Uma vez fiz uma viagem de Maceió
para Recife de ônibus. Era um
ônibus muito confortável, com um
ar condicionado bastante frio. Por
conta disso, a empresa distribuía
cobertores para os passageiros que
assim os desejassem.
Minha poltrona era a da janela.
Entrei no ônibus e sentei na minha
poltrona na expectativa de quem
sentaria ao meu lado. Logo em
seguida entrou um homem de uns
30 anos, alto, magro, me
cumprimentou e sentou ao meu
lado.
A viagem teve início às 18h00. A
noite chegara e com ela a
escuridão, ampliada quando as
luzes internas do ônibus foram
apagadas. Começamos a conversar
sobre a viagem, quem morava
onde, em que bairro, o que cada
um fazia, etc. Percebi que na
conversa, ele me olhava com um
olhar penetrante, talvez querendo
conhecer-me muito mais além das
palavras, que não deixavam de ser
superficiais. Eu fazia o mesmo,
aliás sempre procuro descobrir
mais de alguém com quem
converso, pelo olhar fixo nos olhos
do outro ou pelo toque em
qualquer parte do corpo, como na
mão, no braço, na perna, etc.
Percebi que ele fazia o mesmo
quando queria enfatizar algo,
chamar a minha atenção para
aquilo que ele achava importante.
Durante a viagem, acomodando-me
melhor na poltrona, deixei minha
perna tocar levemente na dele,
esperando a resposta: se ele a
retiraria daquele contato ou se
forçaria para que o contato ficasse
mais próximo. E foi isso que
aconteceu. De repente estávamos
conversando e empurrando cada
um a perna do outro com mais
força, como se quiséssemos montar
uma em cima da outra. Nisso, o ar
começou a ficar mais frio. Ambos
pegamos os cobertores e nos
cobrimos, cada um com o seu, de
tal forma que o cobertor de um
cobria o cobertor do outro. Assim,
protegidos pelos cobertores,
podíamos agora colar também os
nossos cotovelos um no outro, sem
que ninguém percebesse. E foi isso
mesmo que aconteceu.
Ainda conversando, nos tocávamos
com mais liberdade e de repente
nossas mãos se cruzaram e se
apertaram e ultrapassaram os
limites das poltronas (já que
tínhamos levantado o braço móvel
entre elas de propósito). Minha
mão direita pousou suavemente
sobre sua perna esquerda e a mão
esquerda dele também pousou
sobre a minha perna direita. O
balanço do ônibus nos ajudava a
esquadrinhar com mais ousadia o
caminho que as nossas mãos
queriam alcançar.
Foi assim que em uma curva,
minha mão foi mais além da perna
e sentiu que havia tocado em algo
endurecido sob a calça dele.
Imediatamente parei a caminhada,
pois havia encontrado o destino,
que mudara a minha respiração e
deixara o meu corpo experimentar
uma sensação de muito prazer.
Quando comecei a tocar e apertar
o que era o que eu queria tocar,
ele fez o mesmo em mim,
descobrindo que algo muito duro
estava também sob a minha calça.
E agora? Agora começava a parte
mais difícil. Tocar além da calça,
abrir um zíper, desatacar um
cinturão, mergulhar a mão dentro
da cueca, enfim, sentir um membro
duro, quente e pulsando de
sensações que terminariam em um
prazer sem precedentes. Tudo o
que eu fazia, ele fazia também.
Para facilitar as coisas, tivemos
uma parada das atividades de
nossas mãos para nos ajudarmos
cada um a desatar seu próprio
cinturão e abrir o seu próprio
zíper. Depois deste trabalho de
"infraestrutura", as coisas ficaram
bem mais fáceis e passamos a
explorar (tudo isso por baixo dos
cobertores) as partes dos nossos
corpos que mais nos interessavam
naquele exato momento.
Foi com muito tesão que pude
tocar nos seus pentelhos que eram
grandes a abundantes, sentir a sua
rola dura, levar a mão um pouco
mais abaixo da rola e sentir os
ovos grandes, peludos e quentes.
Ele descobria o mesmo em mim,
explorando os meus pentelhos, rola
e ovos. Nós sabíamos que não
poderíamos nos expressar como se
estivéssemos em uma cama, mas os
avanços que havíamos alcançado
com a conivência dos cobertores, já
nos deixavam desejosos que a
viagem demorasse mais, até
alcançarmos o que tanto
desejávamos: o orgasmo.
Entre carícias e suspiros
reprimidos, pudemos perceber que
começavam a aparecer os primeiros
sinais de que estávamos perto do
clímax. Nossos dedos tocaram em
alguma coisa líquida, expulsa das
rolas acariciadas. Era como se elas
chorassem, clamando que o melhor
de tudo finalmente chegasse.
Começamos, já sem mais nenhum
pudor, a executar os movimentos
de ida e volta em torno da glande
de cada um. Os movimentos não
poderiam ser intensos, mas o tesão
era tanto que nem precisou muito
esforço. Como um rompimento de
uma represa, os nossos espermas
foram jateados para fora, fazendo-
nos contorcer de prazer e gozo.
Gozamos ao mesmo tempo e
ficamos cada um segurando as
rolas um do outro, esperando o
relaxamento e posterior repouso
dos nossos preciosos membros.
Tentamos nos limpar com o que
tínhamos no momento, que eram
as cuecas e as camisas. Que alívio!
Quando percebemos, já era 22h00 e
estávamos entrando em Recife. O
ônibus nos levou para a rodoviária,
onde depois de nos despedirmos,
cada um foi para o seu destino.
Não sei por que, não trocamos nem
números de celular nem endereço
de e-mail. Talvez quiséssemos
apenas recordar aquela viagem
como um sonho mágico, impossível
de repetir-se. Mas posso garantir
que não foi sonho. Em casa tive
que lavar eu mesmo minha cueca e
camisa, para que minha mulher não
descobrisse as manchas amareladas
e endurecidas, nelas impregnada.