Aprende que maturidade tem
mais a ver com os tipos de
experiência que se teve e o que
você aprendeu com elas do que
com quantos aniversários você
celebrou. Aprende que há mais
dos seus pais em você do que você
supunha. Aprende que nunca se
deve dizer a uma criança que
sonhos são bobagens… Poucas
coisas são tão humilhantes e seria
uma tragédia se ela acreditasse
nisso. Aprende que quando está
com raiva tem o direito de estar
com raiva, mas isso não te dá o
direito de ser cruel...
(William Shakespeare - O Menestrel)
***
Meu amigo da faculdade – História Real 12
Ele aproximou o rosto mais, quando ia me beijar eu o empurrei com tanta força que ele bateu com as costas na porta da cabine.
Eu ajeitei a minha camisa e falei ao me aproximar dele:
- Eu falei para você nunca mais chegar perto de mim.
Eu ia saindo do banheiro quando ele me segurou pelo braço. Eu não pensei duas vezes e dei um soco nele que caiu no chão sentado.
Nessa hora o Victor e o Eduardo entraram no banheiro abraçados e rindo, mas pararam quando viram a cena.
O Eduardo correu para ajudar o Fernando e o Victor bloqueou a minha passagem para que eu não saisse.
- Sai da minha frente Victor. - Falei já irritado.
- Para você sai desse banheiro você vai ter que me tirar daqui primeiro. - Falou ele ficando na frente da porta.
Eu avancei para cima dele, mas o Eduardo me segurou.
- Me solta Eduardo. - Gritei tentando me soltar dele.
- Eu sou seu amigo Paulo. Gosto de você, mas se você for partir para esse lado eu não vou medir esforços para lhe deter. Antes de você ser meu amigo o Victor é meu namorado. - Falou ele me segurando.
Ao ouvir aquilo o Fernando olhou espantado para ele.
- Tudo bem. - Falei fazendo sinal que não iria partir para esse lado.
O Edu me soltou e o Victor continuou na porta. Um cara tentou entar no banheiro mas o Victor não deixou.
- Tá ocupado. Já tem cueca demais aqui. Use um dos outros. - Falou ele para o cara sem nem abrir a porta. O cara saiu sem dizer nada.
- Agora vamos aos fatos. Por quê você estavam se matando aqui no banheiro? - Falou o Victor.
- Pergunte a esse idiota. - Falei apontando par o Fernando.
O Victor e o Eduardo olharam para ele. Ele abaixou a cabeça.
- Seja homem ao menos uma vez na vida e diga a eles o porquê? - Bravejei para ele.
Ele levantou a cabeça e falou.
- Eu tentei beija-lo.
O Edu olhou para ele com espanto depois para mim e parou o olhar de no Victor que não parecia nada surpreso.
- Eu sabia que tinha caroço nesse angú. - Falou o Victor.
- Sabia? Como assim? - Falou o Fernando.
- Eu imaginei que tava acontecendo alguma coisa entre vocês. E não foi difícil deduzir. O Paulo... - Falou ele olhando para mim - ... desde a primeira vez que eu o vi eu sabia que ele curtia.
- O quê? - Falei.
- Uma borboleta conhece a outra pelo bater das asas. Lembra? - Falou ele.
- Lembro. - Falei olhando para o Fernando depois para o Eduardo e depois par o Victor. - Mas naquele tempo eu não me sentia atraído por nenhum homem. Eu não era assim ainda.
- Engano seu. Ninguém vira gay. Você nasce gay, Paulo. Mas eu já sabia. E depois que eu vi você e o Nando brigados eu juntei 1 + 1. Você vai quere me contar a história toda? - perguntou ele.
O Fernando me olhou e eu olhei para o Victor.
Eu decidi contar tudo. Contei tudo desde o jogo até o fato atual. O Victor e o Edu escultava tudo sem dizer nada. O Fernando escutava tudo sem dizer nada. Quando eu terminei o Victor ficou calado e foi o Eduardo quem falou.
- Vocês eram amigos antes de tudo isso. E por causa do que você fez Nando, o Paulo não quer mais saber de você. Na minha opinião vocês deveriam conversar quando tiverem mais calmos e não aqui.
- Eu concordo com o Eduardo. - Foi a unica coisa que o Victor disse.
Às vezes chegava gente querendo entrar no banheiro e o Victor barrava.
De certo modo eu admirava o jeito do Victor. Aquele jeito de enfrentar tudo e todos de cabeça erguida.
- O que me dizem? - Perguntou o Eduardo.
O Nando olhou para nós e falou:
- Eu aceito.
O Victor, o Eduardo e o Nando olharam pra mim.
Eu olhei para ele e falei:
- Eu não. - Falei empurrando o Victor e saindo do banheiro.
Eu não queria fala com aquele imbecil. Não agora.
Falei com a Bruna e disse que ia para casa. Ela disse que ia comigo.
Nos despedimos do Kleber e das meninas e fomos embora.
No carro o silêncio reinava. A Bruna me observava calada.
No sinal eu parei o carro. Foi inevitável as lágrimas vinheram sem que eu pudesse impedir. A Bruna me olhou calada.
- O que está acontecendo meu amigo? - Perguntou ela colocando a mão. no meu ombro.
Eu decidi contar tudo a ela. Quando eu terminei ela tirou a mão do meu ombro e me olhou com um olhar que eu não sabia o que ela tava pensando.Será que a minha melhor amiga iria me virar as costas logo agora?
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BOA NOITE. OBRIGANDO A TODOS PELOS COMENTÁRIOS. AMANHÃ A TARDE EU VOLTO OU QUINTA A NOITE. ABRAÇO. COMENTEM POR FAVOR.
^_^
ATÉ MAIS.
RESPONDENDO A PERGUNTA.
- É REAL SIM M(a)rcelo.