"Como cortar pela raiz, se já deu flor. Como inventar um adeus se já é amor. Não quero reescrever as nossas linhas, que se não fossem tortas não teriam se encontrado. Não quero redescobrir a minha verdade, se ela me parece tão mais minha quando é nossa."
“Essa musica da Sandy me faz chorar feito menino”
“Respondendo a algumas perguntas: Sim o meu relato é real, quisera eu que ele fosse uma história linda com aquele final feliz, meu final ainda não chegou, mas eu desejo que ele seja FELIZ, aliás acredito eu que todos nós desejamos isso.”
Peço desculpas a todos por não ter postado, mas cutucar essas feridas me trouxe boas e más recordações.
Agradeço pelos comentários que recebi dos que de alguma forma já viveram a minha história e também dos que conviveram com alguém que passou por um episódio parecido.
Naquela sexta-feira no dia que transei com o Renato no meu carro eu perdi o Igor aquele cara que adorava cantar as musicas do Legião pra mim, aquele que me ligava todas as noites pra me desejar boa noite e que sempre me fazia rir, ele era tímido só com as pessoas que não conhecia, mas em cinco minutos de conversa ele se soltava e mostrava todo aquele sorrisão de menino, quando o Igor faleceu a pessoa que me consolou e ficou ao meu lado enquanto eu me desmanchava em lágrimas foi o William, quando perdi o meu segundo pilar aquela mulher que adorava falar de cremes para beleza, que vivia batendo em mim e no Ricardo, que fazia comparações e depois se mijava de tanto rir, ela não era só minha tia, era uma irmã, amiga, mãe, companheira e muitas das vezes nossa cúmplice, aí tia como sinto sua falta.
Quando a tia Lú se foi à pessoa que esteve presente ao meu lado foi o William.
Todos esses nossos encontros foram simplesmente de afeto e amizade, nada de cobrança, remorso, brigas ou perguntas, ele estava ali para mim e por mim.
Ele me acolhia por entre seus braços e me acalmava com todo aquele amor que deixava transparecer para comigo, talvez a gente, nós dois precisasses-mos daquele impulso para tomarmos o nosso rumo.
Aquele menino que por tantas vezes me fez sofrer, já não era mais um garoto e sim um homem, que estava cuidando de mim, mas ele tinha seguido em frente e eu por algum tempo parei de seguir e me vi perdido sem rumo algum.
No dia 02 de Janeiro de 2012 eu me desliguei da empresa que eu trabalhava, eu escolhi não pegar um buzão para viajar todos os dias.
Foi um dia triste, uma despedida é sempre ruim, pessoas chorando e naquele dia eu, Raul e Renato deixamos para trás muitas historias entre elas algumas tristes como quando o José me falou todas aquelas porcarias por causa do William e também as historias engraçadas como quando o Raul sentou-se na cadeira e não viu que o encosto estava quebrado, ele virou com as pernas pra cima, aquele dia nós rimos até a barriga doer ou quando os meninos colocavam pimenta nos lanches e a molecada chorava de tão ardido que ficava.
Aquilo tudo seria apenas lembranças de uma época que não voltaria mais, mas que nos serviu de aprendizado e nos fortaleceu como pessoas e como profissionais.
Eu já não via mais o William e os outros meninos, mas ainda sentia muita falta de cada um daqueles que por anos fizeram parte da minha vida, da minha história.
Eu e o Renato nos acertamos e estávamos juntos, ele recebia a visita dos meninos todos os finais de semana, às vezes dava certo da Estela vir e o Igor participar das brincadeiras, ele e a Sofya eram bebês, mas adoravam uma bagunça.
A Estela já tinha conhecido um cara e por isso o Igor ficava comigo praticamente todos os finais de semana, lógico que a Dona Nita adorava aquilo.
O Ricardo estava trabalhando numa empresa na área de Marketing, não era muito o que ele queria, mas ficar longe de nós não era algo que ele quisesse e nem eu e minha mãe, ele decidiu ser um pai presente e sempre que podia ia visitar, e as vezes ela vinha passar os finais de semana conosco.
Ele e o Renan se viam praticamente todos os dias, eles juravam que não passava de amizade, mas eu e minha mãe entendíamos do assunto.
O Renato era diferente do William, ele não sabia fazer nada, se esquecia rapidamente das coisas e não me dava nenhuma prova de amor, talvez fosse isso que fez com que o amor dele com a Karen esfriar.
Eu nunca mais falei com ela, também nem coragem eu tinha, afinal eu era o padrinho da Sôfy, e ela me tratava como um melhor amigo.
Ta certo que ela quem largou o Renato, mas ele ficou comigo.
Nenhuma mulher atura ser trocada por outro homem.
O Renato é um cara maravilhoso, tranqüilo que vive no mundinho dele, não briga, não reclama e não exige.
Eu sinto ciúmes e ele vive me dando satisfação de tudo que ele faz.
Certo dia ele estava barbudo do jeito que eu amava, no momento que eu chegava à casa dele eu ouvi duas vizinhas dele falando que homem barbudo era feio, que fizesse a barba urgente.
Eu fiquei só filmando as duas biscates.
Ele me olhou e entrou pra dentro junto a mim.
Binho elas que falaram eu não disse nada.
Calma Renato, não estou te cobrando de nada, elas podem morrer de falar da sua barba, mas é dessa maneira que eu gosto.
No outro dia ele me aparece em casa com a cara lisa. Eu queria morrer e fiquei emburrado a noite toda.
Binho eu só fiz por que realmente estava feio, não tem nada a ver com as duas.
Eu nem respondi nada, só que eu sabia que alguma coisa tinha, e ele não queria me falar.
Qualquer bocó sabe que elogio ou comentário de mulher bonita deixa qualquer macho abobado, e com ele não seria diferente.
Naquela noite eu pedi que ele fosse embora, fiquei muito chateado com a desculpa boba que ele tinha me dado.
Continua.