“Às vezes as coisas estão tão ruins
que a única vontade que a gente
tem é de SUMIR. Mas sempre existe
um lugar onde a gente pode
recomeçar. ”
―Renato Russo
***
Meu amigo da faculdade – História Real 16
- O que eu tenho doutor? - Falei já nervoso.
- Paulo. Você está com um tumor no cérebro.
Ai ouvir aquilo foi como se o meu chão sumisse.
- Isso quer dizer...?
- Eu não posso dizer nada Paulo. Precisamos fazer alguns exames mais profundos. Para saber se é maligno ou não. E se podemos operar. Preciso que amanhã de.manhã você esteja aqui para fazermos esse exame.
Eu sai do consultório do doutor sem rumo. Parecia que eu tinha perdido a noção. Eu dirigia sem rumo. Simplesmente me deixei laver. Quando dei por mim eu estava no AP do Nando. Eu desci do carro e subi. Toquei a campanhia. Ao abrir a porte e ver que era eu ele me deu um sorriso maravilho. Eu não aguentei e comecei a chorar. Eu o abracei. Nós entramos e eu ainda em pranto abraçado com ele.
- Paulo o qur houve?
Eu não conseguia falar, eu não podia dizer aquilo para ele. Eu apenas chorei. Fiquei um bom tempo deitado com ele. Ele me fazendo carinho sem me perguntar nada. Aquele momento pra mim era único. Eu tinha ele ali comigo. Depois de jm tempo ele me perguntou novamente.
- O que aconteceu Paulo?
Eu não podia dizer para ele. E se ele não quisesse mais ficar comigo? E se ele ficasse comigo só por pena? Minha cabeça estava a mil.
- Nada. - Sussurrei.
Ele levantou o meu queijo com a mão.
- Ninguém chega na situação que você chegou por nada, Paulo. - Falou isso olhando nos meus olhos.
- Não foi nada.
Ele me olhou e pareceu deixar o assunto esquecido. Por aquele momento.
Já era noite quando eu sai de lá. Ele disse que ia para a faculdade e que eu ia com ele. Eu não tinha cabeça para faculdade então disse que ia em casa tomar um banho e a gente se encontrava lá.
Sai de lá e fui à procura da única pessoa que eu podia confiar e desabafar.
***
- Paulo? - Falou a Bruna espantada.
Eu estudei o ensino médio todo com ela e só tinha ido na casa dela uma vez, mes assim para fazer um trabalho.
- Bruna. Eu vou morrer. - Falei abraçando ela.
- O quê? - A voz dela era de espanto.
Eu contei tudo para ela que ficou triste em saber.
Para mim você está com alguma coisa no corpo ainda tinha como se salvar, mas no coração e no cérebro, era fatal.
- Paulo. O doutor lhe disse que pode ter chance de operar...
- É arriscado.
- Mas é uma possibilidade.
- Eu estou morrendo Bruninha. Morrendo.
- E o Nando o que disse?
- Eu não contei nada. E por favor não fale nada pra ele
- Como assim? Ele tem que saber.
- Nando. Eu tenho medo da reação dele. Não quero que ele se afaste de mim ou que fique comigo por pena.
- Mas Paulo...
- Por favor Bruna.
Ela respirou e falou:
- Ok.
Depois de um tempo eu fui para casa. Não fui nem para a faculdade.
Por volta das 22h00 o Nando me ligou. Eu não quis atender então deixei cair na a ligação. Ele tentou varias vezes e depois desistio. Eu estava na sala quando ouvi um carro chegar em frente o portão e buzinar eu olhei pela vidraça da minha casa e vi que era o carro do Victor.
A Caroline já ia abrir quando eu falei:
- Carol. Se for o Nando ou qualquer pessoa diga que eu não estou. - Falei subindo a escada.
- Por quê?
- Só faça isso. Por favor.
Ela assentiu.
Subi e fique na escada ouvindo a conversa deles.
A Caroline abril a porta e eu ouvi a voz dele.
- Boa noite, Caroline. - Falou o Nando.
- Boa noite. - Respondeu.
- Caroline esses são Victor e Eduardo são amigos meu e do Nando. E esses você já conhece o Kleber e as meninas.
- Já sim. - Respondeu ela. - Entrem.
- Caroline. O Paulo estar?
Ela demorou um pouco para responder e falou depois:
- Não.
- Não? - Perguntou ele. - Ele disse que ia para a faculdade e não apareceu e a gente não ta encontrando ele em canto nenhum.
- Ele não estar aqui. Ele saiu cedo e ainda não voltou.
- Será que aconteceu alguma cpisa? - Perguntou a Paloma.
- Não. Se tivesse nós já saberiamos.
Ficaram todas calados por um tempo então o Victor falou.
- É melhor a gente ir na casa daquela amiga dele.
- A Bruna! - Façou o Nando. - Bem lembrado.
- Se ele aparecer pede para ligar para um de nós por favor Caroline.
- Peço sim.
Ele se despediram e foram embora. Eu aparecei na escada e a Caroline me olhou como quem não entendeu nada.
***
Depois de uma hora a Bruna me ligou dizendo que chegaram lá na casa dela e o Nando estava muito preocupado.
Me deu um aperto no peito. Mas eu não podia continuar com isso.
***
No outro dia fui ao médio e fiz os exames. Eu fique o resto da semana sem ir para a faculdade e não falei com nenhum deles. O Nando ligava de instante em instante e eu não atendia.
Na sexta eu fui ver o resultado dos exames e a Bruna foi comigo.
O doutor falou que o tumor era maligno e que tinha que operar o quanto antes ou ele podia atacar o meu cérebro e eu podia morrer.
***
- E agora? - Perguntou a Bruna.
- O quê?
- O que você vai fazer? Tem que se operar o quanto antes.
- Não. Eu não vou me operar. Eu tenho medo eu vou viver o quanto eu ainda tiver.
- E nós? Seus amigos. O Nan.Nando?
- Eu já sei o que eu vou fazer. - Falei pegando p celular.
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Boa tarde. Obrigado a todos pelos comentários. E como prometido estou aqui.
Abraço a todos.
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RESPONDENDO A PERGUNTA DO M(A)RCELO:
Meu TCC é sobre o uso da lei Maria da Penha. Como ela é colocada em prática no país. E quais os resultados.