Cap.5
NARRADO EM TERCEIRA PESSOA
Eduard ficou triste. Mas tentou não transparecer.
- Ah é, quem é ?- falou Eduard, olhando pro céu. Ele se virou em seguida e olhou Jorge nos olhos. E teve uma surpresa. Jorge fechou os olhos e deu um selinho longo em Eduard, que não resgiu. Fechou os olhos e manteve os lábios colados aos de Jorge. Mas, repentinamente, Jorge parou, se levantou e saiu correndo. Eduard ficou lá, nas nuvens. Sentia uma explosão de sentimentos, seu coração palpitava como uma bomba prestes a explodir, sorria como um maluco, e aquele momento não saia da cabeça dele nem um segundo. Logo ele se levantou e começou a procurar Jorge. Jorge corria sem parar. Seus olhos lagrimavam. Ele achava que tinha cometido o pior beijo da sua vida. Até que parou perto das rochas. Se escorou numa e ficou lá, pensando naquele momento. Não conseguiu conter o sorriso ao lembrar-se daquele momento, a qual ele já esperava a muito tempo. Mas logo imaginou milhões de coisas.
" Eu acabei com a minha amizade, a coisa mais importante da minha vida, eu nunca vou me perdoar !"- pensava firmemente. Até que ouve passos e vê Eduard. Ele já ia tentar correr, mas não correu.
- Para, não corre mais por favor, vamos conversar- Eduard falava ofegante. Ele foi se aproximando e Jorge ficava cada vez mais com medo do que ele iria fazer. Eduard chegou ainda mais perto e ficou frente a frente com ele - Porquê você correu ?
- Me desculpa, eu não sei o que deu em mim, na verdade, eu to sentindo muitas coisas por você, não sei se é paixão ou amor, mas meu coração bate forte por você. Eu sei que é esquisito sentir isso por um homem mais é o que eu sinto. Se você quiser acabar com a nossa ami...- Eduard colocou o dedo na boca dele, para que se calasse. Instantaneamente o beijou. Mas agora não foi um selinho. Foi um beijaço. Cheio de carinho, calor e amor. Eduard escorava Jorge ainda mais na parede, a respiração dos dois estavam ofegantes, Jorge estava com o coração querendo sair do corpo, igualmente Eduard. Jorge não acreditava naquilo, mas era o que estava acontecendo. Os dois sentiam o amor tomar conta de seus corpos, eles estavam perdidamente apaixonados um pelo outro, de modo que ninguém conseguiria mudar esse sentimento. Depois de alguns segundos, Eduard lentamente parou o beijo. Os dois estavam ofegantes. Logo, abriram os olhos, e se olharam.
- Você não sabe o quanto eu esperei por isso- Eduard falou, ainda olhando nos olhos dele
- Se eu soubesse não teria te feito esperar tanto- Jorge o abraçou fortemente, mostrando todo o seu sentimento por Eduard- mas eu ainda não entendi isso direito.
- Como assim, não entendeu, eu estou apaixonado por você.
- Mas, por um garoto ?- Jorge o olhava confuso e acuado- Todos vão achar que somos doentes, ou depravados- Jorge começou a chorar.
- Ei, não chora- Eduard limpou o rosto de Jorge com toda a sutileza do mundo- que culpa nós temos de sentir isso, a gente apenas se gosta , ninguém escolheu ! - Eduard ergueu o rosto dele
- É mesmo
- Então. Nós não devemos nos preocupar com as pessoas.
- Mas, e nossos pais ?
- A gente dá um jeito- Eduard falou- tudo o que eu quero é ser seu namorado.
- Sério ?- Jorge falava com um tom incrivelmente fofo
- Humrum - eles se abraçaram novamente, e voltaram pro quarto de mãos dadas. Ao chegar ao pátio, se soltaram, até entrar no quarto. Ao entrar, eles se banharam, ficaram apenas de cueca. Voltaram a juntar as camas, e continuaram lendo o livro do dia anterior. Mas com muito mais carinho. Na hora de dormir, Jorge puxou a cabeça de Eduard, que acabou se juntando a ele na mesma cama. E assim, os dois dormiram abraçadinhos. Acordaram pela manhã, com o doce canto dos pássaros na janela. Os dois se espreguiçaram, e instantaneamente sorriram, ao se verem abraçados.
- Bom dia Eduard- Jorge falou próximo ao ouvido de Eduard, que se arrepiou todo.
- Bom dia meu amor- Jorge tremeu ao ouvir isso
- Amor ?- Jorge falou, surpreso
- Claro que sim, meu amor- deu um selinho em Jorge e os dois se levantaram. Todos estranharam a felicidade e a proximidade doa garotos, afinal no dia anterior os dois pareciam estranhos. Os dois não paravam de sorrir e passaram o dia todo assim, com uma felicidade contagiante. Ao fim do dia, Eduard quis ir tomar banho no riacho.
- Jorge, vamos lá no riacho tomar banho ?
- Claro. Mas vamos logo, afinal, já está escurecendo
- Claro.
Os dois vestiram um short e correram pro riacho. Até que Jorge viu, um jardim de Rosas, e decidiu fazer uma surpresa pra Eduard
- Pode ir na frente, eu vou já - Jorge falou
- Ok, te espero lá.
Jorge começou a apanhar diversas flores, pegou um fio e as amarrou, fazendo assim um buquê. Sorriu ao ver o quão belo ficou aquilo. O escondeu de um modo que Eduard achasse fácil e pulou na água. Os dois brincaram bastante, e namoraram bastante.
- Não me beija aqui Eduard, pode ter alguém vendo - falou, olhando para os lados vendo se alguém não os espionava
- Desculpa, eu não resisti. Vamos logo embora que já está escurecendo
- Vamos- Jorge já preparava-se para ver o sorriso lindo de Eduard. Jorge correu e viu o buquê próximo as suas roupas.
- O quê é isso aqui ?- ele falou pegando e olhando.
- Fiz pra você amor- Jorge o abraçou por trás e arrancou diversas risadas involuntárias de Eduard, que se virou e o beijou
- Obrigado
- Ei, se eu te pedisse em namoro você aceitaria ?
Continua
Gostaram ???