Dois anos haviam se passado e eu já não era mais o mesmo!
- O que havia acontecido com o Arthur?
Bem, ele infelizmente faleceu uma semana após o ocorrido. Aquilo me faz mal até agora, o pior de tudo é que os pais dele me impediram de vê-lo após sua morte, e nem pude acompanhar seu interro.
Um mês depois de todo o ocorrido, eu tentei suicídio pelo quinta vez, dessa vez com uma alta quantidade de remédios, fui parar no hospital novamente, e infelizmente sobrevivi.
Talvez, algo sobrenatural me prenda aqui, ou é apenas 'sorte' mesmo. Acredito mais na segunda ipótese, já que perdi todas as minhas crenças religiosas, embora a sorte do meu ponto de vista seja negativa!
Mas isso já não importava, quando as câmeras da escola provaram a culpa da Bianca eu não pude me conter, bati pra valer nela., mas mesmo assim não me senti vingado. Já com a Ray, não foi possivel provar sua culpa, então, paguei um cara para dar a maior surra nela, hoje ela se mantém longe e com medo de mim, coisa que eu adoro!
Bom, mas hoje, eu havia acordado disposto à ir para a escola, bem diferente do que eu relatei anteriormente, pouco mais de 730 dias após todo o ocorrido, eu estava mais motivado, isso não quer dizer que eu estava de bom humor.
- Lucas, você vai pra escola? - meu pai perguntava
- Sim, Léo! Acho que vou! - respondi
Me olhei no espelho. Meu cabelo desgrenhado com mechas roxas, longo e preto, um piercing no lábio inferior do lado esquerdo, algumas tatuagens nos braços e a pele um pouco pálida. Eu estava bem diferente do hábitual, tanto por fora quanto por dentro!
Tomei um demorado banho, me vesti de preto que, ultimamente, era só o que eu usava, arrumei a mochila e saí no carro do meu pai. Fui ouvindo umas músicas do AC/DC.
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- Lucas, eu ainda não acredito que você - disse Mayla conversando comigo nos corredores da escola.
- Rsrs. É que ontem eu não bebi nada além de água - falei sorrindo
Ao entrar na sala me deparo com o mesmo cara que havia brigado com a Mayla à algum tempo atrás.
- O que esse cara faz aqui? - perguntei olhando a cara de brava que ela fazia.
- Esse infeliz está substituindo o Bernardo - disse com raiva
- Procurem um lugar e sentem-se - disse severo
- Bate em mim e me chama de puto - debochei fazendo ele ficar bem bravo
Eu havia esquecido o quanto era chato ter uma aula logo pela manhã. De que adiantava ter um professor bonito se ele era um tédio?!
- Professor não me sinto bem, posso ir ao banheiro? - menti
- Vá e não demore - disse sem ao menos me olhar
Saí de sala, mas não fui ao banheiro e sim até a coordenação, disse novamente que me sentia mal e fui autorizado a sair.
Decidi rodar pela cidade, fui até um bar e pedi um refrigerante, afinal, estava dirigindo.
- Please, um refrigerante! - disse ao atendente
- Lucas? - uma voz forte e grossa soava atrás de mim
- Eu ... Não acredito que é você!!! - meus olhos brilharam
Ele continuava lindo, e estava com um sorriso enorme no rosto. Felipe, estava parecido com o primo, nunca havia notado tal semelhança até aquele momento de reencontro.
Lipe me apertou fortemente e me girou no ar.
- E ai, Como está? - ele perguntou me olhando intensamente
- Um pouco triste ainda, afinal eu amava seu primo - neste momento percebi algo estranho no seu rosto
- Ah... eu também... ele era muito especial - ele me abraçou
Ele me contou um pouco da sua vida, havia assumido alguns negócios do pai, tinha uma cobertura em um bairro nobre, estava um homem muito bonito. Sua barba destacava aquele rosto infantil dando um aspecto másculo e sexy ao Felipe, seu corpo era um show a parte e como todo o filinho de papai, usava roupas da moda.
- Eu acho que nós temos que continuar esse papo - ele me abraçou pela décima vez
- Partiu! Mas onde - eu sorri.
- Vamo no meu ap! - ele girou o boné
- Tudo bem. - "sabe de nada inocente"
Bem, fomos em carros diferentes, eu obviamente estava seguindo-o. Seu apartamento era muito bonito, mas como era de homem, tudo estava desorganizado.
- Desculpa, é que eu demiti a empregada! - ele colocou a mão no bolso
- Tudo bem! É normal, afinal também faço muita bagunça! - sorri
Ele parou e ficou me olhando, nesses dois anos, nem um homem havia me deixado invergonhado, mas Luis conseguiu.
- Você está lindo! - disse isso e buscou um vinho para nós
- Você também! - respondi um pouco tímido
Ele se aproximou, eu me afastei, meio filme americano sabem? Então!
- Eu esperei muito tempo pra isso - ele me beijou e eu dei um forte tapa em seu rosto
- Desculpa, mas eu não sou mais tão facinho! - saí correndo do prédio dele
Peguei meu carro e fui em disparada, depois do Arthur eu não tive outros relacionamentos e nem pretendia. Estava ouvindo Falling In Reverse - I'm Not A Vampire. Saí gritando os trechos da música feito louco!
- " Oi meu nome é Ronnie e eu sou um viciado,
Papai não deveria ter me criado com Black Sabbath" - eu amava essa parte. Parei o carro em um local que eu conhecia muito bem.
- Me dê uma passagem para Nova York...
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~Gostaram? Diferente, né? Rsrsrs
Ru/Ruanito - Morte! Rsrs ;-)
Rose Vital - Só tenho à agradecer Rose, é por isso que adoro escrever esse conto... Adorei a sua vingança...rsrsrs
Huguinho14 - Que bom que ama o conto, fico feliz.... Beijo!
THIAGO SILVA - É nada, e não me chama de fofo(odeio), rsrsrs. Abração
¤«Trick»¤ - Vamos ver o que elas farão nessa temporada....Beijo amore!
Geo Mateus - Brigado!
juh#juh - Voltei, e dessa vez pra valer. Beijão!
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- " A vida é tão curta que não nos permite ter sentimentos ruins ou amores impossíveis" -