Me desculpem pela demora, voltei de viagem cheio de coisas pra fazer e acabei ficando sem tempo pra postar, mas tudo já está normalizado. Agora estou com um tablet novo e melhor que o antigo, e então posso continuar a escrever. Já estou iniciando a escrever outro conto, também teen. Em um futuro próximo (quem sabe até mesmo amanhã) posto um capítulo e vocês vêem se gostam ou não. Sem mais rodeios, vamos ao conto:
- A senhora tá viajando - tentei parecer calmo.
- Tá. - ela respondeu.
Aquilo tinha sido um tanto quanto inoportuno da parte da minha mãe. Fomos em direção ao seu consultório calados, o silêncio era matante. Eu estava envergonhado e agoniado.
Finalmente chegamos ao seu consultório. Ela foi na frente e eu fui carregando sua bolsa.
- Bom dia, Larissa - ela disse, se referindo a sua recepcionista.
- Bom dia, senhora! - a mesma respondeu.
- Vou ter uma conversa com meu filho urgente, então quero que não deixe ninguém me interromper, ok?! Caso algum paciente chegue, mande esperar ou remarque! - ordenou.
- Sim, senhora! Tenha um bom dia - disse a recepcionista.
Seguimos por um enorme corredor até chegar na sua sala. Ela era toda feita revestida com madeira, dando um ar bem "caseiro" ao seu escritório. Ela sentou-se em sua cadeira e eu me sentei a sua frente.
- Então, filho, me conte... o que anda acontecendo com você?
- Não sei, mãe... - respondi, olhando pra baixo.
- Olhe pros meus olhos e me responda: o que anda acontecendo com você? O que anda lhe deixando nervoso? - ela perguntou.
- Minha relação com o Renan não anda nada bem - respondi.
- Por que, meu filho? Vocês são amigos a tanto tempo - ela perguntou.
- Porque ele não gosta do que "eu sou". - falei.
- E o que "você é"? - minha mãe me observou atentamente.
- Eu... eu sou gay, mãe! - respondi, sentindo uma lágrima cair em meu rosto.
Minha mãe levantou-se da cadeira e ficou atrás de mim, me fazendo uma massagem nos ombros. Eu chorava descontroladamente.
- Calma, meu filho... eu já sabia! - ela disse, calmamente.
- C-como a senhora... - ela me interrompeu, sentando-se novamente na cadeira.
- Meu filho, além de psicóloga eu sou mãe. Recebo vários casos de pessoas homossexuais aqui, nesse mesmo consultório, diariamente. - minha mãe tentava me acalmar.
- Mãe, eu não queria ser gay! Eu queria ser um cara normal, sentir atração por garotas, como o Renan ou o Kauã... - chorei novamente.
- Meu filho, desde quando você se descobriu gay? - minha mãe me perguntou.
- Há uns 3 anos atrás. - falei.
- E como foi? O que você sentiu? - ela fazia movimentos circulares com o dedo na costa da minha mão.
- Eu tava no banheiro e vi o treinador do time de futebol tomando banho pelado. Aquela foi a primeira vez que eu vi um homem nu, então me senti excitado. Antes disso eu sempre senti umas coisas estranhas quando ia pra natação e via os pênis dos garotos, mas achava que era normal ter essa curiosidade... Mas foi só esse ano que eu descobri estar apaixonado pelo Renan, mãe. - falei, chorando.
- Meu filho, o Renan parece ser hétero, você tem que aceitar isso. Você tem duas opções: arriscar ou arriscar; Arriscar estar certo e ele ser gay, ou arriscar e estar errado e ele ser hétero, podendo até destruir a amizade de vocês. Tudo está nas suas mãos, querido! E aconteça o que acontecer, eu estarei do seu lado, sempre. Eu te amo - minha mãe me deu um abraço aconchegante. Ha muito tempo não me sentia bem assim.
- Filho, tem mais uma coisa - minha mãe falou cabisbaixa.
- Sim, mãe? - falei.
- Não conte nada pro seu pai... pelo menos não agora! - Ela pediu com lágrimas nos olhos.
- Tudo bem, mãe! - nos abraçamos novamente.
Saímos de seu consultório e ela pediu pro motorista do consultório me levar de volta pra casa, me dando novamente mais um abraço. No caminho pra casa pensei muito sobre a minha relação com o Renan, e foi ali, naquele carro, que eu decidi algo surpreendente: eu iria esquecê-lo completamente!
Revenger, parabéns pelo seu poder de observação, é exatamente isso que quero passar, a princípio. A respeito do conto que você me indicou, vou tentar ler o mais rápido possível, já que tempo é uma coisa que infelizmente me falta (e muito). Um abraço.
dreyk_02, a mãe do Alexandre é muito gente boa! Aí está mais um capítulo, espero que goste.
lucasbelmot, acho que talvez porque esse é fruto da minha imaginação. O meu outro conto realmente aconteceu (e acontece até hoje) e infelizmente não temos controle das coisas que acontecem, diferente de um conto fictício! Um abraço.
SafadinhoGostosoo, muitas águas ainda irão rolar! O outro conto é sim real!
Hick e Vinni, Obrigado por me entender! E cuidado com o seu amor, hein! ahaha
Nicole Almeida, eu tento escrever sempre o melhor pra vocês, leitores. Obrigado pelo seu comentário e pela força, se Deus quiser em breve darei essa notícia aqui na cdc sim! Um beijo (com todo respeito, claro ahaha).