidade de lavagem cerebral, sem contar que o Rafa quem quis ter um relacionamento contigo e assim para outros hétero. E enquanto a ciência não prova se homossexualidade, a igreja vai levar isso como comportamento. Vish, agora você vai ser perseguido por um policial, mas se ele não fosse um homem de Deus será que ele ia te mostrar como respeitá-lo na cama? (huum) kkkkkk. Estou até vendo uma multidão de evangélicos na sua casa kkkkk. Gostando cada vez do seu papai, parabéns para ele. Você voltou a conversar com sua mãe? Vai visitá-la em algum momento?

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Seu pai parecer ser bom até demais, eu sou de família evangélica sei bem como é conviver com isso tudo

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