Primeiramente Boa Noite, meu nome é Ricardo tenho 34 anos recém completos, tenho 1,96, olhos castanhos claros, cabelos louros, nasci em Blumenau- SC, mas moro em uma cidade do interior de São Paulo desde os meus 11 anos, quando minha mãe, na época professora de uma Instituição Federal, foi transferida pra essa cidade a qual resido atualmente, joguei vôlei por quase 12 anos, então apesar de estar um pouco fora de forma, tenho ainda um corpo legal, e estou voltando a malhar, justamente por a malhação ser um elemento crucial na minha recuperação. Sofri calado desde o ano de 2011, quando meu mundo desmoronou, perdi a base da minha vida, me afundei no mundo das drogas, do álcool e agora por recomendação de meu psicanalista, que me indicou este site, estou aqui de certo modo desabafando, minha intenção não é conseguir fãs, nem votos, nem nada, apenas contar um pouco da minha história, para aqueles que estão dispostos a "ouvi-la".
Era o ano de 1991 me lembro perfeitamente, acordei por volta das 09:00 ouvindo gritos na minha casa, um alvoroço total, desci as escadas, quando encontro na sala minha mãe (Lúcia), meu pai (Álvaro) e meu irmão mais velho (Otávio) pulando de felicidade, pois minha mãe havia conseguido passar no concurso estadual para ministrar aulas em uma Instituição Federal, pelo qual desde o ano anterior ela vinha se preparando logo após concluir seu mestrado na área de biologia, meu pai já atuava na área da educação na rede publica da cidade Blumenau, dando aulas de matemática para o ensino fundamental e médio, e minha mãe na mesma escola, na parte de ciências.
Ela se dividia entre, no período da manhã dando aulas, a tarde levava eu e o Otávio para o colégio, cuidava da casa juntamente com a ajuda de Dona Maria, nossa colaboradora doméstica (não gosto da palavra empregada) e no período da noite, estava concluindo seu curso de mestrado, pelo qual ela poderia dar aulas para o ensino superior, e meu pai lecionava na parte da manhã e da noite, ou seja, ambos professores.
Eu fiquei super contente ao saber que ela tinha passado no concurso, pois desde formada, era seu grande sonho trabalhar em uma Instituição Federal, o que eu não sabia, era que teríamos que mudar de cidade, ou melhor de estado.
No mesmo dia fizemos uma pequena confraternização para comemorar, vieram a nossa casa, meus tios irmãos de minha mãe, meus primos, minha avó, meu avó e uma "namorada" do meu irmão. Dona Maria caprichou no jantar, todos comeram, beberam, riram e foram embora, assim que saíram, meu pai pediu que meu irmão e eu os esperasse na sala, pois precisavam ter uma conversa séria conosco.
- (Pai) Filhos, para nós professores, que damos duro todos os dias em sala de aula, sabe qual é o nosso maior sonho?-Disse meu pai.
- (Eu) Não pai.
- (Otávio) Eu também não sei não pai.
-(Pai) Sempre garantir uma educação de qualidade para os nossos alunos, a ponto que sejamos lembrados no decorrer de suas vidas, que sejamos lembrados como aquele mestre que os preparou para o mundo, esse é o grande sonho de um professor, fazer o que muitas vezes, o que a própria família não fazem. Como vocês sabem, sua mãe classificou-se no concurso estadual e a partir de agora é uma dos docentes das diversas instituições federais desse Brasil. Com garra e determinação, ela conseguiu o que muitos desejam, mas nem todos tem competência o suficiente
Nessa hora mamãe que sempre fora emotiva já estava em prantos.
- (Pai) Só que aí é que está o problema, ou a solução, dependendo do ponto de vista de vocês.
- (Otávio)E qual é pai ???
- (Mãe) A instituição na qual lecionarei fica em uma cidade do Estado de São Paulo, teremos que nos transferir para lá.
- (Otávio e eu) O que? Teremos que nos mudar de Blumenau? Como assim?
Mamãe e Papai se entreolhavam, saberiam que problemas estariam por vir...
Continua.
Leitores, muito obrigado pela atenção, esse é apenas o começo da minha história mais coisas estarão por vir. E no desenrolar da narrativa contarei mais sobre minha nova vida em São Paulo (inclusive com momentos picantes, rs.)
